O cimento queimado tem sido uma grande aposta em projetos com estéticas modernas e industriais. Com essência urbana e acabamento contínuo, ele se adapta a diferentes estilos e pode ser aplicado no piso, nas paredes, no boxe e até na bancada do banheiro.
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O revestimento é feito a partir da mistura de cimento, areia e água, aplicada sobre uma base previamente nivelada. Embora se pareça com um contrapiso, sua função é puramente estética e de acabamento, e não estrutural.
A parede ganhou textura de cimento queimado da Soshi Engenharia no projeto do escritório Ao Quadrado Arquitetura
MCA Estúdio/Denilson Machado/Divulgação
A aparência “manchada”, característica do cimento queimado, surge no final da aplicação, etapa conhecida como “queima”. Nesse momento, uma camada de cimento em pó é polvilhada sobre a superfície ainda úmida e, em seguida, é feita a espatulagem, que alisa o revestimento e dá o visual contínuo e homogêneo.
“Esse material é rústico, aplicado de forma artesanal e cria uma atmosfera industrial, que permanece ao longo do tempo, contando a história do imóvel e seu morador”, destaca Mona Singal, arquiteta do escritório RUA 141 Arquitetura.
Quanto custa revestir o banheiro de cimento queimado?
O custo médio para aplicar cimento queimado no banheiro varia entre R$ 400 e R$ 600, por metro quadrado. O tipo de produto e as dimensões da superfície a ser revestida impactam diretamente o valor.
Em banheiros de menor uso, o acabamento é recomendado para garantir visual rústico. O cimento queimado é da Fred Materiais e o projeto é do Studio Carlito e Renata Pascucci
Julia Novoa/Divulgação
Outro aspecto é a necessidade da aplicação ser especializada. “É importante investir na contratação de profissionais especializados, visto que a técnica correta interfere na durabilidade e na aparência do revestimento”, afirma a arquiteta Barbara Dundes, do escritório homônimo. Materiais de qualidade e instalados corretamente evitam problemas como trincas, manchas ou descolamento das placas.
Piso de porcelanato com efeito de cimento queimado usado no projeto da arquiteta Lucia Manzano
Maura Mello/Divulgação
Apesar de não ser um material essencialmente barato, é possível economizar. Uma opção é selecionar pontos específicos, como áreas secas ou superfícies menores. “Outro caminho é optar por pinturas, com o efeito de cimento queimado, que reproduzem o visual com custo reduzido”, diz Barbara.
As variações do cimento queimado
Existem dois tipos principais do produto: o tradicional e o microcimento. “Ambos são parecidos esteticamente, com apenas 2 mm de espessura, mas o microcimento é mais plástico e, portanto, funciona melhor com a umidade e a variação de temperatura”, explica Mona.
O revestimento do piso e da área do boxe é de microcimento da Anauá, o qual também está na bancada de granito Itaúnas, da Pedras Naturais. Projeto do arquiteto David Bastos, do escritório DB Arquitetos
OKA Fotografia de Arquitetura/Divulgação
Além da composição, as variações do cimento queimado podem se dar com a inclusão de pigmentos minerais em pó ou líquidos na mistura. O revestimento pode ser encontrado em tons como branco, bege, areia, rosê, azul e verde.
“Quando se opta por tons mais quentes, como areia, o resultado é um ambiente ainda mais acolhedor, se comparado ao tradicional cinza do concreto”, comenta Barbara.
Cimento queimado branco no banheiro
O branco traz neutralidade e transforma o cômodo em espaço de relaxamento. O acabamento colabora com um visual diferenciado, devido às texturas e nuances, sem comprometer a uniformidade da superfície.
No projeto do escritório Ikeda Arquitetura, a bancada de cimento queimado é de textura off white pronta, da Decor Colors
Luiza Schreier/Divulgação
Cimento queimado na bancada do banheiro
Utilizar o material na bancada cria continuidade visual, principalmente se o acabamento for replicado em piso e paredes. No entanto, como a bancada está em contato direto com a água, é essencial que o produto seja impermeabilizado corretamente. Outro aspecto a ser considerado é a manutenção e higienização, que devem priorizar produtos neutros.
É importante que o acabamento da bancada seja coerente ao uso do cimento queimado na parede, pela similaridade de cor ou textura. Projeto da arquiteta Camila Medrado
Estúdio NY18/Divulgação
Cimento queimado nas paredes do banheiro
O produto pode ser usado em toda a extensão do banheiro ou apenas em uma parede de destaque, criando um pano de fundo interessante para espelhos, prateleiras ou objetos decorativos.
“O acabamento monolítico, uma das principais vantagens do cimento queimado, traz unidade para o espaço e permite criar texturas e nuances sutis”, fala Barbara. A ausência de emendas ou rejuntes também facilita a limpeza.
