Não é uma influenciadora, nem uma modelo: a estrela deste perfil com mais de 325 mil seguidores no Instagram é uma casa. Nós a vemos mudar de visual; a vemos abrir e fechar janelas. A vemos esfriar e se aquecer naturalmente. A vemos evoluir com as estações e com a luz — e não precisamos de mais nada: estamos todos absolutamente viciados nela.
Sua peculiar forma — alongada, semienterrada na terra, com uma enorme fachada de vidro que a percorre por completo — já é suficiente para chamar a atenção de qualquer interessado em arquitetura. Mas acontece que seu acolhedor interior está à altura do seu exterior chamativo.
Initial plugin text
Por trás dela está Arianna Danielson, artista e designer que deu alma a essa curiosa estrutura, construída segundo os princípios das Earthships. Esse modelo de habitação ecológica, passiva e sustentável é erguido com barro e materiais naturais, e sua orientação ao sul, o semienterramento, as grandes janelas e o sistema de ventilação natural permitem que sua climatização seja quase totalmente autossuficiente.
LEIA MAIS
Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Além disso, ela aproveita os recursos do seu entorno — sol, vento e chuva — para gerar energia, fornecer água e regular a temperatura interna, de modo que não precisa da rede pública para funcionar. O melhor? Danielson e seu parceiro não precisam fazer absolutamente nada para que isso aconteça, já que tudo está automatizado. A única preocupação deles é minimizar o uso de aparelhos como máquina de lavar, secadora e lava-louças.
“De vez em quando, eu movo as coisas de lugar, principalmente de acordo com a estação. Por ser uma casa passiva com captação solar, a luz muda constantemente ao longo do ano e, às vezes, por questão de funcionalidade, eu realoco certos elementos”, conta Danielson
Divulgação
O funcionamento sustentável impressionante da casa é um dos fatores que encanta os usuários da rede social: “Comecei a compartilhar o processo da reforma quando compramos a casa, que havia ficado meses abandonada e se encontrava em um estado de deterioração extrema, com quase todos os sistemas inutilizados. É uma moradia que exige muito cuidado, e investimos imenso trabalho nesses últimos anos para levá-la ao estado em que se encontra agora”, relembra Danielson.
Initial plugin text
“Sou designer de interiores e, junto com meu marido, nos dedicamos a reformas DIY, então quando compramos esta casa e começamos a trabalhar nela com meus pais (que também são grandes entusiastas do faça você mesmo), decidi mostrar tudo nas redes, como faço com todos os meus projetos. Sou uma grande admiradora de todo tipo de arquitetura ecológica, e fiquei muito surpresa ao descobrir quantas pessoas nunca haviam ouvido falar de uma Earthship ou de uma casa semienterrada. Acho que o que mais atrai o público no começo é a curiosidade, seguida da constatação de que é assim mesmo que deveríamos viver. As pessoas se encantam com a arquitetura, com as plantas e com a estética geral da casa, além da ideia de estar fora da rede e viver de forma autossuficiente”, continua.
A casa aproveita os recursos do seu entorno — sol, vento e chuva — para gerar energia, fornecer água e regular a temperatura interna
Divulgação
Danielson está certa: sua estética calorosa, acolhedora e pessoal é outro dos grandes atrativos desta propriedade, com a qual é impossível não sonhar. “Queria ser fiel ao Colorado e à terra em que estamos, mas não de forma típica. Em vez da decoração básica do estado, com ‘alces e ursos’, que é bastante comum, foquei principalmente na paleta de cores e nas texturas. Para mim, era importante manter a sintonia com os valores da casa e da terra, e quase tudo que temos em nosso lar é usado ou comprado em lojas de segunda mão. Todas as obras de arte fizemos nós mesmos, e fomos construindo esta casa peça por peça, garantindo que cada elemento fosse muito intencional.”
LEIA MAIS
Esse “fazer pouco a pouco” é fundamental, na opinião dela, para criar aquela sensação tão acolhedora e amigável que a casa transmite. “Não tivemos pressa em fazer com que ela se sentisse assim; fomos incorporando peças que parecem estar aqui desde sempre. Reutilizamos, criamos e fabricamos, tentando sempre nos manter fiéis aos valores da casa. A moradia está muito viva, é um lugar profundamente espiritual e curativo, e nos certificamos de trazer coisas que a honrem. Sinto que a casa aprecia isso”, reflete a designer.
Initial plugin text
Quem aluga a casa, disponível no Airbnb, também sente isso. Ali pessoas já se casaram, foram celebrados aniversários e datas especiais, e até aqueles que precisavam de uma pausa encontraram refúgio… Para o casal, é uma forma de financiar todas as reformas feitas na aquisição e manter a casa em perfeito estado. “No começo eu ficava muito nervosa em compartilhá-la e me preocupava com o modo como as pessoas cuidariam dela, porque todos já ouvimos histórias de terror do Airbnb. Mas nunca tivemos um único problema. Acho que a casa atrai um tipo muito específico de pessoa: quem se hospeda aqui sente profundo respeito pela moradia e pela propriedade, e deseja ser autossuficiente e manter uma pegada de carbono baixa. É a combinação perfeita”, opina Danielson.
