Arquiteta nigeriana cria abrigo para refugiados com base em arquitetura tradicional africana

Blossom Eromosele desenvolveu um projeto de habitação modular de baixo custo e movida a energia solar A arquiteta nigeriana Blossom Eromosele desenvolveu o AllSpace, um projeto de habitação modular inspirado na arquitetura tradicional africana. A iniciativa foi criada como parte da 4ª edição do programa global de mentoria e bolsas Creatives for Our Future, promovido pela Fundação Swarovski em colaboração com o Escritório das Nações Unidas para Parcerias.
O AllSpace propõe uma solução habitacional de baixo custo e movida a energia solar para ser instalada em campos de refugiados. O projeto tem a intenção de ajudar no enfrentamento da atual crise de deslocamento forçado na Nigéria.
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Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mais de 3,2 milhões de pessoas foram deslocadas internamente no país devido a conflitos no nordeste, a eventos climáticos extremos e ao crescimento urbano acelerado.
Muitos campos de refugiados na Nigéria carecem de infraestrutura básica, como saneamento, fornecimento confiável de energia e construções resistentes, além de não garantirem privacidade aos moradores.
A arquiteta nigeriana Blossom Eromosele
Swarovski Foundation/Divulgação
Inspiradas nas tradicionais cabanas africanas, as unidades modulares do AllSpace são construídas com materiais reciclados. A proposta oferece uma alternativa para os assentamentos temporários fabricada a partir de itens reaproveitados, além de contar com um sistema de iluminação movido a energia solar.
O trabalho de Blossom em arquitetura sustentável já lhe rendeu o prêmio Young Global Changer e a seleção como Young Climate Prize Fellow. Com o apoio do programa Creatives for Our Future, os próximos passos incluem testar e aperfeiçoar os protótipos em campos de refugiados, desenvolvendo materiais adaptados a diferentes ambientes e terrenos.
O objetivo é expandir o AllSpace para mais comunidades, garantindo moradias seguras para famílias deslocadas e, ao mesmo tempo, enfrentando desafios ambientais. O projeto também prevê colaborações com os usuários, permitindo que o design seja ajustado para atender necessidades específicas, aspectos culturais e condições ambientais locais.
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O Creatives for Our Future é aberto a criativos do mundo todo, entre 21 e 30 anos, de áreas como moda, design, arquitetura, ciência, tecnologia e engenharia, sem restrições quanto ao meio criativo. Nesta quarta edição, foram selecionados seis vencedores entre os 487 candidatos.
As unidades AllSpace incluem um sistema de iluminação movido a energia solar feito de lixo eletrônico e garrafas plásticas reutilizadas, desenvolvido por Stanley Anigbogu
Swarovski Foundation/Divulgação
Além da solução habitacional de Blossom, os projetos escolhidos incluem tecidos produzidos a partir de resíduos oceânicos coletados por pescadores locais, um dispositivo que torna a música mais acessível para pessoas surdas, corantes e pigmentos não tóxicos, um gabinete externo para placas gráficas que prolonga a vida útil de laptops e um sistema de biorevestimento com ladrilhos leves dotados de reservatórios de água para cultivo de algas e musgos.
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Editora Globo

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