DVDs, penteadeiras, vitrolas e mais: confira peças que hoje fazem parte da coleção de antiquários e despertam o sentimento de nostalgia e já foram frequentes nos lares Os móveis e os objetos domésticos evidenciam tendências e hábitos de diferentes épocas. Aparelhos de DVD, vitrolas, rádio e videocassete são alguns itens que hoje caíram em desuso, mas eram muito presentes nas casas brasileiras antigamente.
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Por exemplo, entre as décadas de 1940 e 1960, os imóveis brasileiros começaram a ficar mais compactos, culminando com o surgimento de móveis multifuncionais. “Nos anos 1970, marcados no Brasil pelo ‘milagre econômico’, seguido por crise, inflação e redemocratização, a televisão virou o centro da casa. Isso impulsionou a criação de racks e estantes modulares”, fala Ana Brum, doutora em design pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), professora e diretora técnica no Centro Brasil Design.
Nesse mesmo período, materiais como plástico, MDF e compensado passaram a ser mais comuns. A estética dos mobiliários, então, priorizava cores vibrantes, formas geométricas e sofria impactos derivados da globalização.
A máquina de escrever que, antes tinha uma utilidade funcional, atualmente é mais um dos objetos decorativos com estética vintage
Pexels/Min An/Creative Commons
A seguir, conheça 10 móveis e objetos que já foram comuns nos lares brasileiros e refletiam os hábitos e estilos de vida de antigamente!
1. Vitrola
As vitrolas eram um dos aparelhos mais populares para escutar músicas antigamente. Chegaram no Brasil a partir dos anos 1950
Pexels/Alex Green/Creative Commons
As vitrolas derivam das invenções de Thomas Edison e Emil Berliner, do fonógrafo e gramofone, respectivamente. Os primeiros aparelhos começaram a chegar no Brasil apenas na década de 1950.
Inicialmente, a vitrola e os discos de vinil eram caros e considerados artigos de luxo. A partir da década de 1960, seus custos foram radativamente barateados.
2. Telefone discado (e a mesa de telefone)
O telefone discado era comum antigamente e tinha diversas opções de cores disponíveis
Pexels/Sametraw/Creative Commons
Conseguir uma linha telefônica antigamente no Brasil demorava anos e era extremamente custoso. Os telefones ficavam fixos na parede e os ganchos eram presos no aparelho por um fio. A discagem dos números era por meio de um teclado ou por uma roda que girava com o dedo. Em geral, vinham acompanhados de agenda de papel ou bloco com caneta para anotações.
Existiam, ainda, os chamados gossip bench ou mesas de telefone. “A peça incluia cadeira com mesa lateral anexada em uma extremidade, às vezes com armazenamento embutido, como gavetas ou porta-revistas. É um item que praticamente não existe mais, justamente pela falta de função”, afirma Ligia Battezzati, designer, doutoranda em artes visuais pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
3. Penteadeira
Penteadeiras antigas hoje funcionam como móveis vintage que dão um ar clássico em projetos contemporâneos. Penteadeira adquirida no bazar da Unibes. Apartamento decorado pela própria moradora, Roberta Da Silva (Robertita), que é produtora audiovisual
Mayra Azzi/Editora Globo
A penteadeira está presente na decoração desde a época do renascimento. “Entre os anos 1940 e 19660, o conjunto, penteadeira com banqueta, era bem comum”, destaca Ligia.
4. Rádio Philco Predilecta
O rádio-relógio AM de tubo de mesa foi fabricado pela Philco em 1958
Retro Radio Farm/Reprodução
No Brasil, a Philco chegou oficialmente em 1934, e o rádio Philco 89, conhecido como “capelinha”, foi um dos primeiros produtos de grande sucesso. Em 1948, a empresa abriu a primeira fábrica no país. Os rádios Philco, como o Predilecta e o B505, marcaram gerações com sua durabilidade, cores e capacidade de combinar rádio e relógio.
5. Geladeira com congelador
Publicidade da geladeira da General Eletric de 1957. Produtos para casa e eletrodomésticos comumente reproduziam estereótipos de gênero, colocando as mulheres como únicas responsáveis pelos trabalhos domésticos
Flickr/1950sUnlimited/Creative Commons
As primeiras geladeiras eram pesadas e tinham pés fixos, comumente feitas com congelador na parte interna e inferior. Por acumular grossas camadas de gelo, o aparelho precisava ser descongelado periodicamente.
Muitos anúncios antigos de venda colocavam somente imagens de mulheres, como se os serviços domésticos fossem apenas delas. A partir da década de 1990, segundo Ana, com a crescente diversidade das formações familiares e o questionamento dos papéis de gênero, a indústria também passa por mudanças. “As cozinhas americanas, áreas de lazer integradas e ambientes multiúso tornam-se mais comuns, acompanhando a ideia de um lar mais colaborativo e menos compartimentado”, ela diz.
