Quer uma casa conectada? Saiba como automatizar de forma bonita e prática

A automação residencial é um ramo crescente no mercado, que tem trazido cada vez mais inovações para o ambiente doméstico. A integração de equipamentos, como a Alexa, iluminação inteligente, som ambiente e TVs pode parecer desafiadora, mas com pequenas adaptações e planejamento é possível ter uma casa moderna e bonita.
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“A automação traz conforto, praticidade, segurança e até economia de energia. A parte mais interessante é que as opções podem ser personalizadas, adaptando-se à rotina do morador”, afirma Natália de Souza, arquiteta do escritório ResiliArt Arquitetura.
Como deixar a tecnologia quase invisível
Uma das maneiras de deixar a tecnologia integrada ao cômodo é esconder módulos de automação e centrais de comando dentro de painéis, forros ou racks planejados.
“As caixas de som, por exemplo, podem ser embutidas no teto ou em sancas de gesso, o que garante um áudio de qualidade sem interferir na estética”, exemplifica Cláudio Schüller, especialista em automação residencial e fundador da CLX Tech & Design.
Quando há planejamento do ambiente, é possível optar por iluminação embutida e inteligente. Projeto do escritório Pascali Semerdjian
Fran Parente/Divulgação
No caso das televisões, elas podem ser integradas com molduras personalizadas ou até camufladas em painéis quando desligadas, sobretudo, com TVs do tipo frame.
Já para a iluminação é possível usar cenas pré-configuradas, como “filme”, “jantar” ou “descanso”, que permitem que o recinto se transforme a partir de um comando de voz ou movimento.
A televisão frame parece um quadro quando desligada. Projeto da arquiteta Fernanda Altemari
Miti Sameshima/Divulgação
A Alexa entra como facilitadora e pode ser um dos aparelhos usados em uma casa conectada. “Quando bem integrada, é uma interface de controle e o restante pode continuar funcionando, mesmo sem internet”, comenta o especialista.
Improvisos devem ser evitados. “Fios aparentes, dispositivos muito volumosos ou sem conexão visual com o ambiente acabam comprometendo o resultado”, pontua Cláudio. Soluções embutidas e a integração com marcenaria são fundamentais para inserir de forma discreta a tecnologia.
A TV fixada diretamente na parede deixa o visual mais clean sem abrir mão da tecnologia. Projeto do escritório Beta Arquitetura
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
A escolha dos equipamentos também é importante. “O ideal é buscar modelos com design mais leve e acabamento que combine com o estilo da casa. Há opções em vidro, metal, madeira e até tecido”, afirma Natália.
O mesmo vale para os interruptores e teclados de parede. “A dica é investir em linhas de teclados customizáveis, com acabamento elegante e gravação personalizada dos comandos”, salienta Cláudio.
O jardim pode ser tecnológico também
Com um bom planejamento, é possível automatizar até áreas externas. Existem tecnologias que regulam a iluminação do jardim, programam sistemas de irrigação, controlam câmeras de segurança, caixas de som, projetores, fechaduras eletrônicas e funções da piscina.
“É essencial escolher equipamentos resistentes às intempéries e prever uma infraestrutura adequada”, diz o especialista.
A irrigação automática do jardim vertical é fundamental para a saúde das plantas e é uma opção tecnológica que pode ser incorporada de forma discreta. Projeto da arquiteta paisagista Maira Duarte
Juliano Colodeti/MCA Estúdio/Divulgação
Projeto e planejamento fazem toda a diferença
Quando se almeja ter uma casa conectada, o planejamento não pode ser ignorado. “O segredo está no equilíbrio e isso só se alcança com projeto bem feito e orientação profissional”, destaca Cláudio.
Isso permite prever pontos de energia, esconder cabos e integrar centrais de automação, roteadores e sensores em nichos, forros ou painéis. Além disso, evita gastos desnecessários e falhas de compatibilidade, sobretudo com a parte elétrica estrutural.
Na varanda, é possível optar por persianas automatizadas com design clean. Projeto do escritório FAAS Arquitetura
Andrew França/Divulgação
Considere a segurança dos aparelhos e soluções
Segurança deve caminhar lado a lado com tecnologia, especialmente em residências com crianças, idosos ou animais. Tomadas, fios e equipamentos devem estar sempre protegidos ou ocultos para evitar acidentes.
Sensores de presença em luzes ajudam na circulação noturna, enquanto fechaduras eletrônicas com senha ou biometria dispensam o uso de chaves físicas. “Janelas e portas, sensores de abertura e alarmes podem ser programados e as cortinas motorizadas precisam ter sensores de obstáculos para evitar acidentes”, ressalta Natália.
A fechadura eletrônica traz comodidade e segurança para os projetos. Na foto, a fechadura da Intelbras foi incorporada no projeto do arquiteto Bruno Moraes
Luis Gomes/Divulgação
Comece aos poucos e com orientação
Para quem está dando os primeiros passos, a dica é começar com a automação da iluminação. É uma solução relativamente barata, fácil de instalar e já traz uma boa noção do que a casa conectada pode oferecer. Depois, é possível evoluir para som ambiente, cortinas, ar-condicionado e segurança.
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É essencial definir prioridades e começar a automação com base nisso. Outro aspecto importante é a centralização dos comandos em um sistema único, evitando acúmulo de aplicativos e interfaces. Quanto mais simples e intuitivo, melhor a experiência.
A consulta de um profissional é indispensável, principalmente para os iniciantes no tema. Mesmo nos projetos mais simples e compactos, essa orientação evita incompatibilidades e retrabalhos.

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