O minimalismo está fora. A explosão de cores está em alta. O luxo deve ser habitável. O estilo rústico perdeu popularidade. As tendências de design de interiores deste ano foram tudo, menos contidas e, em muitos aspectos, 2025 foi o ano do retorno do design ousado — o ano do “mais”. Para entender melhor as tendências de 2025 — e aquelas que devem permanecer em 2026 — ouvimos profissionais sobre os maiores momentos do design neste ano e o que faz uma tendência realmente perdurar. A seguir, reunimos os principais destaques: as tendências que chamaram a atenção dos designers, preencheram painéis de inspiração e plantas baixas e remodelaram os espaços que chamamos de lar.
1. Inundação de cores
Apartamento em Goiânia projetado pelo arquiteto Marcos Lula
Divulgação Marcos Lula
Sem dúvida, a saturação de cores foi a tendência mais citada pelos designers — alguns adoram, outros já querem vê-la desaparecer, mas, de qualquer forma, todos concordam que ela se tornou o centro das atenções. A técnica consiste em cobrir um espaço inteiro com um único tom, criando um efeito ousado, monocromático e, muitas vezes, maximalista. Este ano, ela fez parte da transição dos neutros para tons profundos e ricos: “Estamos caminhando para ambientes saturados de cor e nos afastando do branco total”, diz Jade Joyner, cofundadora e designer principal da Metal + Petal. “O color blocking e a saturação de cores são especialmente fortes nos meses de inverno, trazendo profundidade e aconchego aos interiores”, acrescenta Danielle Chiprut, fundadora e designer principal da Danielle Rose Design Co.
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2. Paletas de cores melancólicas
Projetado por Christie Tyreus, da empresa Tyreus Architecture + Design, sediada em Sausalito
Christopher Stark
As paletas de cores sóbrias também estiveram em alta demanda este ano, algo que os designers associam ao apetite crescente pelo maximalismo. “Estamos vendo uma mudança em direção à cor”, afirma Marianne Jones, fundadora e designer principal da Marianne Jones Interior Design. “[Estamos] nos afastando dos off-whites e paredes neutras para o uso de cores saturadas, como berinjela, verdes e amarelos, apostando em cores vibrantes nas paredes.” Joyner concorda e acrescenta: “Bordô, verde-oliva, ocre e tabaco estão definindo esta era de confiança nas cores”. As cores ousadas e sua estética luxuosa vieram para ficar.
3. Luxo habitável
Projeto do escritório Quintino Facci Arquitetos
Mariana Boro
Neste ano, o luxo habitável esteve tão em voga quanto o nome sugere. “Os clientes desejam casas que pareçam atemporais, mas ainda pessoais… tecidos de alta performance que não pareçam de alta performance, materiais naturais que envelhecem com elegância e iluminação que seja ao mesmo tempo funcional e artística”, diz Diana Wagenbach, fundadora e designer principal da Studio W Interiors. “Eles querem praticidade, como armazenamento inteligente, aproveitamento eficiente do espaço e tecidos adequados para a familia, mas sem abrir mão da beleza”, concorda Danielle Chiprut.
De modo geral, o luxo habitável faz parte de uma mudança em direção ao desejo por longevidade. “Os clientes querem projetos que durem, não apenas esteticamente, mas em qualidade e acabamento”, afirma Lexie Saine, designer principal da Lexie Saine Design. “Por anos, vimos lindas casas vitorianas de São Francisco transformadas em estruturas ultramodernas, desprovidas de alma. Agora, há um retorno consciente ao respeito pelo caráter original, preservando o artesanato e integrando elementos modernos que criam um contraste harmonioso entre o antigo e o novo.”
4. Sustentabilidade com toques vintage
Projeto do escritório Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo
A sustentabilidade sempre foi um pilar essencial para muitos designers, mas neste ano, em especial, houve um movimento em direção à compra de peças de segunda mão como prática central. “Há uma maior consciência em torno da sustentabilidade”, diz Jones. “A integração e seleção de peças vintage ou antigas reinterpretadas em um espaço, preservando a integridade do antigo revitalizado com novos tecidos ou acabamentos atualizados.” Como tendência de mobiliário e decoração, está em ascensão e, como solução sustentável, não dá sinais de enfraquecer. “Esperamos ver um aumento no uso de móveis reaproveitados e achados vintage em vez de peças produzidas em massa, promovendo uma abordagem atemporal ao design”, acrescenta Reanna Channer, fundadora e designer principal da Design to Elevate.
