Com a cidade de Belém como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a rica cultura do Pará tem despertado interesse do público — tanto de quem vai acompanhar o evento ao vivo, entre os dias 10 a 21 de novembro de 2025, quanto aqueles que só querem conhecer melhor o estado do Norte do Brasil.
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Um dos elementos que merecem ter sua história contada é o raio-que-o-parta, termo usado para designar os mosaicos coloridos feitos com cacos de azulejos que se espalharam pelas fachadas das casas do Pará entre os anos 1950 e 1960.
“Os murais com desenhos geométricos, raios de sol coloridos e representações da fauna amazônica simbolizam uma assimilação popular do modernismo”, diz a arquiteta Cybelle Salvador Miranda, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), que estuda o tema há mais de 15 anos.
Os mosaicos raio-que-o-parta são um elemento importante da história da arquitetura paraense
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Inicialmente restritos a Belém, os murais posteriormente ganharam adeptos em diversas outras localidades do estado, entre elas a Ilha do Marajó e cidades como Abaetetuba, Santarém e Cametá.
Segundo a docente, que coordena o Laboratório de Memória e Patrimônio Cultural (LAMEMO) da UFPA, esses murais eram projetados por engenheiros com o auxílio de desenhistas — em uma época em que ainda nem existia faculdade de Arquitetura no estado — ou por leigos, como mestres-de-obras e os próprios moradores das casas.
Os desenhos geométricos como que lembram raios, como nesta casa em Belém, são característicos do estilo raio-que-o-parta
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Eles compunham as residências das classes média e baixa paraense, que tentavam participar das tendências que o movimento moderno trazia no campo das artes e da arquitetura, conta Cybelle no trabalho Raio que o parta: O lado b do modernismo paraense, escrito junto às pesquisadoras Laura Caroline Costa e Karina Pamplona, em 2014.
“Faz um contraponto à arquitetura erudita produzida por engenheiros e arquitetos, cuja forma de implantação em lotes maiores permitia liberdade de composição. Enquanto o raio-que-o-parta era uma alternativa para terrenos estreitos, aonde partidos e plantas se limitavam às dimensões e proporções dos lotes, gerando empenas altas que passaram a ser decoradas com mosaico”, explica a docente.
A inspiração vinha dos painéis de azulejos de mestres modernistas, como o artista plástico Athos Bulcão, o pintor Cândido Portinari e o paisagista Roberto Burle Marx, e também dos arquitetos paraenses Ruy Meira e Alcyr Meira, responsáveis pela composição de diversos mosaicos na região.
Casa na cidade de Capanema foi pintada, mas preservou o mosaico raio-que-o-parta na fachada
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
“Com a contratação de arquitetos e engenheiros restrita à elite local devido aos altos custos, a população encontrou no uso de cacos de azulejos coloridos em fachadas, compondo mosaicos, uma maneira de aderir ao estilo arquitetônico moderno da época”, descreve cartilha da Rede Raio-que-o-parta, coletivo criado em 2020 para preservar a história do estilo.
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Inicialmente, o material usado nas composições provinha de quebras de carregamentos de azulejos durante a travessia da precária rodovia Belém-Brasília, que chegavam às lojas da capital e eram vendidos mais em conta. “Depois se tornou moda e os cacos eram produzidos intencionalmente”, diz a professora da UFPA.
Hoje, existem poucas casas que conseguiram preservar os mosaicos originais do século 20
Agência Belém/Divulgação
O nome “raio-que-o-parta”, que acaba lembrando os desenhos de raios, bumerangues e setas que compõem esses mosaicos, foi cunhado sem querer pelo arquiteto carioca Donato Mello Junior na década de 1960.
“A origem é atribuída a uma fala do professor da Universidade do Brasil quando esteve em Belém ministrando aula de Arquitetura Brasileira. No discurso de formatura da primeira turma de arquitetos da UFPA, ele citou ‘estas casas raio-que-o-parta’ como um mau exemplo de arquitetura. Depois, o nome se incorporou para designar as residências modernistas com mosaicos coloridos”, fala Cybelle.
Luta pela preservação
Segundo Cybelle, há um intenso processo de apagamento dos mosaicos estilo raio-que-o-parta no Pará, seja pela demolição integral da edificação, seja pela remoção ou pintura dos murais. Estima-se que, das cerca de 300 casas com painéis de cacos que existiam em Belém no século passado, restam hoje apenas 100, ela aponta.
