Se uma casa deve impressionar e causar admiração, essas residências icônicas de líderes mundiais certamente cumprem esse papel. Por séculos, a arquitetura do poder moldou mais do que horizontes urbanos; ela definiu impérios, ancorou identidades nacionais e projetou ideais ao mundo. De castelos centenários a complexos modernistas, essas residências oficiais mostram como o design se torna uma linguagem de diplomacia, simbolismo e controle.
Sejam carregadas de história ou recém-construídas para sinalizar uma nova era, essas impressionantes casas de líderes mundiais revelam algo essencial sobre o país que representam – e, em alguns casos, sobre aqueles que a chamam de lar.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
1. Palácio Al Alam, Mascate, Omã
Palácio Al Alam, Mascate, Omã
Makalu/Pixabay
Ladeado por dois fortes portugueses do século XVI, o Palácio Al Alam é um marco cerimonial que entrelaça o passado colonial de Omã ao seu presente soberano. Reconhecível de imediato por suas colunas azuis e douradas em forma de cogumelo, o edifício não é a residência principal do sultão Haitham bin Tariq, mas sim o epicentro cerimonial da monarquia do país. Projetado mais para o espetáculo do que para a função, o palácio destila a identidade de Omã em uma performance majestosa de geometria, cor e serenidade, com arcadas internas que oferecem sombra e dramaticidade, enquanto uma praça perfumada com olíbano acolhe os dignitários visitantes.
2. Rashtrapati Bhavan, Nova Délhi, Índia
Rashtrapati Bhavan, Nova Délhi, Índia
Shaurya Singh/Pixabay
Antiga sede do vice-rei britânico, o Rashtrapati Bhavan hoje é a residência oficial do presidente da Índia, uma transformação emblemática da transição do país do colonialismo para a autogovernança democrática. Estendendo-se por 139 hectares, o complexo une o design clássico de Lutyens a motivos indianos. A estrutura de arenito parece emergir da própria terra, enquanto cúpulas inspiradas no estilo mogol coroam fachadas colunadas. Os famosos Jardins de Mughal estão situados na parte de trás. Apesar da função majoritariamente cerimonial, o palácio continua sendo um símbolo vivo da identidade multifacetada da Índia.
3. Castelo de Windsor, Berkshire, Reino Unido
Castelo de Windsor, Berkshire, Reino Unido
Steve Bidmead/Pixabay
O Castelo de Windsor abrigou reis e rainhas por quase mil anos. Hoje, é o refúgio de fim de semana da monarquia, que ocupa apartamentos privados na ala leste do castelo. Com mais de 1.000 cômodos espalhados por 5 hectares, o edifício é um palimpsesto arquitetônico de fortalezas normandas, capelas góticas e refinamentos georgianos. Após o incêndio de 1992, uma restauração de £36,5 milhões combinou conservação meticulosa com modernização discreta. No coração do castelo está a Capela de São Jorge, onde estão os túmulos de dez monarcas, incluindo o da Rainha Elizabeth II.
4. Palácio de Drottningholm, Estocolmo, Suécia
Palácio de Drottningholm, Estocolmo, Suécia
Erich Westendarp/Pixabay
Situado na tranquila ilha de Lovön, o Palácio de Drottningholm é a residência particular da família real sueca. Construído no final do século XVII e hoje Patrimônio Mundial da UNESCO, tem interiores com estuques originais e salões espelhados. Seu teatro, o mais antigo da Europa ainda em funcionamento, conserva maquinários do século XVIII que simulam vento, trovões e mar. A família real vive na ala sul, discretamente atualizada com confortos modernos. Do lado de fora, uma sequência de jardins resume três séculos de tradição paisagística em uma única propriedade.
