A sala de estar é tida como o coração da casa, visto que é neste espaço que as pessoas passam a maior parte do tempo e recebem amigos e familiares. Segundo especialistas, este é um ambiente que deve refletir a personalidade dos moradores, além de ser um espaço de bem-estar e aconchego. Contudo, algumas decisões de decoração podem causar exatamente o contrário.
“A sala de estar é um reflexo da forma como vivemos e recebemos. Não existe a receita do bolo perfeita, pois cada cliente gosta de um sabor, trata-se de criar um espaço que abrace os moradores e aqueles que os visitam. Cada escolha deve partir do propósito de causar bem-estar, beleza e equilíbrio”, comenta a arquiteta Fernanda Marques.
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A seguir, confira alguns dos erros mais comuns que as pessoas cometem ao decorar a sala de estar.
1. Colocar muitos móveis no ambiente
A sala de estar deve trabalhar com respiros visuais, como neste projeto da designer de interiores Shirlei Proença
Renato Navarro
Compras por impulso, sem planejamento e até a vontade de manter à vista aquele móvel de família, que traz lembranças da infância ou remetem a um ente querido, pode resultar em uma sala entulhada, poluída visualmente e com a circulação prejudicada.
“Colocar muitos móveis em uma sala de estar pode comprometer a circulação e fazer com que o ambiente perca a leveza e a amplitude. Para essas situações, o melhor é eleger peças que sejam protagonistas. Além disso, é importante trabalhar com respiros visuais, os móveis não devem estar tão próximos entre si, não apenas para valorizar a circulação, mas também para que possam “respirar”. Dessa forma, até mesmo a própria arquitetura se revela”, explica Fernanda.
A designer de interiores Shirlei Proença recomenda manter, ao menos, de 70 a 90 cm de espaço livre entre os móveis principais para permitir uma circulação confortável. A setorização do ambiente também é uma saída para evitar a poluição visual. Assim, vale criar áreas de usos diferentes no espaço, como a área da TV, o canto de leitura e o cantinho do bar.
2. Muitos objetos e itens desproporcionais
Os objetos de uma sala de estar devem conversar entre si e serem proporcionais ao ambiente, como no projeto da arquiteta Fernanda Marques
Fran Parente
Assim como não é elegante ter muitos móveis na sala de estar, lotar o ambiente de objetos também não é o ideal, visto que o excesso de itens pode criar uma bagunça visual. “É importante deixar alguns respiros no ambiente. Nem toda a estante precisa estar cheia. O tamanho dos objetos também é um ponto de atenção, pois precisa ter escala com o espaço, principalmente quadros”, diz Shirlei.
Para ajudar na escolha dos itens de decoração da sala, a designer de interiores dá a seguinte dica: “O primeiro passo é definir o conceito de decoração. Isso irá guiar cores, formas, materiais e até o tipo de arte que ficará bem no espaço. Depois, defina uma paleta de cores e os materiais. É desejável trabalhar com até três cores e escolher uma cor de metal para trazer um brilho na produção. Brinque com as formas dos objetos. Uma boa produção é composta por vasos, livros, plantas, esculturas, quadros, espelhos, almofadas, entre outros. Tudo isso vai vestir a casa e trazer aconchego.”
3. Utilizar apenas um tipo de iluminação
Na sala de estar, o ideal é trabalhar com camadas de luz, o que pode ser obitido por meio de várias soluções, como uma luminária de piso na área de leitura, a exemplo deste projeto de Ana Toscano
Renato Navarro
Muita gente acredita que basta uma lâmpada no meio da sala para garantir a iluminação do ambiente. Contudo, as profissionais explicam que o ideal é trabalhar com camadas de luz. “Quando falamos de uma sala de estar, é importante não depender apenas da luz geral do ambiente, pois isso tende a deixar o espaço plano. Gosto de utilizar iluminação específica para destacar obras de arte, quadros, esculturas, ou outros elementos decorativos. A iluminação também pode atuar como parte da decoração, por meio de luminárias de piso e de mesa, que compõem o ambiente, como uma luminária de piso na área de leitura, ou uma luminária de mesa que valorize uma peça decorativa, um design importante ou até mesmo ressaltar alguma textura específica”, ressalta Fernanda.
Não menos importante é a temperatura da lâmpada. O ideal é optar por luz quente nos ambientes de convivência, visto que ela cria uma atmosfera acolhedora, sofisticada e aconchegante.
4. Não ter tapetes ou ter com tamanho errado
O tapte deve ter tamanho proporcional ao ambiente, assim como no projeto do arquiteto Gabriel Bordin
Divulgação
Para a arquiteta Fernanda Marques, toda sala precisa ter tapetes. “Eles são excelentes para delimitar as áreas, proporcionar conforto e também absorver o som, especialmente considerando que salas de estar são espaços de conversa”, diz.
