Frequentemente alocada no topo das árvores de Natal, a estrela é um dos grandes símbolos da celebração, também presente em enfeites, embrulhos de presente, guirlandas, arranjos, mesas postas e pisca-piscas.
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O símbolo faz referência à Estrela de Belém. Segundo a tradição cristã, ela foi responsável por guiar os três magos até o local de nascimento de Jesus Cristo, e representa a luz divina que orienta a humanidade. A passagem está presente no Evangelho de Mateus, e a estrela recebe este nome por conduzir os magos ao vilarejo de Belém.
“Para compreendermos o significado da estrela do Natal, é muito importante voltar à tradição judaica, especialmente dos profetas. Quando o profeta Isaías, no capítulo 9, diz: ‘O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. E uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso'”, destaca Antônio Boeing, assessor Religioso da Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência.
A Estrela de Belém conduziu os três magos até o local de nascimento de Jesus
Freepik/Creative Commons
Segundo a Bíblia, no momento em que Jesus Cristo nasceu, essa estrela surgiu no céu e anunciou a sua chegada à terra. Ao seu encontro, os reis magos Baltazar, Gaspar e Belchior levaram ouro, incenso e mirra, o que também influenciou no costume de dar presentes no Natal. O incenso representa a fé e o ouro a riqueza. A mirra, por sua vez, tinha como objetivo limpar o recém-nascido, graças às propriedades antissépticas.
Como as diferentes culturas interpretam a estrela de Natal?
“Desde os mesopotâmicos, egípcios, chineses e maias, a observação do espaço era o registro do sagrado, dando sinais e indicando caminhos. O Natal cristão é símbolo da renovação, do mensageiro de Deus que traz as boas-novas. Observar os astros e os fenômenos da natureza é, no panteísmo, ou mesmo no Deus de Spinoza, o encontro com a Força Maior. No Islã, a estrela do Natal é o arcanjo Gabriel que traz a notícia de que Mohammed tem de produzir o Alcorão”, informa o professor Wesley Santana, do Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT), na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).
A Estrela de Belém simboliza esperança, renovação, amor e direção para a humanidade
Freepik/wirestock/Creative Commons
“As estrelas e os astros são muito significativos, mas nem sempre têm relação com o próprio Natal. Se a gente pega as culturas Inca, Maia, Asteca, eles seguiam muito a iluminação dos astros, das estrelas. A própria tradição africana vê as estrelas como a representação de seus ancestrais, aqueles que já cumpriram sua missão. Alguns povos indígenas também têm isso, entendendo que a estrela representa aqueles que antecederam, seus antepassados”, completa Antônio.
Quais são os simbolismos da Estrela de Natal?
Além da relevância religiosa, a estrela também simboliza direção e esperança. Atuando como a ponte entre Deus e os homens, outro simbolismo está relacionado à cura para o sofrimento e as dores da humanidade, representando a renovação, o amor, a força e a oportunidade de mudança e transformação na vida das pessoas.
A estrela de Natal costuma ser posicionada no topo da árvore
Freepik/Creative Commons
“As estrelas e a luz são representações do sagrado em todas as religiões da história da humanidade. A observação do espaço nos trouxe a capacidade de sonhar e desejar além do mundo em que vivemos. Por isso, esse símbolo está contemplado na própria existência humana, na ideia de que mesmo sofrendo na Terra há esperança nas alturas, no Olimpo, nos céus, para além deste mundo”, completa o professor.
Associações populares à Estrela de Belém
O primeiro argumento científico acerca da Estrela de Belém foi feito pelo sacerdote francês Albert Lagrange (1855-1938), associando o fenômeno ao cometa Halley. Contudo, estudos posteriores demostram que o cometa teria estado próximo à Terra por volta do ano 12 a.C., muito antes do suposto período em que Jesus teria nascido (entre 7 a.C. e 2 a.C.).
O teólogo cristão Orígenes também sugeriu que o fenômeno fosse um cometa. Contudo, na época, os cometas eram considerados símbolos de mau presságio.
Dentre as principais teorias sobre a Estrela de Belém está a explosão de uma supernova e a conjunção entre os planetas
Pixabay/congerdesign/Creative Commons
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Uma das teorias mais famosas foi proposta pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), na qual os magos viram a explosão de uma supernova. No entanto, não há registros do evento. Kepler também propôs que a estrela teria sido consequência de um fenômeno de conjunção entre os planetas Júpiter e Vênus e a estrela Régulo, causando um efeito luminoso intenso.
