“O estranho é genial.” Com essa declaração de intenções começa Weird Buildings, um dos últimos lançamentos da Hoxton Mini Press. Essa pequena e dedicada editora do oeste de Londres continua: “A estranheza sempre exerceu uma fascinação peculiar. Como seres humanos, sentimos uma atração inata pelo excêntrico, pelo incomum, por aquilo que não se encaixa completamente. O estranho capta nossa atenção; desperta a curiosidade e permanece na imaginação muito depois de o ordinário ter desaparecido.”
“E em um mundo cada vez mais moldado pela automação e projetado para a velocidade, a simplicidade e a uniformidade — um mundo em que os algoritmos nos entregam apenas o que já gostamos e as cidades se tornam cada vez mais homogêneas — o estranho oferece fricção. Ele nos obriga a parar, a fazer perguntas e a ver as coisas sob outra perspectiva. É uma fenda na superfície que nos lembra que a diferença não é apenas valiosa, mas vital para a experiência humana.”
16 edifícios esquisitos e fascinantes pelo mundo
frantic/Alamy
O discurso é totalmente pertinente em tempos em que a homogeneidade arquitetônica é mais questionada do que nunca, e em que há até vozes que rejeitam a modernidade e clamam por um retorno à beleza única “dos prédios de antigamente”. É um movimento que também se manifesta no campo da decoração, quando parece que nos cansamos do minimalismo e começamos a valorizar cada vez mais os espaços que contam uma história sobre quem vive neles. O maximalismo vem ganhando destaque no discurso estético — e quanto mais extravagante, melhor.
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Nesse contexto, o volume celebra a estranheza, mesmo quando sua aparência se traduz no que parece ser uma piada arquitetônica. E alguns edifícios, de fato, já foram isso (basta pensar nos marcos de beira de estrada, criados para fazer o motorista parar e comprar o que quer que anunciem com sua forma peculiar). Mas há casos em que os editores de Weird Buildings percebem que o resultado vai além.
16 edifícios esquisitos e fascinantes pelo mundo
Coco Dávez
“Há construções que não buscam simplesmente se destacar, mas nos convidam a reimaginar o que os edifícios podem ser. Algumas questionam como habitamos os espaços e como o espaço, por sua vez, molda nossas vidas. Outras nos convidam a reconsiderar nossa relação com o ambiente construído, perguntando: e se um museu não fosse simplesmente uma caixa branca? Por que um palácio não poderia parecer um conjunto de bolhas cor-de-rosa? E se uma biblioteca fosse projetada para incentivar a interação e o intercâmbio? E se a arquitetura pudesse ser ao mesmo tempo funcional e fantástica?”
O surgimento da inteligência artificial parece estar explorando esses caminhos. Nas mãos de artistas e arquitetos, mostra que o ser humano, quando dispõe das ferramentas para isso, busca habitar mundos oníricos. Mesmo quando planejamos nossas viagens, são as criações mais inverossímeis que marcam o mapa: aí está, para citar apenas um exemplo, a Sagrada Família — um edifício absolutamente único que continua atraindo milhões de pessoas todos os anos, graças às formas quiméricas imaginadas por Gaudí, que retorcem os limites do conhecido até dar origem a algo completamente novo.
“Esses edifícios foram concebidos por arquitetos dispostos a experimentar, se divertir e provocar. Rejeitam a tendência à uniformidade e à produção em massa e, em vez disso, valorizam a individualidade, a excentricidade e a imaginação. Eles nos lembram que a arquitetura não se trata apenas de abrigo ou utilidade; trata-se de expressão, emoção e prazer. Em uma época em que grande parte do nosso mundo parece padronizado e simplificado, os edifícios estranhos nos recordam a alegria da divergência. E talvez o mais importante: nos encorajam a encarar o cotidiano com curiosidade e com a disposição de viver de uma forma um pouco mais lúdica”, concluem a Hoxton Mini Press, antes de nos apresentar alguns dos edifícios mais extraordinariamente estranhos do mundo.
1) A Casa do Penhasco
A Casa do Penhasco, em Granada
Luminar Neo
A Casa do Penhasco está enterrada na montanha, escondida sob uma grande lâmina curva de concreto armado, revestida artesanalmente por centenas de escamas de zinco. Segundo o estúdio GilBartolomé, esse sistema se adequava melhor à orografia do terreno de Salobreña (Granada) e era mais econômico do que outros métodos mais padronizados.
