A Estação Ferroviária de Mairinque é uma das construções mais relevantes do patrimônio histórico-arquitetônico do interior de São Paulo, apesar de não ser tão lembrada quanto outros marcos modernistas.
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Sua origem remonta à operação da Estrada de Ferro Sorocabana, cuja construção começou na década de 1870 para atender à produção de algodão.
Inaugurada em 1895, a primeira estrutura, inteira de madeira, foi cenário de instabilidades financeiras que levaram à aquisição da companhia pelo Estado de São Paulo. A empresa chegou a ser arrendada para a Sorocabana Railway Company, mas retornou ao governo estadual em 1919.
A Estação Ferroviária de Mairinque foi inaugurada em 1906 e projetada pelo arquiteto francês radicado no Brasil, Victor Dubugras
Domínio público/Wikimedia Commons
A importância urbana da estação está diretamente ligada ao surgimento da cidade de Mairinque, fundada inicialmente como “Villa Mayrink” em 1890.
O edifício atual, projetado pelo arquiteto Victor Dubugras e inaugurado em 1906, representa um marco no uso do concreto armado no país, prática pouco habitual à época. Auxiliado pelo engenheiro Alfredo Maia, Victor concebeu um traçado estrutural único, inovando na estética e na composição dos espaços.
A estação-ilha foi tombada pelo Condephaat em 1986 como um ícone da arquitetura ferroviária paulista
Lucas Rio/Wikimedia Commons
O layout escolhido, chamado de “estação‑ilha”, situa-se entre duas linhas férreas, com acesso às plataformas por túnel subterrâneo, solução funcional e urbanisticamente significativa para a circulação no entorno da ferrovia.
A partir do final da década de 1980, a estação viu suas atividades diminuírem gradualmente até serem encerradas completamente em 1999.
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O tombamento da Estação de Mairinque ocorreu em 28 de outubro de 1986, processo motivado por pareceres acadêmicos que destacaram seu caráter de “primeira obra moderna em concreto armado no Brasil”, anterior a marcos mais reconhecidos do modernismo nacional.
A Estação Ferroviária de Mairinque é considerada a primeira obra moderna em concreto armado no Brasil
RubensHardt/Wikimedia Commons
Em 2014, a Prefeitura de Mairinque e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) lançaram um concurso público para o restauro da estação, com objetivo de recuperar seu estado original e transformá-la em um espaço cultural. O prêmio, no valor de R$ 400 mil, foi concedido à parceria dos escritórios SIAA e Helena Ayoub Silva & Arquitetos Associados, com o projeto aprovado em 2015.
Os arquitetos propuseram soluções que preservam a essência estrutural e a narrativa ferroviária, incorporando melhorias de acessibilidade, instalações prediais e ambientação museográfica, sem descaracterizar a integridade do imóvel. No entanto, a execução do projeto não foi iniciada e enfrenta desafios relacionados à viabilização dos recursos necessários.
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Sua origem remonta à operação da Estrada de Ferro Sorocabana, cuja construção começou na década de 1870 para atender à produção de algodão.
Inaugurada em 1895, a primeira estrutura, inteira de madeira, foi cenário de instabilidades financeiras que levaram à aquisição da companhia pelo Estado de São Paulo. A empresa chegou a ser arrendada para a Sorocabana Railway Company, mas retornou ao governo estadual em 1919.
A Estação Ferroviária de Mairinque foi inaugurada em 1906 e projetada pelo arquiteto francês radicado no Brasil, Victor Dubugras
Domínio público/Wikimedia Commons
A importância urbana da estação está diretamente ligada ao surgimento da cidade de Mairinque, fundada inicialmente como “Villa Mayrink” em 1890.
O edifício atual, projetado pelo arquiteto Victor Dubugras e inaugurado em 1906, representa um marco no uso do concreto armado no país, prática pouco habitual à época. Auxiliado pelo engenheiro Alfredo Maia, Victor concebeu um traçado estrutural único, inovando na estética e na composição dos espaços.
A estação-ilha foi tombada pelo Condephaat em 1986 como um ícone da arquitetura ferroviária paulista
Lucas Rio/Wikimedia Commons
O layout escolhido, chamado de “estação‑ilha”, situa-se entre duas linhas férreas, com acesso às plataformas por túnel subterrâneo, solução funcional e urbanisticamente significativa para a circulação no entorno da ferrovia.
A partir do final da década de 1980, a estação viu suas atividades diminuírem gradualmente até serem encerradas completamente em 1999.
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O tombamento da Estação de Mairinque ocorreu em 28 de outubro de 1986, processo motivado por pareceres acadêmicos que destacaram seu caráter de “primeira obra moderna em concreto armado no Brasil”, anterior a marcos mais reconhecidos do modernismo nacional.
A Estação Ferroviária de Mairinque é considerada a primeira obra moderna em concreto armado no Brasil
RubensHardt/Wikimedia Commons
Em 2014, a Prefeitura de Mairinque e o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) lançaram um concurso público para o restauro da estação, com objetivo de recuperar seu estado original e transformá-la em um espaço cultural. O prêmio, no valor de R$ 400 mil, foi concedido à parceria dos escritórios SIAA e Helena Ayoub Silva & Arquitetos Associados, com o projeto aprovado em 2015.
Os arquitetos propuseram soluções que preservam a essência estrutural e a narrativa ferroviária, incorporando melhorias de acessibilidade, instalações prediais e ambientação museográfica, sem descaracterizar a integridade do imóvel. No entanto, a execução do projeto não foi iniciada e enfrenta desafios relacionados à viabilização dos recursos necessários.
