Na região central de Budapeste, capital da Hungria, um edifício da era comunista foi demolido para dar lugar a uma construção em estilo neoclássico. Erguido nos anos 1970, o antigo prédio abrigava a sede da MTESZ — Federação de Associações Técnicas e Científicas — e funcionava como centro administrativo e de eventos, onde eram promovidas atividades científicas e educacionais alinhadas ao regime socialista.
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Sua arquitetura brutalista era marcada por linhas retas, concreto aparente e esquadrias metálicas, típica do funcionalismo austero do período. O imóvel ocupava uma posição estratégica na Praça Kossuth, em frente ao parlamento húngaro.
O edifício brutalista foi construído na década de 1970 sob o regime comunista
Fofóto/Fortepan/Creative Commons
Apesar de sua importância institucional, era considerado como destoante da paisagem clássica ao redor. Após estudos técnicos apontarem problemas estruturais e infiltrações, ele foi demolido entre 2016 e 2017.
O novo edifício possui fachada neoclássica, mas o interior possui comodidades modernas
Instagram/@tspcgroup/Reprodução
Em seu lugar, foi construído o Szabad György Office Building, inaugurado em 2020 com projeto liderado pelo escritório húngaro TSPC Group.
Com fachada inspirada em projetos históricos de 1928 que nunca foram construídos, a nova estrutura foi planejada para harmonizar com o entorno arquitetônico e abrigar parte do parlamento, oferecendo instalações modernas em um prédio alinhado ao estilo do passado imperial.
O prédio foi desenhado para se integrar à arquitetura da região, atendendo a 300 funcionários do parlamento húngaro
Instagram/@tspcgroup/Reprodução
A obra integra um movimento de transformação urbana promovido pelo governo do político Viktor Orbán, que busca restaurar áreas históricas com arquitetura tradicional. Por meio do National Hauszmann Programme, edifícios da era socialista vêm sendo substituídos por construções que evocam o período imperial austro-húngaro.
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A nova estrutura ocupa cerca de 11 mil m², tem seis andares, ligação direta com o metrô e um túnel subterrâneo que conecta o prédio ao parlamento. Um dos pilares do imóvel original foi preservado como memorial no saguão de entrada, marcando a transição entre os dois períodos arquitetônicos.
O prédio neoclássico possui ligação direta com o metrô e um túnel para o parlamento
Instagram/@tspcgroup/Reprodução
A substituição da arquitetura brutalista por referências clássicas em Budapeste tem gerado críticas. Veículos como o Le Monde Diplomatique e o Financial Times apontam que o processo pode representar uma reinterpretação seletiva do passado, apagando marcas do período socialista e promovendo uma narrativa urbana seletiva. Defensores da iniciativa, por outro lado, afirmam que as obras valorizam o patrimônio e harmonizam o espaço público.
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Sua arquitetura brutalista era marcada por linhas retas, concreto aparente e esquadrias metálicas, típica do funcionalismo austero do período. O imóvel ocupava uma posição estratégica na Praça Kossuth, em frente ao parlamento húngaro.
O edifício brutalista foi construído na década de 1970 sob o regime comunista
Fofóto/Fortepan/Creative Commons
Apesar de sua importância institucional, era considerado como destoante da paisagem clássica ao redor. Após estudos técnicos apontarem problemas estruturais e infiltrações, ele foi demolido entre 2016 e 2017.
O novo edifício possui fachada neoclássica, mas o interior possui comodidades modernas
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Em seu lugar, foi construído o Szabad György Office Building, inaugurado em 2020 com projeto liderado pelo escritório húngaro TSPC Group.
Com fachada inspirada em projetos históricos de 1928 que nunca foram construídos, a nova estrutura foi planejada para harmonizar com o entorno arquitetônico e abrigar parte do parlamento, oferecendo instalações modernas em um prédio alinhado ao estilo do passado imperial.
O prédio foi desenhado para se integrar à arquitetura da região, atendendo a 300 funcionários do parlamento húngaro
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A obra integra um movimento de transformação urbana promovido pelo governo do político Viktor Orbán, que busca restaurar áreas históricas com arquitetura tradicional. Por meio do National Hauszmann Programme, edifícios da era socialista vêm sendo substituídos por construções que evocam o período imperial austro-húngaro.
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A nova estrutura ocupa cerca de 11 mil m², tem seis andares, ligação direta com o metrô e um túnel subterrâneo que conecta o prédio ao parlamento. Um dos pilares do imóvel original foi preservado como memorial no saguão de entrada, marcando a transição entre os dois períodos arquitetônicos.
O prédio neoclássico possui ligação direta com o metrô e um túnel para o parlamento
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A substituição da arquitetura brutalista por referências clássicas em Budapeste tem gerado críticas. Veículos como o Le Monde Diplomatique e o Financial Times apontam que o processo pode representar uma reinterpretação seletiva do passado, apagando marcas do período socialista e promovendo uma narrativa urbana seletiva. Defensores da iniciativa, por outro lado, afirmam que as obras valorizam o patrimônio e harmonizam o espaço público.