O revestimento exige cuidados diários para manter a sua aparência e durabilidade; conheça os principais estilos e como escolher o ideal para cada projeto! O taco é um revestimento de madeira muito comum em casas e apartamentos nas décadas de 1950 e 1960. O piso é montado a partir de um arranjo geométrico de peças de madeira maciça, que proporcionam uma atmosfera retrô e elegante para os ambientes internos.
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Eles podem ser feitos com madeiras nativas como jatobá, pinho, cumaru, ipê, perobinha e pau-marfim. Os tacos são colados diretamente no contrapiso com cola poliuretano, a qual impede que as peças se soltem no dia a dia. Para que o piso não rache ou estufe, também é necessário ter um contrapiso seco e bem nivelado.
As dimensões são fixas: as mais comuns medem 7 x 21 cm. A partir de 42 cm já não é mais considerado taco, mas, sim, tábua ou assoalho.
No projeto do arquiteto Samuel Lamas, o piso feito com tacos de garapa contrasta com o tapete colorido
Júlia Tótoli/Divulgação | Produção: Gabriel Goes
“Nos anos 1950 e 1960 ele começou a ser mais popularizado, porque a gente tinha uma produção de madeira nativa bem significativa na época, especialmente de ipê, peroba e jatobá. Ele acabou virando uma solução possível economicamente dentro daquele contexto, e os arquitetos modernistas começaram a gostar”, pontua Sérgio Ricardo Ortiz, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes.
As madeiras, geralmente em formato retangular ou quadrado, são instaladas de maneira intercalada ou formando diferentes padrões, resultando em variadas texturas e cores das peças.
Antigamente, a necessidade de aplicação de camadas de sinteco e os riscos de descolamento encareciam a manutenção da peça. Hoje, as vastas opções de materiais, tamanhos e formas de paginação transformaram o revestimento em uma solução sofisticada para a decoração.
O piso restaurado preserva a história do imóvel e garante conforto no estar. Projeto da arquiteta Hana Lerner
André Nazareth/Divulgação
Os tipos de paginação mais comuns do piso de taco
Dama
Nesse modelo, as peças retangulares são colocadas lado a lado no sentido horizontal, formando um quadrado. Em seguida, são colocadas outras no sentido vertical, resultando em um tabuleiro de damas.
O estilo quadriculado combina com composições clássicas e um ar retrô. Projeto do escritório Escala Arquitetura
Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/Divulgação
O piso de tacos de grapia em paginação dama é o ponto focal do espaço assinado pelo designer de interiores Thiago Herrera
Maura Mello/Divulgação
A entrada do apartamento é marcada por painéis de MDF, espelho de parede em formato orgânico e piso de tacos. Projeto do arquiteto Fabiano Ravaglia, do FPR Studio
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
No projeto do escritório Casulo, o revestimento abarca diferentes cômodos
Joana França/Editora Globo
Na área social, o piso de madeira, datado de 1949, foi restaurado. Reforma assinada pelo escritório Tacoa Arquitetos
André Scarpa/Divulgação
O piso de tacos de madeira original do apartamento é um dos destaques da área social. Projeto da arquiteta Rebeca de França
Denilson Machado/Divulgação
Espinha de peixe
Nele, as peças retangulares são instaladas em ângulos de 45° e 90°, formando um V. O uso mais comum é de peças com dimensões menores, a fim de proporcionar o movimento desejado.
