Com as ondas de frio, as peças mais quentinhas do armário estão sendo muito requisitadas. Blusas, casacos e cachecóis de lã e tricô, e itens pesados, como mantas e cobertores, deixam as prateleiras e cabides e, com o uso constante, acabam precisando ser lavadas com maior frequência.
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Mas como higienizar estes tecidos sem os danificar? Consultamos duas especialistas no assunto — as personal organizers Eliane Bigi, Gisele Muniz e Ledyanne Carvalho— para dar algumas dicas essenciais. Confira a seguir!
Como lavar roupas de lã e de tricô
Para lavar roupas de lã e de tricô sem as deformar, o ideal é evitar água quente, pois o calor pode encolher e deformar as fibras. O melhor é usar água fria ou morna.
“Jamais esfregue as peças, pois são tecidos delicados e podem ficar cheios de bolinhas ou abrir os pontos”, alerta Gisele.
A lavagem mais segura é a feita à mão, de acordo com as profissionais. O recomendado é deixá-las de molho em solução de água com sabão líquido suave e em pouca quantidade, e ir “amassando” as peças.
Roupas de lã e de tricô devem ser lavadas à mão sem esfregar ou torcer
Freepik/pvproductions/Creative Commons
“Mergulhe a roupa delicadamente, sem esfregar ou torcer, e enxágue com cuidado. Tirar o excesso de água apertando suavemente, sem torcer, ajuda a preservar a peça. Evite movimentos bruscos que podem esticar ou romper as malhas”, fala Eliane.
Para lãs de origem animal, como alpaca, cashmere ou lã merino, uma dica valiosa é usar o mesmo shampoo que aplicamos nos cabelos. “Essa é uma orientação comum nos países produtores, como a Bolívia, pois limpa sem agredir as fibras”, afirma Ledyanne.
A especialista também indica apoiar a peça sobre uma superfície plana durante a lavagem, evitando que o peso da água altere o formato. “Movimentos leves ajudam a manter o caimento original”, diz.
Posso colocar na máquina de lavar?
Segundo Eliane, isso depende das orientações presentes na etiqueta da peça. “Muitas roupas atuais indicam que podem ser lavadas na máquina, desde que no ciclo delicado, com água fria, e em um saquinho protetor para evitar atrito. Também é importante evitar centrifugações muito fortes”, ela orienta.
No entanto, as especialistas afirmam que mesmo que o fabricante permita a higienização à máquina, a lavagem à mão é sempre mais segura, para não comprometer a durabilidade dos tecidos.
Quais produtos usar?
Prefira sabão líquido suave, sem alvejantes ou enzimas, e de preferência específicos para lã ou roupas delicadas. “Eles protegem as fibras e ajudam a conservar o toque macio”, fala Eliane.
Use sabão líquido suave, sem alvejantes ou enzimas, para lavar roupas de lã ou tricô
Freepik/Creative Commons
Quanto ao amaciante, é melhor evitar, pois pode deixar resíduos nas fibras e diminuir a respirabilidade do tecido. Se for usar, prefira os aqueles indicados para roupas delicadas e em pouca quantidade. “Use apenas uma pequena quantidade dissolvida na água no último enxágue”, ensina Gisele.
Como secar estes tecidos?
A secagem correta é fundamental para manter a forma, o toque e a durabilidade da peça, além de prevenir odores e mofo. “Secar de maneira inadequada, como pendurando, pode causar deformações e estiramento, enquanto o calor direto do sol ou da secadora pode encolher, ou endurecer as fibras”, aponta Gisele.
Ela ensina a forma correta se secar as roupas de lã e tricô: “Estenda a peça na horizontal, em local ventilado e à sombra, para a conservar a textura original, manter o formato e evitar que ela estique”.
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Gisele lembra, ainda, que elas não devem ser torcidas. “Tiramos o excesso de água apenas apertando. O ideal é colocá-las deitadas para escorrer o excesso de água. Por exemplo, em um varal de chão, ponha-as abertas em cima das varinhas. E nunca penduramos, pois elas ficam pesadas e deformam”, detalha.
Peças de lã e tricô devem ser estendidas na horizontal para evitar deformações e e estiramento
Freepik/Creative Commons
Outro ponto importante é fugir da secadora por conta do calor intenso e do movimento, que pode encolher, deformar e até danificar as fibras delicadas da lã e do tricô. O ideal é secar sempre ao ar livre.
Já a secagem diretamente ao sol deve ser evitada, pois os raios solares podem desbotar as cores e ressecar as fibras, deixando as peças rígidas. “O melhor é secar na sombra, em local arejado, para secarem naturalmente e mantenham a maciez”, fala Eliane. “Não aconselhamos secar nenhuma roupa ao sol, pois desbotam e acabam ficando com mau cheiro”, completa Gisele.
