Na hora de escolher as plantas para compor o jardim, além das condições de solo, iluminação e temperatura, o visual também deve ser considerado. Se você dispõe de mais espaço, árvores com folhas em formato de coração podem conferir romantismo e delicadeza para as áreas externas.
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Na botânica, esse tipo de folha é chamado de cordiforme. “O termo cordiforme tem origem no latim ‘cor, cordis’, que significa coração; e designa folhas de base arredondada ou recortada em seio, com ápice geralmente agudo”, explica Dennis Koji, engenheiro florestal e paisagista.
Esse tipo de folha pode ser observado em espécies variadas, arbustivas e arbóreas, tanto menores quanto maiores. Em função dessa multiplicidade, as características de cada planta também variam. No entanto, em sua maioria, são espécies que apresentam folhas simples e inteiras, com textura macia e bordas lisas ou levemente serrilhadas.
Além do formato de coração, algumas folhas maiores oferecem sombra ao jardim
Vinayaraj/Wikimedia Commons
“Algumas espécies podem ter grande área foliar, sendo indicadas para quem busca uma possibilidade de sombreamento”, afirma Letícia Galhardo Jorge, bióloga e paisagista na Ecoplante Paisagismo e Jardinagem.
Além dos aspectos formais e funcionais, as folhas conferem um toque especial ao jardim. “As folhas em formato de coração transmitem acolhimento, romantismo e delicadeza. Independente do tamanho, reforçam a sensação de bem-estar e de conexão afetiva com a natureza”, destaca Letícia.
Múltiplas combinações
“As espécies com folhas cordiformes são muito versáteis e combinam bem com diversos estilos de jardim”, afirma Bruno Novaes Menezes Martins, engenheiro agrônomo e proprietário da Ecoplante Paisagismo e Jardinagem.
A combinação no jardim dependerá sempre da proposta e do estilo de paisagismo que melhor se adequa à arquitetura do imóvel. A escolha também deve ser coerente com as necessidades e gostos dos moradores.
Durante a floração, a espécie ‘Cercis canadensis’ ganha um ar ainda mais romântico com as inflorescências rosas
Flickr/Sylvi/Creative Commons
É possível combinar as árvores com folhas cudiformes com espécies aromáticas, frutíferas e floríferas. “Capins ornamentais, alecrins, trepadeiras, filodendros, frutíferas e canteiros de flores, como agapantos e lírios, deixarão o jardim ainda mais romântico”, indica a paisagista Luciana Bacheschi.
“Recomendo a combinação de diferentes portes e estratos do jardim para criar volume. Se o ambiente contar com uma paisagem natural ao fundo, o uso de forrações e gramados ajuda a criar sensação de profundidade”, destaca Dennis.
Cuidados e manejo
O toque romântico de suas folhas pode ser um grande atrativo dessas árvores, mas o cultivo requer atenção especial ao espaço disponível para abrigar as espécies.
Em espaços compactos, a redbud oriental (Cercis canadensis), o urucum (Bixa orellana), a amoreira (Morus nigra) e o algodoeiro-da-praia (Hibiscus tiliaceus) são recomendados pelos especialistas. Já em espaços maiores, invista no pau-rei (Pterygota brasiliensis), no kiri-japonês (Paulownia tomentosa) e na tília de pequenas folhas (Tilia cordata).
Os cuidados gerais devem ser os mesmos para os demais tipos de plantas e formatos de folhas. “É importante garantir o espaço demandado pelo porte, a irrigação exigida pela espécie, e o monitoramento de pragas como cochonilhas e pulgões”, indica Bruno.
O acompanhamento de um profissional nesses processos é fundamental. “Ele será capaz de fazer a análise e a autorização de podas de condução; a avaliação nutricional do solo e das folhas para recomendar a adubação; e a definição do local de plantio”, pontua Dennis.
Abaixo, confira 15 espécies de árvores que apresentam folhas com formato de coração, que podem ser cultivadas no jardim!
Pata-de-vaca (Bauhinia forficata)
Com um formato de folha que se assemelha a um coração partido, ou a uma pata de vaca para outros, a planta leguminosa é perene, ou seja, apresenta um ciclo de vida longo. A espécie pode alcançar até 8 m de altura.
A ‘Bauhinia forficata’, ou pata-de-vaca, possui inflorescências brancas em seus galhos
Valentino Liberali/Creative Commons
Urucum (Bixa orellana)
Essa planta varia entre um porte arbustivo e arbóreo. Com frutos vermelhos ornamentais, é uma espécie utilizada tradicionalmente por povos indígenas brasileiros e peruanos, como matéria-prima para tinturas vermelhas, que além do simbolismo, também protegem a pele contra o sol e as picadas de insetos.
