O rico artesanato do Pará é resultado da mistura dos saberes das culturas dos povos originários e dos estrangeiros que desembarcaram na região em variadas épocas para formar a história do estado. Sua produção é plural e, pela proximidade com a Floresta Amazônica, inclui diferentes materiais, como cerâmica, cuia (fruto da cuieira), cestaria, miriti (palmeira amazônica), balata (látex), fibras e sementes.
Leia mais
Adicionar Link
Segundo o Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 43 municípios do Pará atuam no hoje segmento de artesanato. “A forte presença dos povos originários deixou como herança o chamado ‘grafismo indígena’, encontrado em cerâmicas, cuias e objetos feitos com fibras e sementes”, aponta a instituição.
A região se destaca, principalmente, pelo produção de cerâmica de argila dos tipos marajoara e tapajônica. A primeira é inspirada na Civilização Marajoara — que floresceu na Ilha de Marajó, no delta do Amazonas por volta do ano 400 d.C. Com traços simétricos e harmoniosos, ela traz pinturas à mão sobre argila clara em baixo ou alto relevo, com entalhes e aplicações.
Os brinquedos de miriti são um Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará e do Brasil
Paula Lourinho/Agência Pará/Divulgação
A cerâmica tapajônica é o único legado dos índios tapajós, que viveram na região entre os séculos 16 e 18. Caracteriza-se por ser uma cerâmica escultórica, feita com uma mistura de cauxi (esponjas de água doce) e cariapé (cinza de árvores), representando figuras humanas e de animais em vasos, pratos e esculturas.
Outro tipo de artesanato paraense são os brinquedos de miriti, um dos símbolos do Círio de Nazaré, manifestação religiosa católica marcada por procissões em devoção a Nossa Senhora de Nazaré . Por sua importância, foram considerados Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará e do Brasil, e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Coloridos, leves e feitos à mão, os brinquedos de miriti são tradição viva do Círio de Nazaré, em Belém do Pará
Paulo Amorim/GettyImages
O miriti vem de um tipo de madeira nativa leve, extraída da palmeira Mauritia flexuosa. Ribeirinhos de Abaetetuba fazem desde a retirada do material na mata à confecção e pintura das peças, “o que contribui para a economia local e fortalece o artesanato, que se tornou uma renda extra para muitas famílias”, segundo a Prefeitura de Belém.
Se você está de viagem marcada para Belém, confira onde conhecer e comprar o rico artesanato paraense:
1. Feira de Artesanato do Paracuri
A Feira de Artesanato do Paracuri, em Belém, é um polo de venda de peças de cerâmica marajoara
Halley Pacheco de Oliveira/Wikimedia Commons
Polo de produção de cerâmica, Icoaraci, que fica de frente para a Baía do Guajará, é um bom local para comprar artesanato. O distrito, há cerca de 20 km do centro de Belém, concentra mais de 80 olarias. O principal local de venda de peças é a Feira de Artesanato do Paracuri, no bairro de mesmo nome, um espaço na beira do rio que reúne diversas barracas especializadas na cerâmica típica do Pará.
Onde: Rua Siqueira Mendes, s/n, Orla de Icoaraci.
2. Complexo Ver-o-Peso
O Complexo Ver-o-Peso reúne imensa oferta de locais para comprar artesanato em Belém
Donatas Dabravolskas/Wikimedia Commons
Ir a Belém e não visitar o Ver-o-Peso é o mesmo que ir a Paris e não ver a Torre Eiffel. O complexo de 35 mil m² é formado por diversas construções históricas, incluindo o Mercado de Ferro de Peixe (Ver-o-Peso), o Mercado Francisco Bolonha (ou de Carne) e a Feira do Açaí. Todos abrigam uma rica oferta de produtos artesanais, como cerâmicas, objetos de palha, peças indígenas, especiarias e alimentos.
Onde: Boulevard Castilhos França, Bairro do Comércio.