5. Madeira escura
A madeira escura está em alta de novo na decoração
Adrian Gaut/Reprodução AD PRO
“Madeiras mais escuras como nogueira, mogno e carvalho defumado ocuparam o centro das atenções em 2025”, diz Lauren Saab, fundadora e designer principal da Saab Studios. “Os designers estão se afastando do carvalho claro e optando por acabamentos mais ricos e arquitetônicos. Essas tonalidades mais profundas trazem peso e calor a um ambiente e combinam naturalmente com gesso texturizado e pedra em tons quentes.” A tendência da madeira escura é parte de um movimento mais amplo em direção a interiores acolhedores, outra tendência marcante deste ano.
6. Calor e conforto
Projeto assinado pelo Architects + CO
Fran Parente/Divulgação
“Estou vendo uma tendência crescente na busca por ambientes mais quentes”, diz Wagenbach. “Os móveis estão mais esculturais e táteis, com curvas, bordas suaves e detalhes artesanais.” Os designers concordam: os proprietários estão deixando de lado espaços frios e buscando interiores que pareçam vividos. “Tudo que traz conforto está em alta, como tons terrosos, madeira, antiguidades e tapetes”, diz Molly O’Neil, fundadora e diretora criativa do Molly O Interior Design Studio. Muitos designers têm abraçado esse retorno ao aconchego: “Depois de anos de um design limpo, moderno — e sem personalidade, na minha opinião —, adoramos o aconchego, a textura e a sensação orgânica que o estilo tradicional traz a um lar”, afirma Allison Handler, proprietária da Allison Handler Design.
7. Papel de parede em todo lugar
Cozinha assinada pela stylist Anna van Keppel
Dana Ozollapa
O papel de parede, antes visto como uma escolha ultrapassada na sala da sua tia-avó, voltou com tudo. “O papel de parede está bombando”, diz O’Neil. “Achávamos que era apenas uma fase, mas está ganhando força. As escolhas mais populares são estampas florais e qualquer coisa com textura, como o sisal.” E não é só o papel de parede: “As cortinas também estão de volta”, acrescenta Colleen Bennett, fundadora e designer principal da CBB Design Firm. “Cortinas, papel de parede, todos os acessórios estão de volta.”
8. Design lento
Projeto de Tito Ficarelli, do escritório Arkitito
Fran Parente/Divulgação
“Na era da moda rápida, as pessoas desejam ambientes mais pessoais e emocionalmente significativos, em vez de algo produzido em massa”, explica Kati Curtis, designer principal da Kati Curtis Design. O design lento adota uma abordagem mais intencional e sustentável para criar espaços, priorizando o artesanato e a longevidade em vez da velocidade. Essa mudança aparece claramente nos pedidos dos clientes: “Eles buscam objetos com alma — painéis bordados à mão do Japão, vidros de Murano, móveis sob medida de artesãos americanos”, diz Curtis. “A procedência importa mais do que nunca, mesmo com as tarifas alfandegárias!”
9. Design biofílico
Projeto do arquiteto Carlos Camacho
Fávaro Junior
Embora o design biofílico sempre tenha sido relevante, ele ganhou ainda mais destaque este ano. “Estamos vendo uma preferência por materiais naturais como o quartzito em vez do quartzo em bancadas”, diz Channer, “e um foco maior em áreas externas que se integrem perfeitamente aos interiores.” O design biofílico vai além do uso de materiais naturais e da introdução de plantas — até os detalhes da iluminação podem simular um ambiente mais natural. “Estamos usando sistemas de iluminação circadiana, como o Ketra da Lutron, para ajustar a qualidade da luz ao longo do dia, alinhando os interiores com os ritmos naturais”, explica Jessica Shaw, diretora de design da Turett Collaborative. “Os clientes querem que seus espaços apoiem sua saúde mental e suas rotinas diárias. Estamos sendo convidados a criar casas que proporcionem bem-estar” Simular a luz natural é uma das muitas formas pelas quais o design biofílico promove o bem-estar.
Perguntas frequentes
Qual foi a maior tendência de design de interiores de 2025?
Sem dúvida, a cor — especialmente as cores mais ousadas e profundas — ficou em primeiro lugar na lista dos designers em 2025. “As pessoas querem cor e querem que suas casas contem uma história”, diz O’Neil. “As pessoas estão descobrindo o que os designers de interiores sempre souberam: o branco e os neutros podem facilmente se tornar estéreis e cair na categoria do entediante.” A saturação de cores teve seu grande momento neste ano, e a cor também apareceu em detalhes de forma mais sutil — um pequeno recanto no corredor decorado com tons de joia, um móvel estofado em uma tonalidade vibrante.
Algumas menções honrosas que também apareceram nas listas dos principais designers: estilo Japandi, piso de parquet, uso abundante de materiais, madeira escura, travertino, tecido bouclé e móveis com silhuetas curvas.