‘Bixa orellana’ é o nome científico do urucum, que se destaca não só pelo formato da folha, como pelos frutos vermelhos
Flickr/Joan Simon/Creative Commons
Árvore-das-trombetas (Catalpa bignoides)
Trata-se de uma árvore de sombra de crescimento rápido que prefere solos moderados, mas tolera condições úmidas ou secas. Na natureza, é frequentemente encontrada às margens de córregos e rios. Essa é uma espécie nativa dos Estados Unidos.
A ‘Catalpa bignoides’ tem folhas amplas em formato de coração
Le.Loup.Gris/Wikimedia Commons
Redbud oriental (Cercis canadensis)
De porte menor, a espécie apresenta folhas pequenas e delicadas. Além disso, tem uma floração rosa intensa, sobretudo, na primavera. “Por conta da coloração das folhas e flores, essa espécie pode ser um ponto de destaque do jardim”, comenta Luciana.
A ‘Cercis canadensis’ é uma espécie típica do leste da América do Norte, por isso, suas folhas tendem a ficar alaranjadas no outono
Flickr/Patrick/Creative Commons
Sangra-d’água (Croton urucurana)
Popularmente conhecida como sangra-d’água, a árvore é de médio porte. A espécie tolera solos úmido e tem sido usada em jardins ribeirinhos, para recuperação paisagística de margens.
A ‘Croton urucurana’ recebe o nome popular sangra-d’água devido a sua casca, da qual é extraído um látex de cor vermelha
Flickr/Mauricio Mercadante/Creative Commons
Mulungu-do-litoral (Erythrina speciosa)
De porte médio, a espécie conhecida como mulungu-do-litoral tem floração vermelha intensa e é uma excelente opção para atrair beija-flores em quintais. A sua facilidade de crescimento também é outro aspecto vantajoso para o uso.
A ‘Erythrina speciosa’ é nativa do Brasil, mas é cultivada também na África e na Índia
Flickr/mauro halpern/Creative Commons
Suinã (Erythrina velutina)
Semelhante ao mulungu-do-litoral, essa variação da mesma família é mais adaptada a climas secos, indicada para jardins de de cerrado e regiões semiáridas.
Um dos nomes populares da ‘Erythrina velutina’ é suinã e suas folhas são muito usadas pelas propriedades calmantes
Flickr/Mauricio Mercadante/Creative Commons
Gamelina (Gmelina arborea)
Pertencente à família Lamiaceae, possui porte médio, apresenta crescimento rápido e é muito utilizada para arborização de parques e praças.
A ‘Gmelina arborea’ é a árvore da qual é extraída a celulose, indicada para espaços amplos devido ao seu grande porte
Flickr/Dinesh Valke/Creative Commons
Algodoeiro-da-praia (Hibiscus tiliaceus)
A espécie pertence à família Malvaceae e tem um uso mais ornamental do que a variação anterior. A planta varia entre um porte pequeno a médio, e o extrato das folhas apresenta propriedades antioxidantes.
“É uma espécie que se adapta bem ao cultivo em diversas condições, ideal para quem deseja um toque de cor no seu jardim ou área externa”, destaca a biológa paisagista Jacque Frois.
O algodoeiro-da-praia floresce e frutifica o ano inteiro, e suas flores abrem pela manhã e caem ao longo do dia, avermelhando-se no processo
Vincenzo defifoot/Wikimedia Commons
Hibisco-do-mangue (Hibiscus tiliaceus ssp. pernambucensis)
Conhecida como hibisco-do-mangue, é uma subespécie da árvore anterior. Resistente à salinidade, é ideal para jardins litorâneos e de restinga. Sua flor tem coloração amarela e apresenta um leve perfume. Normalmente, assume a forma de arbusto, mas, quando bem cultivada, pode atingir a forma de uma pequena árvore.
A espécie hibisco-do-mangue adapta-se bem a jardins litorâneos e de restinga
Flickr/Marcia Stefani/Creative Commons
Açaçu (Hura crepitans)
O açacu também é conhecido como árvore dinamite por produzir uma cápsula que explode, espalhando suas sementes de forma intensa. “Sua madeira é considerada bastante leve e durável, matéria-prima perfeita para a confecção de sapatos, móveis e até para a construção civil”, pontua Jacque.