O formato de espinha de peixe oferece boa harmonização com formas geométricas. Projeto do escritório Sensum Arquitetura
Renata Freitas/Divulgação
O piso de taco é original dos anos 1960 e está presente no closet no projeto de Marcella Schiavoni e Felipe Zorzeto
Júlia Tótoli/Divulgação
O piso de taco de peroba foi restaurado e complementam a bancada e o frontão de granito branco. Projeto do escritório Fernanda Vargas Arquitetura e do Studio Lins
André Nazaré/Divulgação
Além da estante de laca preta, o piso de madeira com formato espinha de peixe destaca o ambiente. Projeto da designer de interiores Raquel Triboni
Marco Antônio/Divulgação
No projeto da arquiteta Andrea Chicharo, o piso em espinha de peixe de carvalho harmoniza com os painéis ripados
Gui Morelli/Divulgação
Escama de peixe
As peças são instaladas lado a lado, mas na diagonal. O resultado cria a sensação de movimento e ampliação do espaço, pois o formato segue o alinhamento das paredes.
Na transição entre o living e a sala íntima está o piso de taco de madeira freijó, na paginação escama de peixe, e as portas de correr do tipo veneziana. Projeto do arquiteto Quintino Facci
Marilia Ganassin/Divulgação
O piso de taco original do apartamento foi mantido no projeto do escritório Risca Arquitetura
Maura Mello/Divulgação
O piso escama de peixe, combina com o móvel em destaque no living. Projeto do escritório Ana Toscano Arquitetura
Julia Ribeiro/Divulgação
Na sala de jantar projetada pela arquiteta Silvana Martins, do escritório SOMA, o piso de taco e a parede de concreto com uma escultura conferem vida ao espaço
Gustavo Bresciani/Divulgação
O canto de home office criado em frente à janela do estar conta com piso de taco de peroba do campo. Projeto das arquitetas Fabiana Cyon e Ana Paula de Castro
Luiza Schreier/Divulgação
Integrar os ambientes ampliou os espaços, melhorou a ventilação e trouxe uma iluminação natural para o lar assinado pelo escritório INÁ Arquitetura. O piso de taco de peroba-rosa foi garimpado na internet e em caçambas e depois restaurado e instalado
Maira Acayaba/Divulgação
O living apostou em vigas e pilares descascados para exibir o concreto e o piso de taco de madeira, que foi restaurado. Projeto da arquiteta Renata Moliani e do designer Fran Fortes
Favaro Jr./Divulgação
A viga de concreto aparente imprime um toque industrial ao espaço, enquanto o piso de tacos mantém o aspecto vintage. Projeto do escritório Macaxá Arquitetura
Ana Helena Lima/Divulgação
Delimitando a cozinha, a bancada dialoga com o ar modernista do apartamento. Projeto da arquiteta Carolina Munhoz
Renato Navarro/Divulgação
Chevron
Nessa paginação, os tacos não são encaixados. Recortes são feitos nas pontas em chanfros, garantindo o encontro em 45º. Linhas paralelas são postas uma ao lado da outra, oferecendo um aspecto semelhante ao tijolo.
No lavabo, o piso de madeira em padrão chevron proporciona a sensação de amplitude. Projeto do escritório SAO Arquitetura
Renato Navarro/Divulgação
Na paginação chevron, o piso de madeira oferece a sensação de aconchego para o ambiente. Projeto do escritório SAO Arquitetura
Renato Navarro/Divulgação
Como misturar paginações diferentes em um mesmo projeto?
Se a ideia é demarcar bem os ambientes, criar efeitos diferenciados é uma ótima aposta. “Ainda, criar um padrão como se fosse uma espécie de moldura e uma paginação diferenciada no meio pode ficar interessante”, completa Sérgio.
Onde é mais indicado usar o piso de taco?
O modelo é indicado para espaços internos que não tenham contato constante com a umidade, como quartos, salas e corredores. No entanto, ele não serve como revestimento para cozinhas e lavanderias.
Os tacos de madeira contrastam com a decoração contemporânea. Projeto da arquiteta Maria Araujo
Julia Tótoli/Divulgação
Os cuidados com o piso de taco
Para preservar o revestimento pelo máximo de tempo possível, as indicações incluem:
Instale protetores nos pés de cadeiras, mesas e poltronas para evitar marcas e arranhões;
Não arraste os móveis, apenas os levante quando necessário;
Não coloque vasos diretamente no piso;
Use tapetes nas áreas de maior circulação para proteger o piso do desgaste;
Enxugue líquidos derramados imediatamente;
Refaça o verniz a cada 5 ou 10 anos para manter a aparência;
Evite o contato com o sol direto para não desbotar as peças.
