Folhagens densas, plantas rasteiras, solo bem umedecido. A descrição é totalmente compatível com a de um jardim bonito e bem-cuidado, mas, para a surpresa de muitos, também pode retratar o ambiente ideal para abrigar carrapatos.
“Esses pequenos animais se alimentam de sangue, portanto, precisam aguardar seu hospedeiro em um ambiente de passagem de fauna. Após sugar o sangue do hospedeiro, a fêmea se desprende do animal e deposita seus ovos, com maior frequência, em vegetação densa. As larvas se alimentam em animais de pequeno porte, caem novamente no solo e se tornam adultos aguardando um novo hospedeiro para se alimentar, acasalar e reiniciar o ciclo”, explica o biólogo e Doutor em Ciências Ambientais, Zedenil Rodrigues Mendes, professor do curso de Ciências Biológicas da FMU.
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As plantas preferidas dos carrapatos
Se a planta está num vaso ou numa área de solo onde não há passagem constante de animais, então o risco de haver carrapatos é quase nulo
Elle Hughes/Pexels
De modo geral, o que atrai carrapatos para dentro de casa, jardins ou quintal é a presença de hospedeiros, ou seja, de animais, como cães e gatos, e até mesmo de pessoas. As plantas não atraem os carrapatos, mas funcionam como esconderijos para que eles aguardem a passagem do hospedeiro, dentre as preferidas do aracnídeo estão:
1. Capim-limão (Cymbopogon citratus)
Este capim alto e denso forma moitas espessas que retêm umidade e proporcionam sombra, evitando a exposição direta ao sol. Carrapatos usam essa vegetação como ponto de espera para se prender a animais que transitam pelo local.
2. Samambaias nativas e ornamentais
Com folhas largas e sobrepostas, samambaias mantêm o solo permanentemente fresco e protegido da luz direta. Essa condição é perfeita para a sobrevivência de carrapatos durante períodos quentes ou secos.
3. Braquiária (Urochloa spp)
Muito utilizada em pastagens, a braquiária oferece ampla área de cobertura e cria um microclima úmido junto ao solo. Em regiões rurais, ela mantém carrapatos próximos ao gado, favorecendo o ciclo de vida do parasita.
4. Hera (Hedera spp)
A hera, ao se espalhar pelo solo ou subir por muros e árvores, forma áreas sombreadas e de pouca ventilação. Quando cultivada junto ao chão, serve como ponto de espera para carrapatos, que podem se prender a quem caminha próximo ou a animais que estão passando.
5. Bananeira ornamental (Musa spp)
As largas folhas da bananeira ornamental oferecem sombra intensa, enquanto a base da planta acumula umidade e matéria orgânica. Essa combinação cria um refúgio ideal para carrapatos, que se beneficiam do frescor constante e da proximidade com áreas de circulação de hospedeiros.
6. Arbustos
Arbustos de folhagem densa, como hibiscos ou sabugueiros, formam corredores sombreados e protegidos. Carrapatos podem se posicionar nas pontas das folhas ou galhos baixos, aguardando contato com um hospedeiro em movimento.
“Para quem gosta dessas plantas e não quer se desfazer delas, basta fazer podas constantes. Vale ainda ressaltar que se a planta está num vaso ou numa área de solo onde não há passagem constante de animais, então o risco de haver carrapatos é quase nulo”, ressalta o professor.
Como reconhecer se há carrapatos no ambiente
Pets podem dar pistas sehá carrapatos no ambiente
Getty Images
No mundo, existem quase 1000 espécies de carrapatos catalogadas. Só no Brasil, estima-se cerca de 250 tipos, com aproximadamente 50 espécies comuns em áreas urbanas. Segundo o biólogo Randy Baldresca, CEO da RB – Randy Baldresca Controle de Pragas, algumas espécies podem ser perigosas para pets e humanos.
“O Ripicelhalus sanguíneos, um carrapato urbano muito comum, pode transmitir a babesiose, uma doença que acomete os animais domésticos e que pode levar o indivíduo a morte. Já o Amblyomma cajjenense (carrapato-estrela) transmite a febre maculosa, doença que pode levar pessoas ao óbito”, comenta Randy.
A principal pista da presença de carrapatos no ambiente é observar o comportamento dos pets, que costumam se coçar e apresentar feridas, quando hospedam o aracnídeo. Na falta deles, apenas a observação do bicho em folhagens pode denunciar sua presença, que deve ser combatida por profissionais especializados.
“Em caso de contato com carrapatos, é importante armazenar o animal em um pequeno frasco com álcool e levá-lo a um centro de controle de zoonoses. A identificação correta e notificação são de grande utilidade para ações públicas de controle além de auxiliar no diagnóstico de doenças”, alerta Zedenil.
Como prevenir a presença de carrapatos
No mundo, existem quase 1000 espécies de carrapatos catalogadas
Getty Images
Para prevenir o aparecimento de carrapatos no ambiente doméstico, é essencial manter em dia a proteção antiparasitária dos pets, deixar a grama baixa, além de realizar podas e limpeza das folhas das plantas periodicamente.
No mais, observa Zedenil, se algumas plantas favorecem a presença de carrapatos, outras podem ajudar a mantê-los longe, como é o caso do alecrim, da menta e da lavanda. “Essas plantas liberam compostos aromáticos que ajudam a repelir os carrapatos”, conclui o professor.
