De residências discretas a edifícios públicos emblemáticos, os primeiros projetos de grandes arquitetos revelam o momento em que o traço deixa de ser apenas desenho e se transforma em expressão. Essas obras não apenas marcaram o início de trajetórias brilhantes, como também anteciparam os princípios, formas e ideias que definiriam estilos consagrados. Nesta seleção, reunimos projetos inaugurais de 17 nomes fundamentais da arquitetura mundial. Confira:
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1. Antoni Gaudí | Casa Vicens (1883–1885) – Barcelona, Espanha
Casa Vicens, em Barcelona, projetada por Antoni Gaudí
Projeto: Pol Viladoms/Wikimedia Commons | Retrato: Pau Audouard Deglaire/Wikimedia Commons
Primeiro grande projeto do espanhol Antoni Gaudí, a Casa Vicens foi já revelava sua abordagem singular à arquitetura. Construída como residência de verão para o empresário Manuel Vicens – proprietário de uma fábrica de cerâmica –, o imóvel mistura elementos orientais ao estilo neomudéjar, com uma explosão de cores e texturas. Os azulejos cerâmicos, as formas orgânicas e o uso criativo dos materiais antecipam o estilo que consagraria o profissional como um dos maiores nomes do modernismo catalão.
2. Frank Lloyd Wright | Casa Winslow (1893) – Illinois, EUA
Casa Winslow, em Illinois (EUA), projetada por Frank Lloyd Wright
Projeto: Bilyan Belchev/Wikimedia Commons | Retrato: New York World-Telegram and the Sun staff photographer Al Ravenna/Wikimedia Commons
O início da carreira independente de Frank Lloyd Wright é marcado pela Casa Winslow, que antecipa o estilo Prairie, desenvolvido por ele nos anos seguintes. Com linhas horizontais, integração ao terreno e atenção aos detalhes artesanais, a residência já expressava a busca de Frank por uma arquitetura estadunidense autêntica, livre das influências europeias predominantes na época.
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3. Mies van der Rohe | Casa Riehl (1907) – Potsdam, Alemanha
Casa Riehl, na Alemanha, projetada por Mies van der Rohe
Projeto: Folkerts Architekten/Wikimedia Commons | Retrato: Hugo Erfurth/Wikimedia Commons
Projetada quando o alemão-americano Mies van der Rohe ainda era um jovem arquiteto, a Casa Riehl é sua primeira residência construída. Com estrutura simples e telhado inclinado, a morada de campo combina tradição e racionalidade, revelando sensibilidade ao contexto rural. Embora distante do estilo modernista que o tornaria famoso, a obra já mostra o rigor formal que marcaria sua trajetória.
4. Le Corbusier | Villa Fallet (1907) – Suíça
Villa Fallet, na Suíça, projetada por Le Corbusier
Projeto: PSBsillyboy/Wikimedia Commons | Retrato: Joop van Bilsen/Anefo/Wikimedia Commons
Projetada pelo arquiteto e pintor francês-suíço Le Corbusier quando tinha apenas 17 anos, a Villa Fallet está localizada em sua cidade natal, La Chaux-de-Fonds. O imóvel foi desenvolvido sob orientação do seu professor, Charles L’Éplattenier,, e encomendado por Louis Fallet, mestre relojoeiro e joalheiro, também membro do corpo administrativo da Escola de Arte da cidade. Embora ainda distante de seus princípios modernistas, a casa tem forte influência do estilo alpino e da tradição artesanal suíça, revelando o interesse precoce do profissional pela geometria, proporção e integração com o entorno.
5. Philip Johnson | Glass House (1949) – Connecticut, EUA
Glass House, em Connecticut (EUA), projetada por Philip Johnson
Projeto: Carol M. Highsmith/Wikimedia Commons | Retrato: Bernard-Gotfryd/Wikimedia Commons
A Glass House é uma obra-prima da transparência e da simplicidade. Com estrutura de aço e paredes inteiramente de vidro, o projeto do estadunidense Philip Johnson propõe uma fusão entre interior e exterior, desafiando os limites convencionais da arquitetura residencial. Influenciada por Mies van der Rohe, a casa se tornou um ícone do modernismo nos EUA e manifesto da estética minimalista.