3. Feira de Artesanato da Praça da República
A Feira de Artesanato da Praça da República funciona todos os domingos em Belém
Alessandra Serrão/Agência Pará/Divulgação
A feira acontece todos os domingos na parte mais larga Praça da República. São diversas barracas coordenadas pela Associação de Artesãos e Expositores do Pará e Amazônia (Arteplam) e a Associação de Trabalhadores Informais do Centro Histórico de Belém (Aticehb). Vibrante e movimentada, a feira oferece boa oferta de produtos locais e regionais, como cerâmica marajoara e artesanato indígena.
Onde: Praça da República, Campina.
4. Estação das Docas
A Estação das Docas tem quiosques que vendem artesanatos regionais e artigos do Círio de Nazaré
Celso Abreu/Wikimedia Commons
Anteriormente parte do Porto de Belém, o local foi revitalizado e reaberto em 2000 como um grande complexo gastronômico e cultural. São 32 mil m² com três armazéns temáticos (Boulevard da Gastronomia, Boulevard da Feiras e Exposições, e Boulevard da Artes), que vendem artesanatos regionais, artigos do Círio de Nazaré e comidas típicas.
Onde: Av. Marechal Hermes, s/n, Campina.
Leia mais
Adicionar Link
5. Mercado de São Brás
O Mercado de São Brás foi reformado e agora abriga quiosques e lojas de alimentação e artesanato
Rayana França/Agência Belém/Divulgação
Recém-reformado, o prédio histórico agora abriga mais de 80 empreendimentos, entre lojas de artesanato e souvenires, e uma ampla área gastronômica e de lazer. O complexo inclui ainda a tradicional Feira de São Brás, com 195 barracas de alimentação, hortifruti, carnes e peixes, além de trabalhos de artesãos regionais.
Onde: Praça Floriano Peixoto, São Brás.
6. Loja Yagarapé
A loja de artesanato, que se define como “indígena, ribeirinha, extrativista e amazônica”, oferece produtos como roupas, obras de arte, peças decorativas, bolsas, colares, pulseiras e brinquedos. A curadoria de peças é feita pela jornalista Adelaide Oliveira.
Initial plugin text
Onde: Av. Nossa Senhora de Nazaré, 532, térreo, Nazaré.
7. Cerâmica Família Sant’ana
A loja é um empreendimento familiar que trabalha com cerâmica há mais de 50 anos. A empresa foi fundada em 1940 por Fernanda Sant’ana, que deixou de ser lavadeira para trabalhar em uma olaria na região. Vende xícaras, pratos, esculturas, luminárias, incensários, entre outros.
Initial plugin text
Onde: Travessa da Soledade, 686, Icoaraci.
8. Espaço São José Liberto
Ocupa um prédio de 1749, cuja última função foi o de cadeia pública até 1998. Revitalizado, o espaço mantido pelo Governo do Pará abriga um polo joalheiro, com lojas que vendem biojoias produzidas com gemas e insumos da floresta amazônica. Os acessórios são criados por designers, ourives e lapidários que fazem parte do Programa Polo Joalheiro do Pará.
O Espaço São José Liberto, em Belém, abre biojoias, artesanatos e moda sustentáve
Pedro Guerreiro/Agência Pará/Divulgação
O local abriga ainda a Casa do Artesão, que possui uma variedade de artesanatos regionais, como cerâmicas marajoaras e tapajônicas. O espaço conta também com o Espaço Moda, que vende artigos de moda autoral sustentável, e o Museu de Gemas do Pará e a Cela Cinzeiro, que marca a memória do tempo do presídio.
Onde: Praça Amazonas, s/n, Jurunas.
9. Loja Beirando
É a primeira loja colaborativa de artesanato e manualidades em um museu em Belém, localizada na Galeria Fidanza, dentro do Museu de Arte Sacra. O espaço dedicado à valorização do artesanato paraense reúne trabalhos de 70 artesãos locais, promovendo a diversidade artística e gerando renda para as comunidades envolvidas. Junto à loja há também um agradável café.
Initial plugin text
Onde: Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n, Cidade Velha.
Leia mais
Adicionar Link
10. Doca Leite Artesanato
Dedicado à preservação e renovação da cultura marajoara, o local é tocado pelo Mestre Doca Leite, que, há mais de 50 anos, se dedica à produção de peças que homenageiam essa herança milenar. O desenhista e artesão faz todos os desenhos marajoaras à mão livre. Em sua oficina em Icoaraci, ele produz objetos decorativos e reproduções de peças arqueológicas.
