Alguns prédios brasileiros carregam histórias que ultrapassam o limite de suas fachadas e fazem parte do imaginário e da memória urbana. Entre incêndios que marcaram gerações, regras “bizarras” que viraram notícia, períodos de abandono e episódios policiais que alimentaram lendas, esses edifícios acabaram ganhando má fama, mas sem perder a relevância arquitetônica ou o papel que ocupam nas suas cidades.
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Nesta lista, reunimos imóveis populares por serem controversos, que se tornaram parte do folclore urbano e despertam curiosidade até hoje. Confira:
1. Edifício Joelma — São Paulo, SP
O Edifício Joelma ficou conhecido pelo incêndio de 1974 e pela duradoura fama de prédio mal-assombrado
Eivind Molberg/Wikimedia Commons
O Joelma ficou marcado por um grande incêndio de 1974, que deixou cerca de 190 mortos. O edifício foi reconstruído e rebatizado como Praça da Bandeira, mas a tragédia e os relatos populares de assombrações mantiveram sua fama ao longo dos anos. Atualmente, funciona como prédio comercial e passou por intervenções que modernizaram suas instalações.
2. Edifício Martinelli — São Paulo, SP
O Edifício Martinelli, primeiro arranha-céu da América Latina, já enfrentou abandono e invasões e hoje é símbolo da revitalização do Centro de São Paulo
Pexels/Becca Correia/Creative Commons
Inaugurado nos anos 1930 como o primeiro arranha-céu da América Latina, o Martinelli enfrentou um período de abandono parcial entre as décadas de 1950 e 1970. O prédio abrigou muitos moradores de forma irregular e chegou acumular lixo e até restos mortais. O período conturbado alimentou lendas urbanas e consolidou uma imagem misteriosa do edifício. Após um intenso processo de restauração conduzido pela Prefeitura, o prédio voltou a ser ocupado por escritórios, eventos e órgãos governamentais e é frequentado por turistas, integrando roteiros de arquitetura no Centro da capital paulista.
3. Edifício Holiday — Recife, PE
O Edifício Holiday, marco da verticalização de Boa Viagem, passou por um período conturbado associado a uma degradação acentuada e está interditado desde 2019 por risco e irregularidades
TV Globo/Reprodução
Construído nos anos 1950 em Boa Viagem, o Holiday foi referência na verticalização do Recife. Com o passar das décadas, enfrentou ocupações irregulares, deterioração e episódios de violência registrados em reportagens locais. Em 2019, o edifício foi interditado pela Prefeitura e permanece fechado para obras e regularização. Sua história simboliza mudanças sociais e urbanas da região.
4. Edifício JK — Belo Horizonte, MG
O Conjunto JK, projetado por Oscar Niemeyer, é um ícone da arquitetura moderna que ganhou notoriedade por décadas de gestão condominial polêmica
EditorFFWD/Wikimedia Commons
Projetado por Oscar Niemeyer, o conjunto JK reúne milhares de unidades residenciais e comerciais. O edifício ganhou fama por sua gestão conturbada entre os anos 1980 e 2020, incluindo regras extremas, como um código de vestimenta para atendimento na administração, amplamente noticiado pela imprensa. Conflitos de convivência e irregularidades na manutenção também marcaram sua história nas últimas quatro décadas. O prédio continua ativo e é um dos marcos da arquitetura modernista em Belo Horizonte.
5. Edifício Rajah (atual Solymar) — Rio de Janeiro, RJ
O antigo Edifício Rajah, atual Solymar, em Botafogo, já foi considerado um dos prédios mais perigosos do Rio de Janeiro devido a episódios de violência e uso irregular das unidades
Google Maps/Reprodução
O antigo Edifício Rajah, em Botafogo, foi associado a episódios de violência, tráfico e uso irregular de apartamentos durante os anos 1990 e 2000. A má fama foi registrada em reportagens e ele chegou a ser considerado o “edifício mais perigoso do Brasil”. Após intervenções e reorganização interna, o prédio foi rebatizado como Solymar, marcando uma nova fase do complexo residencial, com maior controle de acesso e uma gestão mais estruturada.
6. Edifício Andraus — São Paulo, SP
O Edifício Andraus ficou marcado pelo incêndio de 1972, que deixou 16 mortos e provocou mudanças nas normas de segurança para prédios comerciais no país
Felipe Mostarda/Wikimedia Commons
O Andraus ficou conhecido pelo incêndio de 1972, que deixou 16 mortos e mais de 300 feridos. O incêndio expôs falhas nos sistemas de segurança da época, acelerou mudanças nas normas contra incêndio no país e marcou a memória urbana paulistana. Após a reconstrução, o edifício retomou o funcionamento como prédio comercial, no entanto, as mortes associadas ao episódio alimentaram, ao longo dos anos, relatos populares de que o edifício seria mal-assombrado.
