A luz atravessa o concreto, desenha sombras nas ripas de madeira e encontra o verde que emoldura as varandas. Nesse equilíbrio entre matéria e natureza, nasceu o lar do médico Bruno Peixoto e da advogada Gabriela Vieira, um dúplex de 294 m² na Asa Sul, em Brasília, DF, que traduz brasilidade contemporânea. O projeto é assinado pelos arquitetos Júlia Coutinho e Pedro Grilo, do escritório CoDA Arquitetura (@coda.arq).
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“Buscamos evidenciar a estrutura existente do edifício, revelando pilares e vigas em concreto aparente, e criar ambientes fluidos e aconchegantes”, afirma Júlia. A reforma ampliou a área social e integrou os espaços, sem grandes intervenções estruturais, mas com soluções que redefiniram o modo de viver do casal.
SALA DE JANTAR | A vista para o verde externo, evidenciada pelas grandes janelas do piso ao teto, comuns na arquitetura modernista de Brasília, encantou os moradores. Mesa de jantar e cadeiras da Breton
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
Segundo a moradora, o encanto pelo apê começou antes mesmo da obra. “Meu marido me ligou e disse que havia se encantado por um imóvel na Asa Sul. Foi amor à primeira vista”, relembra Gabriela. “As varandas espaçosas, a vista para o verde e a escada helicoidal nos arrebataram. Negócio fechado!”, conta.
RETRATO | O casl Bruno Peixoto e Gabriela Vieira estão na sala de estar, com Sissi, cachorra da raça Lulu da Pomerânia
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
A escada, elemento escultórico do projeto, foi também um dos maiores desafios técnicos enfrentados pelos arquitetos. “Mantivemos a estrutura original, o que exigiu o desenvolvimento de detalhes precisos para o encontro entre o novo corrimão metálico e o guarda-corpo perfurado”, diz Júlia. O resultado é um desenho fluido, cuja malha perfurada cria efeito óptico de sobreposição — um verdadeiro jogo de luz e sombra no coração do apartamento.
ESCADA | Um dos grandes desafios do projeto, a escada helicoidal teve a estrutura original mantida e ganhou novo guarda-corpo metálico perfurado. Ao fundo, sofá cinza Nammos, da Breton
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
No pavimento inferior, a integração se materializa na generosa área social. O lavabo foi deslocado para ampliar a sala de estar, e a nova configuração deu origem a cinco ambientes — estar, sala de jantar, sala de TV, ilha e varanda —, todos conectados pelo painel frisado em madeira cumaru.
LIVING | O apartamento tem duas cozinhas, sendo uma delas integrada aos ambientes sociais para receber familiares e amigos. A escada escultórica, com guarda-corpo metálico perfurado, é um dos destaques do projeto
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
Foi possível, inclusive, atender à necessidade do casal de ter duas cozinhas: uma social, integrada à sala de estar, e outra mais reservada para o dia a dia. A primeira conta com um grande painel frisado que une os cômodos e camufla os armários, além de uma bancada escultórica em mármore verde Guatemala.
COZINHA SOCIAL | Grande destaque do projeto, a ilha de mármore Verde Guatemala atrai os olhares, composta com banquetas Olga, de Henrique Schreiber, adquiridas na Hill House. Ao fundo, o painel de madeira cumaru frisado camufla os armários e uma geladeira. Quadro do artista Taigo Meireles. Porcelanato Tune Snow, da Refin Ceramiche
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
“Priorizamos a integração dos espaços para recebermos amigos e familiares”, comenta Gabriela. “Inclusive, a ilha de mármore verde se tornou um sucesso, um ponto de cor que rouba a cena”, comemora.
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O forro colmeia metálico, uma das soluções mais ousadas, foi pensado para unir estética e função. “Ele permite o acesso fácil às instalações do pavimento superior, ao mesmo tempo em que cria uma atmosfera de profundidade e movimento”, coloca Júlia.
COZINHA RESERVADA | O ambiente para uso diário do casal tem marcenaria minimalista executada com MDF preto e branco, da Guararapes. Bancadas da pia e da ilha em quartzo Branco Zeus. Máquina lava-louças da Electrolux e demais eletrodomésticos da Elettromec
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
Os tons acinzentados do concreto e do metal contrastam com a madeira e os verdes, compondo uma paleta na qual a cor é sutil, mas a presença é marcante. Já na cozinha do dia a dia, a escolha foi pelo clássico preto e branco na marcenaria de linhas minimalistas, com bancadas de quartzo branco.
LAVANDERIA | Ao lado da cozinha, a porta de correr que leva à área de serviço foi feita do mesmo MDF branco, da Guararapes, usado nos armários, o que cria continuidade visual seguindo estilo minimalista
Joana França/Divulgação
As obras de arte completam a identidade do apê. Quadros de Taigo Meireles e Victoria Serednicki dialogam com o mobiliário brasileiro e com o verde que invade as janelas. “Pensávamos em comprar apenas uma das obras do Taigo, mas elas se integraram tão bem que parecia que eu iria separar dois irmãos”, brinca Gabriela.