Como restaurar pisos de taco antigos sem perder o padrão original?
“Deve-se lixar, para tirar a camada da madeira danificada. Assim, os tacos voltam para as suas características originais. Em seguida, é sempre necessário realizar novamente a calafetação e aplicação do verniz, que pode ser com brilho, semibrilho, ou fosco”, informa Rafael Zalc, arquiteto e diretor do escritório Zalc Arquitetura.
Para que o taco permaneça bonito e conservado por mais tempo, é fundamental saber como cuidar dele. Projeto do escritório NR Arquitetura
Gabriela Daltro/Editora Globo
Como higienizar o piso de taco?
A madeira é um material sensível à umidade. Por isso, é importante usar um pano macio para evitar que a água cause deformações ou manchas no piso. Para manchas e gorduras, utilize um pouco de água e detergente neutro.
A raspagem periódica também é indicada, pois restaura a beleza do piso, prolonga a sua vida útil e previne o desgaste prematuro das peças. O procedimento implica no nivelamento da madeira para eliminar qualquer dano superficial, e a prepara para uma nova camada de acabamento.
A limpeza adequada inclui o uso de produtos específicos e práticas que preservem a durabilidade do revestimento. Projeto da arquiteta Ana Moura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Qual é o tempo de instalação de um piso de taco?
Geralmente, o processo de instalação leva, em média, uma semana, considerando o preparo do contrapiso – que deve estar seco para não prejudicar a madeira. Depois, os tacos são instalados e colados na paginação desejada.
”É normalmente deixado [o taco] alguns milímetros das paredes, para garantir que a madeira possa dilatar; por isso, é muito comum o uso do rodapé, para esconder as irregularidades. Após a instalação é necessário aguardar o tempo de cura da cola. Em seguida, é feita a raspagem, para nivelar todo o piso e tirar as possíveis imperfeições e rebarbas naturais da madeira”, explica Rafael.
Ainda, segundo ele, é feita a calafetação, que nada mais é do que o “rejunte” entre as peças. É feito com cola e o pó da própria madeira para manter o mesmo tom. Por último, é feita aplicação do verniz, muito importante para proteger a madeira, além de realçar a sua cor natural.
No projeto do arquiteto Rodra Cunha, o piso de tacos, original do prédio construído nos anos 1960, foi restaurado para receber todos os móveis novos
Maura Melo/Divulgação
Quais são as vantagens e desvantagens do revestimento?
O piso de taco tem como principais pontos positivos a beleza estética, garantindo um toque vintage para a decoração de interiores. Além disso, o item apresenta alta durabilidade quando bem cuidado e oferece um bom isolamento acústico, pois a madeira minimiza os ruídos e impactos do ambiente.
Em contrapartida, o procedimento com a madeira maciça faz com que o investimento – de tempo e dinheiro – para revestir o chão de toda a casa seja significativo. Ademais, a baixa resistência à água e umidade, além da necessidade de cuidados diários para evitar manchas e riscos, configuram-se como aspectos negativos.
Ao passar uma nova camada de verniz e realizar o lixamento no piso de taco, é possível preservá-lo por mais tempo. Projeto assinado pelos arquitetos André Braz e André Motta
Rafael Renzo/Divulgação
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É possível mudar a paginação de um piso já existente?
“Sim, porém não é um processo fácil e rápido. Ao descolar o piso, é necessário raspar toda a cola da parte posterior dos tacos, antes de reinstalá-lo. O mesmo deve ser feito com o contrapiso. Em seguida, é possível reinstalar os tacos na paginação desejada. Também é possível alterar o verniz, que influencia no brilho e pode alterar também até o tom da madeira”, finaliza Rafael.
