Apartamentos pequenos, pets felizes: como conciliar espaço reduzido com bem-estar animal

Correr pelo quintal, rolar na grama, se esconder pelos diversos cômodos da casa são algumas das imagens, geralmente, associadas a pets felizes. Entretanto, é cada vez mais comum, especialmente nas grandes cidades, que as pessoas morem em apartamentos pequenos, sem quintal para correr, ou grama para rolar, o que faz com que muitos se perguntem: é possível ter um pet feliz, mesmo com espaço reduzido?
Segundo as veterinárias ouvidas pela Casa Vogue, a resposta é sim. Cães e gatos podem viver muito bem em um apartamento pequeno. Para isso, basta que o tutor tome algumas medidas simples, como investir no enriquecimento ambiental e ter atenção ao dia a dia do animal.
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“O mais importante não é o tamanho do espaço, mas sim a qualidade de vida que o tutor consegue oferecer. Com atenção, carinho, uma rotina estruturada e estímulos físicos e mentais, cães e gatos podem viver felizes em apartamentos ou casas pequenas. A chave está em adaptar o ambiente e a rotina para atender às necessidades específicas de cada pet”, ressalta a médica-veterinária Bruna Garcia, da Petlove.
Como preparar o ambiente para cães e gatos
O enriquecimento ambiental é um ponto importante para manter a saúde dos bichinhos
Helena Lopes/Pexels
O primeiro passo para garantir o bem-estar animal em casa é separar ambientes distintos para que o pet se alimente, durma e faça as necessidades. “Mesmo em ambientes compactos, separar os espaços é fundamental. Isso ajuda a manter a higiene, evita estresse e respeita os instintos naturais do animal. Além disso, é ideal que os pets tenham um cantinho tranquilo e seguro no qual possam descansar ou se esconder, especialmente em momentos de barulho ou agitação”, aconselha Bruna.
O enriquecimento ambiental é outro ponto importante para manter a saúde dos bichinhos, sobretudo em espaços reduzidos. “O enriquecimento ambiental é fundamental para evitar que os animais fiquem entediados e acabem destruindo plantas ou objetos, como sapatos e móveis”, diz a médica-veterinária Aline Zoppa, professora e coordenadora do Complexo Médico Veterinário da Anhembi Morumbi.
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Guilherme Pucci
Para deixar o lar apropriado para os cães, vale investir em brinquedos interativos e desafios com petiscos, que ajudam a distraí-los. No caso dos gatos, uma boa estratégia é a verticalização, que pode ser feita com prateleiras, caixas com aberturas ou redes, que permitam ao animal escalar, se esconder ou explorar.
“Gatos são animais adaptáveis, mas precisam de estímulos. Eles têm uma vantagem em relação aos cães que é a verticalização do espaço, ou seja, mesmo num local pequeno, as paredes podem e devem ser utilizadas como suportes e brincadeiras para os felinos. Janelas teladas para segurança, acesso à luz natural e locais de observação em altura também contribuem muito para o bem-estar dos bichanos”, completa Bruna.
Rotina também é importante
Brincadeiras dentro de casa ajudam a gastar energia e manter o equilíbrio emocional do animal
Josh Sorenson/Pexels
Ter uma rotina estruturada também é importante para a saúde dos pets. “O cão precisa ter água limpa sempre disponível, alimentação nos horários corretos e, pelo menos, de 20 a 30 minutos diários de passeio ou caminhada, para mudar de ambiente e gastar energia”, orienta Aline.
Brincadeiras dentro de casa também ajudam a gastar energia e manter o equilíbrio emocional do cão. No caso dos gatos, também é importante ter uma rotina de brincadeiras, porém, é necessário respeitar o tempo deles.
Tamanho e nível de energia
Temperamento e rotina do tutor são mais importantes do que o tamanho do pet na hora de escolher um companheiro
Alina Matveycheva/Pexels
Especialmente quando se trata de cães, quem mora em espaços reduzidos tende a trazer para casa um animal de pequeno porte. Porém, as veterinárias lembram que mais do que o tamanho, é importante se informar sobre o nível de energia, a raça ou o comportamento do animal, no caso de pets sem raça definida.
“É comum optar por raças pequenas em ambientes menores, mas o temperamento conta muito. Algumas raças pequenas, como o teckel, são muito agitadas e gostam de correr ou cavar, podendo ficar entediadas em espaços reduzidos. A rotina do tutor também influencia: quem passa mais tempo em casa tende a ter um animal mais tranquilo. Por outro lado, pets que ficam sozinhos por muito tempo costumam buscar mais distrações, o que, em ambientes pequenos, pode gerar problemas”, finaliza Aline.
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