O projeto, segundo a arquiteta, é sobre valorizar o que já existia e reinterpretar com leveza. E a moradora completa: “É difícil apontar um protagonista. Teto, escada, ilha, luz natural… cada elemento compõe, com muita sofisticação, um lar inesquecível”.
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“Buscamos evidenciar a estrutura existente do edifício, revelando pilares e vigas em concreto aparente, e criar ambientes fluidos e aconchegantes”, afirma Júlia. A reforma ampliou a área social e integrou os espaços, sem grandes intervenções estruturais, mas com soluções que redefiniram o modo de viver do casal.
SALA DE JANTAR | A vista para o verde externo, evidenciada pelas grandes janelas do piso ao teto, comuns na arquitetura modernista de Brasília, encantou os moradores. Mesa de jantar e cadeiras da Breton
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
Segundo a moradora, o encanto pelo apê começou antes mesmo da obra. “Meu marido me ligou e disse que havia se encantado por um imóvel na Asa Sul. Foi amor à primeira vista”, relembra Gabriela. “As varandas espaçosas, a vista para o verde e a escada helicoidal nos arrebataram. Negócio fechado!”, conta.
RETRATO | O casl Bruno Peixoto e Gabriela Vieira estão na sala de estar, com Sissi, cachorra da raça Lulu da Pomerânia
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
A escada, elemento escultórico do projeto, foi também um dos maiores desafios técnicos enfrentados pelos arquitetos. “Mantivemos a estrutura original, o que exigiu o desenvolvimento de detalhes precisos para o encontro entre o novo corrimão metálico e o guarda-corpo perfurado”, diz Júlia. O resultado é um desenho fluido, cuja malha perfurada cria efeito óptico de sobreposição — um verdadeiro jogo de luz e sombra no coração do apartamento.
ESCADA | Um dos grandes desafios do projeto, a escada helicoidal teve a estrutura original mantida e ganhou novo guarda-corpo metálico perfurado. Ao fundo, sofá cinza Nammos, da Breton
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
No pavimento inferior, a integração se materializa na generosa área social. O lavabo foi deslocado para ampliar a sala de estar, e a nova configuração deu origem a cinco ambientes — estar, sala de jantar, sala de TV, ilha e varanda —, todos conectados pelo painel frisado em madeira cumaru.
LIVING | O apartamento tem duas cozinhas, sendo uma delas integrada aos ambientes sociais para receber familiares e amigos. A escada escultórica, com guarda-corpo metálico perfurado, é um dos destaques do projeto
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
Foi possível, inclusive, atender à necessidade do casal de ter duas cozinhas: uma social, integrada à sala de estar, e outra mais reservada para o dia a dia. A primeira conta com um grande painel frisado que une os cômodos e camufla os armários, além de uma bancada escultórica em mármore verde Guatemala.
COZINHA SOCIAL | Grande destaque do projeto, a ilha de mármore Verde Guatemala atrai os olhares, composta com banquetas Olga, de Henrique Schreiber, adquiridas na Hill House. Ao fundo, o painel de madeira cumaru frisado camufla os armários e uma geladeira. Quadro do artista Taigo Meireles. Porcelanato Tune Snow, da Refin Ceramiche
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
“Priorizamos a integração dos espaços para recebermos amigos e familiares”, comenta Gabriela. “Inclusive, a ilha de mármore verde se tornou um sucesso, um ponto de cor que rouba a cena”, comemora.
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O forro colmeia metálico, uma das soluções mais ousadas, foi pensado para unir estética e função. “Ele permite o acesso fácil às instalações do pavimento superior, ao mesmo tempo em que cria uma atmosfera de profundidade e movimento”, coloca Júlia.
COZINHA RESERVADA | O ambiente para uso diário do casal tem marcenaria minimalista executada com MDF preto e branco, da Guararapes. Bancadas da pia e da ilha em quartzo Branco Zeus. Máquina lava-louças da Electrolux e demais eletrodomésticos da Elettromec
Joana França/Divulgação | Produção de Luiza Ceruti e Isabela Suguimatsu/Divulgação
Os tons acinzentados do concreto e do metal contrastam com a madeira e os verdes, compondo uma paleta na qual a cor é sutil, mas a presença é marcante. Já na cozinha do dia a dia, a escolha foi pelo clássico preto e branco na marcenaria de linhas minimalistas, com bancadas de quartzo branco.
LAVANDERIA | Ao lado da cozinha, a porta de correr que leva à área de serviço foi feita do mesmo MDF branco, da Guararapes, usado nos armários, o que cria continuidade visual seguindo estilo minimalista
Joana França/Divulgação
As obras de arte completam a identidade do apê. Quadros de Taigo Meireles e Victoria Serednicki dialogam com o mobiliário brasileiro e com o verde que invade as janelas. “Pensávamos em comprar apenas uma das obras do Taigo, mas elas se integraram tão bem que parecia que eu iria separar dois irmãos”, brinca Gabriela.
O projeto, segundo a arquiteta, é sobre valorizar o que já existia e reinterpretar com leveza. E a moradora completa: “É difícil apontar um protagonista. Teto, escada, ilha, luz natural… cada elemento compõe, com muita sofisticação, um lar inesquecível”.