6 – Luis Barragán | Casa Jardim Ortega (1940–1942) – Cidade do México, México
Casa Jardim Ortega, no México, projetada por Luis Barragán
Projeto: Instagram/@arrq.123/Reprodução | Retrato: Tomjc.55/Wikimedia Commons
A Casa Jardim Ortega foi o primeiro projeto residencial do mexicano Luis Ramiro Barragán Morfín após seu retorno da Europa. Nela, o arquiteto começa a desenvolver sua linguagem poética, marcada pelo uso de cores intensas, luz natural e espaços contemplativos. A residência já revela a fusão entre modernismo e espiritualidade que se tornaria a marca registrada de sua obra. Porém, seu primeiro marco autoral veio em 1948, com a Casa Barragán, onde ele viveu.
7. Frank Gehry | Gehry House (1978) – Califórnia, EUA
Gehry House, na Califórnia (EUA), projetada por Frank Gehry
Projeto: Guillermo/Wikiarquitectura Commons | Retrato: 準建築人手札網站 Forgemind ArchiMedia at Flickr/Wikimedia Commons
Primeiro projeto autoral marcante e residência do próprio arquiteto canandense, a Gehry House é um manifesto da desconstrução. Frank Owen Gehry envolveu a casa original com materiais industriais como chapas metálicas e madeira compensada, criando uma estética caótica e provocadora. O projeto desafiou convenções e inaugurou o estilo que o tornaria um dos nomes mais influentes da arquitetura contemporânea.
8. Zaha Hadid | Vitra Fire Station (1993) – Alemanha
Vitra Fire Station, na Alemanha, projetada por Zaha Hadid
Projeto: Sandstein/Wikimedia Commons | Retrato: Dmitry Ternovoy//Wikimedia Commons
O primeiro projeto construído da arquiteta e designer iraquiana-britânica Zaha Hadid foi a Estação de Bombeiros da Vitra, na cidade alemã Weil am Rhein. Trata-se de uma obra escultural e angular que rompe com a ortogonalidade tradicional. Com formas dinâmicas e linhas tensionadas, o edifício expressa movimento e energia, traduzindo em concreto a linguagem radical que ela vinha explorando em seus desenhos e pinturas.
9. Tadao Ando | Row House (Azuma House) (1976) – Osaka, Japão
Row House (Azuma House), no Japão, projetada por Tadao Ando
Projeto: Oiuysdfg/Wikimedia Commons | Retrato: Christopher Schriner/Wikimedia Commons
A Row House, também conhecida como Azuma House, é uma residência urbana construída em um terreno estreito em Sumiyoshi-ku, Osaka, Japão, marcada pelo uso do concreto aparente e pela presença de um pátio central aberto. Em seu primeiro projeto residencial construído, o japonês Tadao Ando propõe uma arquitetura introspectiva, onde o vazio e a luz desempenham papel fundamental. O projeto sintetiza sua filosofia de simplicidade, espiritualidade e respeito ao espaço.
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10. Francis Kéré | Escola Primária de Gando (2001) – Burkina Faso
Escola Primária de Gando, em Burkina Faso, projetada por Francis Kéré
Projeto: Schulbausteine/Wikimedia Commons | Retrato: Astrid Eckert/Wikimedia Commons
Primeiro projeto do arquiteto burquinês-alemão Francis Kéré, a Escola Primária de Gando foi construída em sua aldeia natal com participação ativa da comunidade. Utilizando técnicas locais e soluções climáticas inteligentes, como ventilação cruzada e telhado elevado, o projeto alia sustentabilidade, inclusão social e beleza.
11. Oscar Niemeyer | Obra do Berço (1937) – Rio de Janeiro, Brasil
Obra do Berço, no Rio de Janeiro, projetada por Oscar Niemeyer
Projeto: Instagram/@lmartins_foto/Reprodução | Retrato: Roger- Pic/Wikimedia Commons
Primeiro projeto construído do carioca Oscar Niemeyer, em colaboração com Lúcio Costa, a Obra do Berço foi destinada a abrigar uma instituição de apoio à infância. A construção já revelava o seu interesse por formas curvas e soluções espaciais inovadoras. Embora ainda discreta, a obra marca o início de uma trajetória que redefiniria a arquitetura brasileira e internacional.