Initial plugin text
Onde: Travessa Soledade 758C, Icoaraci.
Leia mais
Adicionar Link
Segundo o Centro de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB) do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 43 municípios do Pará atuam no hoje segmento de artesanato. “A forte presença dos povos originários deixou como herança o chamado ‘grafismo indígena’, encontrado em cerâmicas, cuias e objetos feitos com fibras e sementes”, aponta a instituição.
A região se destaca, principalmente, pelo produção de cerâmica de argila dos tipos marajoara e tapajônica. A primeira é inspirada na Civilização Marajoara — que floresceu na Ilha de Marajó, no delta do Amazonas por volta do ano 400 d.C. Com traços simétricos e harmoniosos, ela traz pinturas à mão sobre argila clara em baixo ou alto relevo, com entalhes e aplicações.
Os brinquedos de miriti são um Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará e do Brasil
Paula Lourinho/Agência Pará/Divulgação
A cerâmica tapajônica é o único legado dos índios tapajós, que viveram na região entre os séculos 16 e 18. Caracteriza-se por ser uma cerâmica escultórica, feita com uma mistura de cauxi (esponjas de água doce) e cariapé (cinza de árvores), representando figuras humanas e de animais em vasos, pratos e esculturas.
Outro tipo de artesanato paraense são os brinquedos de miriti, um dos símbolos do Círio de Nazaré, manifestação religiosa católica marcada por procissões em devoção a Nossa Senhora de Nazaré . Por sua importância, foram considerados Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Pará e do Brasil, e tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Coloridos, leves e feitos à mão, os brinquedos de miriti são tradição viva do Círio de Nazaré, em Belém do Pará
Paulo Amorim/GettyImages
O miriti vem de um tipo de madeira nativa leve, extraída da palmeira Mauritia flexuosa. Ribeirinhos de Abaetetuba fazem desde a retirada do material na mata à confecção e pintura das peças, “o que contribui para a economia local e fortalece o artesanato, que se tornou uma renda extra para muitas famílias”, segundo a Prefeitura de Belém.
Se você está de viagem marcada para Belém, confira onde conhecer e comprar o rico artesanato paraense:
1. Feira de Artesanato do Paracuri
A Feira de Artesanato do Paracuri, em Belém, é um polo de venda de peças de cerâmica marajoara
Halley Pacheco de Oliveira/Wikimedia Commons
Polo de produção de cerâmica, Icoaraci, que fica de frente para a Baía do Guajará, é um bom local para comprar artesanato. O distrito, há cerca de 20 km do centro de Belém, concentra mais de 80 olarias. O principal local de venda de peças é a Feira de Artesanato do Paracuri, no bairro de mesmo nome, um espaço na beira do rio que reúne diversas barracas especializadas na cerâmica típica do Pará.
Onde: Rua Siqueira Mendes, s/n, Orla de Icoaraci.
2. Complexo Ver-o-Peso
O Complexo Ver-o-Peso reúne imensa oferta de locais para comprar artesanato em Belém
Donatas Dabravolskas/Wikimedia Commons
Ir a Belém e não visitar o Ver-o-Peso é o mesmo que ir a Paris e não ver a Torre Eiffel. O complexo de 35 mil m² é formado por diversas construções históricas, incluindo o Mercado de Ferro de Peixe (Ver-o-Peso), o Mercado Francisco Bolonha (ou de Carne) e a Feira do Açaí. Todos abrigam uma rica oferta de produtos artesanais, como cerâmicas, objetos de palha, peças indígenas, especiarias e alimentos.
Onde: Boulevard Castilhos França, Bairro do Comércio.
3. Feira de Artesanato da Praça da República
A Feira de Artesanato da Praça da República funciona todos os domingos em Belém
Alessandra Serrão/Agência Pará/Divulgação
A feira acontece todos os domingos na parte mais larga Praça da República. São diversas barracas coordenadas pela Associação de Artesãos e Expositores do Pará e Amazônia (Arteplam) e a Associação de Trabalhadores Informais do Centro Histórico de Belém (Aticehb). Vibrante e movimentada, a feira oferece boa oferta de produtos locais e regionais, como cerâmica marajoara e artesanato indígena.