Entretanto, é importante se atentar para que o tapete tenha tamanho proporcional ao ambiente. “O principal erro que vejo é o dimensionamento. Tapetes pequenos ficam flutuando no meio da sala, parecendo deslocados. O tapete deve ser maior do que a área do sofá. O ideal é que entre pelo menos 15 a 30 cm para debaixo do sofá e pegue todas as pernas da mesa de centro. Em salas grandes, pode incluir até poltronas ou puffs dentro da área do tapete. O formato redondo pode funcionar bem em cantos de leitura ou salas menores”, observa Shirlei.
As especialistas lembram ainda que a escolha das cores e do material deve harmonizar com o restante do ambiente. Para quem tem pets, a dica é optar por peças de composição sintética, que permitem a lavagem frequente e são mais resistentes.
5. Ter cortinas curtas
A cortina deve ir até o chão, como neste ambiente projetado por Shirlei Proença
Renato Navarro
As cortinas são responsáveis por decorar, controlar a luz externa, garantir conforto térmico e privacidade, tudo isso trazendo suavidade e fluidez ao ambiente. Porém, quando curtas, elas podem comprometer a decoração da sala. “A continuidade dos elementos utilizados é muito importante, por isso, as cortinas devem sempre ir do teto ao chão, sem interrupções no meio do caminho. Trilhos visíveis também comprometem o resultado dessa continuidade visual. A escolha do tecido é primordial, pois o caimento faz toda a diferença”, comenta Fernanda.
Shirlei completa: “Esse para mim é o pior erro! A cortina deve beijar o chão e ultrapassar muito na lateral da janela. O ideal é de 20 cm de cada lado.”
6. Não prestar atenção às escalas
A proporção das peças é essencial para um layout fluido e funcional, como no projeto de Shirlei Proença
Renato Navarro
Pensar cuidadosamente na proporção das peças é essencial para um layout fluido e funcional. “É preciso atenção com as escalas, compreender muito bem o tamanho do espaço para não exagerar no tamanho do mobiliário, seja pequeno demais, ou grande demais. Testar sempre as alturas e profundidades dos móveis, assim como o conforto dos tecidos e das espumas”, alerta Fernanda.
7. Não valorizar o exterior
É importante que o ambiente interno converse com o externo, como noprojeto de Shirlei Proença
Renato Navarro
Não considerar o ambiente externo na decoração da sala de estar é outro erro que deve ser evitado, na opinião de Fernanda. “É indispensável valorizar a vista, quando houver, ou a entrada de luz natural. Deve sempre existir uma conexão entre interior e exterior, seja por meio do paisagismo, ou até pela valorização das aberturas que trazem o exterior para dentro”, conclui a arquiteta.
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“A sala de estar é um reflexo da forma como vivemos e recebemos. Não existe a receita do bolo perfeita, pois cada cliente gosta de um sabor, trata-se de criar um espaço que abrace os moradores e aqueles que os visitam. Cada escolha deve partir do propósito de causar bem-estar, beleza e equilíbrio”, comenta a arquiteta Fernanda Marques.
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A seguir, confira alguns dos erros mais comuns que as pessoas cometem ao decorar a sala de estar.
1. Colocar muitos móveis no ambiente
A sala de estar deve trabalhar com respiros visuais, como neste projeto da designer de interiores Shirlei Proença
Renato Navarro
Compras por impulso, sem planejamento e até a vontade de manter à vista aquele móvel de família, que traz lembranças da infância ou remetem a um ente querido, pode resultar em uma sala entulhada, poluída visualmente e com a circulação prejudicada.
“Colocar muitos móveis em uma sala de estar pode comprometer a circulação e fazer com que o ambiente perca a leveza e a amplitude. Para essas situações, o melhor é eleger peças que sejam protagonistas. Além disso, é importante trabalhar com respiros visuais, os móveis não devem estar tão próximos entre si, não apenas para valorizar a circulação, mas também para que possam “respirar”. Dessa forma, até mesmo a própria arquitetura se revela”, explica Fernanda.
A designer de interiores Shirlei Proença recomenda manter, ao menos, de 70 a 90 cm de espaço livre entre os móveis principais para permitir uma circulação confortável. A setorização do ambiente também é uma saída para evitar a poluição visual. Assim, vale criar áreas de usos diferentes no espaço, como a área da TV, o canto de leitura e o cantinho do bar.
2. Muitos objetos e itens desproporcionais
Os objetos de uma sala de estar devem conversar entre si e serem proporcionais ao ambiente, como no projeto da arquiteta Fernanda Marques
Fran Parente
Assim como não é elegante ter muitos móveis na sala de estar, lotar o ambiente de objetos também não é o ideal, visto que o excesso de itens pode criar uma bagunça visual. “É importante deixar alguns respiros no ambiente. Nem toda a estante precisa estar cheia. O tamanho dos objetos também é um ponto de atenção, pois precisa ter escala com o espaço, principalmente quadros”, diz Shirlei.
