Os lugares mais perigosos do mundo para se viver incluem vilarejos próximos ao vulcão Taal, nas Filipinas, constantemente sob risco de erupção; a cidade mineradora de alta altitude La Rinconada, no Peru; assentamentos encharcados de radiação na Ucrânia; e a Zona de Exclusão de Chernobyl, com mais de 2500 km², na Rússia.
Os moradores desses locais perigosos enfrentam ambientes que a maioria das pessoas consideraria inimagináveis: uso obrigatório de máscaras de gás no Japão, cirurgia de remoção de apêndice na Antártica e casas construídas sobre o permafrost, em temperaturas tão frias que podem congelar a pele em minutos. Ainda assim, eles persistem, adaptando-se a condições que colocam à prova os próprios limites da resistência humana. Aqui estão 11 lugares onde “lar” vem acompanhado de uma dose diária de perigo.
1) Aldeias do Vulcão Taal, Filipinas
Pessoas tiram fotos de uma explosão freática do vulcão Taal, vista da cidade de Tagaytay, na província de Cavite, a sudoeste de Manila, em 12 de janeiro de 2020
BULLIT MARQUEZ/Getty Images
Apelidado de “vulcão muito pequeno, mas muito perigoso”, o Taal representa múltiplas ameaças às populações próximas — incluindo tsunamis vulcânicos, queda de cinzas tóxicas e erupções explosivas. Localizado a apenas 50 quilômetros ao sul de Manila, o vulcão fica em uma ilha dentro de um lago e é cercado por cidades densamente povoadas. Em janeiro de 2020, entrou em erupção após 43 anos de dormência, forçando a evacuação de mais de 100 mil pessoas, enquanto uma fina camada de cinzas alcançava a Grande Manila e cidades em um raio de 30 quilômetros.
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2) La Rinconada, Peru
La Rinconada, nos Andes peruanos, é uma das maiores cidades de mineração de ouro do mundo, localizada a 5.300 metros de altitude
Jan Sochor/Getty Images
Cada respiração em La Rinconada contém apenas metade do oxigênio encontrado ao nível do mar. Situada sobre uma geleira congelada a 5.100 metros de altitude, é considerada o assentamento humano permanente mais alto da Terra — apelidado de “Paraíso do Diabo”. Com um nome desses, não é surpresa que a vida ali seja marcada pela resiliência. Com cerca de 30 mil habitantes, a cidade mineradora de ouro enfrenta frio extremo, mal da altitude e poluição por mercúrio, tudo isso sem saneamento básico, encanamento ou sistemas adequados de descarte de resíduos.
3) Yakutsk, Rússia
Vista aérea de Yakutsk, na Rússia, considerada uma das cidades mais frias do planeta
Westend61/Getty Images
Apesar de ser amplamente reconhecida como a cidade mais fria do mundo, Yakutsk continua a crescer — sua população em 2025 é estimada em 344 mil habitantes, um aumento de 0,58% em relação ao ano anterior. Yakutsk é a capital da República de Sakha, no leste da Sibéria, e enfrenta rotineiramente temperaturas de inverno que chegam a -40°C. O frio é tão intenso que a cidade foi construída sobre o permafrost, com os edifícios apoiados em estacas de concreto, enquanto os carros são mantidos ligados ou guardados em garagens aquecidas para evitar o congelamento. A vida cotidiana exige roupas em camadas, planejamento estratégico — e um respeito constante pelo frio, que pode congelar a pele em menos de um minuto.
4) Norilsk, Rússia
Vista aérea mostra a poluição em um rio sérvio nos arredores de Norilsk após um enorme vazamento de diesel ocorrido em 29 de maio de 2020. Um reservatório de combustível desabou em uma usina elétrica perto da cidade de Norilsk, localizada acima do Círculo Polar Ártico, e vazou para um rio próximo
IRINA YARINSKAYA/Getty Images
Isolada além do Círculo Polar Ártico, sem estradas ou ferrovias que a conectem ao restante do país, Norilsk é reconhecida como um dos lugares mais poluídos do mundo. Esta cidade de 176 mil habitantes existe por um único motivo: a Norilsk Nickel, líder global na produção de paládio e níquel de alta pureza. Os moradores enfrentam noites polares de 45 dias, invernos de -30°C e um ar tão contaminado por dióxido de enxofre que a expectativa de vida cai em 10 anos. Neve preta cai com frequência, enquanto a paisagem ao redor lembra um cenário pós-apocalíptico, com vegetação morta se estendendo por até 50 quilômetros.
