Estas 10 instituições públicas ou privadas fazem parte dos museus-casas, que preservam a memória, a arquitetura e até a coleção de arte de seus antigos moradores Casas de personalidades ou de arquitetura única sempre despertam curiosidade. Não à toa, muitos desses espaços se transformaram em locais de interesse público. Afinal, são moradas que revelam a rotina de uma figura histórica ou artista, preservam valiosas coleções de arte, guardam traços arquitetônicos de relevância cultural ou, ainda, desvendam modos de viver de outras épocas.
Tais características, inclusive, integram a definição dos museus-casa — categoria reconhecida pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), com um comitê próprio chamado Demhist (abreviação de Demeures Historiques, ‘residências históricas’, em francês), dedicado a reunir essas instituições e discutir a conservação e a gestão desses espaços de memória.
Em São Paulo, há inúmeras residências de artistas, colecionadores ou arquitetos que foram convertidas em museus ou centros culturais. As mais conhecidas estão vinculadas ao Governo do Estado, como a Casa das Rosas, na avenida Paulista, a antiga residência do escritor Mário de Andrade, na Barra Funda, e a do poeta Guilherme de Almeida, no Sumaré. Já o Museu da Cidade, ligado à Secretaria Municipal de Cultura, é responsável por espaços como a Casa Modernista e a Casa do Grito – ambas inseridas em áreas verdes da zona sul da capital. O governo federal por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cultura, administra o Museu Lasar Segall, na Vila Mariana.
Há também instituições privadas que desempenham um papel essencial na preservação do patrimônio de seus fundadores e idealizadores. É o caso da Fundação Ema Klabin, no Jardim Europa, criada por desejo da própria colecionadora de arte e empresária. No Morumbi, a Casa de Vidro – onde viveram Lina Bo Bardi e Pietro Bardi – e a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano também mantêm vivas as memórias de seus antigos moradores. Todos esses espaços estão abertos ao público – muitos deles com entrada gratuita. A seguir, conheça um pouco da história e do acervo de cada um.
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Casa das Rosas
Casa da Rosas
Divulgação
Interiores da Casa das Rosas
Divulgação
Um dos principais pontos turísticos no início da avenida Paulista, a Casa das Rosas foi construída entre 1930 e 1935, com projeto original do escritório do arquiteto Ramos de Azevedo (1851–1928). Inicialmente, abrigou sua filha e seu genro, e pertenceu à família até 1985, quando foi tombada. Em 1995, foi reaberta como espaço cultural e, desde 2004, se tornou o Centro Cultural Casas das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. Além da arquitetura original, a instituição preserva também os amplos jardins e o pomar – que estão sempre abertos ao público. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada franca.
Endereço: Avenida Paulista, 37 – Paraíso
Casa Mario de Andrade
Casa Mario de Andrade
Divulgação
Nos interiores da Casa Mario de Andrade, alguns móveis de época e peças desenhadas pelo próprio poeta
Divulgação
A antiga residência do escritor e poeta Mario de Andrade – um dos grandes nomes da Semana de Arte Moderna de 1922 – foi tombada pelo IPHAN pouco após sua morte, em 1945. Antes de se tornar museu, funcionou como Oficina da Palavra e adquiriu a configuração atual em 2015. Hoje, abriga uma exposição permanente com móveis originais (alguns até desenhados por ele), objetos pessoais, textos, fotos e vídeos, além de seções dedicadas à sua atuação no cinema, música, literatura, artes plásticas e teatro. Funciona de terça a sábado, das 10h às 18h; domingos e feriados, das 10h às 12h e das 13h às 18h, com entrada franca.
Endereço: Rua Lopes Chaves, 546 – Barra Funda
Casa Guilherme de Almeida
Casa Guilherme de Almeida
André Hoff
Interiores da Casa Guilherme de Almeida
André Hoff
Esta casa no bairro do Sumaré foi residência do poeta modernista Guilherme de Almeida entre 1946 e sua morte, em 1969. Transformada em museu e centro de estudos literários, foi inaugurada em março de 1979. O acervo soma cerca de 15.300 itens, incluindo obras de artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Lasar Segall, além de mobiliário, objetos decorativos, documentos, livros raros e outras publicações antigas. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita e visitas guiadas.