Para ajudar na escolha dos itens de decoração da sala, a designer de interiores dá a seguinte dica: “O primeiro passo é definir o conceito de decoração. Isso irá guiar cores, formas, materiais e até o tipo de arte que ficará bem no espaço. Depois, defina uma paleta de cores e os materiais. É desejável trabalhar com até três cores e escolher uma cor de metal para trazer um brilho na produção. Brinque com as formas dos objetos. Uma boa produção é composta por vasos, livros, plantas, esculturas, quadros, espelhos, almofadas, entre outros. Tudo isso vai vestir a casa e trazer aconchego.”
3. Utilizar apenas um tipo de iluminação
Na sala de estar, o ideal é trabalhar com camadas de luz, o que pode ser obitido por meio de várias soluções, como uma luminária de piso na área de leitura, a exemplo deste projeto de Ana Toscano
Renato Navarro
Muita gente acredita que basta uma lâmpada no meio da sala para garantir a iluminação do ambiente. Contudo, as profissionais explicam que o ideal é trabalhar com camadas de luz. “Quando falamos de uma sala de estar, é importante não depender apenas da luz geral do ambiente, pois isso tende a deixar o espaço plano. Gosto de utilizar iluminação específica para destacar obras de arte, quadros, esculturas, ou outros elementos decorativos. A iluminação também pode atuar como parte da decoração, por meio de luminárias de piso e de mesa, que compõem o ambiente, como uma luminária de piso na área de leitura, ou uma luminária de mesa que valorize uma peça decorativa, um design importante ou até mesmo ressaltar alguma textura específica”, ressalta Fernanda.
Não menos importante é a temperatura da lâmpada. O ideal é optar por luz quente nos ambientes de convivência, visto que ela cria uma atmosfera acolhedora, sofisticada e aconchegante.
4. Não ter tapetes ou ter com tamanho errado
O tapte deve ter tamanho proporcional ao ambiente, assim como no projeto do arquiteto Gabriel Bordin
Divulgação
Para a arquiteta Fernanda Marques, toda sala precisa ter tapetes. “Eles são excelentes para delimitar as áreas, proporcionar conforto e também absorver o som, especialmente considerando que salas de estar são espaços de conversa”, diz.
Entretanto, é importante se atentar para que o tapete tenha tamanho proporcional ao ambiente. “O principal erro que vejo é o dimensionamento. Tapetes pequenos ficam flutuando no meio da sala, parecendo deslocados. O tapete deve ser maior do que a área do sofá. O ideal é que entre pelo menos 15 a 30 cm para debaixo do sofá e pegue todas as pernas da mesa de centro. Em salas grandes, pode incluir até poltronas ou puffs dentro da área do tapete. O formato redondo pode funcionar bem em cantos de leitura ou salas menores”, observa Shirlei.
As especialistas lembram ainda que a escolha das cores e do material deve harmonizar com o restante do ambiente. Para quem tem pets, a dica é optar por peças de composição sintética, que permitem a lavagem frequente e são mais resistentes.
5. Ter cortinas curtas
A cortina deve ir até o chão, como neste ambiente projetado por Shirlei Proença
Renato Navarro
As cortinas são responsáveis por decorar, controlar a luz externa, garantir conforto térmico e privacidade, tudo isso trazendo suavidade e fluidez ao ambiente. Porém, quando curtas, elas podem comprometer a decoração da sala. “A continuidade dos elementos utilizados é muito importante, por isso, as cortinas devem sempre ir do teto ao chão, sem interrupções no meio do caminho. Trilhos visíveis também comprometem o resultado dessa continuidade visual. A escolha do tecido é primordial, pois o caimento faz toda a diferença”, comenta Fernanda.
Shirlei completa: “Esse para mim é o pior erro! A cortina deve beijar o chão e ultrapassar muito na lateral da janela. O ideal é de 20 cm de cada lado.”
6. Não prestar atenção às escalas
A proporção das peças é essencial para um layout fluido e funcional, como no projeto de Shirlei Proença
Renato Navarro
Pensar cuidadosamente na proporção das peças é essencial para um layout fluido e funcional. “É preciso atenção com as escalas, compreender muito bem o tamanho do espaço para não exagerar no tamanho do mobiliário, seja pequeno demais, ou grande demais. Testar sempre as alturas e profundidades dos móveis, assim como o conforto dos tecidos e das espumas”, alerta Fernanda.
7. Não valorizar o exterior
É importante que o ambiente interno converse com o externo, como noprojeto de Shirlei Proença
Renato Navarro
Não considerar o ambiente externo na decoração da sala de estar é outro erro que deve ser evitado, na opinião de Fernanda. “É indispensável valorizar a vista, quando houver, ou a entrada de luz natural. Deve sempre existir uma conexão entre interior e exterior, seja por meio do paisagismo, ou até pela valorização das aberturas que trazem o exterior para dentro”, conclui a arquiteta.
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