17 arquitetos famosos que moldaram o mundo como o conhecemos

Estes são os homens e mulheres que você precisa conhecer para entender melhor o ambiente em que vivemos Os arquitetos mais famosos não deixam apenas os edifícios que projetaram — eles deixam projetos de como vivemos, trabalhamos e nos movemos pelo mundo. Desde a maneira como Frank Lloyd Wright uniu o design residencial à natureza até como Zaha Hadid abriu caminho para arquitetas em todo o mundo, esses visionários redefiniram o que a arquitetura pode ser: inclusiva, política, poética, pragmática e profundamente humana. Seus legados atravessam continentes e séculos, moldando as estruturas cotidianas com as quais interagimos, de espaços cívicos a abrigos de emergência, de museus modernos a catedrais decoradas.
Sejam as fachadas oníricas de Antoni Gaudí, o modernismo escultural de Oscar Niemeyer ou as torres sustentáveis de Jeanne Gang, cada um desses arquitetos expandiu o vocabulário do design, contribuindo para o crescente léxico de um campo em constante evolução. Aqui, relembramos e celebramos os construtores, os pensadores e os que quebraram as regras: aqueles que viam os edifícios não como estruturas estáticas, mas como ideias vivas, personificações da mudança e do progresso. Ao introduzir novas estéticas, materiais e filosofias, eles ajudaram a definir não apenas nossos horizontes, mas também os valores duradouros do mundo ao nosso redor.
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1. Antoni Gaudí
Antoni Gaudí
Getty Images
Estilo: Modernismo catalão, Neogótico, Expressionismo
Edifícios mais famosos: Sagrada Família (Barcelona, Espanha), Casa Batlló (Barcelona, Espanha), Parque Güell (Barcelona, Espanha)
A obra de Antoni Gaudí é instantaneamente reconhecível: fantasiosa, orgânica e repleta de movimento. Figura central do modernismo catalão, Gaudí rompeu com o design convencional com edifícios que mais parecem fruto de um sonho do que estruturas físicas. Sua obra-prima, a Sagrada Família, combina a tradição gótica com formas fluidas e inspiradas na natureza. Ainda em construção mais de 140 anos após seu início, o monumento é um símbolo tanto de sua complexidade quanto de seu legado duradouro.
Casa Batlló em Barcelona, ​​Espanha
Pcsfish/Pixabay
O uso de cor, textura e geometria por Gaudí criou espaços icônicos que parecem vivos, com fachadas que ondulam como ondas e interiores que filtram a luz com a facilidade de uma cobertura vegetal de floresta. Ele foi pioneiro em técnicas de engenharia estrutural e narrativa visual, criando edifícios como a Casa Batlló e estruturas como o Parque Güell que são tecnicamente inovadores e profundamente evocativos, assim, não é surpresa que ele esteja entre os arquitetos mais famosos do mundo.
Sua obra expandiu as possibilidades da arquitetura, provando que a função não exclui a fantasia. “A obra de Gaudí lançou as bases para uma concepção arquitetônica inspirada nas leis da natureza e antecipou definições modernas como a biomimética”, afirma Mario Andruet, presidente da Fundación Antonio Gaudí. “[Sua obra exemplifica] facilitar e enriquecer a vida das pessoas como o próprio propósito da arquitetura.” Hoje, a influência de Gaudí continua a inspirar arquitetos a abraçar o potencial imaginativo da arquitetura como arte. Como afirma Gretchen Rivera, designer principal da Casa Casual Interiors: “Sua obra é um lembrete constante de que o design pode — e deve — provocar reflexão, emoção e experiência.”
2. Luís Sullivan
Luís Sullivan
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Estilo: Modernismo, Art Nouveau
Edifícios mais famosos: Wainwright Building (St. Louis, EUA), Carson, Pirie, Scott Building (Chicago, EUA), National Farmers’ Bank (Owatonna, EUA)
Frequentemente designado como o “pai do arranha-céu”, Louis Sullivan foi uma força monumental na formação da arquitetura moderna americana do final do século XIX e início do século XX. Trabalhando principalmente em Chicago, o trabalho de Sullivan frequentemente utilizava estruturas de aço e grandes janelas de vidro, definindo a forma vertical dos primeiros arranha-céus. Conhecido por defender a frase “a forma segue a função”, a filosofia de Sullivan tornou-se um princípio fundamental do design modernista, promovendo a integridade tanto na estrutura quanto na estética.