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5) Dallol, Etiópia
Fontes termais, Dallol, Depressão de Danakil, Região de Afar, Etiópia, África
Roberto Moiola
Localizada nas profundezas da Depressão de Danakil, na Etiópia, a paisagem escaldante de Dallol detém o recorde da mais alta temperatura média anual da Terra, com máximas de verão que ultrapassam os 46 °C. Ali, o solo borbulha em poças ácidas e brilha em tons de amarelo neon, vermelho ferrugem e verde sulfúrico. Com menos de 200 mm de chuva por ano e sem nenhuma infraestrutura, Dallol foi abandonada há muito tempo. Hoje é uma cidade fantasma, visitada apenas por alguns nômades Afar e trabalhadores ocasionais que se atrevem a enfrentar suas condições brutais e de outro mundo.
6) Ittoqqortoormiit, Groenlândia
Ittoqqortoormiit é um assentamento remoto na costa leste da Groenlândia, onde as temperaturas podem cair até -30°C
Ragnar Th Sigurdsson photographer
Lar de aproximadamente 350 habitantes, esse assentamento remoto na costa leste da Groenlândia é uma das cidades mais isoladas do mundo. A maior parte do ano, o acesso só é possível por helicóptero. Os moradores enfrentam um inverno extremamente escuro (com meses sem o nascer do sol), temperaturas que chegam a -30 °C e a ameaça constante de encontros com ursos-polares. O assentamento mais próximo fica a 480 quilômetros de distância, e emergências médicas frequentemente exigem evacuações perigosas. Apesar desses desafios, a comunidade mantém sua cultura tradicional de caça, sobrevivendo da pesca de focas, narvais e ursos-polares.
7) Miyakejima, Japão
Vista aérea da ilha de Miyakejima e do oceano azul
sihasakprachum
Na ilha de Miyakejima, a 180 km ao sul de Tóquio, cerca de 2.460 moradores vivem com o uso obrigatório de máscaras de gás devido às emissões tóxicas de dióxido de enxofre do Monte Oyama. Após a erupção de 2000, que forçou uma evacuação de cinco anos, a ilha passou a contar com estações de monitoramento de gás funcionando 24 horas por dia. Sirenes de alerta soam quando níveis perigosos são detectados, exigindo evacuação imediata para abrigos. Apesar de ser um dos vulcões ativos mais perigosos do Japão, os moradores se adaptaram a essa existência instável.
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8) Chernobyl, Rússia
Após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, que liberou 400 vezes mais material radioativo do que a bomba atômica de Hiroshima na atmosfera, aproximadamente 100 a 180 idosos “auto-colonizadores” retornaram teimosamente para viver na Zona de Exclusão de Chernobyl
Anton Petrus
Dentro da Zona de Exclusão de Chernobyl, que abrange cerca de 2.600 km², aproximadamente 100 a 180 idosos “autoassentados” residem teimosamente, apesar dos níveis perigosamente elevados de radiação. Esses moradores retornaram ilegalmente após o desastre nuclear de 1986, que liberou uma quantidade de material radioativo 400 vezes maior que a da bomba atômica de Hiroshima. Eles vivem sem água encanada, serviços médicos ou eletricidade regular, colhendo alimentos contaminados do solo radioativo. A exposição diária à radiação ultrapassa os níveis seguros de 10 a 100 vezes, com certos “hotspots” permanecendo letais pelos próximos 20 mil anos.
9) Dharavi, Mumbai, Índia
Dharavi, no centro de Mumbai, é a segunda maior favela da Ásia, com uma população de mais de um milhão de pessoas. É também a inspiração por trás do filme vencedor do Oscar, “Quem Quer Ser um Milionário?”