“É muito comum pensar que é melhor e mais barato trabalhar com produtos e processos industrializados, mas nós preferimos apostar na qualidade e na excelência da mão de obra. O trabalho de profissionais de diferentes disciplinas — incluindo a construção naval e as artes cênicas — permite alcançar resultados únicos a um custo melhor”, explicaram sobre sua obra.
2) Casa do Penedo
A Casa do Penedo, em Portugal
Marc-Philipp Keller/Alamy
Encaixada entre quatro enormes rochedos — dos quais tira seu nome (“do penedo” significa “de pedra”) —, esta casa foi construída em 1974 por uma família local como refúgio rural. Atualmente, ela é utilizada apenas por seus proprietários durante as férias, mas recebe ao longo do ano um fluxo constante de visitantes curiosos que vão a Fafe (Portugal) para conhecê-la em visitas guiadas.
3) Drina River House
Drina River House, na Sérvia
HornyHamster/Shutterstock
“Como saída de um sonho, empoleirada sobre uma rocha íngreme, esta casa extraordinária foi originalmente construída por dois irmãos adolescentes como um refúgio contra as fortes correntezas do poderoso rio Drina, após nadarem. Desde então, foi reconstruída várias vezes pelos moradores e se tornou um símbolo duradouro de criatividade e comunidade”, lê-se no livro sobre esta construção erguida em 1968, na Sérvia.
Initial plugin text
4) Inntel Hotel
Inntel Hotel, nos Países Baixos
Pixelbiss/Alamy
Este hotel de 12 andares sobrepõe diferentes interpretações das casas tradicionais de madeira da região de Zaan, com estilos que vão desde a residência de um notário até as cabanas dos trabalhadores. A casa azul, aliás, foi inspirada em uma obra pintada por Claude Monet durante uma visita a Zaandam (Países Baixos), onde se encontra o hotel, construído em 2010 pelo WAM Architecten.
5) Arca de Konieczny
Arca de Konieczny, na Polônia
Olo Studio
Por que construir uma casa que parece um barco encalhado? A resposta tem menos a ver com o desejo de sonhar e mais com a necessidade de responder de maneira inovadora a um problema real: deslizamentos de terra são comuns nas montanhas polonesas onde fica a casa do arquiteto Robert Konieczny. Para proteger a residência, ela foi erguida sobre pilares, permitindo que a água e a lama passem por baixo e dando a impressão de que está flutuando.
6) Mirrorcube Treehotel
Mirrorcube Treehotel, na Suécia
Hufton+Crow/Alamy
Com certeza você já viu esta foto antes em alguma rede social, tentando entender o que está acontecendo nela. O que ocorre é simples, uma vez que você percebe que essa mágica caixa flutuante é, na verdade, um cubo de alumínio leve revestido de espelhos, refletindo assim a paisagem ao redor.
Ela fica em um pequeno hotel no extremo norte da Suécia, próximo ao Círculo Polar Ártico, que possui várias outras construções curiosas entre as árvores. O acesso a esta, em particular, é feito por uma ponte de cordas.
7) National Fisheries Development Board
National Fisheries Development Board, na Índia
UniversalImagesGroup
“Conhecido como ‘o edifício-peixe’, a sede da Junta de Pesca da Índia se eleva do solo para parecer que nada pelo cenário urbano. Com uma barbatana peitoral que funciona como marquise sobre a entrada e janelas em forma de olhos, é mais um exemplo de arquitetura mimética, na qual os edifícios são projetados para imitar a função ou o produto associado ao seu propósito.”
8) Taipei Performing Arts Centre
Taipei Performing Arts Centre, em Taiwan
Finbarr Fallon
“Três teatros independentes se conectam a um cubo central revestido de vidro em um projeto multifuncional concebido para refletir a expressão cultural dinâmica de Taiwan. Os palcos posteriores e os espaços de apoio técnico estão concentrados dentro do cubo prateado, enquanto a esfera gigante — que parece ter se chocado contra a fachada — abriga o Globe Playhouse.”
9) Tea Pot Dome
Tea Pot Dome, nos EUA
Mark Kiver/Alamy
O Tea Pot Dome, no estado americano de Washington, é um posto de gasolina construído em 1922. Mas sua aparência não busca apenas atrair motoristas: também enfatiza um escândalo político da época.