5. Palácio da Zarzuela, Madri, Espanha
Palácio da Zarzuela, Madri, Espanha
Reprodução AD Índia
O Rei Felipe VI reside no modesto Palácio da Zarzuela, originalmente concebido no século XVIII como um pavilhão de caça real nos arredores de Madri. Apesar das ampliações posteriores, incluindo acréscimos funcionalistas nos anos 1960, a estrutura conserva seu charme discreto, em contraste com a grandiosidade do Palácio Real no centro da cidade. Envolto por bosques ondulantes e protegido mais pelo protocolo do que pela ostentação, Zarzuela oferece uma versão mais silenciosa da monarquia. É ali, nesse cenário comedido, que o rei conduz grande parte de sua rotina, lembrando ao público que o dever frequentemente supera a ostentação.
6. Palácio Imperial de Tóquio, Japão
Palácio Imperial de Tóquio, Japão
Christel/Pixabay
A residência do Imperador Naruhito reflete um extraordinário senso de moderação. Embora os jardins do palácio se estendam por 2,8 km² no centro de Tóquio, uma área que já foi considerada mais valiosa que o estado da Califórnia inteiro, a residência imperial em si é modesta. Reconstruída após a Segunda Guerra Mundial, sua arquitetura adota formas tradicionais japonesas: biombos de papel deslizantes, pisos de tatame e profunda harmonia com os jardins circundantes, compostos segundo o princípio do shakkei (paisagem emprestada). Fora do alcance do público, a família ainda cultiva seda e colhe arroz, mantendo rituais que remontam a mais de 1.500 anos.
7. Palácio Yamama, Riad, Arábia Saudita
Palácio Yamama, Riad, Arábia Saudita
Reprodução AD
Localizado em um extenso complexo de mais de 370 mil m² na capital saudita, o Palácio Yamama é menos uma residência real e mais uma cidade fortificada. Encomendado em 1983, o palácio equilibra o peso da autoridade com a elegância da tradição: fachadas geométricas, arcadas sombreadas e pátios revestidos de azulejos ecoam séculos da arquitetura do deserto. No interior, tecnologia avançada coexiste silenciosamente com rituais culturais: as salas majlis recebem encontros sob tetos intricados, uma mesquita privada ancora a vida espiritual, e jardins florescem com espécies raras do deserto, cultivadas como um desafio silencioso ao clima árido além das muralhas.
8. Palácio Raghadan, Amã, Jordânia
Palácio Raghadan, Amã, Jordânia
Reprodução AD Índia
Concebido em 1926 pelo monarca fundador da Jordânia, o Palácio Raghadan repousa sobre as colinas de Amã, inserido no complexo da Corte Real Haxemita. Suas cúpulas e paredes de calcário irradiam aconchego, em harmonia com a paleta natural da terra e inspiradas nas tradições arquitetônicas islâmica e otomana. Fiel ao seu nome – raghad, que significa “morar confortavelmente” – o palácio oferece um refúgio da formalidade política, com espaços cerimoniais públicos separados das áreas privadas. Os jardins mesclam tradições inglesas de paisagismo com a geometria islâmica, criando um diálogo poético entre culturas do passado e do presente.
9. Castelo de Laeken, Bruxelas, Bélgica
Castelo de Laeken, Bruxelas, Bélgica
Dimitris Vetsikas/Pixabay
Residência oficial do rei Philippe, o Castelo de Laeken combina elegância neoclássica com interiores discretamente domésticos. Construído em 1782 para a nobreza dos Habsburgos, recebeu em 1873 sua adição mais marcante: uma coleção de estufas projetadas por Alphonse Balat, mentor de Victor Horta, da Art Nouveau. As estruturas de vidro cobrem 1 hectare e abrigam plantas exóticas da época colonial belga. Os jardins também guardam uma réplica em miniatura de ruínas do antigo Egito, reflexo da obsessão do rei Leopoldo II pelo Canal de Suez e uma fusão cultural surpreendente inserida na paisagem belga.
