No projeto autoral da arquiteta para o seu próprio lar, o calor da lenha “aquece” o concreto que aparece generosamente na área social integrada Embora esteja localizada em plena metrópole – em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul –, esta casa de 190 m², em um condomínio fechado, surpreende ao abrigar um fogão à lenha na cozinha integrada.
Em meio a uma atmosfera contemporânea e brutalista, o elemento inesperado se tornou o centro da convivência, aquecendo não apenas receitas, mas também as conversas e os encontros do jovem casal que ali vive.
Leia mais
COZINHA | Os ladrilhos hidráulicos azuis, assinados pelo escritório Arquitetura Nacional e fabricados pela Dalle Piagge, foram aplicados no backsplash e trazem um ponto de cor em meio ao concreto da ilha e à marcenaria de MDF amadeirado Itapuã, da Duratex, com execução da Model Móveis. Bancada da pia de granito cinza andorinha escovado, executado pela LR Pedras, aplicado também na “boca” da churrasqueira, ao lado, feita de alvenaria com pintura na cor Cinza Asfalto, da Suvinil
Cristiano Bauce/Divulgação
“O maior desafio era incorporar o fogão à lenha diante de sua estética tradicional e tamanho considerável, mas decidimos não escondê-lo – pelo contrário, fizemos dele o protagonista da área social”, explica a arquiteta Victoria Drebes, à frente do escritório Drebes Arquitetura (@drebesarquitetura), autora do projeto e moradora da residência junto ao marido, Otávio Augusto, advogado e músico, e a gata Mimosa.
LIVING INTEGRADO | O concreto aparente moldado in loco no teto visa deixar o ambiente com uma essência brutalista e industrial, assim como o piso com o mesmo material polido, o que trouxe também continuidade visual aos ambientes integrados. Ao fundo, na sala de jantar, mesa Mills, da Zig-Zag Móveis, com cadeiras “Adena”, assinadas pelo Traço Sensatto Studio. Luminária pendente Régua Nazca, da Usina Design + Iluminação
Cristiano Bauce/Divulgação
No térreo, living, sala de jantar, cozinha e área gourmet se integram, criando uma planta livre e fluida. No andar superior, ficam a suíte, o estúdio musical e um home office, onde Otávio compõe suas canções sob a luz suave da claraboia que ilumina a sala.
ESCADA | A escada modelo cascata foi executada de concreto in loco e recebeu pisadas de madeira natural grápia executadas pela Kruzivar. Já o guarda-corpo é de serralheria feito pela Ferrobraz. No degrau, está obra “Grades Panorâmicas DB2”, do artista Desmond Bates, na Urban Arts
Cristiano Bauce/Divulgação
O concreto aparente aparece de forma generosa no piso, na laje, na escada e no próprio fogão à lenha, estabelecendo o tom industrial do projeto. Para suavizar a frieza, Victoria lançou mão de tons claros, tecidos naturais e uma paleta pontuada por azul nos ladrilhos hidráulicos da cozinha.
“Neste projeto, a materialidade desempenha papel fundamental na definição de sua estética e de seu caráter. O concreto aparente confere estilo industrial e moderno ao ambiente, mas os tons neutros e a iluminação natural torna os espaços convidativos”, detalha a arquiteta.
A exemplo da claraboia, que inunda o living de luz e valoriza a textura dos materiais, enquanto o banco de concreto abaixo da escada, do mesmo material, conecta sala de estar e jantar.
SALA DE ESTAR | Abaixo da escada, o banco feito com concreto moldado na obra conecta salas de estar e jantar. Sobre ele, quadro intitulado “Díptico Mar sob Névoa”, de Antonio Salaverry, na Urban Arts, e cerâmicas do Espaço Bossa. Ao lado do sofá, mesa “Jota”, assinada por Solka Design
Cristiano Bauce/Divulgação
Entre as peças afetivas que compõem a decoração, destacam-se relógios de bolso herdados dos avós e livros antigos de família – objetos que conversam com o estilo contemporâneo da casa. Obras de arte e bordados sobre papel da artista Thaís di Freitas pontuam as paredes, imprimindo a personalidade dos moradores em cada centímetro.