Soltan Frédéric
Um dos lugares mais perigosos para se viver na Índia é também um dos mais pobres do mundo. Lar de cerca de um milhão de pessoas em apenas 2 km², Dharavi é uma das maiores favelas da Ásia — e um dos lugares mais densamente povoados da Terra. A extrema pobreza, o saneamento precário (com apenas um banheiro para cada 1.500 pessoas), as inundações causadas pelas monções, as doenças e os incêndios frequentes devido a sistemas elétricos improvisados ameaçam os moradores. Ainda assim, apesar do perigo e da superlotação, Dharavi continua sendo uma potência econômica. Sua rede apertada de pequenas indústrias gera, estima-se, mais de 1 bilhão de dólares por ano.
10) Villas Las Estrellas, Antártica
A Base Esperanza é uma estação de pesquisa argentina permanente, aberta durante todo o ano, em Hope Bay, Península Trinity, Antártida
Gerald Corsi
Escondida na Ilha King George, encontra-se uma peculiar base na Antártica com uma escola, correios e um conjunto de casas. Villa Las Estrellas parece uma comunidade remota comum, até que se conhece seu requisito incomum: todos os residentes permanentes devem passar por cirurgia para remoção do apêndice antes de se mudarem para lá. Isso ocorre porque o hospital mais próximo fica a mais de 1.000 km de distância, tornando este um dos lugares mais precários do ponto de vista médico no planeta. Essa base chilena abriga 80 habitantes no inverno e 150 no verão, que enfrentam isolamento extremo, temperaturas de -60 °C e ventos de 190 km/h, contando apenas com amenidades mínimas para sua população resiliente.
11) Barrow, Alasca, EUA
Os ursos-polares representam uma ameaça real a toda a vida em Barrow, Alasca
Joe McNally/Getty Images
Temperaturas abaixo de zero, ursos-polares e acesso limitado a suprimentos definem a vida na cidade mais ao norte dos Estados Unidos. Os 4.500 moradores de Barrow enfrentam 65 dias de completa escuridão no inverno e temperaturas médias de -29°C, cercados pelo gelo do Oceano Ártico durante a maior parte do ano. Todas as necessidades chegam por via aérea ou por barcaça no verão, o que eleva os custos a níveis astronômicos — apartamentos de um quarto custam cerca de US$ 2.000 por mês, e um galão de leite sai por US$ 10. Com a erosão costeira acelerando devido às mudanças climáticas, essa comunidade isolada enfrenta perigos imediatos e um futuro incerto.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Índia
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Os moradores desses locais perigosos enfrentam ambientes que a maioria das pessoas consideraria inimagináveis: uso obrigatório de máscaras de gás no Japão, cirurgia de remoção de apêndice na Antártica e casas construídas sobre o permafrost, em temperaturas tão frias que podem congelar a pele em minutos. Ainda assim, eles persistem, adaptando-se a condições que colocam à prova os próprios limites da resistência humana. Aqui estão 11 lugares onde “lar” vem acompanhado de uma dose diária de perigo.
1) Aldeias do Vulcão Taal, Filipinas
Pessoas tiram fotos de uma explosão freática do vulcão Taal, vista da cidade de Tagaytay, na província de Cavite, a sudoeste de Manila, em 12 de janeiro de 2020
BULLIT MARQUEZ/Getty Images
Apelidado de “vulcão muito pequeno, mas muito perigoso”, o Taal representa múltiplas ameaças às populações próximas — incluindo tsunamis vulcânicos, queda de cinzas tóxicas e erupções explosivas. Localizado a apenas 50 quilômetros ao sul de Manila, o vulcão fica em uma ilha dentro de um lago e é cercado por cidades densamente povoadas. Em janeiro de 2020, entrou em erupção após 43 anos de dormência, forçando a evacuação de mais de 100 mil pessoas, enquanto uma fina camada de cinzas alcançava a Grande Manila e cidades em um raio de 30 quilômetros.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
2) La Rinconada, Peru
La Rinconada, nos Andes peruanos, é uma das maiores cidades de mineração de ouro do mundo, localizada a 5.300 metros de altitude
Jan Sochor/Getty Images
Cada respiração em La Rinconada contém apenas metade do oxigênio encontrado ao nível do mar. Situada sobre uma geleira congelada a 5.100 metros de altitude, é considerada o assentamento humano permanente mais alto da Terra — apelidado de “Paraíso do Diabo”. Com um nome desses, não é surpresa que a vida ali seja marcada pela resiliência. Com cerca de 30 mil habitantes, a cidade mineradora de ouro enfrenta frio extremo, mal da altitude e poluição por mercúrio, tudo isso sem saneamento básico, encanamento ou sistemas adequados de descarte de resíduos.