10. Casa Branca, Washington D.C., EUA
Casa Branca, Washington D.C., EUA
Getty Images
Desde seu início solitário com o presidente John Adams até se tornar a sede icônica da liderança americana, a Casa Branca passou por séculos de transformação. Queimada pelas tropas britânicas em 1814 e reconstruída várias vezes desde então, sua forma atual é uma mistura entre monumento neoclássico e residência familiar. Os aposentos presidenciais privados incluem apenas 16 cômodos nos andares superiores, frequentemente redecorados conforme o gosto de cada primeira família, desde a elegância museológica de Jackie Kennedy até a reforma dourada de Trump.
11. Palácio do Eliseu, Paris, França
Palácio do Eliseu, Paris, França
TouN/Wikimedia Commons
Atrás de portões ornamentados perto da Champs-Élysées, o Palácio do Eliseu se ergue como símbolo da continuidade política e do classicismo francês. Construído em 1722 e um dia ocupado por Madame de Pompadour, tornou-se residência presidencial em 1873. Hoje, Emmanuel Macron realiza reuniões semanais sob lustres folheados a ouro e cristal no Salão Doré. No andar de cima, os aposentos privados mesclam história com design francês contemporâneo. Os jardins, embora modestos, têm uma vantagem notável: um heliponto oculto que permite ao presidente sair discretamente do centro de Paris.
12. 10 Downing Street, Londres, Reino Unido
10 Downing Street, Londres, Reino Unido
Getty Images
Talvez a porta mais fotografada do mundo, a entrada da 10 Downing Street esconde mais do que revela. Embora apresente uma fachada georgiana discreta, a residência oficial do primeiro-ministro se estende por mais de 100 cômodos conectados a partir de várias casas do século XVII. A porta em si, verde-escura e com mais de 200 kg, não pode ser aberta pelo lado de fora. Lá dentro, o premiê vive em um apartamento compacto de quatro quartos acima dos salões oficiais. Apesar dos apelos por modernização, todas as propostas foram recusadas para preservar o charme excêntrico e histórico do prédio.
13. Seri Perdana, Putrajaya, Malásia
Seri Perdana, Putrajaya, Malásia
Habib Zeiniadeh/Pixabay
Concluída em 1999 na capital administrativa da Malásia, Seri Perdana expressa uma fusão entre tradição islâmica e ambição contemporânea. A residência é dividida em três alas distintas: cerimonial, governamental e privada, refletindo o equilíbrio entre dever público e vida doméstica. Cúpulas e arcos pontiagudos dominam o design, enquanto padrões geométricos e tetos elevados canalizam e difundem a luz natural. Os jardins ao redor reinterpretam a ideia de paraíso descrita nos textos islâmicos, incorporando a flora nativa da Malásia para criar um ambiente tanto espiritual quanto nacional.
14. Palácio da Alvorada, Brasília, Brasil
Palácio da Alvorada, Brasília, Brasil
Getty Images
Projetado por Oscar Niemeyer e concluído em 1958, o Palácio da Alvorada é um símbolo duradouro do modernismo brasileiro. Localizado à beira de um lago artificial na então nova capital, sua característica mais icônica é a colunata de arcos de mármore que parecem suspender a estrutura. O interior, concebido com o artista Athos Bulcão, apaga as fronteiras entre arquitetura e arte por meio de superfícies azulejadas e mobiliário escultural. Foi, e ainda é, um edifício que encarna o otimismo ousado de uma nova era nacional.
15. Residência Union Buildings, Pretória, África do Sul
Residência Union Buildings, Pretória, África do Sul
falco/Pixabay
No alto de Pretória, os Union Buildings se estendem por uma colina de arenito, combinando formalidade neoclássica com elementos distintamente sul-africanos. Projetado por Herbert Baker e concluído em 1913, o complexo mistura simetria colonial com frontões no estilo holandês do Cabo e pedras de tons quentes. A residência presidencial fica escondida na ala leste, raramente vista pelo público. Do lado de fora, jardins em camadas funcionam como palco nacional, recebendo desde inaugurações presidenciais até protestos e momentos de luto coletivo. Com vistas panorâmicas e plantas nativas, o local oferece tanto uma sede de poder quanto um espaço de contemplação silenciosa.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Índia.
