Raio Que o Parta: bar escondido em floricultura já é hit na noite de São Paulo

Foi na época da pandemia, enquanto muitos comércios fechavam as portas, que Marília Fialka decidiu empreender. O pequeno comercio de flores online estava se saindo bem e, em 2021, resolveu que era o momento de investir em um atelier para produção que, quando possível, se tornaria um espaço para vendas presenciais. O endereço escolhido foi um imóvel dos anos 1950 no bairro paulistano da Barra Funda, adaptado pelo arquiteto Raphael Amaral, do estúdio Não é só mais um Escritório de Arquitetura, para receber a floricultura Fialka, que então dividia o espaço com uma padaria artesanal.
Azulejos coloridos dão um toque especial à decoração do bar
Manuel Sá
A florista e o arquiteto são amigos desde a infância em Belém (PA) e não havia ninguém que pudesse traduzir tão bem as intenções de Marília quanto Raphael. Foi assim que ele foi incumbido para uma nova missão: a reforma de um espaço contíguo à floricultura a ser transformado por Marilia e mais dois sócios em um bar. “A ideia era um bar speakeasy, com uma aura noturna, em contraste com o que fizemos na floricultura e também do que se espera de um estabelecimento com raízes paraenses. Queríamos trazer um pouco do Pará para o bar, de uma forma não-caricata”, diz Raphael.
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O bar também carrega as raízes paraenses de seus donos
Manuel Sá
Da cidade natal, veio o nome do bar, Raio que o Parta. “É uma manifestação típica da arquitetura modernista dos anos 40-50 que aconteceu na região amazônica e muito particularmente, em Belém, caracterizado pelos murais com formas geométricas compostas por cacos de azulejos coloridos que adornam as fachadas e outras partes das casas”, explica. Os cacos estão presentes pelo bar, no mural criado por Luiz Paulo, irmão e sócio de Marília, que enfeita o salão e também no balcão principal e no arco que promove a transição entre o bar e a floricultura.
A carta de drinks apresenta ingredientes típicos da Amazônia
Manuel Sá
A integração entre esses espaços também trouxe outras possibilidades: o bar não tem entrada própria e o acesso se dá pela floricultura, onde o balcão de atendimento faz as vezes de área de espera do bar, com 13 lugares sentados e onde é possível comprar flores e arranjos de última hora. O cardápio enxuto foi criado pela chef Natalia Fialka (irmã dos sócios) e tem como destaque produtos e aprendizados do projeto A.mar, iniciativa socio econômico de Ilhabela de valorização da pesca artesanal em comunidades tradicionais, no qual a chef trabalhou por dois anos. A carta de drinques foi criada por David, o terceiro sócio da empreitada e marido de Marília, com opções que atendem a todos os gostos e bolsos, onde são servidos desde clássicos de boteco até drinques autorais que levam frutos típicos da Amazônia, como o Cocais, que traz vodka infusionada com bacuri e cupuaçu. Alto teor de brasilidade garantido!
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