De publicitário a arquiteto de interiores. Houve um extravio na vida profissional de Alex Ruas (@arwdesignstudio), que resultou auspicioso. O paulistano formou-se em publicidade e propaganda pela Fundação Armando Álvares Penteado, Faap, e, anos depois, cursou mestrado em arquitetura de interiores na cidade de Londres.
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Há quatro anos, ele mora em um apartamento de 227 m² em Lisboa. Seu imóvel na capital portuguesa fica em um prédio do século 18, construído depois do grande terremoto de 1755, no período pombalino. “Essa é a única unidade com os afrescos e azulejos originais, restaurados no retrofit que a edificação sofreu”, conta Alex.
RETRATO | Alex Ruas posa na sala de jantar, tendo atrás de si, na parede, a obra de Anne Imhof
Gui Morelli/Divulgação
A decoração foi pensada justamente para dar mais visibilidade ao detalhamento de época. Tons neutros no mobiliário enfatizam essa ideia. “Queria que quem o visitasse fosse impactado pelo visual”, explica.
LIVING | Estofados da Henge, do designer Massimo Castagna, que também assina as mesas de centro Primitive. A luminária de piso Blade é da Baxter, e o pendente tubular, que serpenteia pelo ambiente, do Morghen Studio. A obra com tramas Boitatá é assinada por Laura Lima. Éttienne Chambaud criou a obra ao centro
Gui Morelli/Divulgação
A entrada principal do apartamento dá no living, que conta com quase 4 metros de pé-direito. Essa espécie de monumentalidade é realçada pela escolha de um mobiliário mais baixo – caso dos estofados de desenho monolítico criados por Massimo Castagna.
O living tem móveis mais baixos para ressaltar a altura de quase quatro metros do pé-direito e, assim, causar mais impacto em quem entra.”
Na sala de jantar, certa monocromia está na mesa e nas cadeiras, que tendem para uma tonalidade mais escura.
SALA DE JANTAR | O ambiente conta com mesa Ellipse, de Frederico Peri para a Baxter, e cadeiras Caratos, de Antonio Citterio para a Maxalto. O pendente Ophelia veio do Morghen Studio. Na parede, a escultura laranja Estadio sexual indiferenciado é de Teresa Solar; acima, trabalho de Marina Perez Simão
Gui Morelli/Divulgação
O imóvel tinha personalidade, por isso procurei empregar itens que não disputassem a atenção com o detalhamento de época de paredes e teto.”
O imóvel ainda possui a suíte principal e mais duas para hóspedes.
SUÍTE DE HÓSPEDES | A cama feita sob medida exibe, nas laterais, mesas da Audo Copenhagen: a da esquerda é a Androgyne, de Danielle Siggerud; a da direita, chamada Plinth, é de Norm Architects. Cortinas do Armazem de Arquitectura. Na parede, obra da série Emoticons, de Patricia Camet
Gui Morelli/Divulgação
SUÍTE PRINCIPAL | Ladeando a cama feita por tapeceiro, mesas de cabeceira Ilda, de Jean-Marie Massaud para a Poliform, Abajur Atolo, de Vico Magistretti. Na parede, destaca-se a obra de Giulia Bianchi
Gui Morelli/Divulgação
SUÍTE PRINCIPAL | Escrivaninha Bean, de Roberto Lazzeroni para Ceccotti Colezione, e assento preto Himba, do mesmo designer para a Baxter. Pendente da Henge. A obra com bola rosa, na parede, é da série Pingentes, de Janet Vollebregt. Tapete da Ferreira de Sá
Gui Morelli/Divulgação
Não é só. A arte impõe seu valor por toda a parte. Faz cerca de dez anos que Alex coleciona obras. “Hoje, trabalho para comprar arte”, diz. Ele atende majoritariamente brasileiros que compram casas em Portugal, embora tenha projetos assinados em outras localidades. O arquiteto de interiores acredita que existe uma simbiose entre arte e design.
DETALHES | A escultura Siège du monde, de Alicja Kwade
Gui Morelli/Divulgação
Na dele, por coincidência, há um bom exemplo disso: a escultura Siège du monde, de Alicja Kwade, feita de bronze e pedra, em que uma estrutura de cadeira envolve o globo azulado. Essa criação mistura-se a outros tantos trabalhos.
Para mim, existe uma verdadeira simbiose entre design e arte, já que coleciono obras há cerca de dez anos.”
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Agora, por que Alex optou por viver em Lisboa? “Meus avós são portugueses e eu sempre tive uma aproximação forte com esse país”, conta ele. Depois de oito anos morando em Londres, ele buscava uma cidade mais solar para ter qualidade de vida, daí a escolha. “Queria acordar e, simplesmente, ser feliz”, diz ele, que vive em boa companhia, com a simpática vizsla Zaha.