12. Lina Bo Bardi | Casa de Vidro (1951),- São Paulo, Brasil
Casa de Vidro, em São Paulo, projetada por Lina Bo Bardi
Projeto: Lucas Medeiros/Wikimedia Commons | Retrato: Autor desconhecido/Wikimedia Commons
Projetada como residência pessoal, a Casa de Vidro é considerada um manifesto da arquitetura moderna brasileira. Suspenso sobre pilotis e integrada à vegetação do entorno, o imóvel combina racionalidade estrutural com sensibilidade poética. Em seu primeiro projeto construído no Brasil, a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi propõe uma convivência entre o moderno e o natural, antecipando sua abordagem humanista e experimental.
13. Paulo Mendes da Rocha | Ginásio do Clube Atlético Paulistano (1958) – São Paulo, Brasil
Ginásio do Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, projetado por Paulo Mendes da Rocha
Projeto: Instagram/@latinamericanarchitects/Reprodução | Retrato: Instagram/@mendesdarocha.um/Reprodução
O ginásio do Paulistano foi o primeiro projeto de grande porte do capixaba Paulo Mendes da Rocha e já trazia sua marca: o uso expressivo do concreto armado e a valorização da estrutura como linguagem. Com cobertura suspensa por tirantes metálicos, o projeto desafia a gravidade e propõe uma arquitetura monumental, acessível e socialmente engajada.
14. Ruy Ohtake | Residência Tomie Ohtake (1970) – São Paulo, Brasil
Residência Tomie Ohtake, em São Paulo, projetada por Ruy Ohtake
Projeto: Instagram/@sabrifidelis/Reprodução | Retrato: Henrique Boney/Wikimedia Commons
A casa projetada pelo paulistano Ruy Ohtake para sua mãe, a artista Tomie Ohtake, é um exemplo de arquitetura afetiva e experimental. Com formas curvas e cores vibrantes, o seu primeiro projeto residencial rompe com a ortogonalidade tradicional e propõe uma estética fluida e sensorial. A morada marca o início de sua busca por uma linguagem própria, conectada à arte e à emoção.
15. João Filgueiras Lima (Lelé) | Hospital Sarah Kubitschek (década de 1980) – Brasília, Brasil
Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, projetado por João Filgueiras Lima (Lelé)
Projeto: Luis Dantas/Wikimedia Commons | Retrato: Instagram/@joaofilgueiraslima/Reprodução
Embora o carioca Lelé tenha participado de projetos desde os anos 1960, foi com os hospitais da Rede Sarah, no Distrito Federal, que ele consolidou sua abordagem inovadora. Utilizando pré-moldados e soluções bioclimáticas, os edifícios combinam eficiência técnica com conforto ambiental. O projeto representa seu compromisso com a arquitetura social, funcional e profundamente brasileira.
16. Jean Nouvel | Institut du Monde Arabe (1981–1987) – Paris, França
Institut du Monde Arabe, na França, projetado por Jean Nouvel
Projeto: Guilhem Vellut/Wikimedia Commons | Retrato: Christopher Ohmeyer/Wikimedia Commons
O Institut du Monde Arabe (IMA) é um museu de arte árabe em Paris, reconhecido como o primeiro grande projeto do francês Jean Nouvel e marcando sua ascensão internacional como arquiteto de vanguarda. Vencedor de um concurso público, o edifício se destaca pela fachada inovadora composta por diafragmas fotossensíveis inspirados na geometria árabe, que regulam a entrada de luz natural. Essa obra sintetiza a abordagem conceitual e tecnológica que definiria a carreira do profissional: uma arquitetura que dialoga com a cultura, a luz e o contexto urbano, aliando alta performance técnica a uma poética visual singular.
17 – Norman Foster | Creek Vean House (1963–1966) – Cornualha, Reino Unido)
Creek Vean House, no Reino Unido, projetada por Norman Foster juntamente com sua equipe do Team 4
Projeto: Ian Graymore/Wikimedia Commons | Retrato: bigbug21/Wikimedia Commons
Ainda durante sua atuação no escritório Team 4, o britânico Norman Foster projetou, juntamente com a equipe da empresa, a Creek Vean House, na Cornualha — uma residência modernista encomendada pelos pais de Su Brumwell, Marcus Brumwell e Irene Brumwell, que se tornou um marco da arquitetura britânica contemporânea. Em 1969, se tornou a primeira casa a receber um prêmio do Royal Institute of British Architects.
