A mostra explora a relação entre poder e violência nas construções, refletindo sobre a vivência do profissional e a história da arte O Paço Imperial inaugurou em 14 de junho a exposição “Alto Barroco”, de André Griffo. Com curadoria de Juliana Gontijo, a mostra apresenta um panorama dos 14 anos de trajetória do profissional, com mais de 50 obras entre pinturas e instalações, sendo muitas nunca expostas ao público.
Leia mais
O título da mostra faz referência a ambiguidade proposta pelo Barroco, que varia entre o excesso, a saturação, a confusão dos limites, a dominação e a resistência. A mostra ficará em cartaz até 10 de agosto, com entrada gratuita, e aborda, de forma crítica, problemas sociais envolvendo poder, religião, patriarcado, colonialidade e questões raciais.
Em seus trabalhos, Griffo usa referências de lugares reais, como igrejas góticas e espaços abandonados. Na foto, a obra “Altar Marajoara”
Edouard Fraipont/Divulgação
A exposição foi dividida por temas, relacionando as diferentes fases do artista. Dentre os principais destaques estão Back to Olympia (2017), Sala dos Provedores (2018), Instruções para Administração de Fazendas II (2018) e O Vendedor de Miniaturas (2021), além de duas pinturas produzidas especialmente para o evento.
Esta é a primeira exposição individual de Griffo em uma instituição no Rio de Janeiro. Ela ocupa o pátio principal, três salões do primeiro pavimento e dois salões do segundo pavimento.
As obras não são apresentadas de forma cronológica, pois muitas séries têm relação entre si. Na foto, a obra “Instruções para administração das fazendas II”
Rafael Adorjan/Divulgação
A exposição
No pátio do Paço Imperial está a instalação Predileção por alegorias – andaimes (2015), que tem 7,5 m de altura. As estruturas apresentam arcos de ogiva e são compostas por andaimes de ferro usados na construção civil, contrapondo a arquitetura moderna com a gótica.
Na primeira sala, há as pinturas Um altar consagrado, Base para crucificação, Barroco Vazio (2014) e Back do Olympia (2017). Nos cômodos seguintes as obras foram montadas em camadas, dispostas no centro da sala e pendentes no teto, em temas relacionados à religiosidade e a história da pintura.
A supressão do santo pelo ornamento (2018), O poder e a glória do pecado (2019), The 80´s (2024), Olhos distantes se camuflam na paisagem (2021) e Percorrer tempos e ver as mesmas coisas (2017) também compõem o ambiente.
A relação com o barroco explora as noções de excesso, saturação, dominação e resistência. Na foto, a obra “Jesus e seu projeto teocrático para os Anos 2000”
André Griffo/Divulgação
O segundo andar abarca obras do início da carreira de Griffo, como O vendedor de miniaturas (2020), A materialização do canto da Mãe da Lua (2022), O Massacre dos inocentes (2023) e a série dos Ranieris, baseada na pintura do artista italiano Ssetta, além de uma série de trabalhos com folhas de ouro.
André Griffo
André Griffo é formado em Arquitetura e Urbanismo e começou a atuar no campo das artes visuais por meio da criação de composições em que máquinas e estruturas mecânicas dividiam espaço com fragmentos de corpos. A partir de 2014, o cenário de morte e violência foi substituído pela precisão técnica da arquitetura, com pouca ou nenhuma presença humana.
Conhecido pelas pinturas em grandes dimensões, a mostra de André Griffo oferece outras técnicas e materialidades menos referenciadas do artista. Na foto, a obra “Percorrer tempos e ver as mesmas coisas”
Rafael Salim/Divulgação
Curadoria
Juliana Gontijo é curadora, pesquisadora e professora adjunta na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Também é doutora em História e Teoria das Artes pela Universidad de Buenos Aires.
Leia mais
Alto Barroco
Data: de 14 de junho até 10 de agosto de 2025.