Endereço: Rua Macapá, 187 – Sumaré
Casa Museu Ema Klabin
Casa Museu Ema Klabin
Nelson Kon/Divulgação
Casa Museu Ema Klabin
Nelson Kon/Divulgação
Interiores da Casa Museu Ema Klabin
Nelson Kon/Divulgação
Projetada nos anos 1950 por Alfredo Becker, esta casa, no Jardim Europa, foi onde viveu a empresária Ema Gordon Klabin. Ainda em vida, a proprietária já imaginava abrir sua casa e sua coleção de arte ao público. Em 1978, criou a Fundação Ema Klabin com a intenção de preservar suas obras. “É um caso raro, pois Ema participou da musealização da própria casa. E a irmã dela fez algo parecido no Rio com a Fundação Eva Klabin”, explica Fernanda Paiva Guimarães, Superintendente e Gestora da Casa Museu Ema Klabin. A casa exibe quase 80% de seu acervo de 1.500 peças, que traçam um verdadeiro panorama da história da arte mundial. Há obras vindas da Europa, Ásia, África e América Pré-Colombiana. Ema também reuniu muitas peças de mobiliário, itens de casa e objetos decorativos de época. O museu abre de quarta a domingo, das 11h às 17h (permanência até 18h); o ingresso custa R$ 20.
Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa
Casa Vilanova Artigas
Casa Vilanova Artigas
Pedro Kok/Divulgação
Construída em 1949, esta casa tombada foi morada do arquiteto João Batista Vilanova Artigas. Sede do Instituto Casa Vilanova Artigas (ICVA), tornou-se um centro cultural voltado à valorização da arquitetura, patrimônio histórico, design e arte em 2019. O espaço foi preparado para expor projetos e imagens da vida e obra do arquiteto, além de oferecer outras exposições e eventos. O Instituto abriga o Café Artigas – localizado no pátio da casa, com projeto original de paisagismo de Burle Marx, reeditado por Luis Carlos Orsini. Abre ao público de quarta a domingo, das 12h às 17h. A entrada é gratuita.
Endereço: Rua Barão de Jaceguai, 1.151 – Campo Belo
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
Reprodução/Instagram
Idealizada por Oscar Americano em memória de sua esposa, Maria Luisa, a fundação foi criada em março de 1974, e a casa foi aberta ao público em 1980, após algumas intervenções do arquiteto Oswaldo Bratke (1907-1997). O acervo é a antiga coleção de arte do casal – dois grandes mecenas – e contém obras de arte, mobiliário histórico e outros itens de época. Funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30; o ingresso custa R$ 40.
Endereço: Av. Morumbi, 4.077 – Morumbi
Casa de Vidro (Instituto Bardi)
Casa de Vidro (Instituto Bardi)
Divulgação
Interiores da Casa de Vidro (Instituto Bardi)
Henrique Luz/Divulgação
Projetada por Lina Bo Bardi e construída em 1951, a Casa de Vidro é um ícone da arquitetura modernista brasileira, não só por dialogar com a Mata Atlântica da região, mas também por revelar a maneira de trabalhar da arquiteta. Por conta do terreno acidentado, Lina posicionou a casa sobre quatro pilares, com um vão livre embaixo. Esse desenho foi o embrião do projeto que realizaria no MASP, anos depois. Além disso, os interiores reverberam alguns de seus ideais de arquitetura e muitas peças de design de sua autoria. Desde 1990, o local abriga o Instituto Bardi, dedicado à arquitetura, urbanismo, design e artes. As visitas ocorrem de quinta a sábado, em horários agendados (10h, 11h30, 14h e 15h30); o valor do ingresso é R$ 58.
Endereço: Rua Gen. Almério de Moura, 200 – Morumbi
Casa do Grito
Casa do Grito em aquarela de Natalia Scromov para o Museu da Cidade de São Paulo
Natalia Scromov/Museu da Cidade de São Paulo
Casa do Grito
Divulgação/Museu da Cidade de São Paulo
A Casa do Grito, patrimônio histórico de taipa datado de 1844, é um belo exemplo de habitação original do séc. 19. A prefeitura desapropriou o imóvel em 1936 e, em 1955, ele passou por uma restauração para aproximá-lo da imagem retratada na tela de Pedro Américo, Independência ou Morte (1888) – justamente por conta de sua localização próxima ao córrego do Ipiranga. Na ocasião, recebeu o nome de Casa do Grito e passou a integrar o Parque da Independência. Hoje, é administrada pelo Museu da Cidade e a entrada é gratuita.
