Mudar de cidade significou, para um casal paulista recém-chegado a Brasília, DF, reinventar também o modo de morar. Eles buscavam um lar definitivo que respirasse luz, amplitude e afeto — um lugar onde cozinhar juntos, ver os filhos crescerem e receber amigos se tornasse parte da arquitetura. Foi desse desejo de reconexão que nasceu a reforma do apartamento de 254 m², repensado pelos arquitetos Pedro Grilo, Júlia Coutinho e Carolina Piana, do escritório CoDA Arquitetura (@coda.arq).
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O ponto de partida foi resgatar a varanda original, antes eliminada por um morador anterior. “A ideia era devolver ao apartamento o espaço externo que lhe pertencia e, com isso, criar um grande ambiente de convívio”, explica Pedro.
LIVING INTEGRADO | A grande sala tem dois ambientes, que se integram com a varanda e a cozinha. Repare que todo o piso ganhou pastilhas de cerâmicas, 2,5 x 2,5 cm, da Keramika, na mesma paleta, que unifica visualmente o cômodo
Joana França/Divulgação
A varanda foi ampliada e agora se abre completamente para a sala, que, por sua vez, integra-se à cozinha e ao cômodo de jantar, formando um espaço social contínuo, iluminado e ventilado.
SALA DE ESTAR | Ao lado da varanda, a estante desenhada pelo escritório foi inspirada na arquitetura modernista do prédio, com execução em concreto, prateleiras de vidro e cunhas de madeira. Poltronas Cora, de Bruno Faucz, na Arquivo Contemporâneo, loja que também forneceu a mesa de centro Brandina, de Quintino Facci e o tapete. Luminária de piso do acervo dos moradores. Adornos da Objeto Casa
Joana França/Divulgação
A inspiração veio do próprio edifício, um ícone da SQN 107 Norte, no Conjunto São Miguel. A grande estante em concreto, criada especialmente para o projeto, traduz esse diálogo. Com prateleiras de vidro e cunhas de madeira, ela ecoa os elementos pré-moldados da fachada. “Buscamos reinterpretar referências modernistas sem perder a leveza e o afeto que os moradores desejavam”, comenta Júlia.
VARANDA | Eliminada pelo antigo morador, a varanda foi resgatada e ampliada para se somar à área social. Mesa e cadeiras verdes da Tok&Stok. A mesa lateral/banco Kabuto, de alumínio prata, do Estúdio Mutum, na loja Acervo Mobília, abriga livros e planta
Joana França/Divulgação
O piso de pastilhas cerâmicas verdes percorre toda a área social e funciona como fio condutor entre os ambientes. Na sala, a estante abriga objetos, livros e instrumentos musicais da moradora, reforçando a vocação acolhedora do recinto.
SALAS DE ESTAR | Banhadas por luz natural, as salas se dividem em dois ambientes com sofá e plantas, enquanto o banco Casulo, em madeira, delimita a área da cozinha
Joana França/Divulgação
A cozinha, antes compartimentada e pouco iluminada, foi completamente redesenhada. Uma bancada linear de Corian se junta aos armários baixos, enquanto a marcenaria no tom de verde, com intervenção artística de Onio (Adriano Cinelli), estende-se e costura visualmente a passagem entre sala e lavabo.
COZINHA | O grande bloco de marcenaria verde, executada por Antunes Armários, com intervenção artística de ONIO (Adriano Cinelli) é o destaque do espaço e se desdobra para a área de estar. Mesa de jantar Mantik, da Attom Design, com cadeiras Olga, de Henrique Schreiber, na Arquivo Contemporâneo. Luminária pendente LBB01, de Lina Bo Bardi, na Lumini
Joana França/Divulgação
No centro do cômodo, a grande mesa de jantar amplia a convivência cotidiana — um pedido do casal, que valoriza cozinhar em família.
COZINHA | Abaixo dos janelões, que enchem o espaço de luz natural, bancada linear de Corian e armários baixos da Kitchens. À esquerda, a estante, que segue da sala, foi feita nos mesmos moldes — com concreto, prateleiras de vidro e cunhas de madeira —, integrando ainda mais os ambientes. Centro de mesa e objetos decorativos da Objeto Casa
Joana França/Divulgação
A área íntima traz piso de madeira de demolição para reforçar o conforto. A suíte principal ganhou closet após a redistribuição do corredor central, enquanto o escritório — também usado como sala de projeção — tornou-se mais amplo e versátil.
