Cores vibrantes e peças de família marcam casa de Juliana Ferraz em Itu

Itu, no interior de São Paulo, tornou-se o cenário ideal para a empresária e empreendedora Ju Ferraz unir afetividade, memória e identidade. Em parceria com a arquiteta Kika Mattos (@kikamattos.arquitetura), ela transformou a casa de 600 m², localizada em condomínio fechado, em um refúgio cheio de calor humano, cores vibrantes e histórias que atravessam gerações.
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Foi a terceira colaboração entre as duas, ambas nordestinas – Ju, baiana de Salvador, e Kika, sergipana de Aracaju –, o que imprime no projeto um elo cultural marcado pela luz, pela natureza e pela energia solar que tanto as definem. “Partimos do princípio de que nós duas somos mulheres nordestinas. Esse é o começo de tudo”, resume Ju, que define a casa como seu porto seguro.
COZINHA | A arquiteta tirou partido do lambri existente e fez listras abaixo para dar charme ao ambiente. Acima, pratos de fibra natural comprados em viagem para a África se misturam a outros da Biasá Home, que também forneceu as cadeiras
André Klotz/Divulgação
A reforma preservou a estrutura original do imóvel, concentrando-se em intervenções de pintura, novos mobiliários e elementos de decoração. A paleta de cores foi decisiva para refletir a personalidade da moradora, que vive com o marido, dois filhos e a mãe.
LIVING | A pintura verde do forro de madeira reforça a ideia de natureza dentro de casa. Na parede existente, que camufla a porta do lavabo, tapeçaria feita por mulheres africanas, adquirida em viagem ao continente. Mesa de centro de segunda mão, da Breton, comprada de uma amiga da moradora
André Klotz/Divulgação
Tons quentes predominam nas áreas sociais, além do destaque para o teto verde do living, pensado para trazer a ideia de natureza para dentro. Já nos dormitórios – três no andar superior e dois no térreo, para hóspedes –, a arquiteta optou por tons mais neutros, para criar ambientes de descanso.
QUARTO | O quarto da mãe da moradora tem tijolos garimpados em antiquário de Itu, instalados acima das camas
André Klotz/Divulgação
SUÍTE PRINCIPAL | O abajur é da avó de Ju Ferraz, repaginado por sua mãe
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Sou uma mulher que trabalha com eventos e viaja mundo afora. Toda vez que entro em minha casa, entendo que aquele é o melhor lugar para mim.”
SUÍTE PRINCIPAL | Os quartos ganharam tons mais neutros, visando o descanso e a desconexão, com roupa de cama da Branco.casa e lustres da Biasá Home. Na suíte principal, cortinas e tecido da poltrona são da Donatelli
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A memória familiar se revela em peças carregadas de afeto, como o móvel herdado da avó de Ju, que hoje funciona como um pequeno santuário na entrada da casa. “Era da sala principal de minha avó, onde aprendi português. É uma homenagem a ela”, relembra.
HALL | Móvel e quadro herdados da avó compõem uma espécie de santuário
André Klotz/Divulgação
HALL | Na parede lateral, santuários de madeira da Mula Preta
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O mesmo valor simbólico se estende à cadeira de balanço usada pela avó para costurar e ao ateliê de cerâmica mantido para sua mãe. Essa presença de três gerações femininas reforça a atmosfera de acolhimento e de força, um traço que Kika identifica como fundamental na história da amiga e cliente: “A Ju perdeu o pai muito cedo e foi criada por mulheres fortes”.
SALA | A cadeira de balanço usada pela avó de Ju Ferraz para costurar ganhou lugar de destaque ao lado da parede de recordações com fotos de momentos especiais da família. Sofá reformado com tecido da Jocal. Tapete de ratã da Biasá Home
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Em todos os meus projetos, analiso o que se pode reaproveitar. É um exercício de sustentabilidade.”
ATELIÊ | O ateliê de cerâmica da mãe de Ju Ferraz, com fotografias de Kiolo
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Outro ponto central é a sustentabilidade, refletida na escolha de mobiliário brasileiro e em peças reaproveitadas ou garimpadas. “O que adianta eu falar sobre sustentabilidade nas minhas palestras se dentro da minha casa eu não praticar isso? Essa coerência é fundamental”, afirma Ju.
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LAVABO | O móvel existente foi laqueado e ganhou papel de parede da Branco.casa
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O fotógrafo Kiolo – irmão da moradora –, também marca presença com suas imagens, a exemplo da composição acima do sofá da sala. “Mais do que uma casa bonita, ela precisava ser um refúgio para se recarregar do dia a dia agitado. Um lugar de aconchego, calor e energia”, conclui Kika.
DETALHES | Livro sobre orixás
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A Kika sempre valorizou minha personalidade e de onde eu vim. Para ela é um lugar confortável, porque carrega isso no seu trabalho.”
DETALHES | Quadros da Papel Assinado, de garimpos na Feira do Bixiga e tapeçaria de Kennedy Bahia
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DETALHES | Livro O segundo sexo, de Simone de Beauvoir
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