RETRATO | O morador Alex Ruas posa no living com a vizsla Zaha; na parede, obra The sun at 7:15 am, de Ugo Rondinone
Gui Morelli/Divulgação
LOUNGE | O pequeno lounge que antecede o lavabo tem banco D.R.D.P., de Roberto Lazzeroni para a Ceccotti Colezione. A estante, que tende a virar um bar, foi feita sob medida. O piso emprega paginação escama de peixe
Gui Morelli/Divulgação
DETALHES | Dente-de-leão em vidro
Gui Morelli/Divulgação
DETALHES | Castiçais Octopus, da Artilleriet
Gui Morelli/Divulgação
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Há quatro anos, ele mora em um apartamento de 227 m² em Lisboa. Seu imóvel na capital portuguesa fica em um prédio do século 18, construído depois do grande terremoto de 1755, no período pombalino. “Essa é a única unidade com os afrescos e azulejos originais, restaurados no retrofit que a edificação sofreu”, conta Alex.
RETRATO | Alex Ruas posa na sala de jantar, tendo atrás de si, na parede, a obra de Anne Imhof
Gui Morelli/Divulgação
A decoração foi pensada justamente para dar mais visibilidade ao detalhamento de época. Tons neutros no mobiliário enfatizam essa ideia. “Queria que quem o visitasse fosse impactado pelo visual”, explica.
LIVING | Estofados da Henge, do designer Massimo Castagna, que também assina as mesas de centro Primitive. A luminária de piso Blade é da Baxter, e o pendente tubular, que serpenteia pelo ambiente, do Morghen Studio. A obra com tramas Boitatá é assinada por Laura Lima. Éttienne Chambaud criou a obra ao centro
Gui Morelli/Divulgação
A entrada principal do apartamento dá no living, que conta com quase 4 metros de pé-direito. Essa espécie de monumentalidade é realçada pela escolha de um mobiliário mais baixo – caso dos estofados de desenho monolítico criados por Massimo Castagna.
O living tem móveis mais baixos para ressaltar a altura de quase quatro metros do pé-direito e, assim, causar mais impacto em quem entra.”
Na sala de jantar, certa monocromia está na mesa e nas cadeiras, que tendem para uma tonalidade mais escura.
SALA DE JANTAR | O ambiente conta com mesa Ellipse, de Frederico Peri para a Baxter, e cadeiras Caratos, de Antonio Citterio para a Maxalto. O pendente Ophelia veio do Morghen Studio. Na parede, a escultura laranja Estadio sexual indiferenciado é de Teresa Solar; acima, trabalho de Marina Perez Simão
Gui Morelli/Divulgação
O imóvel tinha personalidade, por isso procurei empregar itens que não disputassem a atenção com o detalhamento de época de paredes e teto.”
O imóvel ainda possui a suíte principal e mais duas para hóspedes.
SUÍTE DE HÓSPEDES | A cama feita sob medida exibe, nas laterais, mesas da Audo Copenhagen: a da esquerda é a Androgyne, de Danielle Siggerud; a da direita, chamada Plinth, é de Norm Architects. Cortinas do Armazem de Arquitectura. Na parede, obra da série Emoticons, de Patricia Camet
Gui Morelli/Divulgação
SUÍTE PRINCIPAL | Ladeando a cama feita por tapeceiro, mesas de cabeceira Ilda, de Jean-Marie Massaud para a Poliform, Abajur Atolo, de Vico Magistretti. Na parede, destaca-se a obra de Giulia Bianchi
Gui Morelli/Divulgação
SUÍTE PRINCIPAL | Escrivaninha Bean, de Roberto Lazzeroni para Ceccotti Colezione, e assento preto Himba, do mesmo designer para a Baxter. Pendente da Henge. A obra com bola rosa, na parede, é da série Pingentes, de Janet Vollebregt. Tapete da Ferreira de Sá
Gui Morelli/Divulgação
Não é só. A arte impõe seu valor por toda a parte. Faz cerca de dez anos que Alex coleciona obras. “Hoje, trabalho para comprar arte”, diz. Ele atende majoritariamente brasileiros que compram casas em Portugal, embora tenha projetos assinados em outras localidades. O arquiteto de interiores acredita que existe uma simbiose entre arte e design.
DETALHES | A escultura Siège du monde, de Alicja Kwade
Gui Morelli/Divulgação
Na dele, por coincidência, há um bom exemplo disso: a escultura Siège du monde, de Alicja Kwade, feita de bronze e pedra, em que uma estrutura de cadeira envolve o globo azulado. Essa criação mistura-se a outros tantos trabalhos.
Para mim, existe uma verdadeira simbiose entre design e arte, já que coleciono obras há cerca de dez anos.”
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Agora, por que Alex optou por viver em Lisboa? “Meus avós são portugueses e eu sempre tive uma aproximação forte com esse país”, conta ele. Depois de oito anos morando em Londres, ele buscava uma cidade mais solar para ter qualidade de vida, daí a escolha. “Queria acordar e, simplesmente, ser feliz”, diz ele, que vive em boa companhia, com a simpática vizsla Zaha.
RETRATO | O morador Alex Ruas posa no living com a vizsla Zaha; na parede, obra The sun at 7:15 am, de Ugo Rondinone
Gui Morelli/Divulgação
LOUNGE | O pequeno lounge que antecede o lavabo tem banco D.R.D.P., de Roberto Lazzeroni para a Ceccotti Colezione. A estante, que tende a virar um bar, foi feita sob medida. O piso emprega paginação escama de peixe
Gui Morelli/Divulgação
DETALHES | Dente-de-leão em vidro
Gui Morelli/Divulgação
DETALHES | Castiçais Octopus, da Artilleriet
Gui Morelli/Divulgação