Nesta segunda-feira (3), o Prix Versailles anunciou os sete projetos incluídos na lista das Estações Mais Bonitas do Mundo de 2025. O secretário-geral do prêmio, Jérôme Gouadain, destacou que essas construções revitalizam o papel da mobilidade na sociedade contemporânea, funcionando como “pulmões” que trazem nova vida às cidades. “O comprometimento, bem como a habilidade técnica e estética exigidas por essas construções, representam a mais alta homenagem à comunidade da construção civil”, completou.
No dia 4 de dezembro, na sede da UNESCO, três dessas estações receberão títulos mundiais adicionais nas categorias Prix Versailles, Interior ou Exterior. Recém-inauguradas, cada uma delas alia inovação arquitetônica, beleza e sustentabilidade. A seguir, veja as estações mais bonitas do mundo de 2025, segundo o Prix Versailles:
1) Estação Gadigal, em Sydney (Austrália)
Estação Gadigal, em Sydney (Austrália)
© Aaron Hargreaves
Gadigal, nome do povo aborígene que originalmente habitava a região de Sydney, dá título à estação que simboliza as ambições da cidade e abriga o primeiro metrô da Austrália. Projetada pelos escritórios Foster + Partners e Cox Architecture, a estação, situada a 25 metros abaixo dos arranha-céus, representa o auge da modernidade. Em cada entrada, a obra monumental The Underneath, feita de azulejos cerâmicos em tons intensos, evoca os túneis ferroviários antigos e traduz o movimento dos passageiros em espaços fluidos que refletem a geologia local. Voltada para o futuro, a Estação Gadigal humaniza o transporte público e incentiva a adoção de uma mobilidade mais ecológica.
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2) Estação Mons, em Mons (Bélgica)
Estação Mons, em Mons (Bélgica)
© Santiago Calatrava LLC
A Estação Mons é o eixo central de um projeto de reurbanização de Mons, na Bélgica, que transformou antigas vias em praças para pedestres, conectando o centro da cidade diretamente à estação, sem necessidade de atravessar ruas. Projetada por Santiago Calatrava, a estrutura combina aço e um branco luminoso em um design leve e fluido, criando uma passarela de 165 metros que une o centro histórico ao bairro moderno de Grands Prés. Com sua galeria monumental coberta por uma ampla cúpula suspensa — inspirada na Galerie de la Reine, em Bruxelas —, o espaço simboliza a vitalidade cultural e comercial da cidade. Totalmente isolada e climatizada, a estação garante conforto térmico o ano todo, com iluminação natural e ventilação eficiente.
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3) Estação Baiyun, em Cantão (China)
Estação Baiyun, em Cantão (China)
© Yang Min
A Estação Baiyun, projetada pelo escritório Nikken Sekkei em Cantão, na China, impressiona por transformar um complexo subterrâneo que abriga 24 linhas de trem de alta velocidade, seis de metrô e três terminais de ônibus em um espaço luminoso e fluido. Onde antes havia apenas vazio, surgem agora lojas e escritórios em uma estrutura leve que se tornou o novo marco do distrito comercial de Baiyun. Uma passarela circular de vários andares conecta as plataformas aos edifícios ao redor, entrelaçada por jardins suspensos que formam um parque urbano tridimensional e integrado. Inspirada nas arcadas tradicionais de Guangzhou, a estação combina monumentalidade e escala humana, inundada por luz natural e marcada por uma identidade arquitetônica única.
4) Estação Saint-Denis – Pleyel, em Saint-Denis (França)
Estação Saint-Denis – Pleyel, em Saint-Denis (França)
© Kengo Kuma & Associates/Éric Garault/Société des grands projets
Localizada na junção de três municípios, a Estação Saint-Denis – Pleyel, do Grand Paris Express, projetada pelo escritório Kengo Kuma & Associates, nasceu em uma área marcada pela divisão urbana. O desafio foi criar coesão entre bairros separados, resultando em uma estrutura de 35 metros de altura, com luz natural que alcança as plataformas a 28 metros de profundidade. Diferente das estações tradicionais de aço e concreto, o átrio é revestido inteiramente em madeira, material descrito pelo arquiteto como “mágico”, por gerar calor e acolhimento. Para reforçar a conexão com o tempo, mais de 100 esculturas inspiradas em representações paleolíticas de mulheres serão instaladas ao longo do átrio, inserindo o projeto em uma narrativa que atravessa milênios.