Apesar de ser frequentemente usada na arborização urbana, em parques e em áreas ajardinadas, o seu cultivo demanda cuidado. As suas sementes e látex são perigosos se ingeridos, não sendo recomendada para jardins com crianças ou animais de estimação.
A ‘Hura crepitans’ pode ser usada em jardins de forma cautelosa por ser tóxica para animais de estimação e crianças, se ingerida
Flickr/Johannes Lundberg/Creative Commons
Amoreira negra (Morus nigra)
A amoreira negra é uma espécie que pertence à família Moraceae, com porte médio. Quando adulta, apresenta folha com formato variável, de ovadas a cordiformes. Frutífera, atrai sobretudo aves, sendo ideal para jardins produtivos residenciais.
“A amora negra se destaca não só pelo sabor inigualável de seus frutos, mas também pelas propriedades benéficas à saúde que ela oferece”, afirma Jacque.
A espécie ‘Morus nigra’ se destaca por oferecer frutos deliciosos
Genet/Wikimedia Commons
Pau-rei (Pterygota brasiliensis)
O pau-rei é uma árvore de grande porte, com madeira densa. Pode ter uso ornamental devido à copa ampla e às folhas largas, sendo recomendada apenas para grandes áreas de jardim ou parques.
A ‘Pterygota brasiliensis’ é recomendada para ser usada em espaços de jardim amplos pelo grande porte
Flickr/Barry Stock/Creative Commons
Kiri-japonês (Paulownia tomentosa)
Com crescimento rápido, suas folhas são extremamente grandes, o que é excelente para o sombreamento rápido em áreas amplas.
A ‘Paulownia tomentosa’ é conhecida popularmente como kiri-japonês e suas sementes são de fácil dispersão
Flickr/Mauricio Mercadante/Creative Commons
Tília de folhas pequenas (Tilia cordata)
Comum em regiões de clima temperado, a árvore tem porte médio e é tradicional em alamedas e praças de regiões frias. É uma espécie que demanda bastante água para o seu crescimento.
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“As suas flores são utilizadas para fazer infusões devido aos seus ingredientes ativos incluírem flavonoides, com propriedades antioxidantes, sedativas, antiespasmódicas e anti-inflamatórias; e óleos voláteis”, explica Jacque. A planta também possui taninos, com propriedades adstringentes.
Além das folhas em formato de coração, a ‘Tilia cordata’ também apresenta florescências delicadas
Flickr/Andreas Rockstein/Creative Commons
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Na botânica, esse tipo de folha é chamado de cordiforme. “O termo cordiforme tem origem no latim ‘cor, cordis’, que significa coração; e designa folhas de base arredondada ou recortada em seio, com ápice geralmente agudo”, explica Dennis Koji, engenheiro florestal e paisagista.
Esse tipo de folha pode ser observado em espécies variadas, arbustivas e arbóreas, tanto menores quanto maiores. Em função dessa multiplicidade, as características de cada planta também variam. No entanto, em sua maioria, são espécies que apresentam folhas simples e inteiras, com textura macia e bordas lisas ou levemente serrilhadas.
Além do formato de coração, algumas folhas maiores oferecem sombra ao jardim
Vinayaraj/Wikimedia Commons
“Algumas espécies podem ter grande área foliar, sendo indicadas para quem busca uma possibilidade de sombreamento”, afirma Letícia Galhardo Jorge, bióloga e paisagista na Ecoplante Paisagismo e Jardinagem.
Além dos aspectos formais e funcionais, as folhas conferem um toque especial ao jardim. “As folhas em formato de coração transmitem acolhimento, romantismo e delicadeza. Independente do tamanho, reforçam a sensação de bem-estar e de conexão afetiva com a natureza”, destaca Letícia.
Múltiplas combinações
“As espécies com folhas cordiformes são muito versáteis e combinam bem com diversos estilos de jardim”, afirma Bruno Novaes Menezes Martins, engenheiro agrônomo e proprietário da Ecoplante Paisagismo e Jardinagem.
A combinação no jardim dependerá sempre da proposta e do estilo de paisagismo que melhor se adequa à arquitetura do imóvel. A escolha também deve ser coerente com as necessidades e gostos dos moradores.
Durante a floração, a espécie ‘Cercis canadensis’ ganha um ar ainda mais romântico com as inflorescências rosas
Flickr/Sylvi/Creative Commons
É possível combinar as árvores com folhas cudiformes com espécies aromáticas, frutíferas e floríferas. “Capins ornamentais, alecrins, trepadeiras, filodendros, frutíferas e canteiros de flores, como agapantos e lírios, deixarão o jardim ainda mais romântico”, indica a paisagista Luciana Bacheschi.