Endereço: Praça do Monumento, s/n – Ipiranga
Museu Lasar Segall
Museu Lasar Segall
Reprodução/Instagram
Foto antiga da fachada da casa de Lasar Segall, na Vila Mariana
Reprodução/Instagram
Idealizado por Jenny Klabin Segall, viúva de Lasar Segall, o museu foi criado em 1967 pelos filhos do casal, Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. A antiga residência e ateliê do artista – projetados em 1932 por Gregori Warchavchik (1896-1972), um dos pioneiros da arquitetura moderna no Brasil – abrigam a instituição. O museu integra o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura, e conta com apoio da Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall (ACAMLS). O acervo abrange mais de 3 mil itens da produção do pintor, escultor e gravurista, um dos nomes centrais da arte moderna brasileira. Segundo a organização, trata-se de um recorte representativo da obra de Segall, que permite uma visão panorâmica de sua variedade técnica e temática. Está aberto ao público de quarta a segunda-feira, das 11h às 19h. A entrada é gratuita.
Endereço: Rua Berta, 111 – Vila Mariana
Casa Modernista
Casa modernista em aquarela de Natalia Scromov para o Museu da Cidade de São Paulo
Natalia Scromov/Museu da Cidade de São Paulo
Foto antiga da fachada da Casa Modernista na Vila Mariana
Divulgação/Museu da Cidade de São Paulo
Casa Modernista
Divulgação/Museu da Cidade de São Paulo
Projetada por Gregori Warchavchik (1896-1972) entre 1927 e 1928, esta residência na Rua Santa Cruz é considerada a primeira casa de arquitetura moderna no Brasil, tombada pelo CONDEPHAAT e pelo Conpresp em 1984. Inserida no acervo do Museu da Cidade de São Paulo, ela está dentro do Parque Modernista, na Vila Mariana. Funciona de terça a domingo e a entrada é gratuita.
Endereço: Rua Santa Cruz, 255 – Vila Mariana
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Tais características, inclusive, integram a definição dos museus-casa — categoria reconhecida pelo Conselho Internacional de Museus (ICOM), com um comitê próprio chamado Demhist (abreviação de Demeures Historiques, ‘residências históricas’, em francês), dedicado a reunir essas instituições e discutir a conservação e a gestão desses espaços de memória.
Em São Paulo, há inúmeras residências de artistas, colecionadores ou arquitetos que foram convertidas em museus ou centros culturais. As mais conhecidas estão vinculadas ao Governo do Estado, como a Casa das Rosas, na avenida Paulista, a antiga residência do escritor Mário de Andrade, na Barra Funda, e a do poeta Guilherme de Almeida, no Sumaré. Já o Museu da Cidade, ligado à Secretaria Municipal de Cultura, é responsável por espaços como a Casa Modernista e a Casa do Grito – ambas inseridas em áreas verdes da zona sul da capital. O governo federal por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), do Ministério da Cultura, administra o Museu Lasar Segall, na Vila Mariana.
Há também instituições privadas que desempenham um papel essencial na preservação do patrimônio de seus fundadores e idealizadores. É o caso da Fundação Ema Klabin, no Jardim Europa, criada por desejo da própria colecionadora de arte e empresária. No Morumbi, a Casa de Vidro – onde viveram Lina Bo Bardi e Pietro Bardi – e a Fundação Maria Luisa e Oscar Americano também mantêm vivas as memórias de seus antigos moradores. Todos esses espaços estão abertos ao público – muitos deles com entrada gratuita. A seguir, conheça um pouco da história e do acervo de cada um.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Casa das Rosas
Casa da Rosas
Divulgação
Interiores da Casa das Rosas
Divulgação
Um dos principais pontos turísticos no início da avenida Paulista, a Casa das Rosas foi construída entre 1930 e 1935, com projeto original do escritório do arquiteto Ramos de Azevedo (1851–1928). Inicialmente, abrigou sua filha e seu genro, e pertenceu à família até 1985, quando foi tombada. Em 1995, foi reaberta como espaço cultural e, desde 2004, se tornou o Centro Cultural Casas das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. Além da arquitetura original, a instituição preserva também os amplos jardins e o pomar – que estão sempre abertos ao público. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada franca.
