11 de 12 jardineiros pediram demissão do palácio do Rei Charles em três anos, diz jornal

Um pedido de demissão em massa abalou a propriedade Highgrove, pertencente ao Rei Charles, na Inglaterra. Desde março de 2022, 11 dos 12 jardineiros que trabalhavam nos jardins da residência real deixaram a equipe, informou o jornal britânico Sunday Times no dia 20 de julho.
Segundo a investigação do veículo, ao deixar o posto, os jardineiros afirmaram tratar-se de um “ambiente de trabalho tóxico onde eram sobrecarregados e mal pagos”. Metade deles ganhava o salário mínimo do Reino Unido — £ 12,21 por hora (R$ 92, na atual cotação).
A propriedade de Highgrove foi comprada pelo Rei Charles em 1980
Instagram/@highgrovegarden/Reprodução
Outro jardineiro ainda teria sido reprovado no período de experiência após revelar conhecimento insuficiente sobre um tipo específico de flor, o que teria incomodado o Rei. “Não coloque esse homem na minha frente novamente”, teria dito Charles sobre o funcionário, conforme apurou reportagem.
No final de 2023, um membro da equipe apresentou uma queixa contra a gerência, alegando que eles estavam “com recursos insuficientes e constantemente lutando para atender à solicitação do Rei”, informou o Sunday Times. A queixa afirmava que os funcionários “sofreram lesões físicas ao tentar acompanhar o ritmo” de trabalho.
O palácio de Highgrove exibe um labirinto de flores raras e sebes esculpidas em estilo tradicional inglês
Instagram/@highgrovegarden/Reprodução
A matéria aponta que Charles dá uma infinidade de instruções aos funcionários durante sua caminhada matinal pela propriedade. Ele espera que as ordens sejam cumpridas antes de seu próximo retorno.
Além disso, trabalhadores alegaram que o Rei envia notas detalhadas em “tinta vermelha grossa” para a equipe do jardim, com memorandos que são “surpreendentemente específicos e emocionais”.
Os jardins de Highgrove são considerados um dos maiores símbolos da dedicação do Rei Charles ao paisagismo sustentável
Instagram/@highgrovegarden/Reprodução
Charles também supostamente corrige a gramática e sublinha letras incorretas em relatórios e exige que sua equipe o trate como “Vossa Majestade” o tempo todo.
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Após as reclamações, a King’s Foundation (Fundação do Rei) contratou a WorkNest, uma consultoria independente de RH, para investigar as alegações. Desde então, a empresa descobriu evidências de “escassez de pessoal” e práticas de gestão “ruins”, confirmando que o salário era “um problema para o recrutamento e retenção”.
Cada recanto do jardim de Highgrove reflete a atenção minuciosa aos detalhes do Rei Charles
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Ainda segundo o jornal britânico, o relatório recomendou “treinamento de gestão para todos os gerentes”, bem como “apoio e aconselhamento em saúde mental” para os funcionários, além de uma revisão salarial.
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Apesar de gerar mais de R$ 44,5 milhões em faturamento no último ano fiscal — mais do que qualquer outra residência real — os jardins de Highgrove continuam operando com recursos mínimos, segundo outro veículo britânico, o The Post.
Combinando técnicas tradicionais e espécies raras, Highgrove se consolidou como uma das propriedades botânicas mais visitadas e admiradas da Inglaterra
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