“Recomendo a combinação de diferentes portes e estratos do jardim para criar volume. Se o ambiente contar com uma paisagem natural ao fundo, o uso de forrações e gramados ajuda a criar sensação de profundidade”, destaca Dennis.
Cuidados e manejo
O toque romântico de suas folhas pode ser um grande atrativo dessas árvores, mas o cultivo requer atenção especial ao espaço disponível para abrigar as espécies.
Em espaços compactos, a redbud oriental (Cercis canadensis), o urucum (Bixa orellana), a amoreira (Morus nigra) e o algodoeiro-da-praia (Hibiscus tiliaceus) são recomendados pelos especialistas. Já em espaços maiores, invista no pau-rei (Pterygota brasiliensis), no kiri-japonês (Paulownia tomentosa) e na tília de pequenas folhas (Tilia cordata).
Os cuidados gerais devem ser os mesmos para os demais tipos de plantas e formatos de folhas. “É importante garantir o espaço demandado pelo porte, a irrigação exigida pela espécie, e o monitoramento de pragas como cochonilhas e pulgões”, indica Bruno.
O acompanhamento de um profissional nesses processos é fundamental. “Ele será capaz de fazer a análise e a autorização de podas de condução; a avaliação nutricional do solo e das folhas para recomendar a adubação; e a definição do local de plantio”, pontua Dennis.
Abaixo, confira 15 espécies de árvores que apresentam folhas com formato de coração, que podem ser cultivadas no jardim!
Pata-de-vaca (Bauhinia forficata)
Com um formato de folha que se assemelha a um coração partido, ou a uma pata de vaca para outros, a planta leguminosa é perene, ou seja, apresenta um ciclo de vida longo. A espécie pode alcançar até 8 m de altura.
A ‘Bauhinia forficata’, ou pata-de-vaca, possui inflorescências brancas em seus galhos
Valentino Liberali/Creative Commons
Urucum (Bixa orellana)
Essa planta varia entre um porte arbustivo e arbóreo. Com frutos vermelhos ornamentais, é uma espécie utilizada tradicionalmente por povos indígenas brasileiros e peruanos, como matéria-prima para tinturas vermelhas, que além do simbolismo, também protegem a pele contra o sol e as picadas de insetos.
‘Bixa orellana’ é o nome científico do urucum, que se destaca não só pelo formato da folha, como pelos frutos vermelhos
Flickr/Joan Simon/Creative Commons
Árvore-das-trombetas (Catalpa bignoides)
Trata-se de uma árvore de sombra de crescimento rápido que prefere solos moderados, mas tolera condições úmidas ou secas. Na natureza, é frequentemente encontrada às margens de córregos e rios. Essa é uma espécie nativa dos Estados Unidos.
A ‘Catalpa bignoides’ tem folhas amplas em formato de coração
Le.Loup.Gris/Wikimedia Commons
Redbud oriental (Cercis canadensis)
De porte menor, a espécie apresenta folhas pequenas e delicadas. Além disso, tem uma floração rosa intensa, sobretudo, na primavera. “Por conta da coloração das folhas e flores, essa espécie pode ser um ponto de destaque do jardim”, comenta Luciana.
A ‘Cercis canadensis’ é uma espécie típica do leste da América do Norte, por isso, suas folhas tendem a ficar alaranjadas no outono
Flickr/Patrick/Creative Commons
Sangra-d’água (Croton urucurana)
Popularmente conhecida como sangra-d’água, a árvore é de médio porte. A espécie tolera solos úmido e tem sido usada em jardins ribeirinhos, para recuperação paisagística de margens.
A ‘Croton urucurana’ recebe o nome popular sangra-d’água devido a sua casca, da qual é extraído um látex de cor vermelha
Flickr/Mauricio Mercadante/Creative Commons
Mulungu-do-litoral (Erythrina speciosa)
De porte médio, a espécie conhecida como mulungu-do-litoral tem floração vermelha intensa e é uma excelente opção para atrair beija-flores em quintais. A sua facilidade de crescimento também é outro aspecto vantajoso para o uso.
A ‘Erythrina speciosa’ é nativa do Brasil, mas é cultivada também na África e na Índia
Flickr/mauro halpern/Creative Commons
Suinã (Erythrina velutina)
Semelhante ao mulungu-do-litoral, essa variação da mesma família é mais adaptada a climas secos, indicada para jardins de de cerrado e regiões semiáridas.