Endereço: Avenida Paulista, 37 – Paraíso
Casa Mario de Andrade
Casa Mario de Andrade
Divulgação
Nos interiores da Casa Mario de Andrade, alguns móveis de época e peças desenhadas pelo próprio poeta
Divulgação
A antiga residência do escritor e poeta Mario de Andrade – um dos grandes nomes da Semana de Arte Moderna de 1922 – foi tombada pelo IPHAN pouco após sua morte, em 1945. Antes de se tornar museu, funcionou como Oficina da Palavra e adquiriu a configuração atual em 2015. Hoje, abriga uma exposição permanente com móveis originais (alguns até desenhados por ele), objetos pessoais, textos, fotos e vídeos, além de seções dedicadas à sua atuação no cinema, música, literatura, artes plásticas e teatro. Funciona de terça a sábado, das 10h às 18h; domingos e feriados, das 10h às 12h e das 13h às 18h, com entrada franca.
Endereço: Rua Lopes Chaves, 546 – Barra Funda
Casa Guilherme de Almeida
Casa Guilherme de Almeida
André Hoff
Interiores da Casa Guilherme de Almeida
André Hoff
Esta casa no bairro do Sumaré foi residência do poeta modernista Guilherme de Almeida entre 1946 e sua morte, em 1969. Transformada em museu e centro de estudos literários, foi inaugurada em março de 1979. O acervo soma cerca de 15.300 itens, incluindo obras de artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Lasar Segall, além de mobiliário, objetos decorativos, documentos, livros raros e outras publicações antigas. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, com entrada gratuita e visitas guiadas.
Endereço: Rua Macapá, 187 – Sumaré
Casa Museu Ema Klabin
Casa Museu Ema Klabin
Nelson Kon/Divulgação
Casa Museu Ema Klabin
Nelson Kon/Divulgação
Interiores da Casa Museu Ema Klabin
Nelson Kon/Divulgação
Projetada nos anos 1950 por Alfredo Becker, esta casa, no Jardim Europa, foi onde viveu a empresária Ema Gordon Klabin. Ainda em vida, a proprietária já imaginava abrir sua casa e sua coleção de arte ao público. Em 1978, criou a Fundação Ema Klabin com a intenção de preservar suas obras. “É um caso raro, pois Ema participou da musealização da própria casa. E a irmã dela fez algo parecido no Rio com a Fundação Eva Klabin”, explica Fernanda Paiva Guimarães, Superintendente e Gestora da Casa Museu Ema Klabin. A casa exibe quase 80% de seu acervo de 1.500 peças, que traçam um verdadeiro panorama da história da arte mundial. Há obras vindas da Europa, Ásia, África e América Pré-Colombiana. Ema também reuniu muitas peças de mobiliário, itens de casa e objetos decorativos de época. O museu abre de quarta a domingo, das 11h às 17h (permanência até 18h); o ingresso custa R$ 20.
Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa
Casa Vilanova Artigas
Casa Vilanova Artigas
Pedro Kok/Divulgação
Construída em 1949, esta casa tombada foi morada do arquiteto João Batista Vilanova Artigas. Sede do Instituto Casa Vilanova Artigas (ICVA), tornou-se um centro cultural voltado à valorização da arquitetura, patrimônio histórico, design e arte em 2019. O espaço foi preparado para expor projetos e imagens da vida e obra do arquiteto, além de oferecer outras exposições e eventos. O Instituto abriga o Café Artigas – localizado no pátio da casa, com projeto original de paisagismo de Burle Marx, reeditado por Luis Carlos Orsini. Abre ao público de quarta a domingo, das 12h às 17h. A entrada é gratuita.