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Sejam carregadas de história ou recém-construídas para sinalizar uma nova era, essas impressionantes casas de líderes mundiais revelam algo essencial sobre o país que representam – e, em alguns casos, sobre aqueles que a chamam de lar.
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1. Palácio Al Alam, Mascate, Omã
Palácio Al Alam, Mascate, Omã
Makalu/Pixabay
Ladeado por dois fortes portugueses do século XVI, o Palácio Al Alam é um marco cerimonial que entrelaça o passado colonial de Omã ao seu presente soberano. Reconhecível de imediato por suas colunas azuis e douradas em forma de cogumelo, o edifício não é a residência principal do sultão Haitham bin Tariq, mas sim o epicentro cerimonial da monarquia do país. Projetado mais para o espetáculo do que para a função, o palácio destila a identidade de Omã em uma performance majestosa de geometria, cor e serenidade, com arcadas internas que oferecem sombra e dramaticidade, enquanto uma praça perfumada com olíbano acolhe os dignitários visitantes.
2. Rashtrapati Bhavan, Nova Délhi, Índia
Rashtrapati Bhavan, Nova Délhi, Índia
Shaurya Singh/Pixabay
Antiga sede do vice-rei britânico, o Rashtrapati Bhavan hoje é a residência oficial do presidente da Índia, uma transformação emblemática da transição do país do colonialismo para a autogovernança democrática. Estendendo-se por 139 hectares, o complexo une o design clássico de Lutyens a motivos indianos. A estrutura de arenito parece emergir da própria terra, enquanto cúpulas inspiradas no estilo mogol coroam fachadas colunadas. Os famosos Jardins de Mughal estão situados na parte de trás. Apesar da função majoritariamente cerimonial, o palácio continua sendo um símbolo vivo da identidade multifacetada da Índia.
3. Castelo de Windsor, Berkshire, Reino Unido
Castelo de Windsor, Berkshire, Reino Unido
Steve Bidmead/Pixabay
O Castelo de Windsor abrigou reis e rainhas por quase mil anos. Hoje, é o refúgio de fim de semana da monarquia, que ocupa apartamentos privados na ala leste do castelo. Com mais de 1.000 cômodos espalhados por 5 hectares, o edifício é um palimpsesto arquitetônico de fortalezas normandas, capelas góticas e refinamentos georgianos. Após o incêndio de 1992, uma restauração de £36,5 milhões combinou conservação meticulosa com modernização discreta. No coração do castelo está a Capela de São Jorge, onde estão os túmulos de dez monarcas, incluindo o da Rainha Elizabeth II.
4. Palácio de Drottningholm, Estocolmo, Suécia
Palácio de Drottningholm, Estocolmo, Suécia
Erich Westendarp/Pixabay
Situado na tranquila ilha de Lovön, o Palácio de Drottningholm é a residência particular da família real sueca. Construído no final do século XVII e hoje Patrimônio Mundial da UNESCO, tem interiores com estuques originais e salões espelhados. Seu teatro, o mais antigo da Europa ainda em funcionamento, conserva maquinários do século XVIII que simulam vento, trovões e mar. A família real vive na ala sul, discretamente atualizada com confortos modernos. Do lado de fora, uma sequência de jardins resume três séculos de tradição paisagística em uma única propriedade.
5. Palácio da Zarzuela, Madri, Espanha
Palácio da Zarzuela, Madri, Espanha
Reprodução AD Índia
O Rei Felipe VI reside no modesto Palácio da Zarzuela, originalmente concebido no século XVIII como um pavilhão de caça real nos arredores de Madri. Apesar das ampliações posteriores, incluindo acréscimos funcionalistas nos anos 1960, a estrutura conserva seu charme discreto, em contraste com a grandiosidade do Palácio Real no centro da cidade. Envolto por bosques ondulantes e protegido mais pelo protocolo do que pela ostentação, Zarzuela oferece uma versão mais silenciosa da monarquia. É ali, nesse cenário comedido, que o rei conduz grande parte de sua rotina, lembrando ao público que o dever frequentemente supera a ostentação.
