Tataré: a árvore nativa brasileira que recupera áreas degradadas

Conheça a espécie que auxilia na restauração ecológica e atua como aliada contra o desmatamento e a degradação ambiental Pertencente à família Fabaceae, o tataré (Chloroleucon tortum) é uma árvore nativa brasileira, encontrada principalmente na região Mata Atlântica do Rio de Janeiro. Vistosa e ornamental, a espécie é considerada em perigo crítico de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.
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Características estruturais do tataré
A origem do nome faz referência ao seu tronco tortuoso, com casca lisa, acinzentada e esbranquiçada — ao ser descascada, revela uma superfície de madeira marmorizada. Os galhos, por sua vez, possuem muitas ramificações e podem ou não ser espinhentos.
O tataré tem uma casca que solta em escamas e flores que exalam perfume suave e doce. A espécie pode ser cultivada em vasos ou no solo e não é exigente, necessitando apenas de regas regulares
Flickr/Barry Stock/Creative Commons
“O tataré tem estrutura única, muito escultural. Costuma ter a copa mais larga do que alta, atingindo em torno de 7 metros de altura, com troncos bem abertos, baixos, tortuosos e sulcados, com uma casca que descama, o que a deixa com coloração marmorizada de um marrom acinzentado até um tom mais esbranquiçado”, afirma a paisagista Lilian Casagrande.
As inflorescências do tataré lembram um pompom e podem ser brancas ou amarelas. O fruto, por sua vez, apresenta coloração marrom-avermelhada e abriga sementes ovais e achatadas
Barry Stock/Wikimedia Commons
As folhas da espécie são pequenas, verdes e ovaladas, enquanto suas flores apresentam formato de pompom e se revelam em tons brancos e amarelados entre os meses de outubro e novembro, exalando perfume. “O fruto popularmente conhecido como ‘orelha de macaco’ é retorcido em formato espiral”, completa o paisagista Bruno Moreno.
À esquerda, maciço de árvores, incluindo tataré e jatobá, que protege a suíte do casal com deque privativo
Fran Parente/Divulgação | Projeto do FGMF Arquitetos e do Hanazaki Paisagismo
A árvore é indicada para a recomposição de áreas degradadas devido a sua resistência ao sol pleno e a adaptação em solos com condições precárias.
Dicas de cultivo do tataré
A espécie prefere substrato arenoso e enriquecido com matéria orgânica, além de se desenvolver melhor em locais com clima úmido. A adubação deve ocorrer durante a estação de crescimento, com fertilizantes em formulações NPK próprias para árvores.
De esquerda para direita, ophiopogon, euphorbia palito azul e tataré. Forração evolvus branco. Atrás do muro, calathea lutea e tataré
André Scarpa/Divulgação | Projeto dos arquitetos André Scarpa e Rosário Pinho | Paisagismo de Bruno Moreno
Bruno orienta um solo com boa drenagem, matéria orgânica e nutrientes balanceados, além da poda pontual para manter o formato desejado.
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A planta é uma das favoritas dos apreciadores de bonsais — em virtude do aspecto envelhecido — e pode ser cultivada em vasos. A única exigência, contudo, são as regas regulares, de modo que o substrato não seque e jamais fique encharcado.
O tataré é uma planta ornamental muito usada em técnicas de bonsai devido à sua aparência envelhecida e tronco tortuoso
Daderot/Wikimedia Commons
“Ela pode ser cultivada tanto em solo, quanto em vaso, e aceita até ser cuidada como bonsai. Apenas é preciso se atentar ao formato da planta e o uso do espaço ao redor dela, já que ela tem a característica de ser baixa e larga”, finaliza Lilian.

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