Onde: Praça da República, Campina.
4. Estação das Docas
A Estação das Docas tem quiosques que vendem artesanatos regionais e artigos do Círio de Nazaré
Celso Abreu/Wikimedia Commons
Anteriormente parte do Porto de Belém, o local foi revitalizado e reaberto em 2000 como um grande complexo gastronômico e cultural. São 32 mil m² com três armazéns temáticos (Boulevard da Gastronomia, Boulevard da Feiras e Exposições, e Boulevard da Artes), que vendem artesanatos regionais, artigos do Círio de Nazaré e comidas típicas.
Onde: Av. Marechal Hermes, s/n, Campina.
Leia mais
Adicionar Link
5. Mercado de São Brás
O Mercado de São Brás foi reformado e agora abriga quiosques e lojas de alimentação e artesanato
Rayana França/Agência Belém/Divulgação
Recém-reformado, o prédio histórico agora abriga mais de 80 empreendimentos, entre lojas de artesanato e souvenires, e uma ampla área gastronômica e de lazer. O complexo inclui ainda a tradicional Feira de São Brás, com 195 barracas de alimentação, hortifruti, carnes e peixes, além de trabalhos de artesãos regionais.
Onde: Praça Floriano Peixoto, São Brás.
6. Loja Yagarapé
A loja de artesanato, que se define como “indígena, ribeirinha, extrativista e amazônica”, oferece produtos como roupas, obras de arte, peças decorativas, bolsas, colares, pulseiras e brinquedos. A curadoria de peças é feita pela jornalista Adelaide Oliveira.
Initial plugin text
Onde: Av. Nossa Senhora de Nazaré, 532, térreo, Nazaré.
7. Cerâmica Família Sant’ana
A loja é um empreendimento familiar que trabalha com cerâmica há mais de 50 anos. A empresa foi fundada em 1940 por Fernanda Sant’ana, que deixou de ser lavadeira para trabalhar em uma olaria na região. Vende xícaras, pratos, esculturas, luminárias, incensários, entre outros.
Initial plugin text
Onde: Travessa da Soledade, 686, Icoaraci.
8. Espaço São José Liberto
Ocupa um prédio de 1749, cuja última função foi o de cadeia pública até 1998. Revitalizado, o espaço mantido pelo Governo do Pará abriga um polo joalheiro, com lojas que vendem biojoias produzidas com gemas e insumos da floresta amazônica. Os acessórios são criados por designers, ourives e lapidários que fazem parte do Programa Polo Joalheiro do Pará.
O Espaço São José Liberto, em Belém, abre biojoias, artesanatos e moda sustentáve
Pedro Guerreiro/Agência Pará/Divulgação
O local abriga ainda a Casa do Artesão, que possui uma variedade de artesanatos regionais, como cerâmicas marajoaras e tapajônicas. O espaço conta também com o Espaço Moda, que vende artigos de moda autoral sustentável, e o Museu de Gemas do Pará e a Cela Cinzeiro, que marca a memória do tempo do presídio.
Onde: Praça Amazonas, s/n, Jurunas.
9. Loja Beirando
É a primeira loja colaborativa de artesanato e manualidades em um museu em Belém, localizada na Galeria Fidanza, dentro do Museu de Arte Sacra. O espaço dedicado à valorização do artesanato paraense reúne trabalhos de 70 artesãos locais, promovendo a diversidade artística e gerando renda para as comunidades envolvidas. Junto à loja há também um agradável café.
Initial plugin text
Onde: Praça Dom Frei Caetano Brandão, s/n, Cidade Velha.
Leia mais
Adicionar Link
10. Doca Leite Artesanato
Dedicado à preservação e renovação da cultura marajoara, o local é tocado pelo Mestre Doca Leite, que, há mais de 50 anos, se dedica à produção de peças que homenageiam essa herança milenar. O desenhista e artesão faz todos os desenhos marajoaras à mão livre. Em sua oficina em Icoaraci, ele produz objetos decorativos e reproduções de peças arqueológicas.
Initial plugin text
Onde: Travessa Soledade 758C, Icoaraci.