Quais tendências de design de interiores duraram mais tempo?
Algumas tendências vieram para ficar. Entre elas, o estilo tradicional sempre prevalecerá, diz Bennett: “É atemporal, nunca sai de moda. E você sempre pode misturá-lo. Essa é a beleza dele.” Independentemente do estilo, os designers também concordam que os materiais naturais têm uma qualidade atemporal. “Os materiais naturais têm o histórico mais duradouro no design porque envelhecem de forma que agrega valor. Madeira maciça, pedra e bronze desenvolvem uma pátina que transmite qualidade, não desgaste”, diz Saab. “Não se trata apenas de aparência, mas de integridade”, acrescenta Joyner, explicando por que os materiais naturais persistem. “Um bom design envelhece bem porque é bem feito.” E há coisas que simplesmente nunca sairão de moda no design de interiores: “As plantas nunca morrem, pelo menos como tendência”, diz Alexis Readinger, fundadora da Preen Inc.
Como as tendências de design de interiores se desenvolvem?
As tendências surgem de todas as partes do mundo, em escalas micro e macro. “À medida que nossa economia e a consciência social mudam, testemunhamos uma transformação no design de interiores”, explica Jones. “Acho que estamos vivenciando um refinamento no design, algo mais editado e intencional.”
As redes sociais também não podem ser ignoradas. Embora muitos se cansem das tendências que se espalham rapidamente e desaparecem com a mesma velocidade, sua influência é inegável. “As tendências podem surgir nas redes sociais e, às vezes, até ameaçar recursos naturais, como o caso da ampla popularização das suculentas na mídia de Los Angeles em 2015”, explica Readinger. “Elas se tornaram tão populares que encostas inteiras foram desmatadas e as plantas vendidas para o exterior.”
De forma geral, as tendências e estilos de design de interiores estão enraizados em sensações — o sentimento do momento atual, o clima sociopolítico, os fluxos e refluxos da cultura. “As tendências são emocionais; são uma resposta ao mundo ao nosso redor”, diz Joyner. “Após longos períodos de minimalismo, ansiamos por aconchego. Após o caos, queremos calma.” Muitos designers mencionam o impacto da COVID-19 nas tendências de design e o desejo crescente de tornar o lar um espaço pessoal, de conforto e estabilidade. Em última análise, as tendências são emocionais, uma qualidade que as torna profundamente humanas. Como diz Russ Goldman, designer principal e proprietário da More Wow: “As ideias que permanecem são aquelas ancoradas em algo real — reações ao mundo em que vivemos.”
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Estados Unidos.
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1. Inundação de cores
Apartamento em Goiânia projetado pelo arquiteto Marcos Lula
Divulgação Marcos Lula
Sem dúvida, a saturação de cores foi a tendência mais citada pelos designers — alguns adoram, outros já querem vê-la desaparecer, mas, de qualquer forma, todos concordam que ela se tornou o centro das atenções. A técnica consiste em cobrir um espaço inteiro com um único tom, criando um efeito ousado, monocromático e, muitas vezes, maximalista. Este ano, ela fez parte da transição dos neutros para tons profundos e ricos: “Estamos caminhando para ambientes saturados de cor e nos afastando do branco total”, diz Jade Joyner, cofundadora e designer principal da Metal + Petal. “O color blocking e a saturação de cores são especialmente fortes nos meses de inverno, trazendo profundidade e aconchego aos interiores”, acrescenta Danielle Chiprut, fundadora e designer principal da Danielle Rose Design Co.
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2. Paletas de cores melancólicas
Projetado por Christie Tyreus, da empresa Tyreus Architecture + Design, sediada em Sausalito
Christopher Stark
As paletas de cores sóbrias também estiveram em alta demanda este ano, algo que os designers associam ao apetite crescente pelo maximalismo. “Estamos vendo uma mudança em direção à cor”, afirma Marianne Jones, fundadora e designer principal da Marianne Jones Interior Design. “[Estamos] nos afastando dos off-whites e paredes neutras para o uso de cores saturadas, como berinjela, verdes e amarelos, apostando em cores vibrantes nas paredes.” Joyner concorda e acrescenta: “Bordô, verde-oliva, ocre e tabaco estão definindo esta era de confiança nas cores”. As cores ousadas e sua estética luxuosa vieram para ficar.