3) Yakutsk, Rússia
Vista aérea de Yakutsk, na Rússia, considerada uma das cidades mais frias do planeta
Westend61/Getty Images
Apesar de ser amplamente reconhecida como a cidade mais fria do mundo, Yakutsk continua a crescer — sua população em 2025 é estimada em 344 mil habitantes, um aumento de 0,58% em relação ao ano anterior. Yakutsk é a capital da República de Sakha, no leste da Sibéria, e enfrenta rotineiramente temperaturas de inverno que chegam a -40°C. O frio é tão intenso que a cidade foi construída sobre o permafrost, com os edifícios apoiados em estacas de concreto, enquanto os carros são mantidos ligados ou guardados em garagens aquecidas para evitar o congelamento. A vida cotidiana exige roupas em camadas, planejamento estratégico — e um respeito constante pelo frio, que pode congelar a pele em menos de um minuto.
4) Norilsk, Rússia
Vista aérea mostra a poluição em um rio sérvio nos arredores de Norilsk após um enorme vazamento de diesel ocorrido em 29 de maio de 2020. Um reservatório de combustível desabou em uma usina elétrica perto da cidade de Norilsk, localizada acima do Círculo Polar Ártico, e vazou para um rio próximo
IRINA YARINSKAYA/Getty Images
Isolada além do Círculo Polar Ártico, sem estradas ou ferrovias que a conectem ao restante do país, Norilsk é reconhecida como um dos lugares mais poluídos do mundo. Esta cidade de 176 mil habitantes existe por um único motivo: a Norilsk Nickel, líder global na produção de paládio e níquel de alta pureza. Os moradores enfrentam noites polares de 45 dias, invernos de -30°C e um ar tão contaminado por dióxido de enxofre que a expectativa de vida cai em 10 anos. Neve preta cai com frequência, enquanto a paisagem ao redor lembra um cenário pós-apocalíptico, com vegetação morta se estendendo por até 50 quilômetros.
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5) Dallol, Etiópia
Fontes termais, Dallol, Depressão de Danakil, Região de Afar, Etiópia, África
Roberto Moiola
Localizada nas profundezas da Depressão de Danakil, na Etiópia, a paisagem escaldante de Dallol detém o recorde da mais alta temperatura média anual da Terra, com máximas de verão que ultrapassam os 46 °C. Ali, o solo borbulha em poças ácidas e brilha em tons de amarelo neon, vermelho ferrugem e verde sulfúrico. Com menos de 200 mm de chuva por ano e sem nenhuma infraestrutura, Dallol foi abandonada há muito tempo. Hoje é uma cidade fantasma, visitada apenas por alguns nômades Afar e trabalhadores ocasionais que se atrevem a enfrentar suas condições brutais e de outro mundo.
6) Ittoqqortoormiit, Groenlândia
Ittoqqortoormiit é um assentamento remoto na costa leste da Groenlândia, onde as temperaturas podem cair até -30°C
Ragnar Th Sigurdsson photographer
Lar de aproximadamente 350 habitantes, esse assentamento remoto na costa leste da Groenlândia é uma das cidades mais isoladas do mundo. A maior parte do ano, o acesso só é possível por helicóptero. Os moradores enfrentam um inverno extremamente escuro (com meses sem o nascer do sol), temperaturas que chegam a -30 °C e a ameaça constante de encontros com ursos-polares. O assentamento mais próximo fica a 480 quilômetros de distância, e emergências médicas frequentemente exigem evacuações perigosas. Apesar desses desafios, a comunidade mantém sua cultura tradicional de caça, sobrevivendo da pesca de focas, narvais e ursos-polares.