“Há um grande interesse da sociedade local no tema, especialmente de grupos relacionados às artes e à indústria criativa. Contudo, essas iniciativas de divulgação não repercutem na preservação das casas em si. Não há política pública de preservação dessas arquiteturas”, declara.
Muitas dos mosaicos foram pintados pelos moradores por falta de conhecimento do valor histórico da obra
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
No caso das casas raio-que-o-parta, Cybelle avalia que o tombamento não é a melhor medida. “A proposta não é bem recebida por moradores que ainda habitam os poucos exemplares remanescentes. À medida que as casas passam para novos proprietários, os vínculos afetivos com o projeto original se enfraquecem. Muitos mosaicos foram pintados e várias fachadas, refeitas”, diz.
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A preservação passa, portanto, pelo conhecimento e conscientização acerca do valor arquitetônico dos mosaicos remanescentes, e também pela difusão da história desta estética característica do Pará.
Os mosaicos de cacos coloridos são uma parte marcante da arquitetura do Pará
Agência Belém/Divulgação
Autora de diversas obras, artigos e estudos sobre o assunto, Cybelle lançou recentemente o livro Raio que o parta: Uma arquitetura marcante no Pará, junto com os pesquisadores Laura Caroline de Carvalho da Costa e Ronaldo Nonato Marques de Carvalho.
A publicação, disponível gratuitamente na internet, é fruto de pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado desenvolvidas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da UFPA.
O livro Raio que o Parta – Uma arquitetura marcante no Pará é fruto de 15 anos de estudos sobre o tema
UFPA/Divulgação
“O livro visa informar e formar um público apto a reconhecer e valorizar estas arquiteturas que têm caráter enraizado em nossa cultura. A ideia é contribuir para que os moradores e usuários reconheçam essa arquiteturas enquanto parte da cultura paraense e venham a preservá-las”, disse a arquiteta à Agência Belém por ocasião do lançamento da obra, em maio deste ano.
O próximo passo, agora, é compreender a expressão estética dos desenhos dos murais. “Atualmente, estamos desenvolvendo estudos acerca da estética morfológica das composições e das paletas cromáticas utilizadas em bairros distintos de Belém”, revela a docente.
Além dos tradicionais raios, alguns mosaicos traziam elementos variados nas composições
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Movimentos de resgate cultural
A Rede Raio-que-o-parta atua para preservar o estilo arquitetônico. O coletivo foi criado em 2020 pelas arquitetas Elis Almeida, Elisa Malcher e Gabrielle Arnour, colegas do curso de Arquitetura e Urbanismo pela UFPA. Elas atuam no mapeamento e catalogação dos murais em Belém e no Pará. O trabalho é feito de forma colaborativa com os internautas, que enviam imagens e localização, e inclui ainda uma cartilha sobre o tema.
Em 2022, a artista visual Danielle Fonseca — ela mesma tendo morado em uma casa raio-que-o-parta em Belém —, lançou o curta-metragem Um Céu Partido Ao Meio, exibido no centenário da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, e que hoje pode ser assistido pelo YouTube. O filme entrevista moradores das casas que ainda resistem e revela traços de tradições de religiões de matriz africana na origem do movimento.
Hoje, há uma leva de arquitetos jovens empregando os mosaicos com motivos de raios em fachadas e interiores de residências, e em comércios como bares e restaurantes, revivendo esta estética na cultura arquitetônica contemporânea.
Casa na cidade de Abaetetuba, PA, com fachada decorada com cacos estilo raio-que-o-parta
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Para Cybelle, esses movimentos são reflexo da intensa valorização dessas arquiteturas como representantes marcantes da cultura local após os anos 2000.
“Eles simbolizam uma mescla dos anseios de modernização dos moradores com a produção formal da arquitetura, com a criação do Curso de Arquitetura da UFPA em 1964. Atualmente, esta manifestação estética, desvalorizada em seus primórdios, assume protagonismo enquanto modelo de casa urbana paraense”, comenta.
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Conclusão semelhante chegaram os pesquisadores Matheus Nunes, Yasmin Gomes e Denise Vianna Nunes em artigo de 2023 publicado na revista Asas das Palavras, da Universidade da Amazônia (UNAMA):
“Os estudos realizados até o momento por diversos pesquisadores, e a própria análise contida neste trabalho, revela-nos a importância que o fenômeno ‘Raio que o parta’ configura para nós paraenses, mesmo se tratando de uma apropriação da arquitetura moderna brasileira feita de forma intuitiva e com as possibilidades que haviam na época por essa classe de moradores, de como foi executado, denotando, neste sentido, um ar de criatividade e expressando uma nova possibilidade de decoração, na tentativa daquela população auto afirmar-se que seguiam os preceitos do estilo em voga”, escreveram.