De fato, alugar a casa é uma das melhores coisas que, por acaso, sua Earthship lhe proporcionou: “Temos um livro de visitas e leio todas as histórias. Compartilhar esta casa com outros se tornou uma das maiores alegrias inesperadas da minha vida”. É provável que seus fãs sintam o mesmo em relação ao fato dela ser compartilhada nas redes, oferecendo a oportunidade de mergulhar na paz deste lar, ainda que virtualmente, todos os dias.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Espanha
🏡 Casa Vogue agora está no WhatsApp! Clique aqui e siga nosso canal
Revistas Newsletter
Sua peculiar forma — alongada, semienterrada na terra, com uma enorme fachada de vidro que a percorre por completo — já é suficiente para chamar a atenção de qualquer interessado em arquitetura. Mas acontece que seu acolhedor interior está à altura do seu exterior chamativo.
Initial plugin text
Por trás dela está Arianna Danielson, artista e designer que deu alma a essa curiosa estrutura, construída segundo os princípios das Earthships. Esse modelo de habitação ecológica, passiva e sustentável é erguido com barro e materiais naturais, e sua orientação ao sul, o semienterramento, as grandes janelas e o sistema de ventilação natural permitem que sua climatização seja quase totalmente autossuficiente.
LEIA MAIS
Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Além disso, ela aproveita os recursos do seu entorno — sol, vento e chuva — para gerar energia, fornecer água e regular a temperatura interna, de modo que não precisa da rede pública para funcionar. O melhor? Danielson e seu parceiro não precisam fazer absolutamente nada para que isso aconteça, já que tudo está automatizado. A única preocupação deles é minimizar o uso de aparelhos como máquina de lavar, secadora e lava-louças.
“De vez em quando, eu movo as coisas de lugar, principalmente de acordo com a estação. Por ser uma casa passiva com captação solar, a luz muda constantemente ao longo do ano e, às vezes, por questão de funcionalidade, eu realoco certos elementos”, conta Danielson
Divulgação
O funcionamento sustentável impressionante da casa é um dos fatores que encanta os usuários da rede social: “Comecei a compartilhar o processo da reforma quando compramos a casa, que havia ficado meses abandonada e se encontrava em um estado de deterioração extrema, com quase todos os sistemas inutilizados. É uma moradia que exige muito cuidado, e investimos imenso trabalho nesses últimos anos para levá-la ao estado em que se encontra agora”, relembra Danielson.
Initial plugin text
“Sou designer de interiores e, junto com meu marido, nos dedicamos a reformas DIY, então quando compramos esta casa e começamos a trabalhar nela com meus pais (que também são grandes entusiastas do faça você mesmo), decidi mostrar tudo nas redes, como faço com todos os meus projetos. Sou uma grande admiradora de todo tipo de arquitetura ecológica, e fiquei muito surpresa ao descobrir quantas pessoas nunca haviam ouvido falar de uma Earthship ou de uma casa semienterrada. Acho que o que mais atrai o público no começo é a curiosidade, seguida da constatação de que é assim mesmo que deveríamos viver. As pessoas se encantam com a arquitetura, com as plantas e com a estética geral da casa, além da ideia de estar fora da rede e viver de forma autossuficiente”, continua.
A casa aproveita os recursos do seu entorno — sol, vento e chuva — para gerar energia, fornecer água e regular a temperatura interna
Divulgação
Danielson está certa: sua estética calorosa, acolhedora e pessoal é outro dos grandes atrativos desta propriedade, com a qual é impossível não sonhar. “Queria ser fiel ao Colorado e à terra em que estamos, mas não de forma típica. Em vez da decoração básica do estado, com ‘alces e ursos’, que é bastante comum, foquei principalmente na paleta de cores e nas texturas. Para mim, era importante manter a sintonia com os valores da casa e da terra, e quase tudo que temos em nosso lar é usado ou comprado em lojas de segunda mão. Todas as obras de arte fizemos nós mesmos, e fomos construindo esta casa peça por peça, garantindo que cada elemento fosse muito intencional.”
LEIA MAIS
Esse “fazer pouco a pouco” é fundamental, na opinião dela, para criar aquela sensação tão acolhedora e amigável que a casa transmite. “Não tivemos pressa em fazer com que ela se sentisse assim; fomos incorporando peças que parecem estar aqui desde sempre. Reutilizamos, criamos e fabricamos, tentando sempre nos manter fiéis aos valores da casa. A moradia está muito viva, é um lugar profundamente espiritual e curativo, e nos certificamos de trazer coisas que a honrem. Sinto que a casa aprecia isso”, reflete a designer.
Initial plugin text
Quem aluga a casa, disponível no Airbnb, também sente isso. Ali pessoas já se casaram, foram celebrados aniversários e datas especiais, e até aqueles que precisavam de uma pausa encontraram refúgio… Para o casal, é uma forma de financiar todas as reformas feitas na aquisição e manter a casa em perfeito estado. “No começo eu ficava muito nervosa em compartilhá-la e me preocupava com o modo como as pessoas cuidariam dela, porque todos já ouvimos histórias de terror do Airbnb. Mas nunca tivemos um único problema. Acho que a casa atrai um tipo muito específico de pessoa: quem se hospeda aqui sente profundo respeito pela moradia e pela propriedade, e deseja ser autossuficiente e manter uma pegada de carbono baixa. É a combinação perfeita”, opina Danielson.
De fato, alugar a casa é uma das melhores coisas que, por acaso, sua Earthship lhe proporcionou: “Temos um livro de visitas e leio todas as histórias. Compartilhar esta casa com outros se tornou uma das maiores alegrias inesperadas da minha vida”. É provável que seus fãs sintam o mesmo em relação ao fato dela ser compartilhada nas redes, oferecendo a oportunidade de mergulhar na paz deste lar, ainda que virtualmente, todos os dias.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Espanha
🏡 Casa Vogue agora está no WhatsApp! Clique aqui e siga nosso canal
Revistas Newsletter