O cimento queimado pode ser aplicado no teto. Projeto do arquiteto Ricardo Abreu
Renato Navarro/Divulgação
As áreas secas são mais recomendadas para o uso desse acabamento. Projeto do arquiteto Hiago Soares
Anita Soares/Divulgação
O projeto do arquiteto Diego Franceschini, do escritório 42 Graus Arquitetura, usou o cimento queimado da Luxens
Matheus Kaplun/Divulgação
Esse revestimento pode ser combinado a cores com sobriedade. Projeto do Estúdio Minke
Maura Mello/Divulgação
Como a parede de cimento queimado é mais neutra e uniforme, é possível utilizar decorações como quadros amplos. Projeto do escritório Mestisso Arquitetura & Interiores
Monica Assan/Divulgação
Cimento queimado no boxe do banheiro
O uso do cimento queimado no boxe é moderno e inusitado, sendo ideal para quem quer fugir do tradicional. O microcimento é o mais indicado devido às condições da área molhada.
“As superfícies onde será aplicado precisam estar com a camada de impermeabilização, além de uniformes e niveladas. É importante respeitar o tempo certo de secagem de cada etapa de aplicação do produto para evitar danos”, afirma Mona.
Em ambientes modernos, o cimento queimado pode ser acompanhado de tons de cinza e preto. Projeto da arquiteta Flávia Theodorovitz
Monica Assan/Divulgação | Produção: Bendita Bossa/Divulgação
No projeto do escritório Andrade e Mello Arquitetura, o jardim vertical se contrapõe ao cimento queimado das paredes
Luis Gomes/Divulgação
Com um boxe de vidro transparente, o cimento queimado favorece a continuidade visual. No projeto do escritório Loft87, o revestimento é da Protécnica Revestimentos
Mariana Ortis/Divulgação
O cimento queimado pode ser combinado a outros revestimentos. No projeto dos arquitetos Mona Singal e Rafael Zalc, o material foi assoaciado ao ladrilho hidráulico
Nathalie Artaxo/Divulgação
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Cimento queimado no piso do banheiro
No piso, o cimento queimado garante continuidade visual e reduz a sensação de cortes e divisões no ambiente. Para que o resultado seja funcional, é importante escolher produtos que tenham aderência adequada e sejam resistentes à umidade.
O revestimento pode suportar o uso diário quando bem aplicado. Contudo, vale lembrar as particularidades desse material. “O cimento queimado pode apresentar trincas ao longo do tempo e tem menor resistência mecânica do que porcelanatos”, salienta Mona.
O piso é de microcimento à base de cal. Projeto do Studio Gameiro
Francisco Nogueira/Divulgação
No projeto da arquiteta Helena Camargo, a profissional optou por usar o cimento queimado no piso e o cimento comum na bancada
Edu Castello/Editora Globo
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O revestimento é feito a partir da mistura de cimento, areia e água, aplicada sobre uma base previamente nivelada. Embora se pareça com um contrapiso, sua função é puramente estética e de acabamento, e não estrutural.
A parede ganhou textura de cimento queimado da Soshi Engenharia no projeto do escritório Ao Quadrado Arquitetura
MCA Estúdio/Denilson Machado/Divulgação
A aparência “manchada”, característica do cimento queimado, surge no final da aplicação, etapa conhecida como “queima”. Nesse momento, uma camada de cimento em pó é polvilhada sobre a superfície ainda úmida e, em seguida, é feita a espatulagem, que alisa o revestimento e dá o visual contínuo e homogêneo.
“Esse material é rústico, aplicado de forma artesanal e cria uma atmosfera industrial, que permanece ao longo do tempo, contando a história do imóvel e seu morador”, destaca Mona Singal, arquiteta do escritório RUA 141 Arquitetura.
Quanto custa revestir o banheiro de cimento queimado?
O custo médio para aplicar cimento queimado no banheiro varia entre R$ 400 e R$ 600, por metro quadrado. O tipo de produto e as dimensões da superfície a ser revestida impactam diretamente o valor.
Em banheiros de menor uso, o acabamento é recomendado para garantir visual rústico. O cimento queimado é da Fred Materiais e o projeto é do Studio Carlito e Renata Pascucci
Julia Novoa/Divulgação
Outro aspecto é a necessidade da aplicação ser especializada. “É importante investir na contratação de profissionais especializados, visto que a técnica correta interfere na durabilidade e na aparência do revestimento”, afirma a arquiteta Barbara Dundes, do escritório homônimo. Materiais de qualidade e instalados corretamente evitam problemas como trincas, manchas ou descolamento das placas.
Piso de porcelanato com efeito de cimento queimado usado no projeto da arquiteta Lucia Manzano
Maura Mello/Divulgação
Apesar de não ser um material essencialmente barato, é possível economizar. Uma opção é selecionar pontos específicos, como áreas secas ou superfícies menores. “Outro caminho é optar por pinturas, com o efeito de cimento queimado, que reproduzem o visual com custo reduzido”, diz Barbara.
As variações do cimento queimado
Existem dois tipos principais do produto: o tradicional e o microcimento. “Ambos são parecidos esteticamente, com apenas 2 mm de espessura, mas o microcimento é mais plástico e, portanto, funciona melhor com a umidade e a variação de temperatura”, explica Mona.