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Eles podem ser feitos com madeiras nativas como jatobá, pinho, cumaru, ipê, perobinha e pau-marfim. Os tacos são colados diretamente no contrapiso com cola poliuretano, a qual impede que as peças se soltem no dia a dia. Para que o piso não rache ou estufe, também é necessário ter um contrapiso seco e bem nivelado.
As dimensões são fixas: as mais comuns medem 7 x 21 cm. A partir de 42 cm já não é mais considerado taco, mas, sim, tábua ou assoalho.
No projeto do arquiteto Samuel Lamas, o piso feito com tacos de garapa contrasta com o tapete colorido
Júlia Tótoli/Divulgação | Produção: Gabriel Goes
“Nos anos 1950 e 1960 ele começou a ser mais popularizado, porque a gente tinha uma produção de madeira nativa bem significativa na época, especialmente de ipê, peroba e jatobá. Ele acabou virando uma solução possível economicamente dentro daquele contexto, e os arquitetos modernistas começaram a gostar”, pontua Sérgio Ricardo Ortiz, coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Belas Artes.
As madeiras, geralmente em formato retangular ou quadrado, são instaladas de maneira intercalada ou formando diferentes padrões, resultando em variadas texturas e cores das peças.
Antigamente, a necessidade de aplicação de camadas de sinteco e os riscos de descolamento encareciam a manutenção da peça. Hoje, as vastas opções de materiais, tamanhos e formas de paginação transformaram o revestimento em uma solução sofisticada para a decoração.
O piso restaurado preserva a história do imóvel e garante conforto no estar. Projeto da arquiteta Hana Lerner
André Nazareth/Divulgação
Os tipos de paginação mais comuns do piso de taco
Dama
Nesse modelo, as peças retangulares são colocadas lado a lado no sentido horizontal, formando um quadrado. Em seguida, são colocadas outras no sentido vertical, resultando em um tabuleiro de damas.
O estilo quadriculado combina com composições clássicas e um ar retrô. Projeto do escritório Escala Arquitetura
Juliano Colodeti, do MCA Estúdio/Divulgação
O piso de tacos de grapia em paginação dama é o ponto focal do espaço assinado pelo designer de interiores Thiago Herrera
Maura Mello/Divulgação
A entrada do apartamento é marcada por painéis de MDF, espelho de parede em formato orgânico e piso de tacos. Projeto do arquiteto Fabiano Ravaglia, do FPR Studio
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
No projeto do escritório Casulo, o revestimento abarca diferentes cômodos
Joana França/Editora Globo
Na área social, o piso de madeira, datado de 1949, foi restaurado. Reforma assinada pelo escritório Tacoa Arquitetos
André Scarpa/Divulgação
O piso de tacos de madeira original do apartamento é um dos destaques da área social. Projeto da arquiteta Rebeca de França
Denilson Machado/Divulgação
Espinha de peixe
Nele, as peças retangulares são instaladas em ângulos de 45° e 90°, formando um V. O uso mais comum é de peças com dimensões menores, a fim de proporcionar o movimento desejado.
O formato de espinha de peixe oferece boa harmonização com formas geométricas. Projeto do escritório Sensum Arquitetura
Renata Freitas/Divulgação
O piso de taco é original dos anos 1960 e está presente no closet no projeto de Marcella Schiavoni e Felipe Zorzeto
Júlia Tótoli/Divulgação
O piso de taco de peroba foi restaurado e complementam a bancada e o frontão de granito branco. Projeto do escritório Fernanda Vargas Arquitetura e do Studio Lins
André Nazaré/Divulgação
Além da estante de laca preta, o piso de madeira com formato espinha de peixe destaca o ambiente. Projeto da designer de interiores Raquel Triboni
Marco Antônio/Divulgação
No projeto da arquiteta Andrea Chicharo, o piso em espinha de peixe de carvalho harmoniza com os painéis ripados
Gui Morelli/Divulgação
Escama de peixe
As peças são instaladas lado a lado, mas na diagonal. O resultado cria a sensação de movimento e ampliação do espaço, pois o formato segue o alinhamento das paredes.
