Após meticulosa renovação conduzida por Dorothée Delaye, o lendário clube à beira-mar ressurge com uma estética vibrante que une o glamour histórico ao frescor do design contemporâneo Por quase um século, o Monte-Carlo Beach Club, em Mônaco, foi mais do que um endereço prestigiado na Côte d’Azur: tornou-se um símbolo do dolce far niente mediterrâneo, onde o tempo parecia curvar-se à elegância. Após uma aguardada renovação conduzida pela designer de interiores francesa Dorothée Delaye, o clube icônico reabre suas portas, revelando um projeto que não apenas restaura seu esplendor, mas reinventa sua alma. O epicentro dessa metamorfose é o restaurante Le Deck e os arredores da piscina olímpica, que agora celebram o maximalismo mediterrâneo dos efervescentes anos 1920, bem a tempo de brindar o verão europeu.
“É um convite à beleza, à joie de vivre e à arte de receber”, sintetiza Dorothée, que conseguiu entrelaçar com sutileza o glamour original do local — marcado por linhas Art Déco, tons cálidos e materiais nobres — com os gestos do design contemporâneo. A profissional não buscou preservar a história como se fosse uma relíquia, mas antes, despertar sua vitalidade adormecida. “Foi como acordar uma Bela Adormecida. Amplificamos seu espírito original com intervenções sutis. Queria reencontrar a alma dos anos 1920, esse chique solar à beira-mar, um pouco decadente, mas sem nostalgia”, confidencia ela à Casa Vogue.
A piscina olímpica
Frank Menegaux
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O resultado é uma atmosfera quente, colorida e encantadoramente excêntrica, onde as referências ao passado dialogam com uma Riviera contemporânea — viva, sensorial e profundamente artesanal. “Esses clubes são refúgios de verão onde as gerações se misturam. Monte-Carlo Beach é uma instituição, e a ideia foi homenagear as memórias do passado. Não como peças de museu, mas como uma história viva que ressurge nos detalhes”, explica.
A transformação do espaço ao redor da piscina olímpica e do restaurante Le Deck marca a nova fase do clube
Frank Menegaux
A transformação do espaço ao redor da piscina olímpica e do restaurante Le Deck marca a nova fase do clube
Yannick Labrousse
O restaurante Le Deck foi completamente redesenhado, com mobiliário exclusivo criado por Dorothée, além de espreguiçadeiras e cabanas que contornam a piscina emoldurada por terraços arborizados. As referências visuais evocam nomes como Picasso, Dufy, Léger e Cocteau — artistas que encontraram na Riviera uma inspiração infinita de luz e liberdade. A paleta cromática, por sua vez, mergulha em tons terrosos, azuis oceânicos e verdes vegetais, em harmonia com a icônica fachada de terracota. “Escolhemos apenas materiais nobres e naturais, como madeira maciça, rattan trançado, lava esmaltada e padrões históricos reinterpretados. Nada poderia ser artificial, porque um projeto assim não tolera vernizes nem concessões funcionais”, pontua Dorothée.
Combinando luxo discreto, autenticidade e energia esportiva, o Monte-Carlo Beach redescobre todo o seu esplendor na Riviera
Yannick Labrousse
A designer de interiores Dorothée Delaye, famosa por seus projetos como a reforma do apartamento de Gabrielle Chanel e os restaurantes Mimosa em Paris
Yannick Labrousse
Initial plugin text
Madeira natural, assentos confortáveis, tons suaves e tecidos listrados criam uma atmosfera elegante e acolhedora, fiel ao espírito chique do litoral de Monte-Carlo Beach
Frank Menegaux
Com design revisitado, o Monte-Carlo Beach Club entra em uma nova era
Yannick Labrousse
Foi como acordar uma Bela Adormecida. Amplificamos seu espírito original com intervenções sutis. Queria reencontrar a alma dos anos 1920, esse chique solar à beira-mar, um pouco decadente, mas sem nostalgia
A paleta cromática mergulha em tons terrosos, azuis oceânicos e verdes vegetais, em harmonia com a icônica fachada de terracota
Yannick Labrousse
Mais do que um redesenho, o Monte-Carlo Beach Club renasce como uma ficção vívida — um cenário onde poderíamos encontrar Gabrielle Chanel cruzando escritores de outrora, entre rituais de veraneio e a dolce elegância do sul francês. “Quero que os visitantes sintam uma mudança imediata de cenário. Como se entrassem numa memória — serena, elegante e absolutamente Riviera. Meu objetivo não foi criar um décor, mas restaurar o que é óbvio: a impressão de que tudo sempre esteve ali”, conclui a designer.