SUÍTE DO CASAL | Aconchego é a palavra-chave para o ambiente, com cabeceira ripada em lâmina natural cumaru, realizada por Antunes Armários, e piso de madeira de demolição de peroba-rosa, com instalação e tratamento de WE Carpintaria. Mesa de cabeceira Loft 40, de FJ Pronto pra Levar!. Sobre ela, luminária do acervo dos moradores, assim como o banco que abriga planta. Mesinha lateral preta de alumínio, da Acervo Mobília
Joana França/Divulgação
O quarto infantil tira proveito do pé-direito generoso com um beliche estreito e elevado, liberando o piso para brincadeiras e garantindo mais espaço de diversão para os filhos do casal.
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Aliás, o piso de todos os dormitórios foi executado com madeira de demolição, reaproveitando o material existente antes descartado e propondo novo uso, como princípio da sustentabilidade.
QUARTO INFANTIL | O beliche com estrutura de metalon na cor azul, com execução de Francisco Dias, deixa o ambiente espaçoso para as brincadeiras. Já a parte de marcenaria da bicama foi realizada com MDF branco por Antunes Armários. Arandelas Micro Bauhaus, da Lumini. Tapete kilim do acervo dos moradores
Joana França/Divulgação
Nos banheiros, pastilhas cerâmicas mantêm a identidade do apê. Já o projeto luminotécnico aposta em soluções flexíveis, com poucos pontos fixos e peças soltas. Entre elas, o pendente LBB01, de Lina Bo Bardi, sobre a mesa de jantar. “A luz precisava ser gentil e permitir diferentes usos ao longo do dia”, comenta Pedro.
BANHEIRO DO CASAL | O ambiente foi todo revestido com pastilhas brancas, 5 x 2,5 cm, da Keramika. Bancada e nicho de mármore dolomítico Monet, da Marmoraria Sahara. Armário de MDF branco e puxadores de lâmina natural cumaru, com execução da Antunes Armários. Vaso de madeira da Objeto Casa
Joana França/Divulgação
Dos materiais escolhidos — concreto aparente, madeira e pastilhas — nasceu uma atmosfera contemporânea e afetiva, que mescla referências de Brasília e São Paulo. E o painel com fundo verde, tonalidade eleita pelos moradores, unifica tudo. “Essa paleta constrói uma memória sensorial do lar. É a cor que guia a experiência do morar”, diz Júlia.
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O ponto de partida foi resgatar a varanda original, antes eliminada por um morador anterior. “A ideia era devolver ao apartamento o espaço externo que lhe pertencia e, com isso, criar um grande ambiente de convívio”, explica Pedro.
LIVING INTEGRADO | A grande sala tem dois ambientes, que se integram com a varanda e a cozinha. Repare que todo o piso ganhou pastilhas de cerâmicas, 2,5 x 2,5 cm, da Keramika, na mesma paleta, que unifica visualmente o cômodo
Joana França/Divulgação
A varanda foi ampliada e agora se abre completamente para a sala, que, por sua vez, integra-se à cozinha e ao cômodo de jantar, formando um espaço social contínuo, iluminado e ventilado.
SALA DE ESTAR | Ao lado da varanda, a estante desenhada pelo escritório foi inspirada na arquitetura modernista do prédio, com execução em concreto, prateleiras de vidro e cunhas de madeira. Poltronas Cora, de Bruno Faucz, na Arquivo Contemporâneo, loja que também forneceu a mesa de centro Brandina, de Quintino Facci e o tapete. Luminária de piso do acervo dos moradores. Adornos da Objeto Casa
Joana França/Divulgação
A inspiração veio do próprio edifício, um ícone da SQN 107 Norte, no Conjunto São Miguel. A grande estante em concreto, criada especialmente para o projeto, traduz esse diálogo. Com prateleiras de vidro e cunhas de madeira, ela ecoa os elementos pré-moldados da fachada. “Buscamos reinterpretar referências modernistas sem perder a leveza e o afeto que os moradores desejavam”, comenta Júlia.
VARANDA | Eliminada pelo antigo morador, a varanda foi resgatada e ampliada para se somar à área social. Mesa e cadeiras verdes da Tok&Stok. A mesa lateral/banco Kabuto, de alumínio prata, do Estúdio Mutum, na loja Acervo Mobília, abriga livros e planta
Joana França/Divulgação
O piso de pastilhas cerâmicas verdes percorre toda a área social e funciona como fio condutor entre os ambientes. Na sala, a estante abriga objetos, livros e instrumentos musicais da moradora, reforçando a vocação acolhedora do recinto.