6. Palácio Imperial de Tóquio, Japão
Palácio Imperial de Tóquio, Japão
Christel/Pixabay
A residência do Imperador Naruhito reflete um extraordinário senso de moderação. Embora os jardins do palácio se estendam por 2,8 km² no centro de Tóquio, uma área que já foi considerada mais valiosa que o estado da Califórnia inteiro, a residência imperial em si é modesta. Reconstruída após a Segunda Guerra Mundial, sua arquitetura adota formas tradicionais japonesas: biombos de papel deslizantes, pisos de tatame e profunda harmonia com os jardins circundantes, compostos segundo o princípio do shakkei (paisagem emprestada). Fora do alcance do público, a família ainda cultiva seda e colhe arroz, mantendo rituais que remontam a mais de 1.500 anos.
7. Palácio Yamama, Riad, Arábia Saudita
Palácio Yamama, Riad, Arábia Saudita
Reprodução AD
Localizado em um extenso complexo de mais de 370 mil m² na capital saudita, o Palácio Yamama é menos uma residência real e mais uma cidade fortificada. Encomendado em 1983, o palácio equilibra o peso da autoridade com a elegância da tradição: fachadas geométricas, arcadas sombreadas e pátios revestidos de azulejos ecoam séculos da arquitetura do deserto. No interior, tecnologia avançada coexiste silenciosamente com rituais culturais: as salas majlis recebem encontros sob tetos intricados, uma mesquita privada ancora a vida espiritual, e jardins florescem com espécies raras do deserto, cultivadas como um desafio silencioso ao clima árido além das muralhas.
8. Palácio Raghadan, Amã, Jordânia
Palácio Raghadan, Amã, Jordânia
Reprodução AD Índia
Concebido em 1926 pelo monarca fundador da Jordânia, o Palácio Raghadan repousa sobre as colinas de Amã, inserido no complexo da Corte Real Haxemita. Suas cúpulas e paredes de calcário irradiam aconchego, em harmonia com a paleta natural da terra e inspiradas nas tradições arquitetônicas islâmica e otomana. Fiel ao seu nome – raghad, que significa “morar confortavelmente” – o palácio oferece um refúgio da formalidade política, com espaços cerimoniais públicos separados das áreas privadas. Os jardins mesclam tradições inglesas de paisagismo com a geometria islâmica, criando um diálogo poético entre culturas do passado e do presente.
9. Castelo de Laeken, Bruxelas, Bélgica
Castelo de Laeken, Bruxelas, Bélgica
Dimitris Vetsikas/Pixabay
Residência oficial do rei Philippe, o Castelo de Laeken combina elegância neoclássica com interiores discretamente domésticos. Construído em 1782 para a nobreza dos Habsburgos, recebeu em 1873 sua adição mais marcante: uma coleção de estufas projetadas por Alphonse Balat, mentor de Victor Horta, da Art Nouveau. As estruturas de vidro cobrem 1 hectare e abrigam plantas exóticas da época colonial belga. Os jardins também guardam uma réplica em miniatura de ruínas do antigo Egito, reflexo da obsessão do rei Leopoldo II pelo Canal de Suez e uma fusão cultural surpreendente inserida na paisagem belga.
10. Casa Branca, Washington D.C., EUA
Casa Branca, Washington D.C., EUA
Getty Images
Desde seu início solitário com o presidente John Adams até se tornar a sede icônica da liderança americana, a Casa Branca passou por séculos de transformação. Queimada pelas tropas britânicas em 1814 e reconstruída várias vezes desde então, sua forma atual é uma mistura entre monumento neoclássico e residência familiar. Os aposentos presidenciais privados incluem apenas 16 cômodos nos andares superiores, frequentemente redecorados conforme o gosto de cada primeira família, desde a elegância museológica de Jackie Kennedy até a reforma dourada de Trump.