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Um dos elementos que merecem ter sua história contada é o raio-que-o-parta, termo usado para designar os mosaicos coloridos feitos com cacos de azulejos que se espalharam pelas fachadas das casas do Pará entre os anos 1950 e 1960.
“Os murais com desenhos geométricos, raios de sol coloridos e representações da fauna amazônica simbolizam uma assimilação popular do modernismo”, diz a arquiteta Cybelle Salvador Miranda, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), que estuda o tema há mais de 15 anos.
Os mosaicos raio-que-o-parta são um elemento importante da história da arquitetura paraense
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Inicialmente restritos a Belém, os murais posteriormente ganharam adeptos em diversas outras localidades do estado, entre elas a Ilha do Marajó e cidades como Abaetetuba, Santarém e Cametá.
Segundo a docente, que coordena o Laboratório de Memória e Patrimônio Cultural (LAMEMO) da UFPA, esses murais eram projetados por engenheiros com o auxílio de desenhistas — em uma época em que ainda nem existia faculdade de Arquitetura no estado — ou por leigos, como mestres-de-obras e os próprios moradores das casas.
Os desenhos geométricos como que lembram raios, como nesta casa em Belém, são característicos do estilo raio-que-o-parta
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Eles compunham as residências das classes média e baixa paraense, que tentavam participar das tendências que o movimento moderno trazia no campo das artes e da arquitetura, conta Cybelle no trabalho Raio que o parta: O lado b do modernismo paraense, escrito junto às pesquisadoras Laura Caroline Costa e Karina Pamplona, em 2014.
“Faz um contraponto à arquitetura erudita produzida por engenheiros e arquitetos, cuja forma de implantação em lotes maiores permitia liberdade de composição. Enquanto o raio-que-o-parta era uma alternativa para terrenos estreitos, aonde partidos e plantas se limitavam às dimensões e proporções dos lotes, gerando empenas altas que passaram a ser decoradas com mosaico”, explica a docente.
A inspiração vinha dos painéis de azulejos de mestres modernistas, como o artista plástico Athos Bulcão, o pintor Cândido Portinari e o paisagista Roberto Burle Marx, e também dos arquitetos paraenses Ruy Meira e Alcyr Meira, responsáveis pela composição de diversos mosaicos na região.
Casa na cidade de Capanema foi pintada, mas preservou o mosaico raio-que-o-parta na fachada
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
“Com a contratação de arquitetos e engenheiros restrita à elite local devido aos altos custos, a população encontrou no uso de cacos de azulejos coloridos em fachadas, compondo mosaicos, uma maneira de aderir ao estilo arquitetônico moderno da época”, descreve cartilha da Rede Raio-que-o-parta, coletivo criado em 2020 para preservar a história do estilo.
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Inicialmente, o material usado nas composições provinha de quebras de carregamentos de azulejos durante a travessia da precária rodovia Belém-Brasília, que chegavam às lojas da capital e eram vendidos mais em conta. “Depois se tornou moda e os cacos eram produzidos intencionalmente”, diz a professora da UFPA.
Hoje, existem poucas casas que conseguiram preservar os mosaicos originais do século 20
Agência Belém/Divulgação
O nome “raio-que-o-parta”, que acaba lembrando os desenhos de raios, bumerangues e setas que compõem esses mosaicos, foi cunhado sem querer pelo arquiteto carioca Donato Mello Junior na década de 1960.
“A origem é atribuída a uma fala do professor da Universidade do Brasil quando esteve em Belém ministrando aula de Arquitetura Brasileira. No discurso de formatura da primeira turma de arquitetos da UFPA, ele citou ‘estas casas raio-que-o-parta’ como um mau exemplo de arquitetura. Depois, o nome se incorporou para designar as residências modernistas com mosaicos coloridos”, fala Cybelle.
Luta pela preservação
Segundo Cybelle, há um intenso processo de apagamento dos mosaicos estilo raio-que-o-parta no Pará, seja pela demolição integral da edificação, seja pela remoção ou pintura dos murais. Estima-se que, das cerca de 300 casas com painéis de cacos que existiam em Belém no século passado, restam hoje apenas 100, ela aponta.
“Há um grande interesse da sociedade local no tema, especialmente de grupos relacionados às artes e à indústria criativa. Contudo, essas iniciativas de divulgação não repercutem na preservação das casas em si. Não há política pública de preservação dessas arquiteturas”, declara.