Ele rejeitou os estilos revivalistas europeus em favor de uma identidade arquitetônica distintamente americana, enraizada na indústria moderna e nos ideais democráticos. Foi uma filosofia que influenciou profundamente arquitetos posteriores, principalmente Frank Lloyd Wright, que foi aprendiz no escritório de Sullivan.
O Edifício Wainwright em St. Louis, Missouri
Getty Images
Os edifícios de Sullivan, como o Edifício Wainwright, em St. Louis, e o Edifício Carson, Pirie, Scott, em Chicago, frequentemente combinavam expressão estrutural arrojada com ornamentação intrincada, inspirando-se em formas encontradas no mundo natural. Seu legado perdura no próprio DNA da arquitetura moderna: materiais honestos, formas expressivas e edifícios que refletem sua finalidade.
3. Frank Lloyd Wright
Frank Lloyd Wright
Getty Images
Estilo: Escola da Pradaria, Arquitetura Orgânica, Modernismo
Edifícios mais famosos: Fallingwater (Pensilvânia, EUA), Museu Guggenheim (Nova York, EUA), Robie House (Chicago, EUA)
Mais conhecido por Fallingwater, a casa dramaticamente empoleirada sobre uma cachoeira, a abordagem de Frank Lloyd Wright, que ele classificou como “arquitetura orgânica”, enfatizava a unidade entre estrutura e natureza. O arquiteto e designer americano revolucionou o design residencial com suas casas no estilo Prairie, destacando plantas abertas e linhas horizontais baixas que imitavam a paisagem. Mais tarde, suas casas Usonianas propuseram um estilo de vida acessível e bem projetado para a classe média americana.
Fallingwater em Mill Run, Pensilvânia
Richard T. Nowitz/Reprodução AD
Além de suas estruturas, as ideias de Wright continuam influenciando outros profissionais da área. “Como designer, inspiro-me na sensibilidade de Wright à materialidade e à proporção”, afirma Jen Baxter, fundadora e designer da Baxter Hill Interiors. “Seu uso de pedras locais, madeiras quentes e geometria em escala humana não era apenas estético, era filosófico. Ele entendia como os materiais deveriam ser sentidos… Essa atenção à experiência física e emocional do lar continua a influenciar minha forma de pensar sobre ritmo e conexão no design.”
4. Le Corbusier
Le Corbusier
Joop van Bilsen/Wikimedia Commons
Estilo: Modernismo, Brutalismo, Estilo Internacional
Edifícios mais famosos: Villa Savoye (Poissy, França), Unité d’Habitation (Marselha, França), Notre Dame du Haut (Ronchamp, França)
Uma força revolucionária na arquitetura do século XX, as ideias de Le Corbusier remodelaram a forma como projetamos edifícios, cidades e até mesmo a vida moderna. Conhecido por suas teorias ousadas e visão intransigente, ele defendeu o conceito de edifícios como “máquinas para viver”, enfatizando a funcionalidade, a simplicidade e materiais modernos como concreto e vidro. Suas obras icônicas, como a Villa Savoye, a Unidade de Habitação e a capela de Ronchamp, demonstram seu domínio do planejamento racional e da forma arquitetônica.
Mas Corbusier foi além do simples projeto de edifícios. Ele imaginou sistemas urbanos inteiros, como a proposta de torres altas em ambientes ajardinados para abordar a densidade e a higiene nas cidades modernas. Embora muitas de suas ideias fossem controversas, sua influência é inegável. Corbusier gostava de dizer: “Ser moderno não é uma moda, é um estado de espírito. É necessário compreender a história, e quem a compreende sabe encontrar a continuidade entre o que foi, o que é e o que será.”
Villa Savoye, localizada nos arredores de Paris, França
Reprodução AD
Sua abordagem ao design sempre buscou uma síntese entre a liberdade individual e a vida em comunidade, e, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre a história e tudo o que a precedeu. “Sua arquitetura é o paradigma da modernidade, mas está enraizada no respeito à natureza e nas lições do passado”, afirma Brigitte Bouvier, diretora da Fundação Le Corbusier.