3. Luxo habitável
Projeto do escritório Quintino Facci Arquitetos
Mariana Boro
Neste ano, o luxo habitável esteve tão em voga quanto o nome sugere. “Os clientes desejam casas que pareçam atemporais, mas ainda pessoais… tecidos de alta performance que não pareçam de alta performance, materiais naturais que envelhecem com elegância e iluminação que seja ao mesmo tempo funcional e artística”, diz Diana Wagenbach, fundadora e designer principal da Studio W Interiors. “Eles querem praticidade, como armazenamento inteligente, aproveitamento eficiente do espaço e tecidos adequados para a familia, mas sem abrir mão da beleza”, concorda Danielle Chiprut.
De modo geral, o luxo habitável faz parte de uma mudança em direção ao desejo por longevidade. “Os clientes querem projetos que durem, não apenas esteticamente, mas em qualidade e acabamento”, afirma Lexie Saine, designer principal da Lexie Saine Design. “Por anos, vimos lindas casas vitorianas de São Francisco transformadas em estruturas ultramodernas, desprovidas de alma. Agora, há um retorno consciente ao respeito pelo caráter original, preservando o artesanato e integrando elementos modernos que criam um contraste harmonioso entre o antigo e o novo.”
4. Sustentabilidade com toques vintage
Projeto do escritório Pro.a Arquitetos
Gisele Rampazzo
A sustentabilidade sempre foi um pilar essencial para muitos designers, mas neste ano, em especial, houve um movimento em direção à compra de peças de segunda mão como prática central. “Há uma maior consciência em torno da sustentabilidade”, diz Jones. “A integração e seleção de peças vintage ou antigas reinterpretadas em um espaço, preservando a integridade do antigo revitalizado com novos tecidos ou acabamentos atualizados.” Como tendência de mobiliário e decoração, está em ascensão e, como solução sustentável, não dá sinais de enfraquecer. “Esperamos ver um aumento no uso de móveis reaproveitados e achados vintage em vez de peças produzidas em massa, promovendo uma abordagem atemporal ao design”, acrescenta Reanna Channer, fundadora e designer principal da Design to Elevate.
5. Madeira escura
A madeira escura está em alta de novo na decoração
Adrian Gaut/Reprodução AD PRO
“Madeiras mais escuras como nogueira, mogno e carvalho defumado ocuparam o centro das atenções em 2025”, diz Lauren Saab, fundadora e designer principal da Saab Studios. “Os designers estão se afastando do carvalho claro e optando por acabamentos mais ricos e arquitetônicos. Essas tonalidades mais profundas trazem peso e calor a um ambiente e combinam naturalmente com gesso texturizado e pedra em tons quentes.” A tendência da madeira escura é parte de um movimento mais amplo em direção a interiores acolhedores, outra tendência marcante deste ano.
6. Calor e conforto
Projeto assinado pelo Architects + CO
Fran Parente/Divulgação
“Estou vendo uma tendência crescente na busca por ambientes mais quentes”, diz Wagenbach. “Os móveis estão mais esculturais e táteis, com curvas, bordas suaves e detalhes artesanais.” Os designers concordam: os proprietários estão deixando de lado espaços frios e buscando interiores que pareçam vividos. “Tudo que traz conforto está em alta, como tons terrosos, madeira, antiguidades e tapetes”, diz Molly O’Neil, fundadora e diretora criativa do Molly O Interior Design Studio. Muitos designers têm abraçado esse retorno ao aconchego: “Depois de anos de um design limpo, moderno — e sem personalidade, na minha opinião —, adoramos o aconchego, a textura e a sensação orgânica que o estilo tradicional traz a um lar”, afirma Allison Handler, proprietária da Allison Handler Design.
7. Papel de parede em todo lugar
Cozinha assinada pela stylist Anna van Keppel
Dana Ozollapa
O papel de parede, antes visto como uma escolha ultrapassada na sala da sua tia-avó, voltou com tudo. “O papel de parede está bombando”, diz O’Neil. “Achávamos que era apenas uma fase, mas está ganhando força. As escolhas mais populares são estampas florais e qualquer coisa com textura, como o sisal.” E não é só o papel de parede: “As cortinas também estão de volta”, acrescenta Colleen Bennett, fundadora e designer principal da CBB Design Firm. “Cortinas, papel de parede, todos os acessórios estão de volta.”
8. Design lento
Projeto de Tito Ficarelli, do escritório Arkitito
Fran Parente/Divulgação
“Na era da moda rápida, as pessoas desejam ambientes mais pessoais e emocionalmente significativos, em vez de algo produzido em massa”, explica Kati Curtis, designer principal da Kati Curtis Design. O design lento adota uma abordagem mais intencional e sustentável para criar espaços, priorizando o artesanato e a longevidade em vez da velocidade. Essa mudança aparece claramente nos pedidos dos clientes: “Eles buscam objetos com alma — painéis bordados à mão do Japão, vidros de Murano, móveis sob medida de artesãos americanos”, diz Curtis. “A procedência importa mais do que nunca, mesmo com as tarifas alfandegárias!”