O revestimento do piso e da área do boxe é de microcimento da Anauá, o qual também está na bancada de granito Itaúnas, da Pedras Naturais. Projeto do arquiteto David Bastos, do escritório DB Arquitetos
OKA Fotografia de Arquitetura/Divulgação
Além da composição, as variações do cimento queimado podem se dar com a inclusão de pigmentos minerais em pó ou líquidos na mistura. O revestimento pode ser encontrado em tons como branco, bege, areia, rosê, azul e verde.
“Quando se opta por tons mais quentes, como areia, o resultado é um ambiente ainda mais acolhedor, se comparado ao tradicional cinza do concreto”, comenta Barbara.
Cimento queimado branco no banheiro
O branco traz neutralidade e transforma o cômodo em espaço de relaxamento. O acabamento colabora com um visual diferenciado, devido às texturas e nuances, sem comprometer a uniformidade da superfície.
No projeto do escritório Ikeda Arquitetura, a bancada de cimento queimado é de textura off white pronta, da Decor Colors
Luiza Schreier/Divulgação
Cimento queimado na bancada do banheiro
Utilizar o material na bancada cria continuidade visual, principalmente se o acabamento for replicado em piso e paredes. No entanto, como a bancada está em contato direto com a água, é essencial que o produto seja impermeabilizado corretamente. Outro aspecto a ser considerado é a manutenção e higienização, que devem priorizar produtos neutros.
É importante que o acabamento da bancada seja coerente ao uso do cimento queimado na parede, pela similaridade de cor ou textura. Projeto da arquiteta Camila Medrado
Estúdio NY18/Divulgação
Cimento queimado nas paredes do banheiro
O produto pode ser usado em toda a extensão do banheiro ou apenas em uma parede de destaque, criando um pano de fundo interessante para espelhos, prateleiras ou objetos decorativos.
“O acabamento monolítico, uma das principais vantagens do cimento queimado, traz unidade para o espaço e permite criar texturas e nuances sutis”, fala Barbara. A ausência de emendas ou rejuntes também facilita a limpeza.
O cimento queimado pode ser aplicado no teto. Projeto do arquiteto Ricardo Abreu
Renato Navarro/Divulgação
As áreas secas são mais recomendadas para o uso desse acabamento. Projeto do arquiteto Hiago Soares
Anita Soares/Divulgação
O projeto do arquiteto Diego Franceschini, do escritório 42 Graus Arquitetura, usou o cimento queimado da Luxens
Matheus Kaplun/Divulgação
Esse revestimento pode ser combinado a cores com sobriedade. Projeto do Estúdio Minke
Maura Mello/Divulgação
Como a parede de cimento queimado é mais neutra e uniforme, é possível utilizar decorações como quadros amplos. Projeto do escritório Mestisso Arquitetura & Interiores
Monica Assan/Divulgação
Cimento queimado no boxe do banheiro
O uso do cimento queimado no boxe é moderno e inusitado, sendo ideal para quem quer fugir do tradicional. O microcimento é o mais indicado devido às condições da área molhada.
“As superfícies onde será aplicado precisam estar com a camada de impermeabilização, além de uniformes e niveladas. É importante respeitar o tempo certo de secagem de cada etapa de aplicação do produto para evitar danos”, afirma Mona.
Em ambientes modernos, o cimento queimado pode ser acompanhado de tons de cinza e preto. Projeto da arquiteta Flávia Theodorovitz
Monica Assan/Divulgação | Produção: Bendita Bossa/Divulgação
No projeto do escritório Andrade e Mello Arquitetura, o jardim vertical se contrapõe ao cimento queimado das paredes
Luis Gomes/Divulgação
Com um boxe de vidro transparente, o cimento queimado favorece a continuidade visual. No projeto do escritório Loft87, o revestimento é da Protécnica Revestimentos
Mariana Ortis/Divulgação
O cimento queimado pode ser combinado a outros revestimentos. No projeto dos arquitetos Mona Singal e Rafael Zalc, o material foi assoaciado ao ladrilho hidráulico
Nathalie Artaxo/Divulgação
Leia mais
Cimento queimado no piso do banheiro
No piso, o cimento queimado garante continuidade visual e reduz a sensação de cortes e divisões no ambiente. Para que o resultado seja funcional, é importante escolher produtos que tenham aderência adequada e sejam resistentes à umidade.
O revestimento pode suportar o uso diário quando bem aplicado. Contudo, vale lembrar as particularidades desse material. “O cimento queimado pode apresentar trincas ao longo do tempo e tem menor resistência mecânica do que porcelanatos”, salienta Mona.
O piso é de microcimento à base de cal. Projeto do Studio Gameiro
Francisco Nogueira/Divulgação
No projeto da arquiteta Helena Camargo, a profissional optou por usar o cimento queimado no piso e o cimento comum na bancada
Edu Castello/Editora Globo