SUÍTE | A gata Mimosa está sobre a cama estofada, feita especialmente para o projeto pela Rocca Mobiliário, com enxoval da Trussardi. Mesa lateral “Jota”, assinada por Solka Design. Os quadros são bordados sobre papel, da artista Thaís di Freitas. Piso vinílico da linha Injoy Camélia, da Tarkett. Cortinas de linho off-white, com blackout, da Stillus
Cristiano Bauce/Divulgação
SUÍTE | Embora fechados, os armários formam um tipo de closet, com marcenaria executada de MDF Cinza Cristal TX, da Berneck, pela Model Móveis, com puxadores em cava de MDF Itapuã, da Duratex
Cristiano Bauce/Divulgação
Na suíte, a ampla janela com cortinas translúcidas filtra a luz de forma acolhedora. Já no banheiro, uma abertura no teto cria efeitos de luz e sombra sobre os revestimentos, destacando as superfícies rústicas e naturais.
Leia mais
BANHEIRO | A cuba esculpida de granito branco Itaúnas escovado, executada pela LR Pedras, ganhou armários baixos de MDF Itapuã, da Duratex, feitos pela Model Móveis. As paredes receberam revestimento Verre Ondule Vert, da linha Verre, da Portobello, adquirido na loja Elevato, que também forneceu o porcelanato Hit Camel, da mesma marca, aplicado no banco dentro do boxe
Cristiano Bauce/Divulgação
Para Otávio, a experiência de projetar a própria casa ao lado da esposa e arquiteta foi também um exercício de autoconhecimento. “A ideia de gestar a casa do zero revela traços que exigem olhar para nós mesmos. Quanto mais sincera e gentil a relação entre projeto e cliente, maior a chance de que a obra expresse o proprietário. No nosso caso, o resultado é o reflexo da nossa personalidade”, afirma.
Em meio a uma atmosfera contemporânea e brutalista, o elemento inesperado se tornou o centro da convivência, aquecendo não apenas receitas, mas também as conversas e os encontros do jovem casal que ali vive.
Leia mais
COZINHA | Os ladrilhos hidráulicos azuis, assinados pelo escritório Arquitetura Nacional e fabricados pela Dalle Piagge, foram aplicados no backsplash e trazem um ponto de cor em meio ao concreto da ilha e à marcenaria de MDF amadeirado Itapuã, da Duratex, com execução da Model Móveis. Bancada da pia de granito cinza andorinha escovado, executado pela LR Pedras, aplicado também na “boca” da churrasqueira, ao lado, feita de alvenaria com pintura na cor Cinza Asfalto, da Suvinil
Cristiano Bauce/Divulgação
“O maior desafio era incorporar o fogão à lenha diante de sua estética tradicional e tamanho considerável, mas decidimos não escondê-lo – pelo contrário, fizemos dele o protagonista da área social”, explica a arquiteta Victoria Drebes, à frente do escritório Drebes Arquitetura (@drebesarquitetura), autora do projeto e moradora da residência junto ao marido, Otávio Augusto, advogado e músico, e a gata Mimosa.
LIVING INTEGRADO | O concreto aparente moldado in loco no teto visa deixar o ambiente com uma essência brutalista e industrial, assim como o piso com o mesmo material polido, o que trouxe também continuidade visual aos ambientes integrados. Ao fundo, na sala de jantar, mesa Mills, da Zig-Zag Móveis, com cadeiras “Adena”, assinadas pelo Traço Sensatto Studio. Luminária pendente Régua Nazca, da Usina Design + Iluminação
Cristiano Bauce/Divulgação
No térreo, living, sala de jantar, cozinha e área gourmet se integram, criando uma planta livre e fluida. No andar superior, ficam a suíte, o estúdio musical e um home office, onde Otávio compõe suas canções sob a luz suave da claraboia que ilumina a sala.