Naquele período, descobriu-se que o secretário do Interior, Albert B. Fall, cedeu, sem licitação, reservas federais de petróleo (como Teapot Dome, em Wyoming, e outras na Califórnia) para empresas privadas em troca de subornos e favores pessoais. O posto de gasolina, criado por um empresário local, era uma brincadeira humorística com aquela controvérsia nacional.
10) Balancing Barn
Balancing Barn, no Reino Unido
Edmund Sumner/Alamy
“Metade casa, metade ilusão óptica, esta estrutura em forma de gangorra se ergue de maneira espetacular sobre o campo. Inspirada nos antigos edifícios agrícolas que abundavam nesta região rural, as tradicionais tábuas de revestimento foram substituídas por telhas de aço refletivo. Os audaciosos arquitetos holandeses MVRDV projetaram o celeiro para incentivar as pessoas a reavaliar sua relação com a natureza e a interagir com a arquitetura moderna”, lê-se em Weird Buildings.
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11) The Basket Building
The Basket Building, nos EUA
Andre Jenny/Alamy
“Esta estrutura de sete andares, que foi a sede da Longaberger Company, foi projetada para se parecer com seu produto mais vendido: a cesta Medium Market Basket. Essa maravilhosa construção entrelaçada inclui janelas encaixadas entre as armações e alças de aço que se aquecem para evitar o congelamento. É um verdadeiro monumento ao branding.”
12) The Big Duck
The Big Duck, nos EUA
Randy Duchaine/Alamy
Este simpático edifício foi inspiração para a teoria da Casa Pato de Robert Venturi, um dos arquitetos mais críticos do final do século XX. O pós-modernista, conhecido por sua frase “Less is a bore” (que contrasta com o “Less is more” de Mies van der Rohe), tomou como paradigma esta loja em forma de pato, situada nos Estados Unidos, para exemplificar como um edifício pode expressar sua função por meio de sua forma simbólica (era, de fato, uma loja que vendia produtos de pato).
Esse tipo de construção, chamado por ele de “pato”, é aquele em que a forma é uma expressão direta de seu propósito. Venturi, que trabalhou lado a lado com sua esposa, a arquiteta Denise Scott Brown, os diferenciava dos “galpões decorados”, que utilizam decoração ou letreiros para comunicar sua função. Em conjunto, o casal defendia o retorno da ornamentação e do simbolismo na arquitetura, argumentando que esses elementos podem enriquecer o significado dos edifícios sem comprometer sua funcionalidade.
13) The Steel House
The Steel House, nos EUA
Jerry Cotten
O escultor e inventor Robert Bruno dedicou três décadas à construção desta casa futurista, sustentada por quatro grandes pilares e situada sobre o cânion Yellow House, no Texas (Estados Unidos). No entanto, ele faleceu antes de poder completá-la e incluir o aquário e a biblioteca que havia projetado para os pilares.
Com aparência de nave espacial enferrujada, sua forma orgânica é feita inteiramente de aço corten. Segundo relatos, Bruno disse: “Se o fácil realmente me importasse muito, certamente eu não estaria fazendo isto. Trata-se de valores espirituais.”
14) The Twist
The Twist, na Noruega
Patrik Bloudek
O museu de arte contemporânea The Twist, obra de Bjarke Ingels, transformou há alguns anos o rio Randselva em seu percurso por Jevnaker, na Noruega. Fez isso de duas maneiras: ampliando a oferta cultural do Parque de Esculturas Kistefos (o maior do norte da Europa) e conectando as duas margens da sinuosa paisagem graças à sua forma de ponte habitável.
“É o segundo passo sobre o leito do rio, uma extensão natural do parque, que transforma a experiência do visitante ao mesmo tempo em que dobra o espaço de exposição interno”, conta o estúdio BIG sobre seu primeiro projeto no país nórdico.
15) The Wave
The Wave, na Dinamarca
Finbarr Fallon
“As cinco torres deste complexo residencial ondulam ao longo do fiorde de Vejle, refletindo as colinas ao redor e as suaves ondas do fiorde. Recebeu vários prêmios por sua abordagem inovadora no design habitacional e é composto por 100 apartamentos distribuídos entre as cinco cristas, com o último andar de cada uma ocupado por um loft de pé-direito duplo”, explicam no livro sobre este projeto de Henning Larsen.