Muitas dos mosaicos foram pintados pelos moradores por falta de conhecimento do valor histórico da obra
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
No caso das casas raio-que-o-parta, Cybelle avalia que o tombamento não é a melhor medida. “A proposta não é bem recebida por moradores que ainda habitam os poucos exemplares remanescentes. À medida que as casas passam para novos proprietários, os vínculos afetivos com o projeto original se enfraquecem. Muitos mosaicos foram pintados e várias fachadas, refeitas”, diz.
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A preservação passa, portanto, pelo conhecimento e conscientização acerca do valor arquitetônico dos mosaicos remanescentes, e também pela difusão da história desta estética característica do Pará.
Os mosaicos de cacos coloridos são uma parte marcante da arquitetura do Pará
Agência Belém/Divulgação
Autora de diversas obras, artigos e estudos sobre o assunto, Cybelle lançou recentemente o livro Raio que o parta: Uma arquitetura marcante no Pará, junto com os pesquisadores Laura Caroline de Carvalho da Costa e Ronaldo Nonato Marques de Carvalho.
A publicação, disponível gratuitamente na internet, é fruto de pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado desenvolvidas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) da UFPA.
O livro Raio que o Parta – Uma arquitetura marcante no Pará é fruto de 15 anos de estudos sobre o tema
UFPA/Divulgação
“O livro visa informar e formar um público apto a reconhecer e valorizar estas arquiteturas que têm caráter enraizado em nossa cultura. A ideia é contribuir para que os moradores e usuários reconheçam essa arquiteturas enquanto parte da cultura paraense e venham a preservá-las”, disse a arquiteta à Agência Belém por ocasião do lançamento da obra, em maio deste ano.
O próximo passo, agora, é compreender a expressão estética dos desenhos dos murais. “Atualmente, estamos desenvolvendo estudos acerca da estética morfológica das composições e das paletas cromáticas utilizadas em bairros distintos de Belém”, revela a docente.
Além dos tradicionais raios, alguns mosaicos traziam elementos variados nas composições
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Movimentos de resgate cultural
A Rede Raio-que-o-parta atua para preservar o estilo arquitetônico. O coletivo foi criado em 2020 pelas arquitetas Elis Almeida, Elisa Malcher e Gabrielle Arnour, colegas do curso de Arquitetura e Urbanismo pela UFPA. Elas atuam no mapeamento e catalogação dos murais em Belém e no Pará. O trabalho é feito de forma colaborativa com os internautas, que enviam imagens e localização, e inclui ainda uma cartilha sobre o tema.
Em 2022, a artista visual Danielle Fonseca — ela mesma tendo morado em uma casa raio-que-o-parta em Belém —, lançou o curta-metragem Um Céu Partido Ao Meio, exibido no centenário da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, e que hoje pode ser assistido pelo YouTube. O filme entrevista moradores das casas que ainda resistem e revela traços de tradições de religiões de matriz africana na origem do movimento.
Hoje, há uma leva de arquitetos jovens empregando os mosaicos com motivos de raios em fachadas e interiores de residências, e em comércios como bares e restaurantes, revivendo esta estética na cultura arquitetônica contemporânea.
Casa na cidade de Abaetetuba, PA, com fachada decorada com cacos estilo raio-que-o-parta
Rede Raio-que-o-parta/Divulgação
Para Cybelle, esses movimentos são reflexo da intensa valorização dessas arquiteturas como representantes marcantes da cultura local após os anos 2000.
“Eles simbolizam uma mescla dos anseios de modernização dos moradores com a produção formal da arquitetura, com a criação do Curso de Arquitetura da UFPA em 1964. Atualmente, esta manifestação estética, desvalorizada em seus primórdios, assume protagonismo enquanto modelo de casa urbana paraense”, comenta.
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Conclusão semelhante chegaram os pesquisadores Matheus Nunes, Yasmin Gomes e Denise Vianna Nunes em artigo de 2023 publicado na revista Asas das Palavras, da Universidade da Amazônia (UNAMA):
“Os estudos realizados até o momento por diversos pesquisadores, e a própria análise contida neste trabalho, revela-nos a importância que o fenômeno ‘Raio que o parta’ configura para nós paraenses, mesmo se tratando de uma apropriação da arquitetura moderna brasileira feita de forma intuitiva e com as possibilidades que haviam na época por essa classe de moradores, de como foi executado, denotando, neste sentido, um ar de criatividade e expressando uma nova possibilidade de decoração, na tentativa daquela população auto afirmar-se que seguiam os preceitos do estilo em voga”, escreveram.