5. Ludwig Mies Van der Rohe
Ludwig Mies Van der Rohe
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Estilo: Estilo Internacional, Modernismo, Minimalismo
Edifícios mais famosos: Farnsworth House (Illinois, EUA), Seagram Building (Nova York, EUA), Barcelona Pavilion (Barcelona, Espanha)
Ludwig Mies van der Rohe foi pioneiro da arquitetura moderna com sua filosofia de minimalismo elegante. Conhecido pelo lema “menos é mais”, Mies van der Rohe reduziu o design ao essencial: linhas limpas, espaços abertos e materiais honestos. Edifícios como a Casa Farnsworth e o Pavilhão de Barcelona exemplificam sua maestria em equilíbrio e contenção. Como líder da Bauhaus e, posteriormente, chefe do programa de arquitetura do Instituto de Tecnologia de Illinois, Mies influenciou tanto a prática quanto o ensino da arquitetura.
Seu trabalho enfatizava a clareza estrutural e a transparência, influenciando o estilo internacional que se espalhou globalmente em meados do século XX. “Acho que o que me atraiu em seu estilo foi o fato de que [seu trabalho] nunca pareceu frio, chato ou sem imaginação”, diz Maria Viola-Kuttruff, diretora da Viola Interior Design. “Quando tive a oportunidade de visitar o Pavilhão de Barcelona pessoalmente, fiquei impressionada com como algo tão simples poderia ser tão elegante e emotivo. Embora meu estilo de design possa ser bem diferente do dele, sempre incorporo seu princípio de ‘Deus está nos detalhes’.”
Barcelona Pavilion
Alice Wiegand/Wikimedia Commons
Acreditando que a arquitetura deve elevar o espírito humano por meio da simplicidade — e usando materiais modernos de sua época, como vidro e aço, com precisão poética — Mies van der Rohe criou espaços serenos e funcionais que permanecem atemporais. Sua influência ainda é vista hoje em arranha-céus corporativos, casas minimalistas e, de forma mais ampla, por meio de designs que priorizam a função e a clareza em vez ornamentos ou modismos.
6. Oscar Niemeyer
Oscar Niemeyer
Roger Pic/Wikimedia Commons
Estilo: Modernismo, Estilo Internacional
Edifícios mais famosos: Catedral de Brasília (Brasília, Brasil), Congresso Nacional do Brasil (Brasília, Brasil), Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Niterói, Brasil)
Especialista no uso de curvas em seus projetos, Oscar Niemeyer trouxe sensualidade e imaginação à arquitetura modernista, inspirando-se nas curvas do mundo natural e do corpo humano. Figura de destaque no design do século XX, Niemeyer alcançou destaque internacional na década de 1940 e tornou-se o arquiteto-chefe de Brasília, a capital modernista do Brasil. Em colaboração com o urbanista Lúcio Costa, projetou prédios governamentais que personificavam uma identidade nacional inovadora e ousada: elegantes, futuristas e simbólicos de progresso e inovação.
Congresso Nacional em Brasília, Brasil
Renato Laky/Pixabay
Influenciado por Le Corbusier, Niemeyer abraçou o concreto armado, mas rejeitou o racionalismo quadrado em favor de silhuetas ondulantes e fluidas. Sem nunca se deixar levar por teorias ou jargões, Niemeyer simplesmente buscava criar beleza. Seus projetos, como a Catedral de Brasília e o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, parecem flutuar ou desabrochar, revelando o lado expressivo e poético do modernismo.
7. Eero Saarinen
Eero Saarinen
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Estilo: Neofuturismo, Modernismo
Edifícios mais famosos: TWA Flight Center (Nova York, EUA), Gateway Arch (St. Louis, EUA), Capela do MIT (Cambridge, EUA)
Conhecido por projetar alguns dos edifícios mais icônicos de meados do século XX, o trabalho de Eero Saarinen expandiu os limites da estrutura e do estilo. O TWA Flight Center no Aeroporto JFK, com suas curvas amplas e linhas futuristas, capturou o espírito do otimismo da era do jato, enquanto o Gateway Arch em St. Louis permanece um símbolo nacional de inovação. Dotado de uma grande capacidade de adaptar o design a cada propósito, Saarinen transitou facilmente entre a experimentação escultural e o modernismo refinado. Ele também fez contribuições significativas para o design de móveis, incluindo a famosa cadeira Tulip, deixando sua marca não apenas na arquitetura, mas também no design industrial e de produto.