16) Under
Restaurante Under, na Noruega
Lillian Tveit/Alamy
Na costa de Sørlandet, no sul da Noruega, há um restaurante singular. Chama-se Under e é o primeiro local europeu onde é possível jantar debaixo d’água.
O edifício, projetado pelo Snøhetta, que também funciona como centro de pesquisa da vida marinha, presta homenagem à costa escandinava e à fauna selvagem da região. Sua forma monolítica, com 34 metros de comprimento, se projeta sobre a água, mergulhando como um periscópio até o leito marinho, cerca de cinco metros abaixo da linha de flutuação.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Espanha
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“E em um mundo cada vez mais moldado pela automação e projetado para a velocidade, a simplicidade e a uniformidade — um mundo em que os algoritmos nos entregam apenas o que já gostamos e as cidades se tornam cada vez mais homogêneas — o estranho oferece fricção. Ele nos obriga a parar, a fazer perguntas e a ver as coisas sob outra perspectiva. É uma fenda na superfície que nos lembra que a diferença não é apenas valiosa, mas vital para a experiência humana.”
16 edifícios esquisitos e fascinantes pelo mundo
frantic/Alamy
O discurso é totalmente pertinente em tempos em que a homogeneidade arquitetônica é mais questionada do que nunca, e em que há até vozes que rejeitam a modernidade e clamam por um retorno à beleza única “dos prédios de antigamente”. É um movimento que também se manifesta no campo da decoração, quando parece que nos cansamos do minimalismo e começamos a valorizar cada vez mais os espaços que contam uma história sobre quem vive neles. O maximalismo vem ganhando destaque no discurso estético — e quanto mais extravagante, melhor.
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Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Nesse contexto, o volume celebra a estranheza, mesmo quando sua aparência se traduz no que parece ser uma piada arquitetônica. E alguns edifícios, de fato, já foram isso (basta pensar nos marcos de beira de estrada, criados para fazer o motorista parar e comprar o que quer que anunciem com sua forma peculiar). Mas há casos em que os editores de Weird Buildings percebem que o resultado vai além.
16 edifícios esquisitos e fascinantes pelo mundo
Coco Dávez
“Há construções que não buscam simplesmente se destacar, mas nos convidam a reimaginar o que os edifícios podem ser. Algumas questionam como habitamos os espaços e como o espaço, por sua vez, molda nossas vidas. Outras nos convidam a reconsiderar nossa relação com o ambiente construído, perguntando: e se um museu não fosse simplesmente uma caixa branca? Por que um palácio não poderia parecer um conjunto de bolhas cor-de-rosa? E se uma biblioteca fosse projetada para incentivar a interação e o intercâmbio? E se a arquitetura pudesse ser ao mesmo tempo funcional e fantástica?”
O surgimento da inteligência artificial parece estar explorando esses caminhos. Nas mãos de artistas e arquitetos, mostra que o ser humano, quando dispõe das ferramentas para isso, busca habitar mundos oníricos. Mesmo quando planejamos nossas viagens, são as criações mais inverossímeis que marcam o mapa: aí está, para citar apenas um exemplo, a Sagrada Família — um edifício absolutamente único que continua atraindo milhões de pessoas todos os anos, graças às formas quiméricas imaginadas por Gaudí, que retorcem os limites do conhecido até dar origem a algo completamente novo.
“Esses edifícios foram concebidos por arquitetos dispostos a experimentar, se divertir e provocar. Rejeitam a tendência à uniformidade e à produção em massa e, em vez disso, valorizam a individualidade, a excentricidade e a imaginação. Eles nos lembram que a arquitetura não se trata apenas de abrigo ou utilidade; trata-se de expressão, emoção e prazer. Em uma época em que grande parte do nosso mundo parece padronizado e simplificado, os edifícios estranhos nos recordam a alegria da divergência. E talvez o mais importante: nos encorajam a encarar o cotidiano com curiosidade e com a disposição de viver de uma forma um pouco mais lúdica”, concluem a Hoxton Mini Press, antes de nos apresentar alguns dos edifícios mais extraordinariamente estranhos do mundo.
1) A Casa do Penhasco
A Casa do Penhasco, em Granada
Luminar Neo
A Casa do Penhasco está enterrada na montanha, escondida sob uma grande lâmina curva de concreto armado, revestida artesanalmente por centenas de escamas de zinco. Segundo o estúdio GilBartolomé, esse sistema se adequava melhor à orografia do terreno de Salobreña (Granada) e era mais econômico do que outros métodos mais padronizados.