Um dos nomes populares da ‘Erythrina velutina’ é suinã e suas folhas são muito usadas pelas propriedades calmantes
Flickr/Mauricio Mercadante/Creative Commons
Gamelina (Gmelina arborea)
Pertencente à família Lamiaceae, possui porte médio, apresenta crescimento rápido e é muito utilizada para arborização de parques e praças.
A ‘Gmelina arborea’ é a árvore da qual é extraída a celulose, indicada para espaços amplos devido ao seu grande porte
Flickr/Dinesh Valke/Creative Commons
Algodoeiro-da-praia (Hibiscus tiliaceus)
A espécie pertence à família Malvaceae e tem um uso mais ornamental do que a variação anterior. A planta varia entre um porte pequeno a médio, e o extrato das folhas apresenta propriedades antioxidantes.
“É uma espécie que se adapta bem ao cultivo em diversas condições, ideal para quem deseja um toque de cor no seu jardim ou área externa”, destaca a biológa paisagista Jacque Frois.
O algodoeiro-da-praia floresce e frutifica o ano inteiro, e suas flores abrem pela manhã e caem ao longo do dia, avermelhando-se no processo
Vincenzo defifoot/Wikimedia Commons
Hibisco-do-mangue (Hibiscus tiliaceus ssp. pernambucensis)
Conhecida como hibisco-do-mangue, é uma subespécie da árvore anterior. Resistente à salinidade, é ideal para jardins litorâneos e de restinga. Sua flor tem coloração amarela e apresenta um leve perfume. Normalmente, assume a forma de arbusto, mas, quando bem cultivada, pode atingir a forma de uma pequena árvore.
A espécie hibisco-do-mangue adapta-se bem a jardins litorâneos e de restinga
Flickr/Marcia Stefani/Creative Commons
Açaçu (Hura crepitans)
O açacu também é conhecido como árvore dinamite por produzir uma cápsula que explode, espalhando suas sementes de forma intensa. “Sua madeira é considerada bastante leve e durável, matéria-prima perfeita para a confecção de sapatos, móveis e até para a construção civil”, pontua Jacque.
Apesar de ser frequentemente usada na arborização urbana, em parques e em áreas ajardinadas, o seu cultivo demanda cuidado. As suas sementes e látex são perigosos se ingeridos, não sendo recomendada para jardins com crianças ou animais de estimação.
A ‘Hura crepitans’ pode ser usada em jardins de forma cautelosa por ser tóxica para animais de estimação e crianças, se ingerida
Flickr/Johannes Lundberg/Creative Commons
Amoreira negra (Morus nigra)
A amoreira negra é uma espécie que pertence à família Moraceae, com porte médio. Quando adulta, apresenta folha com formato variável, de ovadas a cordiformes. Frutífera, atrai sobretudo aves, sendo ideal para jardins produtivos residenciais.
“A amora negra se destaca não só pelo sabor inigualável de seus frutos, mas também pelas propriedades benéficas à saúde que ela oferece”, afirma Jacque.
A espécie ‘Morus nigra’ se destaca por oferecer frutos deliciosos
Genet/Wikimedia Commons
Pau-rei (Pterygota brasiliensis)
O pau-rei é uma árvore de grande porte, com madeira densa. Pode ter uso ornamental devido à copa ampla e às folhas largas, sendo recomendada apenas para grandes áreas de jardim ou parques.
A ‘Pterygota brasiliensis’ é recomendada para ser usada em espaços de jardim amplos pelo grande porte
Flickr/Barry Stock/Creative Commons
Kiri-japonês (Paulownia tomentosa)
Com crescimento rápido, suas folhas são extremamente grandes, o que é excelente para o sombreamento rápido em áreas amplas.
A ‘Paulownia tomentosa’ é conhecida popularmente como kiri-japonês e suas sementes são de fácil dispersão
Flickr/Mauricio Mercadante/Creative Commons
Tília de folhas pequenas (Tilia cordata)
Comum em regiões de clima temperado, a árvore tem porte médio e é tradicional em alamedas e praças de regiões frias. É uma espécie que demanda bastante água para o seu crescimento.
Leia mais
“As suas flores são utilizadas para fazer infusões devido aos seus ingredientes ativos incluírem flavonoides, com propriedades antioxidantes, sedativas, antiespasmódicas e anti-inflamatórias; e óleos voláteis”, explica Jacque. A planta também possui taninos, com propriedades adstringentes.
Além das folhas em formato de coração, a ‘Tilia cordata’ também apresenta florescências delicadas
Flickr/Andreas Rockstein/Creative Commons