25 anos de The Sims: o jogo divertido que revolucionou a arquitetura e o design de interiores

Inspirado por um incêndio, projetado para arquitetos e alimentado pelo interesse do público pela vida humana: esta é a história de The Sims, o jogo que despertou o interesse de uma geração inteira por design de interiores Foi assim que nasceu o The Sims, o jogo para arquitetos que acabou se tornando o mais popular do mundo. Em 2025, completaram-se 25 anos desde que The Sims foi lançado no mercado. Um quarto de século, muitas visitas da Dona Morte à piscina e alguns códigos de trapaça depois, é hora de contar ao mundo quais eram as verdadeiras intenções do criador do jogo. E não, não era que você replicasse a família que poderia formar com a pessoa de quem gostava. Na realidade, a ideia nem sequer era que você jogasse com os personagens.
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A origem do The Sims
The Sims 1 durante o aniversário de um dos personagens
Reprodução AD Espanha
O criador do The Sims é Will Wright, cofundador da empresa Maxis, que foi adquirida pela Electronic Arts nos anos 90. Wright é o designer de jogos como SimEarth, SimFarm e SimCity. O último foi um grande sucesso, e o criador começou a pensar em como basear sua próxima ideia.
Naquela época, o criador do universo Sim perdeu sua casa em um incêndio. E esse infortúnio o inspirou a pensar em um novo conceito: um videogame baseado em desenhar do zero um lar. Foi assim que começou o desenvolvimento do jogo The Sims. Mas, uma vez que o processo começou, Wright pensou que incluir personagens jogáveis poderia ajudar a popularizar o jogo além de um público especializado.
Mas esses personagens, os Sims, sempre foram um elemento secundário. Tanto que a primeira edição do The Sims, em sua versão original, vinha acompanhada de manuais de arquitetura e urbanismo. Entre elas estava A Linguagem dos Padrões, de Christopher Alexander, considerado o ABC da arquitetura e do design de interiores prático. Nele se incluem explicações ilustradas de uma linguagem de 250 padrões derivados da arquitetura tradicional, explicando coisas como organizar elementos em uma sala de estar para torná-la prática.
O sucesso (inesperado) de The Sims
The Sims 2, agora com relacionamentos interpessoais mais desenvolvíveis
Reprodução AD Espanha
O que Wright não esperava era que seu jogo de arquitetura se tornaria uma revolução. Não apenas os arquitetos, mas o planeta inteiro correu para comprá-lo. The Sims 1 foi o videogame mais vendido em 2000, 2001, 2002 e 2003. Em 2004, foi destronado pelo The Sims 2. No total, mais de 200 milhões de usuários pagaram para entrar em seu universo.
Aos poucos, o jogo foi se desenvolvendo em torno dos personagens. “Ainda era divertido projetar casas para eles, mas controlar suas vidas provou ser muito mais envolvente, então todo o projeto se concentrou nas pessoas”, explicou Wright em uma entrevista ao Retro Gamer no décimo aniversário do jogo. “Mantive as ferramentas arquitetônicas, mas depois comecei a me concentrar mais nos habitantes e nos objetos, em seus comportamentos e relacionamentos.”
A casa de bonecas virtual da EA já teve quatro edições. O universo tornou-se cada vez mais complexo: desenvolveu-se um idioma, o simlish, e gírias entre os jogadores; uma moeda, o simoleon; uma cidade que eles passaram a explorar na terceira edição, animais de estimação e hobbies cada vez mais elaborados. The Sims 4 foi lançado em 2014 e agora está disponível gratuitamente para PC e todos os principais consoles de jogos.
Como Wright anunciou, o foco não está mais nos edifícios. O jogo não vem mais com um manual de arquitetura, e a vida dos personagens é tão complexa que suas casas parecem ter ficado em segundo plano. Mas investir horas e horas construindo uma mansão, ou uma casa com orçamento apertado, ou uma casa temática, continua sendo, pelo menos para esta geração, o primeiro contato que muitos profissionais de design de interiores e arquitetura tiveram com sua vocação. E é bom saber que não foi uma coincidência.
*Matéria publicada originalmente na revista AD Espanha.
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