7. Antigo Hotel Cassino Quitandinha — Petrópolis, RJ
O Quitandinha, em Petrópolis, é um dos marcos arquitetônicos do Brasil e acumula décadas de histórias, visitas culturais e lendas urbanas sobre supostas assombrações
Wilfredor/Wikimedia Commons
Inaugurado em 1944, o Quitandinha foi um dos maiores complexos hoteleiros do país e referência em entretenimento até a proibição dos cassinos, em 1946. A redução das atividades e o abandono de partes desativadas do prédio estimularam relatos de assombrações e lendas urbanas ao longo de décadas. Hoje, parte do edifício funciona como condomínio residencial, enquanto o Sesc administra espaços culturais abertos ao público.
8. Edifício Copan — São Paulo, SP
O icônico Copan, projetado por Oscar Niemeyer, já viveu anos de decadência e hoje é um dos edifícios mais procurados de São Paulo
Flickr/Wally Gobetz/Creative Commons
Um dos ícones modernistas de Oscar Niemeyer, o Copan passou por fases conturbadas nos anos 1980, quando reportagens registraram prostituição e tráfico em áreas comuns. A administração reforçou a segurança e reorganizou a galeria interna nas últimas décadas. Atualmente, o edifício abriga apartamentos, comércio e restaurantes, funcionando como um dos principais marcos da vida paulistana.
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9. Edifício Master — Rio de Janeiro, RJ
O Edifício Master, em Copacabana, ganhou fama controversa nos anos 1990 e 2000 por causa da alta rotatividade de moradores e visitantes, conflitos internos e episódios de prostituição registrados em reportagens
VideoFilmes/Reprodução
Localizado em Copacabana, o Master ganhou notoriedade nos anos 1990 e 2000 por causa da grande circulação de visitantes associada a episódios de prostituição e conflitos relatados pela imprensa. A alta rotatividade nas quitinetes contribuiu para a construção de sua má fama. Em 2002, um documentário dirigido por Eduardo Coutinho retratou a rotina do prédio e ampliou sua visibilidade. O edifício segue habitado, mas com regras internas mais rígidas para controle de acesso.
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Nesta lista, reunimos imóveis populares por serem controversos, que se tornaram parte do folclore urbano e despertam curiosidade até hoje. Confira:
1. Edifício Joelma — São Paulo, SP
O Edifício Joelma ficou conhecido pelo incêndio de 1974 e pela duradoura fama de prédio mal-assombrado
Eivind Molberg/Wikimedia Commons
O Joelma ficou marcado por um grande incêndio de 1974, que deixou cerca de 190 mortos. O edifício foi reconstruído e rebatizado como Praça da Bandeira, mas a tragédia e os relatos populares de assombrações mantiveram sua fama ao longo dos anos. Atualmente, funciona como prédio comercial e passou por intervenções que modernizaram suas instalações.
2. Edifício Martinelli — São Paulo, SP
O Edifício Martinelli, primeiro arranha-céu da América Latina, já enfrentou abandono e invasões e hoje é símbolo da revitalização do Centro de São Paulo
Pexels/Becca Correia/Creative Commons
Inaugurado nos anos 1930 como o primeiro arranha-céu da América Latina, o Martinelli enfrentou um período de abandono parcial entre as décadas de 1950 e 1970. O prédio abrigou muitos moradores de forma irregular e chegou acumular lixo e até restos mortais. O período conturbado alimentou lendas urbanas e consolidou uma imagem misteriosa do edifício. Após um intenso processo de restauração conduzido pela Prefeitura, o prédio voltou a ser ocupado por escritórios, eventos e órgãos governamentais e é frequentado por turistas, integrando roteiros de arquitetura no Centro da capital paulista.
3. Edifício Holiday — Recife, PE
O Edifício Holiday, marco da verticalização de Boa Viagem, passou por um período conturbado associado a uma degradação acentuada e está interditado desde 2019 por risco e irregularidades
TV Globo/Reprodução
Construído nos anos 1950 em Boa Viagem, o Holiday foi referência na verticalização do Recife. Com o passar das décadas, enfrentou ocupações irregulares, deterioração e episódios de violência registrados em reportagens locais. Em 2019, o edifício foi interditado pela Prefeitura e permanece fechado para obras e regularização. Sua história simboliza mudanças sociais e urbanas da região.
