O Salão do Móvel de Milão prepara uma estreia significativa para 2026. Chamada Salone Raritas, a nova mostra será dedicada exclusivamente ao design de edição limitada, às peças únicas e à alta manufatura contemporânea — segmentos que, embora sempre orbitassem a feira, agora passam a ocupar um território próprio e com curadoria específica.
Com curadoria de Annalisa Rosso, diretora editorial e consultora de eventos culturais do Salone, e projeto expositivo do estúdio Formafantasma, o Raritas nasce como uma ponte entre o universo das galerias e colecionadores e o mercado profissional do design — arquitetos, designers de interiores, incorporadores e profissionais da hospitalidade. O objetivo é criar um ambiente controlado, voltado à troca entre cultura e negócios, no qual peças autorais ganham visibilidade diante de um público global e comprador.
A proposta é clara: traduzir o crescente interesse por objetos de tiragem limitada, que vêm sendo incorporados em projetos de hospitalidade, residenciais e comerciais como elementos de diferenciação e valor simbólico. Segundo Maria Porro, presidente do Salão do Móvel de Milão, o Raritas surge de uma leitura atenta das transformações do mercado: “Há uma demanda crescente por obras e mobiliários que expressem identidade e visão. O Salone tem o papel de antecipar esse movimento e oferecer uma plataforma coerente com sua história.”
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Estruturado como uma grande “lanterna arquitetônica”, o Raritas terá uma configuração modular e permeável, assinada pelo estúdio Formafantasma
Formafantasma
O espaço concebido pelo Formafantasma reforça esse caráter híbrido. Estruturado como uma grande “lanterna arquitetônica”, o Raritas terá uma configuração modular e permeável, que permite às galerias manterem sua própria identidade dentro de uma narrativa comum. A materialidade do projeto, segundo o estúdio, busca oferecer ritmo e legibilidade sem se sobrepor às peças expostas.
Annalisa Rosso, curadora da primeira edição do Salone Raritas
Divulgação
Com a estreia marcada para abril de 2026, o novo pavilhão promete ampliar o alcance do design colecionável, tradicionalmente restrito a feiras especializadas e circuitos de arte, inserindo-o de forma definitiva na engrenagem do Salone — evento que recebe mais de 300 mil visitantes e 5 mil jornalistas de mais de 160 países.
Para o público latino-americano, a criação do Salone Raritas também pode representar uma oportunidade de inserção. Nos últimos anos, o Brasil tem fortalecido sua presença internacional com designers e estúdios que transitam entre o artesanal e o autoral, explorando materiais e processos locais. Ao criar um espaço que valoriza o design de alta complexidade técnica e narrativa, o Salone abre novas possibilidades de diálogo entre essas produções e o mercado global.
Mais do que um novo pavilhão, o Salone Raritas consolida um movimento já em curso: o do design como ativo cultural e estratégico, capaz de traduzir valores de identidade, raridade e permanência em um mundo guiado por velocidade e escala.
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Com curadoria de Annalisa Rosso, diretora editorial e consultora de eventos culturais do Salone, e projeto expositivo do estúdio Formafantasma, o Raritas nasce como uma ponte entre o universo das galerias e colecionadores e o mercado profissional do design — arquitetos, designers de interiores, incorporadores e profissionais da hospitalidade. O objetivo é criar um ambiente controlado, voltado à troca entre cultura e negócios, no qual peças autorais ganham visibilidade diante de um público global e comprador.
A proposta é clara: traduzir o crescente interesse por objetos de tiragem limitada, que vêm sendo incorporados em projetos de hospitalidade, residenciais e comerciais como elementos de diferenciação e valor simbólico. Segundo Maria Porro, presidente do Salão do Móvel de Milão, o Raritas surge de uma leitura atenta das transformações do mercado: “Há uma demanda crescente por obras e mobiliários que expressem identidade e visão. O Salone tem o papel de antecipar esse movimento e oferecer uma plataforma coerente com sua história.”
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Formafantasma
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Annalisa Rosso, curadora da primeira edição do Salone Raritas
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Com a estreia marcada para abril de 2026, o novo pavilhão promete ampliar o alcance do design colecionável, tradicionalmente restrito a feiras especializadas e circuitos de arte, inserindo-o de forma definitiva na engrenagem do Salone — evento que recebe mais de 300 mil visitantes e 5 mil jornalistas de mais de 160 países.
Para o público latino-americano, a criação do Salone Raritas também pode representar uma oportunidade de inserção. Nos últimos anos, o Brasil tem fortalecido sua presença internacional com designers e estúdios que transitam entre o artesanal e o autoral, explorando materiais e processos locais. Ao criar um espaço que valoriza o design de alta complexidade técnica e narrativa, o Salone abre novas possibilidades de diálogo entre essas produções e o mercado global.
Mais do que um novo pavilhão, o Salone Raritas consolida um movimento já em curso: o do design como ativo cultural e estratégico, capaz de traduzir valores de identidade, raridade e permanência em um mundo guiado por velocidade e escala.
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