“É muito comum pensar que é melhor e mais barato trabalhar com produtos e processos industrializados, mas nós preferimos apostar na qualidade e na excelência da mão de obra. O trabalho de profissionais de diferentes disciplinas — incluindo a construção naval e as artes cênicas — permite alcançar resultados únicos a um custo melhor”, explicaram sobre sua obra.
2) Casa do Penedo
A Casa do Penedo, em Portugal
Marc-Philipp Keller/Alamy
Encaixada entre quatro enormes rochedos — dos quais tira seu nome (“do penedo” significa “de pedra”) —, esta casa foi construída em 1974 por uma família local como refúgio rural. Atualmente, ela é utilizada apenas por seus proprietários durante as férias, mas recebe ao longo do ano um fluxo constante de visitantes curiosos que vão a Fafe (Portugal) para conhecê-la em visitas guiadas.
3) Drina River House
Drina River House, na Sérvia
HornyHamster/Shutterstock
“Como saída de um sonho, empoleirada sobre uma rocha íngreme, esta casa extraordinária foi originalmente construída por dois irmãos adolescentes como um refúgio contra as fortes correntezas do poderoso rio Drina, após nadarem. Desde então, foi reconstruída várias vezes pelos moradores e se tornou um símbolo duradouro de criatividade e comunidade”, lê-se no livro sobre esta construção erguida em 1968, na Sérvia.
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4) Inntel Hotel
Inntel Hotel, nos Países Baixos
Pixelbiss/Alamy
Este hotel de 12 andares sobrepõe diferentes interpretações das casas tradicionais de madeira da região de Zaan, com estilos que vão desde a residência de um notário até as cabanas dos trabalhadores. A casa azul, aliás, foi inspirada em uma obra pintada por Claude Monet durante uma visita a Zaandam (Países Baixos), onde se encontra o hotel, construído em 2010 pelo WAM Architecten.
5) Arca de Konieczny
Arca de Konieczny, na Polônia
Olo Studio
Por que construir uma casa que parece um barco encalhado? A resposta tem menos a ver com o desejo de sonhar e mais com a necessidade de responder de maneira inovadora a um problema real: deslizamentos de terra são comuns nas montanhas polonesas onde fica a casa do arquiteto Robert Konieczny. Para proteger a residência, ela foi erguida sobre pilares, permitindo que a água e a lama passem por baixo e dando a impressão de que está flutuando.
6) Mirrorcube Treehotel
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Hufton+Crow/Alamy
Com certeza você já viu esta foto antes em alguma rede social, tentando entender o que está acontecendo nela. O que ocorre é simples, uma vez que você percebe que essa mágica caixa flutuante é, na verdade, um cubo de alumínio leve revestido de espelhos, refletindo assim a paisagem ao redor.
Ela fica em um pequeno hotel no extremo norte da Suécia, próximo ao Círculo Polar Ártico, que possui várias outras construções curiosas entre as árvores. O acesso a esta, em particular, é feito por uma ponte de cordas.
7) National Fisheries Development Board
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UniversalImagesGroup
“Conhecido como ‘o edifício-peixe’, a sede da Junta de Pesca da Índia se eleva do solo para parecer que nada pelo cenário urbano. Com uma barbatana peitoral que funciona como marquise sobre a entrada e janelas em forma de olhos, é mais um exemplo de arquitetura mimética, na qual os edifícios são projetados para imitar a função ou o produto associado ao seu propósito.”
8) Taipei Performing Arts Centre
Taipei Performing Arts Centre, em Taiwan
Finbarr Fallon
“Três teatros independentes se conectam a um cubo central revestido de vidro em um projeto multifuncional concebido para refletir a expressão cultural dinâmica de Taiwan. Os palcos posteriores e os espaços de apoio técnico estão concentrados dentro do cubo prateado, enquanto a esfera gigante — que parece ter se chocado contra a fachada — abriga o Globe Playhouse.”
9) Tea Pot Dome
Tea Pot Dome, nos EUA
Mark Kiver/Alamy
O Tea Pot Dome, no estado americano de Washington, é um posto de gasolina construído em 1922. Mas sua aparência não busca apenas atrair motoristas: também enfatiza um escândalo político da época.