7) Miyakejima, Japão
Vista aérea da ilha de Miyakejima e do oceano azul
sihasakprachum
Na ilha de Miyakejima, a 180 km ao sul de Tóquio, cerca de 2.460 moradores vivem com o uso obrigatório de máscaras de gás devido às emissões tóxicas de dióxido de enxofre do Monte Oyama. Após a erupção de 2000, que forçou uma evacuação de cinco anos, a ilha passou a contar com estações de monitoramento de gás funcionando 24 horas por dia. Sirenes de alerta soam quando níveis perigosos são detectados, exigindo evacuação imediata para abrigos. Apesar de ser um dos vulcões ativos mais perigosos do Japão, os moradores se adaptaram a essa existência instável.
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Dentro da Zona de Exclusão de Chernobyl, que abrange cerca de 2.600 km², aproximadamente 100 a 180 idosos “autoassentados” residem teimosamente, apesar dos níveis perigosamente elevados de radiação. Esses moradores retornaram ilegalmente após o desastre nuclear de 1986, que liberou uma quantidade de material radioativo 400 vezes maior que a da bomba atômica de Hiroshima. Eles vivem sem água encanada, serviços médicos ou eletricidade regular, colhendo alimentos contaminados do solo radioativo. A exposição diária à radiação ultrapassa os níveis seguros de 10 a 100 vezes, com certos “hotspots” permanecendo letais pelos próximos 20 mil anos.
9) Dharavi, Mumbai, Índia
Dharavi, no centro de Mumbai, é a segunda maior favela da Ásia, com uma população de mais de um milhão de pessoas. É também a inspiração por trás do filme vencedor do Oscar, “Quem Quer Ser um Milionário?”
Soltan Frédéric
Um dos lugares mais perigosos para se viver na Índia é também um dos mais pobres do mundo. Lar de cerca de um milhão de pessoas em apenas 2 km², Dharavi é uma das maiores favelas da Ásia — e um dos lugares mais densamente povoados da Terra. A extrema pobreza, o saneamento precário (com apenas um banheiro para cada 1.500 pessoas), as inundações causadas pelas monções, as doenças e os incêndios frequentes devido a sistemas elétricos improvisados ameaçam os moradores. Ainda assim, apesar do perigo e da superlotação, Dharavi continua sendo uma potência econômica. Sua rede apertada de pequenas indústrias gera, estima-se, mais de 1 bilhão de dólares por ano.
10) Villas Las Estrellas, Antártica
A Base Esperanza é uma estação de pesquisa argentina permanente, aberta durante todo o ano, em Hope Bay, Península Trinity, Antártida
Gerald Corsi
Escondida na Ilha King George, encontra-se uma peculiar base na Antártica com uma escola, correios e um conjunto de casas. Villa Las Estrellas parece uma comunidade remota comum, até que se conhece seu requisito incomum: todos os residentes permanentes devem passar por cirurgia para remoção do apêndice antes de se mudarem para lá. Isso ocorre porque o hospital mais próximo fica a mais de 1.000 km de distância, tornando este um dos lugares mais precários do ponto de vista médico no planeta. Essa base chilena abriga 80 habitantes no inverno e 150 no verão, que enfrentam isolamento extremo, temperaturas de -60 °C e ventos de 190 km/h, contando apenas com amenidades mínimas para sua população resiliente.
11) Barrow, Alasca, EUA
Os ursos-polares representam uma ameaça real a toda a vida em Barrow, Alasca
Joe McNally/Getty Images
Temperaturas abaixo de zero, ursos-polares e acesso limitado a suprimentos definem a vida na cidade mais ao norte dos Estados Unidos. Os 4.500 moradores de Barrow enfrentam 65 dias de completa escuridão no inverno e temperaturas médias de -29°C, cercados pelo gelo do Oceano Ártico durante a maior parte do ano. Todas as necessidades chegam por via aérea ou por barcaça no verão, o que eleva os custos a níveis astronômicos — apartamentos de um quarto custam cerca de US$ 2.000 por mês, e um galão de leite sai por US$ 10. Com a erosão costeira acelerando devido às mudanças climáticas, essa comunidade isolada enfrenta perigos imediatos e um futuro incerto.
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