10 plantas aterrorizantes que você não deveria ter em casa

Nem toda planta nasce para perfumar jardins ou enfeitar salas de estar. Algumas florescem envoltas em mistério, exalam odores fétidos, guardam venenos mortais ou carregam histórias dignas de Halloween. Da flor-cadáver à árvore-do-diabo, o reino vegetal abriga criaturas botânicas sombrias, que fascinam tanto quanto assustam.
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Nesta seleção, conheça 10 plantas aterrorizantes que você não deveria ter em casa.
Amansa-senhor (Petiveria alliacea)
Além das propriedades medicinais, a guiné é utilizada em rituais e cerimônias para afastar maus espíritos
Flickr/Adriano Luis/Creative Commons
Conhecida por seu cheiro de alho, a planta amansa-senhor ou guiné já foi muito utilizada em rituais de proteção, e ganhou a fama de espantar o mal, mas também é frequentemente associada a histórias de vingança e loucura. “Era chamada de amansa-senhor porque escravizadas a usavam para se vingar dos senhores opressores, que acabavam fracos, confusos, mudos e, às vezes, mortos”, conta a bióloga Cristiane Rangel, que guia a Trilha das Plantas Misteriosas no Dia das Bruxas, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Árvore-do-diabo (Alstonia scholaris)
A árvore-do-diabo atrai histórias assustadoras de espíritos, especialmente à noite
Ricardo Neri/Divulgação
Em algumas aldeias na Índia, ninguém se atreve a se aproximar dessa árvore à noite. Dizem que ela abriga espíritos e, após o pôr-do-sol, a quem a ouça sussurrar seu nome. Suas flores só abrem no escuro e soltam um perfume forte, comparado a um feitiço.
Cacto-estrela (Stapelia gigantea)
O cacto-estrela só costuma florescer quando cultivado em uma quantidade generosa de iluminação natural
ashitaka-f/Flickr/Creative Commons
O cacto-estrela é conhecido por suas flores vistosas, vermelhas com pelos, que podem chegar a até 15 cm de diâmetro. As flores surgem no final do verão e costumam durar até o outono. Há quem relate que, ao se aproximar muito da planta, é possível sentir um mau cheiro, que lembra o de carne em decomposição, responsável por atrair moscas.
Cravo-de-defunto (Tagetes erecta)
Cultivado anualmente no México para compor arranjos no feriado de Dia dos Mortos, a planta leva de três a quatro meses para florescer
Flickr/Mauricio Mercadante/CreativeCommons
A aparência do cravo-de-defunto não é das piores, mas muitas pessoas o rejeitam devido por estar atrelado ao Día de Los Muertos, feriado mexicano. No Brasil, a planta ornamental também é frequentemente associada a velórios e cemitérios.
Flor-cadáver (Amorphophallus titanum)
Em janeiro de 2025, o rato florescimento da flor-cadáver atraiu centenas de pessoas ao Royal Botanical Gardens, em Sydney, na Austrália
SOPA Images/GettyImages
Conhecida como a “flor mais fedida do mundo”, a espécie é famosa por seu odor insuportável. O desabrochar da flor é um evento raro e atrai muitos curiosos: a planta pode levar de sete a dez anos para florescer pela primeira vez e, depois disso, costuma florescer novamente apenas a cada quatro ou cinco anos.
Flor-morcego (Tacca chantrieri)
A flor-morcego é nativa das florestas tropicais do sudeste asiático, englobando China, Índia, Malásia, Tailândia e Vietnã
Flickr/ACEZandEIGHTZ/CreativeCommons
Sua exótica floração preta, que lembra um morcego com longos bigodes, faz da espécie um item cobiçado entre colecionadores. Na medicina chinesa e tailandesa, ela é utilizada como anti-inflamatório e tratamentos do sistema digestivo. Contudo, o paisagista João Sabino alerta que seus frutos não devem ser consumidos por serem tóxicos.
Mamona (Ricinus communis)
A mamona é um arbusto tropical, perene e valorizado por trazer um toque de personalidade ao jardins
Unsplash/PROJETO CAFÉ GATO-MOURISCO/Creative Commons
A aparência exótica da mamona esconde um perigo silencioso: todas as partes da planta são tóxicas, especialmente as sementes, que contém ricina, uma das substâncias mais venenosas do reino vegetal. Por isso, seu cultivo costuma ser evitado em casas e jardins.
Papo-de-peru (Arisaema triphyllum)
O fruto do papo-de-peru tem um formato peculiar, que lhe rendeu o nome popular
Ricardo Neri/Divulgação
O papo-de-peru é uma planta comum em formações de Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica. É uma trepadeira ideal para revestir pergolados e gradis. A floração ocorre na primavera e no verão, e as moscas são atraídas pelo odor de carne podre, liberado no período da manhã. O fruto, também peculiar, possui formato de paraquedas invertido, com aspecto seco. Caso ainda opte por cultivá-la, atenção às folhas, consideradas tóxicas para animais de estimação e crianças.
Pau-dos-feiticeiros (Datura stramonium)
As sementes da ‘Datura stramonium’ costumam conter maior concentração tropanoalcaloides, responsáveis pelo envenenamento
Wikimedia/Agnieszka Kwiecień/Creative Commons
Também conhecida como árvore-da-sentença, a espécie foi utilizada em tribunais sombrios. “Na África, quem bebia seu veneno, chamado de muave, enfrentava a sentença: sobreviver provava sua inocência; morrer, culpa confirmada”, diz Cristiane.
Raflésia-comum (Rafflesia arnoldii)
A ‘Rafflesia arnoldii’ é considerada a maior flor do mundo, podendo alcançar mais de 1 metro de diâmetro
Wikipedia / Steve Cornish / CreativeCommons
A maior flor do mundo é também a mais fétida. A raflésia-comum, também conhecida popularmente como flor-cadáver, é nativa da Indonésia, pode crescer até 111 cm de diâmetro, pesar até 11 quilos e possui um odor forte de carne podre. Outra peculiaridade da espécie é que ela não produz o próprio alimento, como a maioria das plantas.
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“Ela é conhecida como flor parasita, pois é uma planta que, além de não fazer fotossíntese, passa sua vida dentro de plantas do gênero Tetrastigma e se nutre dos fluidos dessa planta”, explica a mestre em botânica Adriana Winter.

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