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1. Antoni Gaudí | Casa Vicens (1883–1885) – Barcelona, Espanha
Casa Vicens, em Barcelona, projetada por Antoni Gaudí
Projeto: Pol Viladoms/Wikimedia Commons | Retrato: Pau Audouard Deglaire/Wikimedia Commons
Primeiro grande projeto do espanhol Antoni Gaudí, a Casa Vicens foi já revelava sua abordagem singular à arquitetura. Construída como residência de verão para o empresário Manuel Vicens – proprietário de uma fábrica de cerâmica –, o imóvel mistura elementos orientais ao estilo neomudéjar, com uma explosão de cores e texturas. Os azulejos cerâmicos, as formas orgânicas e o uso criativo dos materiais antecipam o estilo que consagraria o profissional como um dos maiores nomes do modernismo catalão.
2. Frank Lloyd Wright | Casa Winslow (1893) – Illinois, EUA
Casa Winslow, em Illinois (EUA), projetada por Frank Lloyd Wright
Projeto: Bilyan Belchev/Wikimedia Commons | Retrato: New York World-Telegram and the Sun staff photographer Al Ravenna/Wikimedia Commons
O início da carreira independente de Frank Lloyd Wright é marcado pela Casa Winslow, que antecipa o estilo Prairie, desenvolvido por ele nos anos seguintes. Com linhas horizontais, integração ao terreno e atenção aos detalhes artesanais, a residência já expressava a busca de Frank por uma arquitetura estadunidense autêntica, livre das influências europeias predominantes na época.
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3. Mies van der Rohe | Casa Riehl (1907) – Potsdam, Alemanha
Casa Riehl, na Alemanha, projetada por Mies van der Rohe
Projeto: Folkerts Architekten/Wikimedia Commons | Retrato: Hugo Erfurth/Wikimedia Commons
Projetada quando o alemão-americano Mies van der Rohe ainda era um jovem arquiteto, a Casa Riehl é sua primeira residência construída. Com estrutura simples e telhado inclinado, a morada de campo combina tradição e racionalidade, revelando sensibilidade ao contexto rural. Embora distante do estilo modernista que o tornaria famoso, a obra já mostra o rigor formal que marcaria sua trajetória.
4. Le Corbusier | Villa Fallet (1907) – Suíça
Villa Fallet, na Suíça, projetada por Le Corbusier
Projeto: PSBsillyboy/Wikimedia Commons | Retrato: Joop van Bilsen/Anefo/Wikimedia Commons
Projetada pelo arquiteto e pintor francês-suíço Le Corbusier quando tinha apenas 17 anos, a Villa Fallet está localizada em sua cidade natal, La Chaux-de-Fonds. O imóvel foi desenvolvido sob orientação do seu professor, Charles L’Éplattenier,, e encomendado por Louis Fallet, mestre relojoeiro e joalheiro, também membro do corpo administrativo da Escola de Arte da cidade. Embora ainda distante de seus princípios modernistas, a casa tem forte influência do estilo alpino e da tradição artesanal suíça, revelando o interesse precoce do profissional pela geometria, proporção e integração com o entorno.
5. Philip Johnson | Glass House (1949) – Connecticut, EUA
Glass House, em Connecticut (EUA), projetada por Philip Johnson
Projeto: Carol M. Highsmith/Wikimedia Commons | Retrato: Bernard-Gotfryd/Wikimedia Commons
A Glass House é uma obra-prima da transparência e da simplicidade. Com estrutura de aço e paredes inteiramente de vidro, o projeto do estadunidense Philip Johnson propõe uma fusão entre interior e exterior, desafiando os limites convencionais da arquitetura residencial. Influenciada por Mies van der Rohe, a casa se tornou um ícone do modernismo nos EUA e manifesto da estética minimalista.