Na transição entre o living e a sala íntima está o piso de taco de madeira freijó, na paginação escama de peixe, e as portas de correr do tipo veneziana. Projeto do arquiteto Quintino Facci
Marilia Ganassin/Divulgação
O piso de taco original do apartamento foi mantido no projeto do escritório Risca Arquitetura
Maura Mello/Divulgação
O piso escama de peixe, combina com o móvel em destaque no living. Projeto do escritório Ana Toscano Arquitetura
Julia Ribeiro/Divulgação
Na sala de jantar projetada pela arquiteta Silvana Martins, do escritório SOMA, o piso de taco e a parede de concreto com uma escultura conferem vida ao espaço
Gustavo Bresciani/Divulgação
O canto de home office criado em frente à janela do estar conta com piso de taco de peroba do campo. Projeto das arquitetas Fabiana Cyon e Ana Paula de Castro
Luiza Schreier/Divulgação
Integrar os ambientes ampliou os espaços, melhorou a ventilação e trouxe uma iluminação natural para o lar assinado pelo escritório INÁ Arquitetura. O piso de taco de peroba-rosa foi garimpado na internet e em caçambas e depois restaurado e instalado
Maira Acayaba/Divulgação
O living apostou em vigas e pilares descascados para exibir o concreto e o piso de taco de madeira, que foi restaurado. Projeto da arquiteta Renata Moliani e do designer Fran Fortes
Favaro Jr./Divulgação
A viga de concreto aparente imprime um toque industrial ao espaço, enquanto o piso de tacos mantém o aspecto vintage. Projeto do escritório Macaxá Arquitetura
Ana Helena Lima/Divulgação
Delimitando a cozinha, a bancada dialoga com o ar modernista do apartamento. Projeto da arquiteta Carolina Munhoz
Renato Navarro/Divulgação
Chevron
Nessa paginação, os tacos não são encaixados. Recortes são feitos nas pontas em chanfros, garantindo o encontro em 45º. Linhas paralelas são postas uma ao lado da outra, oferecendo um aspecto semelhante ao tijolo.
No lavabo, o piso de madeira em padrão chevron proporciona a sensação de amplitude. Projeto do escritório SAO Arquitetura
Renato Navarro/Divulgação
Na paginação chevron, o piso de madeira oferece a sensação de aconchego para o ambiente. Projeto do escritório SAO Arquitetura
Renato Navarro/Divulgação
Como misturar paginações diferentes em um mesmo projeto?
Se a ideia é demarcar bem os ambientes, criar efeitos diferenciados é uma ótima aposta. “Ainda, criar um padrão como se fosse uma espécie de moldura e uma paginação diferenciada no meio pode ficar interessante”, completa Sérgio.
Onde é mais indicado usar o piso de taco?
O modelo é indicado para espaços internos que não tenham contato constante com a umidade, como quartos, salas e corredores. No entanto, ele não serve como revestimento para cozinhas e lavanderias.
Os tacos de madeira contrastam com a decoração contemporânea. Projeto da arquiteta Maria Araujo
Julia Tótoli/Divulgação
Os cuidados com o piso de taco
Para preservar o revestimento pelo máximo de tempo possível, as indicações incluem:
Instale protetores nos pés de cadeiras, mesas e poltronas para evitar marcas e arranhões;
Não arraste os móveis, apenas os levante quando necessário;
Não coloque vasos diretamente no piso;
Use tapetes nas áreas de maior circulação para proteger o piso do desgaste;
Enxugue líquidos derramados imediatamente;
Refaça o verniz a cada 5 ou 10 anos para manter a aparência;
Evite o contato com o sol direto para não desbotar as peças.
