Minimalismo impera na decoração de apartamento com 40 m² em São Paulo

O projeto redefiniu a planta original e apostou em materiais neutros, poucas cores e peças de design e arte para personalizar o primeiro lar de um jovem casal paulistano Entre a paisagem urbana de São Paulo, um pequeno apartamento de 40 m², no bairro do Itaim Bibi, ganhou nova roupagem, com tom minimalista, para ser a primeira morada de um jovem casal de aproximadamente 25 anos. O imóvel foi completamente transformado pela arquiteta Luzia Ralston (@luziaralston.arquitetura), que assina a reforma e concepção dos interiores.
“Foi muito especial porque é para minha prima e o namorado. Ter essa intimidade facilita a leitura inicial dos gostos e desejos, a conversa flui de outro jeito”, relembra Luzia.
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AMBIENTES INTEGRADOS | O piso pronto de madeira maciça grapia, da Pau Pau, confere unidade visual aos ambientes integrados. O quadro, à esquerda, é da artista plástica Shu Lin, na galeria Eduardo Fernandes
Renato Navarro/Divulgação | Produção: Aldi Flosi
O projeto promoveu uma mudança estrutural significativa na planta original. A cozinha, que ficava logo na entrada do apartamento, foi deslocada. A varanda foi nivelada com a sala e transformada no espaço do quarto. “Queríamos um apartamento onde os espaços ficassem definidos e, ao mesmo tempo, integrados. Apesar de ser um estúdio, tem área de dormir, comer e receber”, destaca a arquiteta.
O casal buscava um ambiente prático, minimalista e atemporal, sem abrir mão do conforto. Para isso, a arquiteta apostou em poucos materiais e uma paleta neutra.
Logo no hall de entrada, o tecnocimento foi usado no piso, nas paredes e no forro; já a madeira aplicada no piso do living integrado trouxe uma atmosfera de unidade – um conjunto que se destaca pela simplicidade sofisticada.
COZINHA | Os armários foram executados de laca grafite fosca pela Bontempo. A bancada feita de porcelanato preto fosco, da Portobello, trouxe estética e ótimo custo-benefício. Quadro da artista Mai-Britt Wolthers, na galeria Eduardo Fernandes. Luminária de piso da Reka
Renato Navarro/Divulgação | Produção: Aldi Flosi
Na área social, a cozinha se integra à sala com discrição. A bancada de porcelanato preto fosco foi uma escolha estratégica pela estética e pelo ótimo custo-benefício. Os armários feitos com laca grafite fosca evitam contrastes excessivos, assim como os eletrodomésticos foram embutidos para não interromper a fluidez do ambiente.
“A intenção era que nada chamasse muita atenção. Que o olhar passasse por tudo sem parar em um único ponto”, explica Luzia.
DETALHE | A moradora Sofia Ralston abre a geladeira, da Gorenje, que fica embutida na marcenaria da cozinha para não chamar atenção e criar um visual clean
Renato Navarro/Divulgação | Produção: Aldi Flosi
A cama ocupa o antigo espaço da varanda, repousando sobre o revestimento original que compõe a fachada do prédio. “Eu amo a cama sob a vista da avenida Faria Lima. Gosto dessa luz natural, da possibilidade de admirar a cidade”, compartilha a arquiteta.
QUARTO | O revestimento original da parede do prédio faz parte da fachada e não poderia ser mudado, portanto, foi aproveitado com harmonia no ambiente. Cama desenhada pela arquiteta e executada com freijó pela Santa Madeira Marcenaria. À esquerda, luminária Ginga, da Lumini
Renato Navarro/Divulgação | Produção: Aldi Flosi
O projeto luminotécnico privilegiou a iluminação indireta. Na sala, réguas paralelas no teto têm dois circuitos independentes – um acende para cima, refletindo luz, e o outro para baixo, criando pontos de iluminação pontual. No corredor, um rasgo no gesso esconde o LED nas laterais.
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SALA DE JANTAR | O ambiente montado na antiga varanda é composto por mesa de jantar “R30”, criada por Rodrigo Edelstein, e cadeiras de jacarandá dos anos 1960, adquiridas na Galeria Teo. Luminária pendente da Reka
Renato Navarro/Divulgação | Produção: Aldi Flosi
O mobiliário e a marcenaria foram desenhados sob medida pelo escritório. A mesa de jantar, o sofá da e as cadeiras compõem o mobiliário de design. No décor, obras de arte de Shu Lin e Mai-Britt Wolthers, por exemplo, reforçam a proposta contemporânea, discreta e pessoal.
Para Luzia, o projeto carrega um valor afetivo especial. “Com pouco espaço conseguimos imprimir a personalidade dos moradores. Gosto de projetos em que os materiais se repetem e, mesmo com poucas cores, o ambiente não é frio nem sóbrio demais”, revela.

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