ESCADA | A escada modelo cascata foi executada de concreto in loco e recebeu pisadas de madeira natural grápia executadas pela Kruzivar. Já o guarda-corpo é de serralheria feito pela Ferrobraz. No degrau, está obra “Grades Panorâmicas DB2”, do artista Desmond Bates, na Urban Arts
Cristiano Bauce/Divulgação
O concreto aparente aparece de forma generosa no piso, na laje, na escada e no próprio fogão à lenha, estabelecendo o tom industrial do projeto. Para suavizar a frieza, Victoria lançou mão de tons claros, tecidos naturais e uma paleta pontuada por azul nos ladrilhos hidráulicos da cozinha.
“Neste projeto, a materialidade desempenha papel fundamental na definição de sua estética e de seu caráter. O concreto aparente confere estilo industrial e moderno ao ambiente, mas os tons neutros e a iluminação natural torna os espaços convidativos”, detalha a arquiteta.
A exemplo da claraboia, que inunda o living de luz e valoriza a textura dos materiais, enquanto o banco de concreto abaixo da escada, do mesmo material, conecta sala de estar e jantar.
SALA DE ESTAR | Abaixo da escada, o banco feito com concreto moldado na obra conecta salas de estar e jantar. Sobre ele, quadro intitulado “Díptico Mar sob Névoa”, de Antonio Salaverry, na Urban Arts, e cerâmicas do Espaço Bossa. Ao lado do sofá, mesa “Jota”, assinada por Solka Design
Cristiano Bauce/Divulgação
Entre as peças afetivas que compõem a decoração, destacam-se relógios de bolso herdados dos avós e livros antigos de família – objetos que conversam com o estilo contemporâneo da casa. Obras de arte e bordados sobre papel da artista Thaís di Freitas pontuam as paredes, imprimindo a personalidade dos moradores em cada centímetro.
SUÍTE | A gata Mimosa está sobre a cama estofada, feita especialmente para o projeto pela Rocca Mobiliário, com enxoval da Trussardi. Mesa lateral “Jota”, assinada por Solka Design. Os quadros são bordados sobre papel, da artista Thaís di Freitas. Piso vinílico da linha Injoy Camélia, da Tarkett. Cortinas de linho off-white, com blackout, da Stillus
Cristiano Bauce/Divulgação
SUÍTE | Embora fechados, os armários formam um tipo de closet, com marcenaria executada de MDF Cinza Cristal TX, da Berneck, pela Model Móveis, com puxadores em cava de MDF Itapuã, da Duratex
Cristiano Bauce/Divulgação
Na suíte, a ampla janela com cortinas translúcidas filtra a luz de forma acolhedora. Já no banheiro, uma abertura no teto cria efeitos de luz e sombra sobre os revestimentos, destacando as superfícies rústicas e naturais.
Leia mais
BANHEIRO | A cuba esculpida de granito branco Itaúnas escovado, executada pela LR Pedras, ganhou armários baixos de MDF Itapuã, da Duratex, feitos pela Model Móveis. As paredes receberam revestimento Verre Ondule Vert, da linha Verre, da Portobello, adquirido na loja Elevato, que também forneceu o porcelanato Hit Camel, da mesma marca, aplicado no banco dentro do boxe
Cristiano Bauce/Divulgação
Para Otávio, a experiência de projetar a própria casa ao lado da esposa e arquiteta foi também um exercício de autoconhecimento. “A ideia de gestar a casa do zero revela traços que exigem olhar para nós mesmos. Quanto mais sincera e gentil a relação entre projeto e cliente, maior a chance de que a obra expresse o proprietário. No nosso caso, o resultado é o reflexo da nossa personalidade”, afirma.