Como lavar mantas e cobertores
Tecidos pesados e grandes exigem ainda mais cuidado devido ao volume e peso. Também podem ser lavados em casa, mas, para isso, é preciso se atentar à capacidade da máquina de lavar, para não sobrecarregar o equipamento.
Mantas e cobertores demoram mais para secar, mas não é aconselhável colocá-los na secadora
Freepik/pvproductions/Creative Commons
“Peças muito delicadas, volumosas ou com enchimentos especiais devem ser lavadas profissionalmente”, fala Ledyanne. “Observe as etiquetas das peças. Se indicarem ‘lavagem à mão’ ou ‘lavagem delicada’, normalmente é possível lavar em casa seguindo os cuidados certos”, orienta Eliane.
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Para ela, lavar à mão é o ideal, sempre que isso for possível. Se for usar a máquina, opte pelo ciclo específico para tecidos pesados e água fria. “Use sabão líquido delicado e evite excesso de produto para não acumular resíduos”, aponta.
Mantas e cobertores podem ser lavados na máquina no ciclo para tecidos pesados e com água fria
Freepik/Creative Commons
Na secagem, espalhe o cobertor ou manta na horizontal, em local ventilado, para garantir que sequem por completo. Nunca pendure: por conta do peso quando molhados, podem deformar.
“Peças maiores e pesadas demoram para secar, mas não é aconselhável colocá-las na secadora. Deixe sempre na sombra e vá virando o lado no varal, para secar por completo. Também não as deixe no sereno, pois podem desbotar, molhar e ficar com mau cheiro”, ensina Gisele.
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Antes de guardar, certifique-se de que as peças estejam completamente secas para evitar mofo e mau cheiro. “Toque nas áreas mais grossas e dentro das dobras para sentir se há umidade. O tecido deve estar seco ao toque e sem cheiro de umidade. Se houver dúvida, deixe as peças secando por mais tempo em local arejado”, destaca Eliane.
Após o uso, quando chegar o verão, Gisele sugere guardar as mantas e cobertores sempre limpas, secas e, de preferência, em sacos de TNT. “Nunca coloque em sacos plásticos. Mesmo que sejam lavadas em lavanderia, quando chegar em casa, tire-as do saco plástico e deixe-as ‘respirar’ pelo menos um dia antes de armazenar no armário”, ela acrescenta.
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Mas como higienizar estes tecidos sem os danificar? Consultamos duas especialistas no assunto — as personal organizers Eliane Bigi, Gisele Muniz e Ledyanne Carvalho— para dar algumas dicas essenciais. Confira a seguir!
Como lavar roupas de lã e de tricô
Para lavar roupas de lã e de tricô sem as deformar, o ideal é evitar água quente, pois o calor pode encolher e deformar as fibras. O melhor é usar água fria ou morna.
“Jamais esfregue as peças, pois são tecidos delicados e podem ficar cheios de bolinhas ou abrir os pontos”, alerta Gisele.
A lavagem mais segura é a feita à mão, de acordo com as profissionais. O recomendado é deixá-las de molho em solução de água com sabão líquido suave e em pouca quantidade, e ir “amassando” as peças.
Roupas de lã e de tricô devem ser lavadas à mão sem esfregar ou torcer
Freepik/pvproductions/Creative Commons
“Mergulhe a roupa delicadamente, sem esfregar ou torcer, e enxágue com cuidado. Tirar o excesso de água apertando suavemente, sem torcer, ajuda a preservar a peça. Evite movimentos bruscos que podem esticar ou romper as malhas”, fala Eliane.
Para lãs de origem animal, como alpaca, cashmere ou lã merino, uma dica valiosa é usar o mesmo shampoo que aplicamos nos cabelos. “Essa é uma orientação comum nos países produtores, como a Bolívia, pois limpa sem agredir as fibras”, afirma Ledyanne.
A especialista também indica apoiar a peça sobre uma superfície plana durante a lavagem, evitando que o peso da água altere o formato. “Movimentos leves ajudam a manter o caimento original”, diz.
Posso colocar na máquina de lavar?
Segundo Eliane, isso depende das orientações presentes na etiqueta da peça. “Muitas roupas atuais indicam que podem ser lavadas na máquina, desde que no ciclo delicado, com água fria, e em um saquinho protetor para evitar atrito. Também é importante evitar centrifugações muito fortes”, ela orienta.
No entanto, as especialistas afirmam que mesmo que o fabricante permita a higienização à máquina, a lavagem à mão é sempre mais segura, para não comprometer a durabilidade dos tecidos.
