Apartamento compacto ganha planta aberta para apreciar a vista do skyline

No 27º andar de um edifício em Vitória (ES), o imóvel de 70 m² foi projetado com conceito industrial-minimalista, marcenaria escura e arte brasileira para um jovem executivo Com apenas 70 m² e um endereço privilegiado no 27º andar de um edifício no bairro Bento Ferreira, em Vitória (ES), este apartamento passou por uma reforma radical para valorizar aquilo que ele tinha de mais precioso: a vista aberta para o skyline da capital capixaba. A premissa do projeto, assinado por Levy Netto (@levynetto), foi integrar ao máximo todos os ambientes sociais, eliminando barreiras visuais e compartimentações.
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“O proprietário queria um imóvel sem muitas paredes, algo que permitisse contemplar a cidade de qualquer ponto, aproveitando ao máximo a vista”, explica o arquiteto Levy. Jovem executivo de rotina intensa e muitas viagens a trabalho, o morador buscava funcionalidade, personalidade e amplitude em uma metragem compacta.
SALA DE ESTAR | O painel da TV foi executado de MDF Absoluto, da Duratex, pela Rigo Marcenaria. Poltrona “Lina”, desenho do escritório Suite Design, para a Lider Interiores. Quadro de Guilherme Callegari
Camila Santos/Divulgação
Para o morador, o resultado reflete o seu estilo de vida e as suas prioridades. “Adoro a sensação de chegar em casa, abrir as cortinas e ver a cidade se espalhando à minha frente, sem nada bloqueando essa visão”, conta o morador, que divide seu tempo entre o trabalho e a prática de esportes.
COZINHA | O bloco preto demarca a cozinha, com armários de MDF Absoluto, da Duratex, executados pela Rigo Marcenaria, e ilha feita de granito preto São Benedito escovado, com cooktop da Brastemp e coifa da EOS. Bancos “Bow”, design de Adolini+Simonini para a Lider Interiores. Ao lado, a sala de jantar é composta por mesa Saarinen e cadeiras “DCW”, de Charles Eames. Quadro do artista Xadalu Tupã Jekupé. Cortinas do tipo tela solar executadas por Grand Decor Cortinas
Camila Santos/Divulgação
O antigo layout com dois quartos e ambientes fechados deu lugar a uma planta aberta, onde sala de estar, jantar, cozinha e varanda formam um espaço contínuo, com apenas uma parede estrutural – que não pôde ser removida – preservada. “Esse foi nosso principal desafio. Tivemos que contornar essa limitação mantendo a fluidez do projeto”, comenta Levy.
ESCRITÓRIO | Ao lado da ilha da cozinha, o escritório foi feito de MDF Absoluto, da Duratex, pela Rigo Marcenaria. Cadeira “Lilly”, do estúdio Nada se Leva para a Lider Interiores. Quadros da Série “Êxodos”, do fotógrafo Sebastião Salgado
Camila Santos/Divulgação
O conceito industrial-minimalista guia toda a proposta. Os pilares de concreto foram deixados aparentes, criando contraste com as paredes brancas e a marcenaria de carvalho ebanizado.
Já a laje nervurada de concreto aparente é um dos pontos altos do projeto, segundo o arquiteto. Ele conta que, inicialmente, não seria aparente, pois não se conhecia o seu estado de conservação, além de haver infraestrutura hidrossanitária passando por ali.
“Mas, ao demolirmos o gesso, descobrimos que a laje estava íntegra. Conversando com o morador, decidimos deixá-la à vista. Fizemos um grande trabalho de infra-hidrossanitária para desviar as tubulações para o perímetro e deixar a maior área de laje visível, sem interferências”, explica o profissional.
DETALHE | Laje nervurada e pilares de concreto foi deixados aparentes para ressaltar o conceito industrial-minimalista do projeto. Trilhos com spots da marca Stella
Camila Santos/Divulgação
O piso de porcelanato que imita cimento reforça a sobriedade da paleta, pensada para acolher a coleção de arte contemporânea do proprietário, ainda em construção.
SUÍTE | O ambiente íntimo segue o visual do restante do apartamento, com cabeceira e armário executados de MDF Absoluto, da Duratex, pela Rigo Marcenaria. Mesa de cabeceira da Tok&Stok. Quadro do artista Daniel Melim. Roupa de cama da Trussardi
Camila Santos/Divulgação
Em destaque, estão obras de Xadalu Tupã Jekupé, Sebastião Salgado, Guilherme Callegari e Daniel Melim, que ocupam lugar de protagonismo nos ambientes.
“A ideia foi criar um fundo neutro e atemporal para valorizar essas obras, que traduzem o gosto do morador e sua relação com arte brasileira e fotografia”, afirma o arquiteto.
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BANHEIRO | Paredes e piso são revestidos de porcelanato Cemento Grigio, da Biancogres. Tampo da bancada feito de granito preto São Benedito escovado, com marcenaria executada de MDF Absolut, da Duratex, pela Rigo Marcenaria, responsável também pelo armário espelhado suspenso. Cuba e torneira da Deca
Camila Santos/Divulgação
Na decoração, ícones do design pontuam os ambientes com discrição. As cadeiras DCW de Charles Eames na sala de jantar e a poltrona Lina, no estar, reforçam o diálogo entre minimalismo e conforto. “Queríamos peças que fossem importantes, mas que não competissem com a vista ou com as obras de arte”, explica Levy.

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