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“Esses pequenos animais se alimentam de sangue, portanto, precisam aguardar seu hospedeiro em um ambiente de passagem de fauna. Após sugar o sangue do hospedeiro, a fêmea se desprende do animal e deposita seus ovos, com maior frequência, em vegetação densa. As larvas se alimentam em animais de pequeno porte, caem novamente no solo e se tornam adultos aguardando um novo hospedeiro para se alimentar, acasalar e reiniciar o ciclo”, explica o biólogo e Doutor em Ciências Ambientais, Zedenil Rodrigues Mendes, professor do curso de Ciências Biológicas da FMU.
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As plantas preferidas dos carrapatos
Se a planta está num vaso ou numa área de solo onde não há passagem constante de animais, então o risco de haver carrapatos é quase nulo
Elle Hughes/Pexels
De modo geral, o que atrai carrapatos para dentro de casa, jardins ou quintal é a presença de hospedeiros, ou seja, de animais, como cães e gatos, e até mesmo de pessoas. As plantas não atraem os carrapatos, mas funcionam como esconderijos para que eles aguardem a passagem do hospedeiro, dentre as preferidas do aracnídeo estão:
1. Capim-limão (Cymbopogon citratus)
Este capim alto e denso forma moitas espessas que retêm umidade e proporcionam sombra, evitando a exposição direta ao sol. Carrapatos usam essa vegetação como ponto de espera para se prender a animais que transitam pelo local.
2. Samambaias nativas e ornamentais
Com folhas largas e sobrepostas, samambaias mantêm o solo permanentemente fresco e protegido da luz direta. Essa condição é perfeita para a sobrevivência de carrapatos durante períodos quentes ou secos.
3. Braquiária (Urochloa spp)
Muito utilizada em pastagens, a braquiária oferece ampla área de cobertura e cria um microclima úmido junto ao solo. Em regiões rurais, ela mantém carrapatos próximos ao gado, favorecendo o ciclo de vida do parasita.
4. Hera (Hedera spp)
A hera, ao se espalhar pelo solo ou subir por muros e árvores, forma áreas sombreadas e de pouca ventilação. Quando cultivada junto ao chão, serve como ponto de espera para carrapatos, que podem se prender a quem caminha próximo ou a animais que estão passando.
5. Bananeira ornamental (Musa spp)
As largas folhas da bananeira ornamental oferecem sombra intensa, enquanto a base da planta acumula umidade e matéria orgânica. Essa combinação cria um refúgio ideal para carrapatos, que se beneficiam do frescor constante e da proximidade com áreas de circulação de hospedeiros.
6. Arbustos
Arbustos de folhagem densa, como hibiscos ou sabugueiros, formam corredores sombreados e protegidos. Carrapatos podem se posicionar nas pontas das folhas ou galhos baixos, aguardando contato com um hospedeiro em movimento.
“Para quem gosta dessas plantas e não quer se desfazer delas, basta fazer podas constantes. Vale ainda ressaltar que se a planta está num vaso ou numa área de solo onde não há passagem constante de animais, então o risco de haver carrapatos é quase nulo”, ressalta o professor.
Como reconhecer se há carrapatos no ambiente
Pets podem dar pistas sehá carrapatos no ambiente
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No mundo, existem quase 1000 espécies de carrapatos catalogadas. Só no Brasil, estima-se cerca de 250 tipos, com aproximadamente 50 espécies comuns em áreas urbanas. Segundo o biólogo Randy Baldresca, CEO da RB – Randy Baldresca Controle de Pragas, algumas espécies podem ser perigosas para pets e humanos.
“O Ripicelhalus sanguíneos, um carrapato urbano muito comum, pode transmitir a babesiose, uma doença que acomete os animais domésticos e que pode levar o indivíduo a morte. Já o Amblyomma cajjenense (carrapato-estrela) transmite a febre maculosa, doença que pode levar pessoas ao óbito”, comenta Randy.
A principal pista da presença de carrapatos no ambiente é observar o comportamento dos pets, que costumam se coçar e apresentar feridas, quando hospedam o aracnídeo. Na falta deles, apenas a observação do bicho em folhagens pode denunciar sua presença, que deve ser combatida por profissionais especializados.
“Em caso de contato com carrapatos, é importante armazenar o animal em um pequeno frasco com álcool e levá-lo a um centro de controle de zoonoses. A identificação correta e notificação são de grande utilidade para ações públicas de controle além de auxiliar no diagnóstico de doenças”, alerta Zedenil.
Como prevenir a presença de carrapatos
No mundo, existem quase 1000 espécies de carrapatos catalogadas
Getty Images
Para prevenir o aparecimento de carrapatos no ambiente doméstico, é essencial manter em dia a proteção antiparasitária dos pets, deixar a grama baixa, além de realizar podas e limpeza das folhas das plantas periodicamente.
No mais, observa Zedenil, se algumas plantas favorecem a presença de carrapatos, outras podem ajudar a mantê-los longe, como é o caso do alecrim, da menta e da lavanda. “Essas plantas liberam compostos aromáticos que ajudam a repelir os carrapatos”, conclui o professor.
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