O retorno do Monte-Carlo Beach Club: uma ode sofisticada à Riviera dos anos 1920
Frank Menegaux
E assim, como em uma aquarela de Cocteau ou num fim de tarde à la Fitzgerald, o Monte-Carlo Beach Club volta a afirmar-se como um lugar mítico — onde o passado reluz, o presente se deleita e o futuro continua a ser moldado com o mesmo espírito hedonista e solar de sempre.
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“É um convite à beleza, à joie de vivre e à arte de receber”, sintetiza Dorothée, que conseguiu entrelaçar com sutileza o glamour original do local — marcado por linhas Art Déco, tons cálidos e materiais nobres — com os gestos do design contemporâneo. A profissional não buscou preservar a história como se fosse uma relíquia, mas antes, despertar sua vitalidade adormecida. “Foi como acordar uma Bela Adormecida. Amplificamos seu espírito original com intervenções sutis. Queria reencontrar a alma dos anos 1920, esse chique solar à beira-mar, um pouco decadente, mas sem nostalgia”, confidencia ela à Casa Vogue.
A piscina olímpica
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O resultado é uma atmosfera quente, colorida e encantadoramente excêntrica, onde as referências ao passado dialogam com uma Riviera contemporânea — viva, sensorial e profundamente artesanal. “Esses clubes são refúgios de verão onde as gerações se misturam. Monte-Carlo Beach é uma instituição, e a ideia foi homenagear as memórias do passado. Não como peças de museu, mas como uma história viva que ressurge nos detalhes”, explica.
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O restaurante Le Deck foi completamente redesenhado, com mobiliário exclusivo criado por Dorothée, além de espreguiçadeiras e cabanas que contornam a piscina emoldurada por terraços arborizados. As referências visuais evocam nomes como Picasso, Dufy, Léger e Cocteau — artistas que encontraram na Riviera uma inspiração infinita de luz e liberdade. A paleta cromática, por sua vez, mergulha em tons terrosos, azuis oceânicos e verdes vegetais, em harmonia com a icônica fachada de terracota. “Escolhemos apenas materiais nobres e naturais, como madeira maciça, rattan trançado, lava esmaltada e padrões históricos reinterpretados. Nada poderia ser artificial, porque um projeto assim não tolera vernizes nem concessões funcionais”, pontua Dorothée.
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Foi como acordar uma Bela Adormecida. Amplificamos seu espírito original com intervenções sutis. Queria reencontrar a alma dos anos 1920, esse chique solar à beira-mar, um pouco decadente, mas sem nostalgia
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Yannick Labrousse
Mais do que um redesenho, o Monte-Carlo Beach Club renasce como uma ficção vívida — um cenário onde poderíamos encontrar Gabrielle Chanel cruzando escritores de outrora, entre rituais de veraneio e a dolce elegância do sul francês. “Quero que os visitantes sintam uma mudança imediata de cenário. Como se entrassem numa memória — serena, elegante e absolutamente Riviera. Meu objetivo não foi criar um décor, mas restaurar o que é óbvio: a impressão de que tudo sempre esteve ali”, conclui a designer.
O retorno do Monte-Carlo Beach Club: uma ode sofisticada à Riviera dos anos 1920
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E assim, como em uma aquarela de Cocteau ou num fim de tarde à la Fitzgerald, o Monte-Carlo Beach Club volta a afirmar-se como um lugar mítico — onde o passado reluz, o presente se deleita e o futuro continua a ser moldado com o mesmo espírito hedonista e solar de sempre.
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