Horário: terça a domingo e feriados, das 12h às 18h.
Endereço: Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial [Térreo, 1° e 2° pavimentos] – Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro, RJ.
Ingresso: gratuito.
Leia mais
O título da mostra faz referência a ambiguidade proposta pelo Barroco, que varia entre o excesso, a saturação, a confusão dos limites, a dominação e a resistência. A mostra ficará em cartaz até 10 de agosto, com entrada gratuita, e aborda, de forma crítica, problemas sociais envolvendo poder, religião, patriarcado, colonialidade e questões raciais.
Em seus trabalhos, Griffo usa referências de lugares reais, como igrejas góticas e espaços abandonados. Na foto, a obra “Altar Marajoara”
Edouard Fraipont/Divulgação
A exposição foi dividida por temas, relacionando as diferentes fases do artista. Dentre os principais destaques estão Back to Olympia (2017), Sala dos Provedores (2018), Instruções para Administração de Fazendas II (2018) e O Vendedor de Miniaturas (2021), além de duas pinturas produzidas especialmente para o evento.
Esta é a primeira exposição individual de Griffo em uma instituição no Rio de Janeiro. Ela ocupa o pátio principal, três salões do primeiro pavimento e dois salões do segundo pavimento.
As obras não são apresentadas de forma cronológica, pois muitas séries têm relação entre si. Na foto, a obra “Instruções para administração das fazendas II”
Rafael Adorjan/Divulgação
A exposição
No pátio do Paço Imperial está a instalação Predileção por alegorias – andaimes (2015), que tem 7,5 m de altura. As estruturas apresentam arcos de ogiva e são compostas por andaimes de ferro usados na construção civil, contrapondo a arquitetura moderna com a gótica.
Na primeira sala, há as pinturas Um altar consagrado, Base para crucificação, Barroco Vazio (2014) e Back do Olympia (2017). Nos cômodos seguintes as obras foram montadas em camadas, dispostas no centro da sala e pendentes no teto, em temas relacionados à religiosidade e a história da pintura.
A supressão do santo pelo ornamento (2018), O poder e a glória do pecado (2019), The 80´s (2024), Olhos distantes se camuflam na paisagem (2021) e Percorrer tempos e ver as mesmas coisas (2017) também compõem o ambiente.
A relação com o barroco explora as noções de excesso, saturação, dominação e resistência. Na foto, a obra “Jesus e seu projeto teocrático para os Anos 2000”
André Griffo/Divulgação
O segundo andar abarca obras do início da carreira de Griffo, como O vendedor de miniaturas (2020), A materialização do canto da Mãe da Lua (2022), O Massacre dos inocentes (2023) e a série dos Ranieris, baseada na pintura do artista italiano Ssetta, além de uma série de trabalhos com folhas de ouro.
André Griffo
André Griffo é formado em Arquitetura e Urbanismo e começou a atuar no campo das artes visuais por meio da criação de composições em que máquinas e estruturas mecânicas dividiam espaço com fragmentos de corpos. A partir de 2014, o cenário de morte e violência foi substituído pela precisão técnica da arquitetura, com pouca ou nenhuma presença humana.
Conhecido pelas pinturas em grandes dimensões, a mostra de André Griffo oferece outras técnicas e materialidades menos referenciadas do artista. Na foto, a obra “Percorrer tempos e ver as mesmas coisas”
Rafael Salim/Divulgação
Curadoria
Juliana Gontijo é curadora, pesquisadora e professora adjunta na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Também é doutora em História e Teoria das Artes pela Universidad de Buenos Aires.
Leia mais
Alto Barroco
Data: de 14 de junho até 10 de agosto de 2025.
Horário: terça a domingo e feriados, das 12h às 18h.
Endereço: Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial [Térreo, 1° e 2° pavimentos] – Praça XV de Novembro, 48 – Centro – Rio de Janeiro, RJ.
Ingresso: gratuito.