11. Palácio do Eliseu, Paris, França
Palácio do Eliseu, Paris, França
TouN/Wikimedia Commons
Atrás de portões ornamentados perto da Champs-Élysées, o Palácio do Eliseu se ergue como símbolo da continuidade política e do classicismo francês. Construído em 1722 e um dia ocupado por Madame de Pompadour, tornou-se residência presidencial em 1873. Hoje, Emmanuel Macron realiza reuniões semanais sob lustres folheados a ouro e cristal no Salão Doré. No andar de cima, os aposentos privados mesclam história com design francês contemporâneo. Os jardins, embora modestos, têm uma vantagem notável: um heliponto oculto que permite ao presidente sair discretamente do centro de Paris.
12. 10 Downing Street, Londres, Reino Unido
10 Downing Street, Londres, Reino Unido
Getty Images
Talvez a porta mais fotografada do mundo, a entrada da 10 Downing Street esconde mais do que revela. Embora apresente uma fachada georgiana discreta, a residência oficial do primeiro-ministro se estende por mais de 100 cômodos conectados a partir de várias casas do século XVII. A porta em si, verde-escura e com mais de 200 kg, não pode ser aberta pelo lado de fora. Lá dentro, o premiê vive em um apartamento compacto de quatro quartos acima dos salões oficiais. Apesar dos apelos por modernização, todas as propostas foram recusadas para preservar o charme excêntrico e histórico do prédio.
13. Seri Perdana, Putrajaya, Malásia
Seri Perdana, Putrajaya, Malásia
Habib Zeiniadeh/Pixabay
Concluída em 1999 na capital administrativa da Malásia, Seri Perdana expressa uma fusão entre tradição islâmica e ambição contemporânea. A residência é dividida em três alas distintas: cerimonial, governamental e privada, refletindo o equilíbrio entre dever público e vida doméstica. Cúpulas e arcos pontiagudos dominam o design, enquanto padrões geométricos e tetos elevados canalizam e difundem a luz natural. Os jardins ao redor reinterpretam a ideia de paraíso descrita nos textos islâmicos, incorporando a flora nativa da Malásia para criar um ambiente tanto espiritual quanto nacional.
14. Palácio da Alvorada, Brasília, Brasil
Palácio da Alvorada, Brasília, Brasil
Getty Images
Projetado por Oscar Niemeyer e concluído em 1958, o Palácio da Alvorada é um símbolo duradouro do modernismo brasileiro. Localizado à beira de um lago artificial na então nova capital, sua característica mais icônica é a colunata de arcos de mármore que parecem suspender a estrutura. O interior, concebido com o artista Athos Bulcão, apaga as fronteiras entre arquitetura e arte por meio de superfícies azulejadas e mobiliário escultural. Foi, e ainda é, um edifício que encarna o otimismo ousado de uma nova era nacional.
15. Residência Union Buildings, Pretória, África do Sul
Residência Union Buildings, Pretória, África do Sul
falco/Pixabay
No alto de Pretória, os Union Buildings se estendem por uma colina de arenito, combinando formalidade neoclássica com elementos distintamente sul-africanos. Projetado por Herbert Baker e concluído em 1913, o complexo mistura simetria colonial com frontões no estilo holandês do Cabo e pedras de tons quentes. A residência presidencial fica escondida na ala leste, raramente vista pelo público. Do lado de fora, jardins em camadas funcionam como palco nacional, recebendo desde inaugurações presidenciais até protestos e momentos de luto coletivo. Com vistas panorâmicas e plantas nativas, o local oferece tanto uma sede de poder quanto um espaço de contemplação silenciosa.
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