Quais produtos usar?
Prefira sabão líquido suave, sem alvejantes ou enzimas, e de preferência específicos para lã ou roupas delicadas. “Eles protegem as fibras e ajudam a conservar o toque macio”, fala Eliane.
Use sabão líquido suave, sem alvejantes ou enzimas, para lavar roupas de lã ou tricô
Freepik/Creative Commons
Quanto ao amaciante, é melhor evitar, pois pode deixar resíduos nas fibras e diminuir a respirabilidade do tecido. Se for usar, prefira os aqueles indicados para roupas delicadas e em pouca quantidade. “Use apenas uma pequena quantidade dissolvida na água no último enxágue”, ensina Gisele.
Como secar estes tecidos?
A secagem correta é fundamental para manter a forma, o toque e a durabilidade da peça, além de prevenir odores e mofo. “Secar de maneira inadequada, como pendurando, pode causar deformações e estiramento, enquanto o calor direto do sol ou da secadora pode encolher, ou endurecer as fibras”, aponta Gisele.
Ela ensina a forma correta se secar as roupas de lã e tricô: “Estenda a peça na horizontal, em local ventilado e à sombra, para a conservar a textura original, manter o formato e evitar que ela estique”.
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Gisele lembra, ainda, que elas não devem ser torcidas. “Tiramos o excesso de água apenas apertando. O ideal é colocá-las deitadas para escorrer o excesso de água. Por exemplo, em um varal de chão, ponha-as abertas em cima das varinhas. E nunca penduramos, pois elas ficam pesadas e deformam”, detalha.
Peças de lã e tricô devem ser estendidas na horizontal para evitar deformações e e estiramento
Freepik/Creative Commons
Outro ponto importante é fugir da secadora por conta do calor intenso e do movimento, que pode encolher, deformar e até danificar as fibras delicadas da lã e do tricô. O ideal é secar sempre ao ar livre.
Já a secagem diretamente ao sol deve ser evitada, pois os raios solares podem desbotar as cores e ressecar as fibras, deixando as peças rígidas. “O melhor é secar na sombra, em local arejado, para secarem naturalmente e mantenham a maciez”, fala Eliane. “Não aconselhamos secar nenhuma roupa ao sol, pois desbotam e acabam ficando com mau cheiro”, completa Gisele.
Como lavar mantas e cobertores
Tecidos pesados e grandes exigem ainda mais cuidado devido ao volume e peso. Também podem ser lavados em casa, mas, para isso, é preciso se atentar à capacidade da máquina de lavar, para não sobrecarregar o equipamento.
Mantas e cobertores demoram mais para secar, mas não é aconselhável colocá-los na secadora
Freepik/pvproductions/Creative Commons
“Peças muito delicadas, volumosas ou com enchimentos especiais devem ser lavadas profissionalmente”, fala Ledyanne. “Observe as etiquetas das peças. Se indicarem ‘lavagem à mão’ ou ‘lavagem delicada’, normalmente é possível lavar em casa seguindo os cuidados certos”, orienta Eliane.
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Para ela, lavar à mão é o ideal, sempre que isso for possível. Se for usar a máquina, opte pelo ciclo específico para tecidos pesados e água fria. “Use sabão líquido delicado e evite excesso de produto para não acumular resíduos”, aponta.
Mantas e cobertores podem ser lavados na máquina no ciclo para tecidos pesados e com água fria
Freepik/Creative Commons
Na secagem, espalhe o cobertor ou manta na horizontal, em local ventilado, para garantir que sequem por completo. Nunca pendure: por conta do peso quando molhados, podem deformar.
“Peças maiores e pesadas demoram para secar, mas não é aconselhável colocá-las na secadora. Deixe sempre na sombra e vá virando o lado no varal, para secar por completo. Também não as deixe no sereno, pois podem desbotar, molhar e ficar com mau cheiro”, ensina Gisele.
Leia mais
Antes de guardar, certifique-se de que as peças estejam completamente secas para evitar mofo e mau cheiro. “Toque nas áreas mais grossas e dentro das dobras para sentir se há umidade. O tecido deve estar seco ao toque e sem cheiro de umidade. Se houver dúvida, deixe as peças secando por mais tempo em local arejado”, destaca Eliane.
Após o uso, quando chegar o verão, Gisele sugere guardar as mantas e cobertores sempre limpas, secas e, de preferência, em sacos de TNT. “Nunca coloque em sacos plásticos. Mesmo que sejam lavadas em lavanderia, quando chegar em casa, tire-as do saco plástico e deixe-as ‘respirar’ pelo menos um dia antes de armazenar no armário”, ela acrescenta.