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5) Estação Villejuif – Gustave Roussy, em Villejuif (França)
Estação Villejuif – Gustave Roussy, em Villejuif (França)
© Dominique Perrault Architecture/Michel Denancé/Société des grands projets
O arquiteto Dominique Perrault transforma o metal — em versões polidas, perfuradas ou acetinadas — em protagonista da Estação Villejuif – Gustave Roussy, revestida de aço inoxidável e tons que vão do cinza ao bronze. No centro de uma ampla esplanada, um pavilhão aberto com cobertura de vidro cria uma transição fluida entre interior e exterior, cobrindo um cilindro de 70 metros de diâmetro que conduz luz e ar até as plataformas, 50 metros abaixo do solo, por meio de reflexos e transparências. Um dos projetos ferroviários mais profundos da França, ele exemplifica o conceito de Perrault de “arquitetônica do vínculo”, que harmoniza o movimento vertical da estação com o fluxo horizontal da cidade. Em vez de fachadas monumentais, o vazio é tratado como elemento arquitetônico, organizado por longas escadas rolantes que orientam o percurso dos passageiros.
6) Estação KAFD, em Riad (Arábia Saudita)
Estação KAFD, em Riad (Arábia Saudita)
© Hufton + Crow
Em 2000, Riad, capital da Arábia Saudita, ainda não possuía transporte público. Hoje, a Estação KAFD, projetada pelo escritório Zaha Hadid Architects, é o centro de uma rede de 176 quilômetros de trilhos e 85 estações, o maior sistema automatizado do mundo. Localizada no distrito financeiro, a Estação KAFD conecta passado e futuro: sua fachada reproduz os padrões do vento no deserto, enquanto as formas ondulantes do edifício foram geradas por modelagens avançadas que analisam o fluxo de trens, veículos e pedestres. O resultado é uma estrutura fluida e futurista, inspirada em uma rosa do deserto estilizada, cujas curvas suavizam a verticalidade das torres ao redor.
7) Estação Qasr Al Hokm, em Riad (Arábia Saudita)
Estação Qasr Al Hokm, em Riad (Arábia Saudita)
© Royal Commission for Riyadh City
Projetada pelo escritório Snøhetta, a Estação Qasr Al Hokm foi concebida como uma grande praça urbana marcada por uma cobertura cônica invertida que simboliza uma nova fase no desenvolvimento de Riad. Funcionando como um periscópio, sua estrutura de vidro reflete a luz e o movimento das ruas, criando uma conexão visual entre a cidade e os níveis subterrâneos. Durante o dia, a luz natural penetra na estação; à noite, o brilho interno é projetado na superfície da cobertura. O interior, revestido em adobe, homenageia a arquitetura tradicional Najdi, enquanto um jardim exuberante surge no átrio subterrâneo, trazendo vida e frescor ao espaço.
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No dia 4 de dezembro, na sede da UNESCO, três dessas estações receberão títulos mundiais adicionais nas categorias Prix Versailles, Interior ou Exterior. Recém-inauguradas, cada uma delas alia inovação arquitetônica, beleza e sustentabilidade. A seguir, veja as estações mais bonitas do mundo de 2025, segundo o Prix Versailles:
1) Estação Gadigal, em Sydney (Austrália)
Estação Gadigal, em Sydney (Austrália)
© Aaron Hargreaves
Gadigal, nome do povo aborígene que originalmente habitava a região de Sydney, dá título à estação que simboliza as ambições da cidade e abriga o primeiro metrô da Austrália. Projetada pelos escritórios Foster + Partners e Cox Architecture, a estação, situada a 25 metros abaixo dos arranha-céus, representa o auge da modernidade. Em cada entrada, a obra monumental The Underneath, feita de azulejos cerâmicos em tons intensos, evoca os túneis ferroviários antigos e traduz o movimento dos passageiros em espaços fluidos que refletem a geologia local. Voltada para o futuro, a Estação Gadigal humaniza o transporte público e incentiva a adoção de uma mobilidade mais ecológica.
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2) Estação Mons, em Mons (Bélgica)
Estação Mons, em Mons (Bélgica)
© Santiago Calatrava LLC
A Estação Mons é o eixo central de um projeto de reurbanização de Mons, na Bélgica, que transformou antigas vias em praças para pedestres, conectando o centro da cidade diretamente à estação, sem necessidade de atravessar ruas. Projetada por Santiago Calatrava, a estrutura combina aço e um branco luminoso em um design leve e fluido, criando uma passarela de 165 metros que une o centro histórico ao bairro moderno de Grands Prés. Com sua galeria monumental coberta por uma ampla cúpula suspensa — inspirada na Galerie de la Reine, em Bruxelas —, o espaço simboliza a vitalidade cultural e comercial da cidade. Totalmente isolada e climatizada, a estação garante conforto térmico o ano todo, com iluminação natural e ventilação eficiente.