6 – Luis Barragán | Casa Jardim Ortega (1940–1942) – Cidade do México, México
Casa Jardim Ortega, no México, projetada por Luis Barragán
Projeto: Instagram/@arrq.123/Reprodução | Retrato: Tomjc.55/Wikimedia Commons
A Casa Jardim Ortega foi o primeiro projeto residencial do mexicano Luis Ramiro Barragán Morfín após seu retorno da Europa. Nela, o arquiteto começa a desenvolver sua linguagem poética, marcada pelo uso de cores intensas, luz natural e espaços contemplativos. A residência já revela a fusão entre modernismo e espiritualidade que se tornaria a marca registrada de sua obra. Porém, seu primeiro marco autoral veio em 1948, com a Casa Barragán, onde ele viveu.
7. Frank Gehry | Gehry House (1978) – Califórnia, EUA
Gehry House, na Califórnia (EUA), projetada por Frank Gehry
Projeto: Guillermo/Wikiarquitectura Commons | Retrato: 準建築人手札網站 Forgemind ArchiMedia at Flickr/Wikimedia Commons
Primeiro projeto autoral marcante e residência do próprio arquiteto canandense, a Gehry House é um manifesto da desconstrução. Frank Owen Gehry envolveu a casa original com materiais industriais como chapas metálicas e madeira compensada, criando uma estética caótica e provocadora. O projeto desafiou convenções e inaugurou o estilo que o tornaria um dos nomes mais influentes da arquitetura contemporânea.
8. Zaha Hadid | Vitra Fire Station (1993) – Alemanha
Vitra Fire Station, na Alemanha, projetada por Zaha Hadid
Projeto: Sandstein/Wikimedia Commons | Retrato: Dmitry Ternovoy//Wikimedia Commons
O primeiro projeto construído da arquiteta e designer iraquiana-britânica Zaha Hadid foi a Estação de Bombeiros da Vitra, na cidade alemã Weil am Rhein. Trata-se de uma obra escultural e angular que rompe com a ortogonalidade tradicional. Com formas dinâmicas e linhas tensionadas, o edifício expressa movimento e energia, traduzindo em concreto a linguagem radical que ela vinha explorando em seus desenhos e pinturas.
9. Tadao Ando | Row House (Azuma House) (1976) – Osaka, Japão
Row House (Azuma House), no Japão, projetada por Tadao Ando
Projeto: Oiuysdfg/Wikimedia Commons | Retrato: Christopher Schriner/Wikimedia Commons
A Row House, também conhecida como Azuma House, é uma residência urbana construída em um terreno estreito em Sumiyoshi-ku, Osaka, Japão, marcada pelo uso do concreto aparente e pela presença de um pátio central aberto. Em seu primeiro projeto residencial construído, o japonês Tadao Ando propõe uma arquitetura introspectiva, onde o vazio e a luz desempenham papel fundamental. O projeto sintetiza sua filosofia de simplicidade, espiritualidade e respeito ao espaço.
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10. Francis Kéré | Escola Primária de Gando (2001) – Burkina Faso
Escola Primária de Gando, em Burkina Faso, projetada por Francis Kéré
Projeto: Schulbausteine/Wikimedia Commons | Retrato: Astrid Eckert/Wikimedia Commons
Primeiro projeto do arquiteto burquinês-alemão Francis Kéré, a Escola Primária de Gando foi construída em sua aldeia natal com participação ativa da comunidade. Utilizando técnicas locais e soluções climáticas inteligentes, como ventilação cruzada e telhado elevado, o projeto alia sustentabilidade, inclusão social e beleza.
11. Oscar Niemeyer | Obra do Berço (1937) – Rio de Janeiro, Brasil
Obra do Berço, no Rio de Janeiro, projetada por Oscar Niemeyer
Projeto: Instagram/@lmartins_foto/Reprodução | Retrato: Roger- Pic/Wikimedia Commons
Primeiro projeto construído do carioca Oscar Niemeyer, em colaboração com Lúcio Costa, a Obra do Berço foi destinada a abrigar uma instituição de apoio à infância. A construção já revelava o seu interesse por formas curvas e soluções espaciais inovadoras. Embora ainda discreta, a obra marca o início de uma trajetória que redefiniria a arquitetura brasileira e internacional.