Como restaurar pisos de taco antigos sem perder o padrão original?
“Deve-se lixar, para tirar a camada da madeira danificada. Assim, os tacos voltam para as suas características originais. Em seguida, é sempre necessário realizar novamente a calafetação e aplicação do verniz, que pode ser com brilho, semibrilho, ou fosco”, informa Rafael Zalc, arquiteto e diretor do escritório Zalc Arquitetura.
Para que o taco permaneça bonito e conservado por mais tempo, é fundamental saber como cuidar dele. Projeto do escritório NR Arquitetura
Gabriela Daltro/Editora Globo
Como higienizar o piso de taco?
A madeira é um material sensível à umidade. Por isso, é importante usar um pano macio para evitar que a água cause deformações ou manchas no piso. Para manchas e gorduras, utilize um pouco de água e detergente neutro.
A raspagem periódica também é indicada, pois restaura a beleza do piso, prolonga a sua vida útil e previne o desgaste prematuro das peças. O procedimento implica no nivelamento da madeira para eliminar qualquer dano superficial, e a prepara para uma nova camada de acabamento.
A limpeza adequada inclui o uso de produtos específicos e práticas que preservem a durabilidade do revestimento. Projeto da arquiteta Ana Moura
Denilson Machado/MCA Estúdio/Divulgação
Qual é o tempo de instalação de um piso de taco?
Geralmente, o processo de instalação leva, em média, uma semana, considerando o preparo do contrapiso – que deve estar seco para não prejudicar a madeira. Depois, os tacos são instalados e colados na paginação desejada.
”É normalmente deixado [o taco] alguns milímetros das paredes, para garantir que a madeira possa dilatar; por isso, é muito comum o uso do rodapé, para esconder as irregularidades. Após a instalação é necessário aguardar o tempo de cura da cola. Em seguida, é feita a raspagem, para nivelar todo o piso e tirar as possíveis imperfeições e rebarbas naturais da madeira”, explica Rafael.
Ainda, segundo ele, é feita a calafetação, que nada mais é do que o “rejunte” entre as peças. É feito com cola e o pó da própria madeira para manter o mesmo tom. Por último, é feita aplicação do verniz, muito importante para proteger a madeira, além de realçar a sua cor natural.
No projeto do arquiteto Rodra Cunha, o piso de tacos, original do prédio construído nos anos 1960, foi restaurado para receber todos os móveis novos
Maura Melo/Divulgação
Quais são as vantagens e desvantagens do revestimento?
O piso de taco tem como principais pontos positivos a beleza estética, garantindo um toque vintage para a decoração de interiores. Além disso, o item apresenta alta durabilidade quando bem cuidado e oferece um bom isolamento acústico, pois a madeira minimiza os ruídos e impactos do ambiente.
Em contrapartida, o procedimento com a madeira maciça faz com que o investimento – de tempo e dinheiro – para revestir o chão de toda a casa seja significativo. Ademais, a baixa resistência à água e umidade, além da necessidade de cuidados diários para evitar manchas e riscos, configuram-se como aspectos negativos.
Ao passar uma nova camada de verniz e realizar o lixamento no piso de taco, é possível preservá-lo por mais tempo. Projeto assinado pelos arquitetos André Braz e André Motta
Rafael Renzo/Divulgação
Leia mais
É possível mudar a paginação de um piso já existente?
“Sim, porém não é um processo fácil e rápido. Ao descolar o piso, é necessário raspar toda a cola da parte posterior dos tacos, antes de reinstalá-lo. O mesmo deve ser feito com o contrapiso. Em seguida, é possível reinstalar os tacos na paginação desejada. Também é possível alterar o verniz, que influencia no brilho e pode alterar também até o tom da madeira”, finaliza Rafael.