Naquele período, descobriu-se que o secretário do Interior, Albert B. Fall, cedeu, sem licitação, reservas federais de petróleo (como Teapot Dome, em Wyoming, e outras na Califórnia) para empresas privadas em troca de subornos e favores pessoais. O posto de gasolina, criado por um empresário local, era uma brincadeira humorística com aquela controvérsia nacional.
10) Balancing Barn
Balancing Barn, no Reino Unido
Edmund Sumner/Alamy
“Metade casa, metade ilusão óptica, esta estrutura em forma de gangorra se ergue de maneira espetacular sobre o campo. Inspirada nos antigos edifícios agrícolas que abundavam nesta região rural, as tradicionais tábuas de revestimento foram substituídas por telhas de aço refletivo. Os audaciosos arquitetos holandeses MVRDV projetaram o celeiro para incentivar as pessoas a reavaliar sua relação com a natureza e a interagir com a arquitetura moderna”, lê-se em Weird Buildings.
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11) The Basket Building
The Basket Building, nos EUA
Andre Jenny/Alamy
“Esta estrutura de sete andares, que foi a sede da Longaberger Company, foi projetada para se parecer com seu produto mais vendido: a cesta Medium Market Basket. Essa maravilhosa construção entrelaçada inclui janelas encaixadas entre as armações e alças de aço que se aquecem para evitar o congelamento. É um verdadeiro monumento ao branding.”
12) The Big Duck
The Big Duck, nos EUA
Randy Duchaine/Alamy
Este simpático edifício foi inspiração para a teoria da Casa Pato de Robert Venturi, um dos arquitetos mais críticos do final do século XX. O pós-modernista, conhecido por sua frase “Less is a bore” (que contrasta com o “Less is more” de Mies van der Rohe), tomou como paradigma esta loja em forma de pato, situada nos Estados Unidos, para exemplificar como um edifício pode expressar sua função por meio de sua forma simbólica (era, de fato, uma loja que vendia produtos de pato).
Esse tipo de construção, chamado por ele de “pato”, é aquele em que a forma é uma expressão direta de seu propósito. Venturi, que trabalhou lado a lado com sua esposa, a arquiteta Denise Scott Brown, os diferenciava dos “galpões decorados”, que utilizam decoração ou letreiros para comunicar sua função. Em conjunto, o casal defendia o retorno da ornamentação e do simbolismo na arquitetura, argumentando que esses elementos podem enriquecer o significado dos edifícios sem comprometer sua funcionalidade.
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Com aparência de nave espacial enferrujada, sua forma orgânica é feita inteiramente de aço corten. Segundo relatos, Bruno disse: “Se o fácil realmente me importasse muito, certamente eu não estaria fazendo isto. Trata-se de valores espirituais.”
14) The Twist
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O museu de arte contemporânea The Twist, obra de Bjarke Ingels, transformou há alguns anos o rio Randselva em seu percurso por Jevnaker, na Noruega. Fez isso de duas maneiras: ampliando a oferta cultural do Parque de Esculturas Kistefos (o maior do norte da Europa) e conectando as duas margens da sinuosa paisagem graças à sua forma de ponte habitável.
“É o segundo passo sobre o leito do rio, uma extensão natural do parque, que transforma a experiência do visitante ao mesmo tempo em que dobra o espaço de exposição interno”, conta o estúdio BIG sobre seu primeiro projeto no país nórdico.
15) The Wave
The Wave, na Dinamarca
Finbarr Fallon
“As cinco torres deste complexo residencial ondulam ao longo do fiorde de Vejle, refletindo as colinas ao redor e as suaves ondas do fiorde. Recebeu vários prêmios por sua abordagem inovadora no design habitacional e é composto por 100 apartamentos distribuídos entre as cinco cristas, com o último andar de cada uma ocupado por um loft de pé-direito duplo”, explicam no livro sobre este projeto de Henning Larsen.
16) Under
Restaurante Under, na Noruega
Lillian Tveit/Alamy
Na costa de Sørlandet, no sul da Noruega, há um restaurante singular. Chama-se Under e é o primeiro local europeu onde é possível jantar debaixo d’água.
O edifício, projetado pelo Snøhetta, que também funciona como centro de pesquisa da vida marinha, presta homenagem à costa escandinava e à fauna selvagem da região. Sua forma monolítica, com 34 metros de comprimento, se projeta sobre a água, mergulhando como um periscópio até o leito marinho, cerca de cinco metros abaixo da linha de flutuação.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest Espanha
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