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O símbolo faz referência à Estrela de Belém. Segundo a tradição cristã, ela foi responsável por guiar os três magos até o local de nascimento de Jesus Cristo, e representa a luz divina que orienta a humanidade. A passagem está presente no Evangelho de Mateus, e a estrela recebe este nome por conduzir os magos ao vilarejo de Belém.
“Para compreendermos o significado da estrela do Natal, é muito importante voltar à tradição judaica, especialmente dos profetas. Quando o profeta Isaías, no capítulo 9, diz: ‘O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. E uma luz brilhou para os que habitavam um país tenebroso'”, destaca Antônio Boeing, assessor Religioso da Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência.
A Estrela de Belém conduziu os três magos até o local de nascimento de Jesus
Freepik/Creative Commons
Segundo a Bíblia, no momento em que Jesus Cristo nasceu, essa estrela surgiu no céu e anunciou a sua chegada à terra. Ao seu encontro, os reis magos Baltazar, Gaspar e Belchior levaram ouro, incenso e mirra, o que também influenciou no costume de dar presentes no Natal. O incenso representa a fé e o ouro a riqueza. A mirra, por sua vez, tinha como objetivo limpar o recém-nascido, graças às propriedades antissépticas.
Como as diferentes culturas interpretam a estrela de Natal?
“Desde os mesopotâmicos, egípcios, chineses e maias, a observação do espaço era o registro do sagrado, dando sinais e indicando caminhos. O Natal cristão é símbolo da renovação, do mensageiro de Deus que traz as boas-novas. Observar os astros e os fenômenos da natureza é, no panteísmo, ou mesmo no Deus de Spinoza, o encontro com a Força Maior. No Islã, a estrela do Natal é o arcanjo Gabriel que traz a notícia de que Mohammed tem de produzir o Alcorão”, informa o professor Wesley Santana, do Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT), na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).
A Estrela de Belém simboliza esperança, renovação, amor e direção para a humanidade
Freepik/wirestock/Creative Commons
“As estrelas e os astros são muito significativos, mas nem sempre têm relação com o próprio Natal. Se a gente pega as culturas Inca, Maia, Asteca, eles seguiam muito a iluminação dos astros, das estrelas. A própria tradição africana vê as estrelas como a representação de seus ancestrais, aqueles que já cumpriram sua missão. Alguns povos indígenas também têm isso, entendendo que a estrela representa aqueles que antecederam, seus antepassados”, completa Antônio.
Quais são os simbolismos da Estrela de Natal?
Além da relevância religiosa, a estrela também simboliza direção e esperança. Atuando como a ponte entre Deus e os homens, outro simbolismo está relacionado à cura para o sofrimento e as dores da humanidade, representando a renovação, o amor, a força e a oportunidade de mudança e transformação na vida das pessoas.
A estrela de Natal costuma ser posicionada no topo da árvore
Freepik/Creative Commons
“As estrelas e a luz são representações do sagrado em todas as religiões da história da humanidade. A observação do espaço nos trouxe a capacidade de sonhar e desejar além do mundo em que vivemos. Por isso, esse símbolo está contemplado na própria existência humana, na ideia de que mesmo sofrendo na Terra há esperança nas alturas, no Olimpo, nos céus, para além deste mundo”, completa o professor.
Associações populares à Estrela de Belém
O primeiro argumento científico acerca da Estrela de Belém foi feito pelo sacerdote francês Albert Lagrange (1855-1938), associando o fenômeno ao cometa Halley. Contudo, estudos posteriores demostram que o cometa teria estado próximo à Terra por volta do ano 12 a.C., muito antes do suposto período em que Jesus teria nascido (entre 7 a.C. e 2 a.C.).
O teólogo cristão Orígenes também sugeriu que o fenômeno fosse um cometa. Contudo, na época, os cometas eram considerados símbolos de mau presságio.
Dentre as principais teorias sobre a Estrela de Belém está a explosão de uma supernova e a conjunção entre os planetas
Pixabay/congerdesign/Creative Commons
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Uma das teorias mais famosas foi proposta pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630), na qual os magos viram a explosão de uma supernova. No entanto, não há registros do evento. Kepler também propôs que a estrela teria sido consequência de um fenômeno de conjunção entre os planetas Júpiter e Vênus e a estrela Régulo, causando um efeito luminoso intenso.