SALAS DE ESTAR | Banhadas por luz natural, as salas se dividem em dois ambientes com sofá e plantas, enquanto o banco Casulo, em madeira, delimita a área da cozinha
Joana França/Divulgação
A cozinha, antes compartimentada e pouco iluminada, foi completamente redesenhada. Uma bancada linear de Corian se junta aos armários baixos, enquanto a marcenaria no tom de verde, com intervenção artística de Onio (Adriano Cinelli), estende-se e costura visualmente a passagem entre sala e lavabo.
COZINHA | O grande bloco de marcenaria verde, executada por Antunes Armários, com intervenção artística de ONIO (Adriano Cinelli) é o destaque do espaço e se desdobra para a área de estar. Mesa de jantar Mantik, da Attom Design, com cadeiras Olga, de Henrique Schreiber, na Arquivo Contemporâneo. Luminária pendente LBB01, de Lina Bo Bardi, na Lumini
Joana França/Divulgação
No centro do cômodo, a grande mesa de jantar amplia a convivência cotidiana — um pedido do casal, que valoriza cozinhar em família.
COZINHA | Abaixo dos janelões, que enchem o espaço de luz natural, bancada linear de Corian e armários baixos da Kitchens. À esquerda, a estante, que segue da sala, foi feita nos mesmos moldes — com concreto, prateleiras de vidro e cunhas de madeira —, integrando ainda mais os ambientes. Centro de mesa e objetos decorativos da Objeto Casa
Joana França/Divulgação
A área íntima traz piso de madeira de demolição para reforçar o conforto. A suíte principal ganhou closet após a redistribuição do corredor central, enquanto o escritório — também usado como sala de projeção — tornou-se mais amplo e versátil.
SUÍTE DO CASAL | Aconchego é a palavra-chave para o ambiente, com cabeceira ripada em lâmina natural cumaru, realizada por Antunes Armários, e piso de madeira de demolição de peroba-rosa, com instalação e tratamento de WE Carpintaria. Mesa de cabeceira Loft 40, de FJ Pronto pra Levar!. Sobre ela, luminária do acervo dos moradores, assim como o banco que abriga planta. Mesinha lateral preta de alumínio, da Acervo Mobília
Joana França/Divulgação
O quarto infantil tira proveito do pé-direito generoso com um beliche estreito e elevado, liberando o piso para brincadeiras e garantindo mais espaço de diversão para os filhos do casal.
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Aliás, o piso de todos os dormitórios foi executado com madeira de demolição, reaproveitando o material existente antes descartado e propondo novo uso, como princípio da sustentabilidade.
QUARTO INFANTIL | O beliche com estrutura de metalon na cor azul, com execução de Francisco Dias, deixa o ambiente espaçoso para as brincadeiras. Já a parte de marcenaria da bicama foi realizada com MDF branco por Antunes Armários. Arandelas Micro Bauhaus, da Lumini. Tapete kilim do acervo dos moradores
Joana França/Divulgação
Nos banheiros, pastilhas cerâmicas mantêm a identidade do apê. Já o projeto luminotécnico aposta em soluções flexíveis, com poucos pontos fixos e peças soltas. Entre elas, o pendente LBB01, de Lina Bo Bardi, sobre a mesa de jantar. “A luz precisava ser gentil e permitir diferentes usos ao longo do dia”, comenta Pedro.
BANHEIRO DO CASAL | O ambiente foi todo revestido com pastilhas brancas, 5 x 2,5 cm, da Keramika. Bancada e nicho de mármore dolomítico Monet, da Marmoraria Sahara. Armário de MDF branco e puxadores de lâmina natural cumaru, com execução da Antunes Armários. Vaso de madeira da Objeto Casa
Joana França/Divulgação
Dos materiais escolhidos — concreto aparente, madeira e pastilhas — nasceu uma atmosfera contemporânea e afetiva, que mescla referências de Brasília e São Paulo. E o painel com fundo verde, tonalidade eleita pelos moradores, unifica tudo. “Essa paleta constrói uma memória sensorial do lar. É a cor que guia a experiência do morar”, diz Júlia.



