Fotógrafo francês revela a poesia das estufas abandonadas pelo mundo

O fotógrafo francês Romain Veillon revelou sua mais nova série de fotografias, intitulada Jardins Secretos. O trabalho inclui fotos de estufas abandonadas que o profissional teve a chance de fotografar em todo o mundo nos últimos 10 anos.
Conhecido por realizar fotos de lugares abandonados, os trabalhos de Veillon costumam ter como foco a efemeridade, levando as pessoas a imaginarem como seria a vida em determinado lugar, caso não houvesse mais humanos. Na série Jardins Secretos, em particular, além de trabalhar o aspecto do efêmero, ele também chama atenção para o caráter contraditório, visto que as estufas são criadas para proteger as plantas, mas ao serem abandonadas são tomadas por elas.
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“Muitas emoções surgem quando olhamos fotografias de uma estufa abandonada onde a natureza de repente se rebelou e decidiu retomar o espaço. Perguntamo-nos que história se esconde por trás das folhas que agora cobrem os vitrais enferrujados e as antigas estruturas de metal. Após um momento de reflexão, lembramos que a principal função dessas estufas de inverno era proteger nossas plantas dos elementos, animais e outras ameaças. É irônico ver que, pelo contrário, a natureza se sentia aprisionada ali e procurou se libertar de seu captor, liberando sua força imparável”, diz Veillon em seu site ao apresentar a série.
Necessidade de cuidar do planeta
No texto que apresenta a série, o fotógrafo ressalta que é necessário cuidar do planeta, caso não se queira que ele acabe como as imagens. Além disso, lembrando a tragédia de Chernobyl, onde mais de 35 anos após o desastre nuclear, flora e fauna retornaram, ele sugere que a humanidade pode ser mais perigosa do que os próprios desastres.
“Essas cenas da natureza retomando espaços abandonados não apenas nos projetam em um futuro pós-apocalíptico, mas também têm o poder de representar tanto o nosso passado quanto um possível futuro. Elas evocam o passado, porque retratam um patrimônio que foi negligenciado e deixado para acumular poeira. Mas também evocam um futuro, pois poderiam muito bem representar nosso mundo daqui a 100 anos, regenerado na ausência de interferência humana”, diz.
Romain Veillon termina seu texto com um apelo: “Talvez precisemos testemunhar essas imagens para tomar consciência de quão pouco tempo ainda nos resta. Mais importante ainda, devemos encarar esses vestígios de um tempo esquecido como um alerta, um convite para priorizar o futuro do nosso planeta, agindo agora para proteger o meio ambiente, para que essas imagens não se tornem um símbolo sombrio e profético.”
Confira a série de fotos de “Jardins Secretos”, a seguir.
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