A obra “Petroleum” de Iwan Baan, na exposição FLUXES. Imagem © Romullo Baratto
Trinta trilhões de toneladas. Esta é a massa estimada de toda a matéria criada pelo ser humano na Terra, e também o ponto de partida da 7ª edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa. Curada por Ann-Sofi Rönnskog e John Palmesino, fundadores da Territorial Agency, a edição propõe uma pergunta aparentemente simples: Quão pesada é uma cidade? Para respondê-la, não basta reunir dados. É necessário um deslocamento de percepção: passar da escala da cidade para a dimensão planetária da tecnosfera.
A tecnosfera, um termo emprestado das ciências da Terra, define o vasto sistema de infraestruturas, tecnologias e materiais que sustentam a vida humana enquanto transformam o planeta. Sob essa perspectiva, as cidades não são apenas territórios, mas nós densos dentro desse metabolismo planetário. De outubro a dezembro de 2025, Lisboa se torna uma lente para examinar essa magnitude, hospedando três exposições principais (Fluxes, Spectres, Lighter), um livro de ensaios, um programa de palestras e mais de vinte projetos independentes espalhados pela cidade.