O Centro de Voo da TWA na cidade de Nova York, Nova York
Getty Images
Seu trabalho desafiou a rigidez do estilo internacional, introduzindo uma sensibilidade mais humana e expressiva. “Sempre fui atraída por espaços e objetos que parecem entrelaçados, como se não pudessem existir um sem o outro. O trabalho de Eero Saarinen incorpora essa clareza”, diz Rachel Blindauer, designer de interiores principal de seu escritório homônimo. “Sua influência aparece em meu trabalho não por meio da imitação, mas por meio do ethos: seu uso brilhante de curvas, sua disposição para desafiar a ortodoxia da forma e sua busca pela unidade entre estrutura e silhueta. Saarinen não apenas projetou edifícios, ele esculpiu o futuro como acreditava que ele poderia ser sentido.”
8. Norman Foster
Norman Foster
Reprodução AD
Estilo: Arquitetura de alta tecnologia, Modernismo, Arquitetura Sustentável
Edifícios mais famosos: The Gherkin (Londres, Reino Unido), Apple Park (Cupertino, EUA), Reichstag Dome (Berlim, Alemanha)
Nenhuma palavra descreve melhor o trabalho de Norman Foster do que “inovador”. O renomado arquiteto britânico é um pioneiro do movimento high-tech, utilizando tecnologia e materiais como aço e vidro para criar edifícios visualmente impressionantes e funcionais. Seu trabalho mescla com bom gosto engenharia de ponta com espaços elegantes e centrados no ser humano, como visto em projetos emblemáticos como a sede do HSBC em Hong Kong, o Domo do Reichstag em Berlim e o 30 St Mary Axe em Londres, mais conhecido como “The Gherkin”.
30 St Mary Axe, também conhecido como Gherkin, em Londres, Inglaterra
Pierre Blaché/Pixabay
Foster também foi um dos primeiros defensores da eficiência energética em edifícios, muito antes da sustentabilidade se tornar tendência. Sua influência se estende globalmente e é vista em aeroportos, centros culturais, escritórios e infraestruturas que equilibram inovação e funcionalidade. Não é exagero dizer que Foster ajudou a remodelar as cidades modernas, mostrando que a arquitetura pode ser tecnologicamente avançada e socialmente consciente.
9. Richard Rogers
Richard Rogers
Reprodução AD
Estilo: Arquitetura de alta tecnologia, Modernismo
Edifícios mais famosos: Lloyd’s Building (Londres, Reino Unido), Centre Pompidou (Paris, França), Millennium Dome (Londres, Reino Unido)
Richard Rogers foi um verdadeiro visionário da arquitetura de alta tecnologia. Alcançando destaque na década de 1970, Rogers, ao lado de Renzo Piano, projetou o Centro Pompidou em Paris, um centro cultural radical com seus sistemas estruturais e mecânicos expostos. Essa abordagem de dentro para fora chocou os tradicionalistas, mas sinalizou uma nova era na arquitetura, que destacou a engenharia, a transparência e a ludicidade. Rogers continuou essa trajetória com projetos como o Lloyd’s Building em Londres, o Millennium Dome e o Terminal 4 do Aeroporto de Madri-Barajas, cada um refletindo seu compromisso com a flexibilidade, a tecnologia e a vida cívica.
Ele também desempenhou um papel importante na reconstrução do centro de Manhattan após o 11 de setembro, projetando o 3 World Trade Center, uma torre de vidro imponente que equilibra elegância estrutural com uma forte presença urbana. “O edifício reflete tudo o que ele representava; está enraizado na criação de lugares e no propósito cívico”, diz Richard Paul, diretor da RSHP. “Não é apenas uma torre, mas um espaço que dá vida à área e fortalece a integração do tecido urbano da cidade, em torno do Memorial do 11 de setembro.”
Centro Pompidou em Paris, França
Edmondlafoto/Pixabay
Ao longo de uma carreira de cinco décadas, Rogers defendeu a sustentabilidade, a inclusão e a vitalidade urbana, acreditando que a arquitetura tinha o poder de melhorar vidas. “Richard foi um defensor incansável de uma sociedade mais sustentável”, diz Paul, “uma ideia que moldou o trabalho de sua vida e continua a influenciar muitos de nós.”