9. Design biofílico
Projeto do arquiteto Carlos Camacho
Fávaro Junior
Embora o design biofílico sempre tenha sido relevante, ele ganhou ainda mais destaque este ano. “Estamos vendo uma preferência por materiais naturais como o quartzito em vez do quartzo em bancadas”, diz Channer, “e um foco maior em áreas externas que se integrem perfeitamente aos interiores.” O design biofílico vai além do uso de materiais naturais e da introdução de plantas — até os detalhes da iluminação podem simular um ambiente mais natural. “Estamos usando sistemas de iluminação circadiana, como o Ketra da Lutron, para ajustar a qualidade da luz ao longo do dia, alinhando os interiores com os ritmos naturais”, explica Jessica Shaw, diretora de design da Turett Collaborative. “Os clientes querem que seus espaços apoiem sua saúde mental e suas rotinas diárias. Estamos sendo convidados a criar casas que proporcionem bem-estar” Simular a luz natural é uma das muitas formas pelas quais o design biofílico promove o bem-estar.
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Qual foi a maior tendência de design de interiores de 2025?
Sem dúvida, a cor — especialmente as cores mais ousadas e profundas — ficou em primeiro lugar na lista dos designers em 2025. “As pessoas querem cor e querem que suas casas contem uma história”, diz O’Neil. “As pessoas estão descobrindo o que os designers de interiores sempre souberam: o branco e os neutros podem facilmente se tornar estéreis e cair na categoria do entediante.” A saturação de cores teve seu grande momento neste ano, e a cor também apareceu em detalhes de forma mais sutil — um pequeno recanto no corredor decorado com tons de joia, um móvel estofado em uma tonalidade vibrante.
Algumas menções honrosas que também apareceram nas listas dos principais designers: estilo Japandi, piso de parquet, uso abundante de materiais, madeira escura, travertino, tecido bouclé e móveis com silhuetas curvas.
Quais tendências de design de interiores duraram mais tempo?
Algumas tendências vieram para ficar. Entre elas, o estilo tradicional sempre prevalecerá, diz Bennett: “É atemporal, nunca sai de moda. E você sempre pode misturá-lo. Essa é a beleza dele.” Independentemente do estilo, os designers também concordam que os materiais naturais têm uma qualidade atemporal. “Os materiais naturais têm o histórico mais duradouro no design porque envelhecem de forma que agrega valor. Madeira maciça, pedra e bronze desenvolvem uma pátina que transmite qualidade, não desgaste”, diz Saab. “Não se trata apenas de aparência, mas de integridade”, acrescenta Joyner, explicando por que os materiais naturais persistem. “Um bom design envelhece bem porque é bem feito.” E há coisas que simplesmente nunca sairão de moda no design de interiores: “As plantas nunca morrem, pelo menos como tendência”, diz Alexis Readinger, fundadora da Preen Inc.
Como as tendências de design de interiores se desenvolvem?
As tendências surgem de todas as partes do mundo, em escalas micro e macro. “À medida que nossa economia e a consciência social mudam, testemunhamos uma transformação no design de interiores”, explica Jones. “Acho que estamos vivenciando um refinamento no design, algo mais editado e intencional.”
As redes sociais também não podem ser ignoradas. Embora muitos se cansem das tendências que se espalham rapidamente e desaparecem com a mesma velocidade, sua influência é inegável. “As tendências podem surgir nas redes sociais e, às vezes, até ameaçar recursos naturais, como o caso da ampla popularização das suculentas na mídia de Los Angeles em 2015”, explica Readinger. “Elas se tornaram tão populares que encostas inteiras foram desmatadas e as plantas vendidas para o exterior.”
De forma geral, as tendências e estilos de design de interiores estão enraizados em sensações — o sentimento do momento atual, o clima sociopolítico, os fluxos e refluxos da cultura. “As tendências são emocionais; são uma resposta ao mundo ao nosso redor”, diz Joyner. “Após longos períodos de minimalismo, ansiamos por aconchego. Após o caos, queremos calma.” Muitos designers mencionam o impacto da COVID-19 nas tendências de design e o desejo crescente de tornar o lar um espaço pessoal, de conforto e estabilidade. Em última análise, as tendências são emocionais, uma qualidade que as torna profundamente humanas. Como diz Russ Goldman, designer principal e proprietário da More Wow: “As ideias que permanecem são aquelas ancoradas em algo real — reações ao mundo em que vivemos.”
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