Endereço: Rua Barão de Jaceguai, 1.151 – Campo Belo
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
Fundação Maria Luisa e Oscar Americano
Reprodução/Instagram
Idealizada por Oscar Americano em memória de sua esposa, Maria Luisa, a fundação foi criada em março de 1974, e a casa foi aberta ao público em 1980, após algumas intervenções do arquiteto Oswaldo Bratke (1907-1997). O acervo é a antiga coleção de arte do casal – dois grandes mecenas – e contém obras de arte, mobiliário histórico e outros itens de época. Funciona de terça a domingo, das 10h às 17h30; o ingresso custa R$ 40.
Endereço: Av. Morumbi, 4.077 – Morumbi
Casa de Vidro (Instituto Bardi)
Casa de Vidro (Instituto Bardi)
Divulgação
Interiores da Casa de Vidro (Instituto Bardi)
Henrique Luz/Divulgação
Projetada por Lina Bo Bardi e construída em 1951, a Casa de Vidro é um ícone da arquitetura modernista brasileira, não só por dialogar com a Mata Atlântica da região, mas também por revelar a maneira de trabalhar da arquiteta. Por conta do terreno acidentado, Lina posicionou a casa sobre quatro pilares, com um vão livre embaixo. Esse desenho foi o embrião do projeto que realizaria no MASP, anos depois. Além disso, os interiores reverberam alguns de seus ideais de arquitetura e muitas peças de design de sua autoria. Desde 1990, o local abriga o Instituto Bardi, dedicado à arquitetura, urbanismo, design e artes. As visitas ocorrem de quinta a sábado, em horários agendados (10h, 11h30, 14h e 15h30); o valor do ingresso é R$ 58.
Endereço: Rua Gen. Almério de Moura, 200 – Morumbi
Casa do Grito
Casa do Grito em aquarela de Natalia Scromov para o Museu da Cidade de São Paulo
Natalia Scromov/Museu da Cidade de São Paulo
Casa do Grito
Divulgação/Museu da Cidade de São Paulo
A Casa do Grito, patrimônio histórico de taipa datado de 1844, é um belo exemplo de habitação original do séc. 19. A prefeitura desapropriou o imóvel em 1936 e, em 1955, ele passou por uma restauração para aproximá-lo da imagem retratada na tela de Pedro Américo, Independência ou Morte (1888) – justamente por conta de sua localização próxima ao córrego do Ipiranga. Na ocasião, recebeu o nome de Casa do Grito e passou a integrar o Parque da Independência. Hoje, é administrada pelo Museu da Cidade e a entrada é gratuita.
Endereço: Praça do Monumento, s/n – Ipiranga
Museu Lasar Segall
Museu Lasar Segall
Reprodução/Instagram
Foto antiga da fachada da casa de Lasar Segall, na Vila Mariana
Reprodução/Instagram
Idealizado por Jenny Klabin Segall, viúva de Lasar Segall, o museu foi criado em 1967 pelos filhos do casal, Mauricio Segall e Oscar Klabin Segall. A antiga residência e ateliê do artista – projetados em 1932 por Gregori Warchavchik (1896-1972), um dos pioneiros da arquitetura moderna no Brasil – abrigam a instituição. O museu integra o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura, e conta com apoio da Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall (ACAMLS). O acervo abrange mais de 3 mil itens da produção do pintor, escultor e gravurista, um dos nomes centrais da arte moderna brasileira. Segundo a organização, trata-se de um recorte representativo da obra de Segall, que permite uma visão panorâmica de sua variedade técnica e temática. Está aberto ao público de quarta a segunda-feira, das 11h às 19h. A entrada é gratuita.
Endereço: Rua Berta, 111 – Vila Mariana
Casa Modernista
Casa modernista em aquarela de Natalia Scromov para o Museu da Cidade de São Paulo
Natalia Scromov/Museu da Cidade de São Paulo
Foto antiga da fachada da Casa Modernista na Vila Mariana
Divulgação/Museu da Cidade de São Paulo
Casa Modernista
Divulgação/Museu da Cidade de São Paulo
Projetada por Gregori Warchavchik (1896-1972) entre 1927 e 1928, esta residência na Rua Santa Cruz é considerada a primeira casa de arquitetura moderna no Brasil, tombada pelo CONDEPHAAT e pelo Conpresp em 1984. Inserida no acervo do Museu da Cidade de São Paulo, ela está dentro do Parque Modernista, na Vila Mariana. Funciona de terça a domingo e a entrada é gratuita.
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