4. Edifício JK — Belo Horizonte, MG
O Conjunto JK, projetado por Oscar Niemeyer, é um ícone da arquitetura moderna que ganhou notoriedade por décadas de gestão condominial polêmica
EditorFFWD/Wikimedia Commons
Projetado por Oscar Niemeyer, o conjunto JK reúne milhares de unidades residenciais e comerciais. O edifício ganhou fama por sua gestão conturbada entre os anos 1980 e 2020, incluindo regras extremas, como um código de vestimenta para atendimento na administração, amplamente noticiado pela imprensa. Conflitos de convivência e irregularidades na manutenção também marcaram sua história nas últimas quatro décadas. O prédio continua ativo e é um dos marcos da arquitetura modernista em Belo Horizonte.
5. Edifício Rajah (atual Solymar) — Rio de Janeiro, RJ
O antigo Edifício Rajah, atual Solymar, em Botafogo, já foi considerado um dos prédios mais perigosos do Rio de Janeiro devido a episódios de violência e uso irregular das unidades
Google Maps/Reprodução
O antigo Edifício Rajah, em Botafogo, foi associado a episódios de violência, tráfico e uso irregular de apartamentos durante os anos 1990 e 2000. A má fama foi registrada em reportagens e ele chegou a ser considerado o “edifício mais perigoso do Brasil”. Após intervenções e reorganização interna, o prédio foi rebatizado como Solymar, marcando uma nova fase do complexo residencial, com maior controle de acesso e uma gestão mais estruturada.
6. Edifício Andraus — São Paulo, SP
O Edifício Andraus ficou marcado pelo incêndio de 1972, que deixou 16 mortos e provocou mudanças nas normas de segurança para prédios comerciais no país
Felipe Mostarda/Wikimedia Commons
O Andraus ficou conhecido pelo incêndio de 1972, que deixou 16 mortos e mais de 300 feridos. O incêndio expôs falhas nos sistemas de segurança da época, acelerou mudanças nas normas contra incêndio no país e marcou a memória urbana paulistana. Após a reconstrução, o edifício retomou o funcionamento como prédio comercial, no entanto, as mortes associadas ao episódio alimentaram, ao longo dos anos, relatos populares de que o edifício seria mal-assombrado.
7. Antigo Hotel Cassino Quitandinha — Petrópolis, RJ
O Quitandinha, em Petrópolis, é um dos marcos arquitetônicos do Brasil e acumula décadas de histórias, visitas culturais e lendas urbanas sobre supostas assombrações
Wilfredor/Wikimedia Commons
Inaugurado em 1944, o Quitandinha foi um dos maiores complexos hoteleiros do país e referência em entretenimento até a proibição dos cassinos, em 1946. A redução das atividades e o abandono de partes desativadas do prédio estimularam relatos de assombrações e lendas urbanas ao longo de décadas. Hoje, parte do edifício funciona como condomínio residencial, enquanto o Sesc administra espaços culturais abertos ao público.
8. Edifício Copan — São Paulo, SP
O icônico Copan, projetado por Oscar Niemeyer, já viveu anos de decadência e hoje é um dos edifícios mais procurados de São Paulo
Flickr/Wally Gobetz/Creative Commons
Um dos ícones modernistas de Oscar Niemeyer, o Copan passou por fases conturbadas nos anos 1980, quando reportagens registraram prostituição e tráfico em áreas comuns. A administração reforçou a segurança e reorganizou a galeria interna nas últimas décadas. Atualmente, o edifício abriga apartamentos, comércio e restaurantes, funcionando como um dos principais marcos da vida paulistana.
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9. Edifício Master — Rio de Janeiro, RJ
O Edifício Master, em Copacabana, ganhou fama controversa nos anos 1990 e 2000 por causa da alta rotatividade de moradores e visitantes, conflitos internos e episódios de prostituição registrados em reportagens
VideoFilmes/Reprodução
Localizado em Copacabana, o Master ganhou notoriedade nos anos 1990 e 2000 por causa da grande circulação de visitantes associada a episódios de prostituição e conflitos relatados pela imprensa. A alta rotatividade nas quitinetes contribuiu para a construção de sua má fama. Em 2002, um documentário dirigido por Eduardo Coutinho retratou a rotina do prédio e ampliou sua visibilidade. O edifício segue habitado, mas com regras internas mais rígidas para controle de acesso.