10. Frank Gehry
Frank Gehry
Forgemind ArchiMedia/Wikimedia Commons
Estilo: Desconstrutivismo, Pós-modernismo
Edifícios mais famosos: Museu Guggenheim (Bilbao, Espanha), Walt Disney Concert Hall (Los Angeles, EUA), Dancing House (Praga, República Tcheca)
Surgindo no final do século XX como uma força disruptiva no cenário arquitetônico, Frank Gehry desafia as convenções modernistas com um estilo que abraça totalmente o caos e a imprevisibilidade. Nascido no Canadá e radicado em Los Angeles, Gehry ganhou destaque na década de 1970 com sua própria residência em Santa Monica, decorada com metal corrugado e cercas de arame, sinalizando seu distanciamento das normas arquitetônicas.
Ele se tornou conhecido internacionalmente na década de 1990 com o Museu Guggenheim em Bilbao, um monumento revestido de titânio que ajudou a revitalizar a economia da cidade — um fenômeno mais tarde cunhado como “Efeito Bilbao”. O trabalho de Gehry, baseado no desconstrutivismo, rejeita a simetria e as regras clássicas em favor de geometrias fraturadas e formas dinâmicas, às vezes não intuitivas.
Guggenheim Bilbao, em Bilbao, Espanha.
David Vives/Pixabay
Ele foi um dos primeiros arquitetos a utilizar modelagem digital avançada (especificamente o software CATIA, uma ferramenta originalmente projetada para projetos aeroespaciais) para concretizar suas visões complexas, influenciando a forma como os edifícios são concebidos e construídos. Homem de grande inovação tecnológica e experimentação, Gehry continua a redefinir o campo da arquitetura.
11. Renzo Piano
Renzo Piano
GSAPP/Wikimedia Commons
Estilo: Arquitetura de alta tecnologia, Arquitetura Sustentável
Edifícios mais famosos: The Shard (Londres, Reino Unido), Centre Pompidou (Paris, França), Whitney Museum of American Art (Nova York, EUA)
Renzo Piano é amplamente reconhecido por sua capacidade de unir tecnologia e humanismo na arquitetura. Ele conquistou reconhecimento internacional pela primeira vez em 1977 com o Centro Pompidou, em Paris, projetado em parceria com Richard Rogers. A estrutura radical “de dentro para fora” do edifício desafiou as noções tradicionais de arquitetura e fez de Piano uma voz de destaque no emergente movimento de alta tecnologia.
The Shard em Londres, Inglaterra
Diego Delso/Wikimedia Commons
Nas décadas seguintes, desenvolveu um estilo mais refinado e poético, evidente em projetos como a Coleção Menil, em Houston, e a Fundação Beyeler, na Suíça. Essas obras foram pioneiras no uso da luz natural em espaços de galeria, muitas vezes por meio de sistemas de cobertura personalizados que banham as obras de arte com uma luz suave e difusa — hoje um padrão no design de museus. Premiado com o Prêmio Pritzker em 1998, Piano desempenhou um papel fundamental na formação da arquitetura museológica e cívica moderna.
12. Rem Koolhaas
Rem Koolhaas
GSAPP/Wikimedia Commons
Estilo: Desconstrutivismo, Pós-modernismo, Urbanismo Contemporâneo
Edifícios mais famosos: Sede da CCTV (Pequim, China), Biblioteca Central de Seattle (Seattle, EUA), Casa da Música (Porto, Portugal)
Um dos pensadores mais provocativos da arquitetura, a obra de Rem Koolhaas — não apenas como arquiteto, mas também como urbanista e teórico — desafia constantemente as convenções. Fundador do OMA (Escritório de Arquitetura Metropolitana), Koolhaas é conhecido por projetos ousados e conceituais, como a Sede da CCTV em Pequim e a Biblioteca Central de Seattle. Abraçando a contradição, Koolhaas frequentemente projeta estruturas que refletem o caos e a energia da vida contemporânea. Sua obra resiste à categorização fácil, mesclando brutalismo, modernismo e teoria pós-moderna em uma abordagem experimental totalmente singular.
