Um projeto ambicioso pretende lançar, em cinco a sete anos, um jardim completo na órbita baixa da Terra. Batizado de Space Garden, ele foi apresentado em versão reduzida na Bienal de Veneza, na Itália, e combina arquitetura futurista com pesquisa científica para criar um ambiente verde em pleno espaço. Trata-se de uma colaboração entre o Heatherwick Studio e a organização sem fins lucrativos de arquitetura espacial Aurelia Institute.
A estrutura apresentada lembra uma cápsula com braços finos e curvos, e abriga recipientes cônicos para plantas e sementes. Os braços telescópicos se abrem para permitir a entrada de luz, e recolhem para proteger as espécies, simulando mecanicamente ciclos de dia e noite.
O cultivo de plantas fora do planeta não é uma ideia nova. Na década de 1970, cosmonautas russos cultivaram cebolas na Salyut 1, a primeira estação espacial lançada pela humanidade. Desde então, outros experimentos já produziram arabetas, tomates, zínias, e até sementes de algodão foram germinadas no lado oculto da lua em 2019.
As plantas ficarão em recipientes cônicos com temperatura, iluminação e umidade controláveis
Instagram/@marcozorzanello/@officialheatherwickstudio/Reprodução
As condições, no entanto, são desafiadoras: radiação cósmica, temperaturas irregulares, baixa pressão e atmosfera distinta da terrestre estão entre os maiores obstáculos ao cultivo. Contudo, pesquisas recentes indicam que diversas espécies suportam bem essas adversidades, especialmente quando protegidas da luz solar direta e dos extremos de calor ou frio.
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Experimentos no exterior da Estação Espacial Internacional mostraram que sementes de rabanete, couve-flor e mostarda germinam normalmente após meses no espaço. Já espécies como tomate e alface demonstram maior sensibilidade. O manejo da água também é um ponto crítico: o excesso pode deixar as plantas vulneráveis a doenças.
O Space Garden aposta na seleção de espécies com valor estético e cultural, como figueiras ou romãzeiras, e na criação de um espaço que traga benefícios psicológicos aos astronautas. Inicialmente não-habitado por humanos, o módulo poderá ser visitado para a coleta de amostras e o monitoramento remoto do crescimento e das condições ambientais.
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Para viabilizar o projeto, será necessário reduzir drasticamente o custo de transporte para a órbita, ainda na casa dos milhares de dólares por quilo. A expectativa é que, no futuro, jardins espaciais sirvam tanto a estudos científicos, quanto como símbolo da presença humana e da nossa natureza em ambientes extraterrestres.
O design da cápsula foi feito pelo Heatherwick Studio a pedido da organização sem fins lucrativos de arquitetura espacial Aurelia Institute.
Instagram/@marcozorzanello/@officialheatherwickstudio/Reprodução
A estrutura apresentada lembra uma cápsula com braços finos e curvos, e abriga recipientes cônicos para plantas e sementes. Os braços telescópicos se abrem para permitir a entrada de luz, e recolhem para proteger as espécies, simulando mecanicamente ciclos de dia e noite.
O cultivo de plantas fora do planeta não é uma ideia nova. Na década de 1970, cosmonautas russos cultivaram cebolas na Salyut 1, a primeira estação espacial lançada pela humanidade. Desde então, outros experimentos já produziram arabetas, tomates, zínias, e até sementes de algodão foram germinadas no lado oculto da lua em 2019.
As plantas ficarão em recipientes cônicos com temperatura, iluminação e umidade controláveis
Instagram/@marcozorzanello/@officialheatherwickstudio/Reprodução
As condições, no entanto, são desafiadoras: radiação cósmica, temperaturas irregulares, baixa pressão e atmosfera distinta da terrestre estão entre os maiores obstáculos ao cultivo. Contudo, pesquisas recentes indicam que diversas espécies suportam bem essas adversidades, especialmente quando protegidas da luz solar direta e dos extremos de calor ou frio.
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Experimentos no exterior da Estação Espacial Internacional mostraram que sementes de rabanete, couve-flor e mostarda germinam normalmente após meses no espaço. Já espécies como tomate e alface demonstram maior sensibilidade. O manejo da água também é um ponto crítico: o excesso pode deixar as plantas vulneráveis a doenças.
O Space Garden aposta na seleção de espécies com valor estético e cultural, como figueiras ou romãzeiras, e na criação de um espaço que traga benefícios psicológicos aos astronautas. Inicialmente não-habitado por humanos, o módulo poderá ser visitado para a coleta de amostras e o monitoramento remoto do crescimento e das condições ambientais.
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Para viabilizar o projeto, será necessário reduzir drasticamente o custo de transporte para a órbita, ainda na casa dos milhares de dólares por quilo. A expectativa é que, no futuro, jardins espaciais sirvam tanto a estudos científicos, quanto como símbolo da presença humana e da nossa natureza em ambientes extraterrestres.
O design da cápsula foi feito pelo Heatherwick Studio a pedido da organização sem fins lucrativos de arquitetura espacial Aurelia Institute.
Instagram/@marcozorzanello/@officialheatherwickstudio/Reprodução