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3) Estação Baiyun, em Cantão (China)
Estação Baiyun, em Cantão (China)
© Yang Min
A Estação Baiyun, projetada pelo escritório Nikken Sekkei em Cantão, na China, impressiona por transformar um complexo subterrâneo que abriga 24 linhas de trem de alta velocidade, seis de metrô e três terminais de ônibus em um espaço luminoso e fluido. Onde antes havia apenas vazio, surgem agora lojas e escritórios em uma estrutura leve que se tornou o novo marco do distrito comercial de Baiyun. Uma passarela circular de vários andares conecta as plataformas aos edifícios ao redor, entrelaçada por jardins suspensos que formam um parque urbano tridimensional e integrado. Inspirada nas arcadas tradicionais de Guangzhou, a estação combina monumentalidade e escala humana, inundada por luz natural e marcada por uma identidade arquitetônica única.
4) Estação Saint-Denis – Pleyel, em Saint-Denis (França)
Estação Saint-Denis – Pleyel, em Saint-Denis (França)
© Kengo Kuma & Associates/Éric Garault/Société des grands projets
Localizada na junção de três municípios, a Estação Saint-Denis – Pleyel, do Grand Paris Express, projetada pelo escritório Kengo Kuma & Associates, nasceu em uma área marcada pela divisão urbana. O desafio foi criar coesão entre bairros separados, resultando em uma estrutura de 35 metros de altura, com luz natural que alcança as plataformas a 28 metros de profundidade. Diferente das estações tradicionais de aço e concreto, o átrio é revestido inteiramente em madeira, material descrito pelo arquiteto como “mágico”, por gerar calor e acolhimento. Para reforçar a conexão com o tempo, mais de 100 esculturas inspiradas em representações paleolíticas de mulheres serão instaladas ao longo do átrio, inserindo o projeto em uma narrativa que atravessa milênios.
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5) Estação Villejuif – Gustave Roussy, em Villejuif (França)
Estação Villejuif – Gustave Roussy, em Villejuif (França)
© Dominique Perrault Architecture/Michel Denancé/Société des grands projets
O arquiteto Dominique Perrault transforma o metal — em versões polidas, perfuradas ou acetinadas — em protagonista da Estação Villejuif – Gustave Roussy, revestida de aço inoxidável e tons que vão do cinza ao bronze. No centro de uma ampla esplanada, um pavilhão aberto com cobertura de vidro cria uma transição fluida entre interior e exterior, cobrindo um cilindro de 70 metros de diâmetro que conduz luz e ar até as plataformas, 50 metros abaixo do solo, por meio de reflexos e transparências. Um dos projetos ferroviários mais profundos da França, ele exemplifica o conceito de Perrault de “arquitetônica do vínculo”, que harmoniza o movimento vertical da estação com o fluxo horizontal da cidade. Em vez de fachadas monumentais, o vazio é tratado como elemento arquitetônico, organizado por longas escadas rolantes que orientam o percurso dos passageiros.
6) Estação KAFD, em Riad (Arábia Saudita)
Estação KAFD, em Riad (Arábia Saudita)
© Hufton + Crow
Em 2000, Riad, capital da Arábia Saudita, ainda não possuía transporte público. Hoje, a Estação KAFD, projetada pelo escritório Zaha Hadid Architects, é o centro de uma rede de 176 quilômetros de trilhos e 85 estações, o maior sistema automatizado do mundo. Localizada no distrito financeiro, a Estação KAFD conecta passado e futuro: sua fachada reproduz os padrões do vento no deserto, enquanto as formas ondulantes do edifício foram geradas por modelagens avançadas que analisam o fluxo de trens, veículos e pedestres. O resultado é uma estrutura fluida e futurista, inspirada em uma rosa do deserto estilizada, cujas curvas suavizam a verticalidade das torres ao redor.
7) Estação Qasr Al Hokm, em Riad (Arábia Saudita)
Estação Qasr Al Hokm, em Riad (Arábia Saudita)
© Royal Commission for Riyadh City
Projetada pelo escritório Snøhetta, a Estação Qasr Al Hokm foi concebida como uma grande praça urbana marcada por uma cobertura cônica invertida que simboliza uma nova fase no desenvolvimento de Riad. Funcionando como um periscópio, sua estrutura de vidro reflete a luz e o movimento das ruas, criando uma conexão visual entre a cidade e os níveis subterrâneos. Durante o dia, a luz natural penetra na estação; à noite, o brilho interno é projetado na superfície da cobertura. O interior, revestido em adobe, homenageia a arquitetura tradicional Najdi, enquanto um jardim exuberante surge no átrio subterrâneo, trazendo vida e frescor ao espaço.
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