Biblioteca Central de Seattle em Seattle, Washington
Dietmar Rabich/Wikimedia Commons
Mas sua influência se estende muito além de edifícios individuais. Por meio de seus escritos, particularmente Delirious New York e S,M,L,XL, ele redefiniu como os arquitetos pensam sobre cidades, globalização e a consequente complexidade cultural. Ele também foi fundamental na formação do discurso arquitetônico, incentivando designers a pensar criticamente sobre forma, política e espaço urbano. “Ao trabalhar para Rem no OMA, vi em primeira mão como ultrapassar limites fazendo as perguntas certas”, diz Matthias Hollwich, diretor fundador da HWKN Architecture. “Rem Koolhaas é um dos poucos arquitetos dos últimos 40 anos que não apenas projetou edifícios que moldaram a história, mas também moldou gerações de jovens arquitetos que estão na vanguarda da arquitetura inovadora hoje.”
13. Santiago Calatrava
Santiago Calatrava
CentroWilson/Wikimedia Commons
Estilo: Neofuturista, Biomórfico
Edifícios mais famosos: Turning Torso (Malmö, Suécia), Cidade das Artes e das Ciências (Valência, Espanha), Oculus (Nova York, EUA)
Arquiteto e engenheiro estrutural, Santiago Calatrava iniciou sua carreira na década de 1980 com pontes na Suíça e na Espanha, que uniam precisão técnica e ambição artística. Desde o início, seus projetos se destacaram pela elegância, ousadia técnica e aparência escultural.
Complexo da Cidade das Artes e das Ciências em Valência, Espanha
Luca/Pixabay
Seu sucesso internacional veio com o projeto da Cidade das Artes e das Ciências em Valência, um complexo futurista que logo se tornaria sua marca registrada, com o uso de concreto branco, estruturas esqueléticas e geometria orgânica. Com o tempo, ele levou esse estilo a projetos como o Turning Torso, na Suécia, e o terminal de transporte Oculus, no World Trade Center, em Nova York. O trabalho de Calatrava expandiu o papel da arquitetura na infraestrutura, provando que pontes, estações e edifícios públicos podem ser funcionais e esculturais — feitos técnicos que também inspiram admiração.
14. Shigeru Ban
Shigeru Ban
準建築人手札網站/Wikimedia Commons
Estilo: Arquitetura Sustentável, Minimalismo
Edifícios mais famosos: Igreja de Papel (Kobe, Japão), Catedral de Papelão (Christchurch, Nova Zelândia), Centro Pompidou-Metz (França)
A obra de Shigeru Ban apresenta uma constante interrogação sobre o que um edifício é e o que deveria ser. Mais conhecido por usar materiais não convencionais, como tubos de papelão e papel reciclado, o arquiteto japonês se destacou projetando de tudo, desde museus elegantes a abrigos de emergência em zonas de desastre.
“Ao usar materiais humildes como papel e papelão de maneiras radicais, Ban redefine o que é estruturalmente possível e reimagina o papel dos arquitetos em tempos de crise”, afirma Kevin Sherrod, professor assistente da Escola de Arquitetura da Universidade do Sul da Califórnia.
Catedral de papelão em Christchurch, Nova Zelândia
Michal Klajban/Wikimedia Commons
Os projetos humanitários de Ban, incluindo os inovadores abrigos de papelão implantados durante o terremoto na Turquia e na Síria e a Paper Log House, que serviu como abrigo temporário para pessoas deslocadas após o terremoto de Kobe em 1995, são inventivos, mas também profundamente humanos. “[Seu trabalho proporciona] dignidade por meio do design em algumas das situações mais frágeis”, reflete Sherrod. “Vejo no trabalho de Ban um modelo vital para uma prática significativa e socialmente engajada. Seu exemplo nos apresenta uma visão convincente de como a arquitetura pode servir, responder e curar.”
15. Zaha Hadid
Zaha Hadid
GSAPP/Wikimedia Commons
Estilo: Parametricismo, Futurismo, Desconstrutivismo
Edifícios mais famosos: Heydar Aliyev Center (Baku, Azerbaijão), Museu MAXXI (Roma, Itália), London Aquatics Centre (Londres, Reino Unido)
Zaha Hadid não apenas quebrou o molde — ela projetou edifícios que o tornaram obsoleto. Apelidada de “Rainha da Curva”, os designs futuristas e fluidos de Hadid desafiaram as convenções arquitetônicas. Originalmente formada em matemática, Hadid criou estruturas que muitas vezes pareciam esculpidas em vez de construídas, como o sinuoso Heydar Aliyev Center ou o London Aquatics Centre, inspirado na água. Projetos como o Museu MAXXI demonstram sua capacidade de fazer concreto e aço assumirem a fluidez de um líquido.