12. Lina Bo Bardi | Casa de Vidro (1951),- São Paulo, Brasil
Casa de Vidro, em São Paulo, projetada por Lina Bo Bardi
Projeto: Lucas Medeiros/Wikimedia Commons | Retrato: Autor desconhecido/Wikimedia Commons
Projetada como residência pessoal, a Casa de Vidro é considerada um manifesto da arquitetura moderna brasileira. Suspenso sobre pilotis e integrada à vegetação do entorno, o imóvel combina racionalidade estrutural com sensibilidade poética. Em seu primeiro projeto construído no Brasil, a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi propõe uma convivência entre o moderno e o natural, antecipando sua abordagem humanista e experimental.
13. Paulo Mendes da Rocha | Ginásio do Clube Atlético Paulistano (1958) – São Paulo, Brasil
Ginásio do Clube Atlético Paulistano, em São Paulo, projetado por Paulo Mendes da Rocha
Projeto: Instagram/@latinamericanarchitects/Reprodução | Retrato: Instagram/@mendesdarocha.um/Reprodução
O ginásio do Paulistano foi o primeiro projeto de grande porte do capixaba Paulo Mendes da Rocha e já trazia sua marca: o uso expressivo do concreto armado e a valorização da estrutura como linguagem. Com cobertura suspensa por tirantes metálicos, o projeto desafia a gravidade e propõe uma arquitetura monumental, acessível e socialmente engajada.
14. Ruy Ohtake | Residência Tomie Ohtake (1970) – São Paulo, Brasil
Residência Tomie Ohtake, em São Paulo, projetada por Ruy Ohtake
Projeto: Instagram/@sabrifidelis/Reprodução | Retrato: Henrique Boney/Wikimedia Commons
A casa projetada pelo paulistano Ruy Ohtake para sua mãe, a artista Tomie Ohtake, é um exemplo de arquitetura afetiva e experimental. Com formas curvas e cores vibrantes, o seu primeiro projeto residencial rompe com a ortogonalidade tradicional e propõe uma estética fluida e sensorial. A morada marca o início de sua busca por uma linguagem própria, conectada à arte e à emoção.
15. João Filgueiras Lima (Lelé) | Hospital Sarah Kubitschek (década de 1980) – Brasília, Brasil
Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, projetado por João Filgueiras Lima (Lelé)
Projeto: Luis Dantas/Wikimedia Commons | Retrato: Instagram/@joaofilgueiraslima/Reprodução
Embora o carioca Lelé tenha participado de projetos desde os anos 1960, foi com os hospitais da Rede Sarah, no Distrito Federal, que ele consolidou sua abordagem inovadora. Utilizando pré-moldados e soluções bioclimáticas, os edifícios combinam eficiência técnica com conforto ambiental. O projeto representa seu compromisso com a arquitetura social, funcional e profundamente brasileira.
16. Jean Nouvel | Institut du Monde Arabe (1981–1987) – Paris, França
Institut du Monde Arabe, na França, projetado por Jean Nouvel
Projeto: Guilhem Vellut/Wikimedia Commons | Retrato: Christopher Ohmeyer/Wikimedia Commons
O Institut du Monde Arabe (IMA) é um museu de arte árabe em Paris, reconhecido como o primeiro grande projeto do francês Jean Nouvel e marcando sua ascensão internacional como arquiteto de vanguarda. Vencedor de um concurso público, o edifício se destaca pela fachada inovadora composta por diafragmas fotossensíveis inspirados na geometria árabe, que regulam a entrada de luz natural. Essa obra sintetiza a abordagem conceitual e tecnológica que definiria a carreira do profissional: uma arquitetura que dialoga com a cultura, a luz e o contexto urbano, aliando alta performance técnica a uma poética visual singular.
17 – Norman Foster | Creek Vean House (1963–1966) – Cornualha, Reino Unido)
Creek Vean House, no Reino Unido, projetada por Norman Foster juntamente com sua equipe do Team 4
Projeto: Ian Graymore/Wikimedia Commons | Retrato: bigbug21/Wikimedia Commons
Ainda durante sua atuação no escritório Team 4, o britânico Norman Foster projetou, juntamente com a equipe da empresa, a Creek Vean House, na Cornualha — uma residência modernista encomendada pelos pais de Su Brumwell, Marcus Brumwell e Irene Brumwell, que se tornou um marco da arquitetura britânica contemporânea. Em 1969, se tornou a primeira casa a receber um prêmio do Royal Institute of British Architects.