6. Videocassete
O videocassete foi por muito tempo a forma possível para assistir filmes fora do cinema. Na imagem, o aparelho que fazia a leitura do videocassete
Pexels/Magda Ehlers/Creative Commons
Antes, para assistir filmes fora dos cinemas era preciso ir em uma locadora, alugar uma fita e ter um aparelho de videocassete na sala. E nada de avançar ou voltar a história com apenas um botão: era necessário rebobinar a fita, o que demandava tempo e paciência.
7. Ferro de passar General Electric
O ferro elétrico da General Eletric se diferenciava por ser um modelo automático
Vitória Leilões/Divulgação
O primeiro ferro elétrico foi inventado no século 19, mas, devido ao baixo acesso à energia elétrica e condições de fornecimento, foi apenas nos anos seguintes que o produto foi entrando nas casas ao redor de todo o mundo.
O Brasil, inicialmente, dependia da importação para ter acesso ao produto. O modelo da marca General Eletric foi um dos mais populares por aqui. É só nos anos 1950 que a indústria nacional começa a produzir ferros elétricos (de diferentes marcas).
8. Máquina de costura
Os modelos conjugados de mesa e máquina de costura eram comuns nas casas brasileiras
PxHere/Creative Commons
As máquinas de costura eram muito comuns antigamente. Os modelos eram feitos, majoritariamente, de madeira e podiam ter uma mesa acoplada na base da estrutura. Além de ser usada na costura e reparo de roupas, o item era elemento decorativo.
9. TV de tubo
A TV de tubo reinava nos lares do mundo todo até ser substituída pelos modelos slim
Museo Leonardo da Vinci/Wikimedia Commons
Nem sempre as casas estiveram equipadas com televisões e aparelhos extra finos. Até a década de 1990, as chamadas televisões de tubo eram encontradas em muitos lares brasileiros.
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O aparelho recebeu esse nome por usar a tecnologia de tubos de raios catódicos, isto é, um feixe de elétrons produzidos quando há diferença de potencial elevada entre eletrodos, para formar a imagem na tela.
10. Armários de cozinha coloridos
Os armários coloridos foram tendência de decoração das cozinhas no Brasil durante os anos 1980
Pinterest/Mercado Livre/Reprodução | Pinterest/Adriana Salerno/Reprodução | Montagem: Casa e Jardim
Os armários de cozinha coloridos também foram bastante populares. Diferente de hoje, em que a marcenaria e os móveis planejados prevalecem, até a década de 1990 os móveis soltos eram mais tradicionais. Em geral, as peças eram feitas de metal e pintadas de cores chamativas, como verde, amarelo e vermelho.
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Por exemplo, entre as décadas de 1940 e 1960, os imóveis brasileiros começaram a ficar mais compactos, culminando com o surgimento de móveis multifuncionais. “Nos anos 1970, marcados no Brasil pelo ‘milagre econômico’, seguido por crise, inflação e redemocratização, a televisão virou o centro da casa. Isso impulsionou a criação de racks e estantes modulares”, fala Ana Brum, doutora em design pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), professora e diretora técnica no Centro Brasil Design.
Nesse mesmo período, materiais como plástico, MDF e compensado passaram a ser mais comuns. A estética dos mobiliários, então, priorizava cores vibrantes, formas geométricas e sofria impactos derivados da globalização.
A máquina de escrever que, antes tinha uma utilidade funcional, atualmente é mais um dos objetos decorativos com estética vintage
Pexels/Min An/Creative Commons
A seguir, conheça 10 móveis e objetos que já foram comuns nos lares brasileiros e refletiam os hábitos e estilos de vida de antigamente!
1. Vitrola
As vitrolas eram um dos aparelhos mais populares para escutar músicas antigamente. Chegaram no Brasil a partir dos anos 1950
Pexels/Alex Green/Creative Commons
As vitrolas derivam das invenções de Thomas Edison e Emil Berliner, do fonógrafo e gramofone, respectivamente. Os primeiros aparelhos começaram a chegar no Brasil apenas na década de 1950.
Inicialmente, a vitrola e os discos de vinil eram caros e considerados artigos de luxo. A partir da década de 1960, seus custos foram radativamente barateados.
2. Telefone discado (e a mesa de telefone)
O telefone discado era comum antigamente e tinha diversas opções de cores disponíveis
Pexels/Sametraw/Creative Commons
Conseguir uma linha telefônica antigamente no Brasil demorava anos e era extremamente custoso. Os telefones ficavam fixos na parede e os ganchos eram presos no aparelho por um fio. A discagem dos números era por meio de um teclado ou por uma roda que girava com o dedo. Em geral, vinham acompanhados de agenda de papel ou bloco com caneta para anotações.