Centro Heydar Aliyev em Baku, Azerbaijão
Mihman Duğanlı/Pexels
Ela era inegavelmente uma força na área: “Como fundadora do nosso escritório e professora visionária, Zaha Hadid abriu um mundo inteiramente novo de possibilidades na arquitetura, perseverando durante décadas de desafios e críticas que consideravam seus projetos inviáveis”, afirma Melodie Leung, diretora da Zaha Hadid Architects. Primeira mulher a ganhar o Prêmio Pritzker, Hadid abriu portas em uma profissão dominada por homens e remodelou as discussões globais sobre gênero, tecnologia e inovação na arquitetura.
16. Bjarke Ingels
Bjarke Ingels
Epizentrum/Wikimedia Commons
Estilo: Arquitetura Sustentável, Utopismo Pragmático, Contemporâneo
Edifícios mais famosos: 8 House (Copenhague, Dinamarca), VIA 57 West (Nova York, EUA), CopenHill (Copenhague, Dinamarca)
Bjarke Ingels continua a remodelar a arquitetura contemporânea com um estilo que combina designs arrojados com soluções pragmáticas. Ingels iniciou sua carreira trabalhando com Rem Koolhaas na OMA, e posteriormente fundou seu próprio escritório, o BIG (Bjarke Ingels Group), em 2005. Seus primeiros projetos, como as Casas VM e a 8 House em Copenhague, sinalizaram uma nova abordagem para a habitação, que priorizava a habitabilidade e o senso de comunidade.
VIA 57 West em Nova York, Nova York
HITcards/Wikimedia Commons
Seu lema, a filosofia de design apelidada de “utopismo pragmático”, combina idealismo com considerações práticas, visando criar lugares social, econômica e ambientalmente corretos. Com um portfólio que abrange o mundo todo, seus projetos refletem sua crença de que a arquitetura deve solucionar problemas e, ao mesmo tempo, despertar alegria. Essas ideias podem ser vistas em tudo, desde seu trabalho na VIA 57 West, em Nova York, que combina um pátio europeu com um arranha-céu de Manhattan, até CopenHill, uma usina de conversão de resíduos em energia com uma pista de esqui no topo.
17. Jeanne Gang
Jeanne Gang
Kramesarah/Wikimedia Commons
Estilo: Arquitetura Contemporânea, Arquitetura Sustentável
Edifícios mais famosos: Aqua Tower (Chicago, EUA), St. Regis Chicago (Chicago, EUA), Arcus Center for Social Justice Leadership (Michigan, EUA)
Conhecida por remodelar horizontes e repensar a interação dos edifícios com o meio ambiente e as comunidades, Jeanne Gang projeta com um claro e forte compromisso com a sustentabilidade e o impacto social. Sua Aqua Tower em Chicago, com suas varandas onduladas, não apenas criou uma nova linguagem arquitetônica para arranha-céus, como também abordou diversas questões ambientais, como a resistência ao vento e o e a redução da incidência solar. Seu trabalho frequentemente se destaca por combinar designs esculturais com inteligência ecológica. Além da estética, ela desafia as tipologias tradicionais de construção, reinventando delegacias de polícia, centros comunitários e orlas urbanas para promover conexão e equidade.
Populus Hotel em Denver, Colorado
Reprodução AD
“É impossível não admirar o trabalho de Jeanne Gang, que redefine a vida urbana, especialmente por meio de projetos como o 11 Hoyt e o complexo 2 da FDNY Rescue Company”, afirma Barrett Oswald, designer principal da Barrett Oswald Designs. “Compartilhamos a crença fundamental de que um bom design não se resume apenas à estética, mas sim a aprimorar a maneira como as pessoas vivem, se conectam e vivenciam seus espaços.” A influência de Gang reside, inegavelmente, em sua capacidade de unir beleza, ética e praticidade, provando que a arquitetura pode servir às pessoas, às cidades e ao planeta ao mesmo tempo.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Estados Unidos.
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