Existiam, ainda, os chamados gossip bench ou mesas de telefone. “A peça incluia cadeira com mesa lateral anexada em uma extremidade, às vezes com armazenamento embutido, como gavetas ou porta-revistas. É um item que praticamente não existe mais, justamente pela falta de função”, afirma Ligia Battezzati, designer, doutoranda em artes visuais pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do Instituto Federal do Paraná (IFPR).
3. Penteadeira
Penteadeiras antigas hoje funcionam como móveis vintage que dão um ar clássico em projetos contemporâneos. Penteadeira adquirida no bazar da Unibes. Apartamento decorado pela própria moradora, Roberta Da Silva (Robertita), que é produtora audiovisual
Mayra Azzi/Editora Globo
A penteadeira está presente na decoração desde a época do renascimento. “Entre os anos 1940 e 19660, o conjunto, penteadeira com banqueta, era bem comum”, destaca Ligia.
4. Rádio Philco Predilecta
O rádio-relógio AM de tubo de mesa foi fabricado pela Philco em 1958
Retro Radio Farm/Reprodução
No Brasil, a Philco chegou oficialmente em 1934, e o rádio Philco 89, conhecido como “capelinha”, foi um dos primeiros produtos de grande sucesso. Em 1948, a empresa abriu a primeira fábrica no país. Os rádios Philco, como o Predilecta e o B505, marcaram gerações com sua durabilidade, cores e capacidade de combinar rádio e relógio.
5. Geladeira com congelador
Publicidade da geladeira da General Eletric de 1957. Produtos para casa e eletrodomésticos comumente reproduziam estereótipos de gênero, colocando as mulheres como únicas responsáveis pelos trabalhos domésticos
Flickr/1950sUnlimited/Creative Commons
As primeiras geladeiras eram pesadas e tinham pés fixos, comumente feitas com congelador na parte interna e inferior. Por acumular grossas camadas de gelo, o aparelho precisava ser descongelado periodicamente.
Muitos anúncios antigos de venda colocavam somente imagens de mulheres, como se os serviços domésticos fossem apenas delas. A partir da década de 1990, segundo Ana, com a crescente diversidade das formações familiares e o questionamento dos papéis de gênero, a indústria também passa por mudanças. “As cozinhas americanas, áreas de lazer integradas e ambientes multiúso tornam-se mais comuns, acompanhando a ideia de um lar mais colaborativo e menos compartimentado”, ela diz.
6. Videocassete
O videocassete foi por muito tempo a forma possível para assistir filmes fora do cinema. Na imagem, o aparelho que fazia a leitura do videocassete
Pexels/Magda Ehlers/Creative Commons
Antes, para assistir filmes fora dos cinemas era preciso ir em uma locadora, alugar uma fita e ter um aparelho de videocassete na sala. E nada de avançar ou voltar a história com apenas um botão: era necessário rebobinar a fita, o que demandava tempo e paciência.
7. Ferro de passar General Electric
O ferro elétrico da General Eletric se diferenciava por ser um modelo automático
Vitória Leilões/Divulgação
O primeiro ferro elétrico foi inventado no século 19, mas, devido ao baixo acesso à energia elétrica e condições de fornecimento, foi apenas nos anos seguintes que o produto foi entrando nas casas ao redor de todo o mundo.
O Brasil, inicialmente, dependia da importação para ter acesso ao produto. O modelo da marca General Eletric foi um dos mais populares por aqui. É só nos anos 1950 que a indústria nacional começa a produzir ferros elétricos (de diferentes marcas).
8. Máquina de costura
Os modelos conjugados de mesa e máquina de costura eram comuns nas casas brasileiras
PxHere/Creative Commons
As máquinas de costura eram muito comuns antigamente. Os modelos eram feitos, majoritariamente, de madeira e podiam ter uma mesa acoplada na base da estrutura. Além de ser usada na costura e reparo de roupas, o item era elemento decorativo.
9. TV de tubo
A TV de tubo reinava nos lares do mundo todo até ser substituída pelos modelos slim
Museo Leonardo da Vinci/Wikimedia Commons
Nem sempre as casas estiveram equipadas com televisões e aparelhos extra finos. Até a década de 1990, as chamadas televisões de tubo eram encontradas em muitos lares brasileiros.
Leia mais
O aparelho recebeu esse nome por usar a tecnologia de tubos de raios catódicos, isto é, um feixe de elétrons produzidos quando há diferença de potencial elevada entre eletrodos, para formar a imagem na tela.
10. Armários de cozinha coloridos
Os armários coloridos foram tendência de decoração das cozinhas no Brasil durante os anos 1980
Pinterest/Mercado Livre/Reprodução | Pinterest/Adriana Salerno/Reprodução | Montagem: Casa e Jardim
Os armários de cozinha coloridos também foram bastante populares. Diferente de hoje, em que a marcenaria e os móveis planejados prevalecem, até a década de 1990 os móveis soltos eram mais tradicionais. Em geral, as peças eram feitas de metal e pintadas de cores chamativas, como verde, amarelo e vermelho.
