1. Painel ripado
Painéis ripados aparecem com frequência em projetos de interiores como recurso funcional e estético
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Formado por ripas de madeira ou MDF instaladas na vertical ou horizontal, o painel ripado é usado para integrar ambientes, ocultar portas ou organizar a área da TV. O arquiteto e designer de interiores Ale Salles afirma que não adotaria o recurso em casa. “Tem sido aplicado como solução automática, com porta escondida ou armário camuflado. Minha casa é lugar de vida, não de esconderijo. Prefiro ver textura, objetos, livros. Não sinto necessidade de lapidar tanto o espaço a ponto de apagar sua personalidade”, afirma.
2. Luz branca 4000k
Luzes brancas são geralmente adotadas em ambientes funcionais, como cozinhas e escritórios
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A luz de 4000K, conhecida como branco neutro, situa-se entre o tom quente (amarelado) e o frio (azulado). Muito utilizada em cozinhas, escritórios, banheiros e áreas de circulação, ela não faz parte das escolhas da arquiteta Ana Sawaia. “A luz branca traz desconforto para o lar, é indicada para centros cirúrgicos e laboratórios, além de causar alterações nas cores. Por isso, não teria na minha casa”, diz.
3. Excesso de espelhos ou leds
O uso de espelhos e iluminação em LED tem se expandido nas propostas de decoração
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Espelhos e LEDs ganharam espaço na decoração, mas para a arquiteta Natália Lemos o excesso desses elementos não são opções para a sua morada. “Embora sejam tendências, não fazem sentido para o meu estilo de vida. Prefiro uma iluminação mais suave, acolhedora e integrada aos materiais naturais, e acredito que espelhos devem ser usados com intenção, não como revestimento dominante. Gosto de ambientes que respiram, que acolhem”, ela diz.
O arquiteto André Scarpa concorda com a opinião de Natália sobre os LEDs e ressalta que, apesar de serem uma solução interessante pela economia e durabilidade, devem ser usados com moderação. “Prefiro tomar partido dessas soluções, como o LED, na forma de uma ferramenta para responder às necessidades dos meus projetos, em vez de aplicá-las em excesso e sem necessidade em estantes, molduras ou sob móveis”, ele pontua.
4. Materiais que imitam outros materiais
MDF com acabamento que imita madeira é usado em projetos como solução mais econômica
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Revestimentos mais acessíveis têm ganhado espaço na decoração, como porcelanatos que imitam pedra, MDF que simula madeira maciça e laminados que lembram aço ou concreto. A arquiteta Juliana Pippi, no entanto, não aposta nesses recursos em projetos pessoais. “Acredito muito na verdade da matéria. Madeira, pedra, fibras. Cada material tem sua alma, e isso traz autenticidade para os ambientes, por isso prefiro os próprios materiais”, comenta.
5. Casas totalmente neutras
Tons neutros, como bege e branco, são recorrentes em projetos residenciais com estética clean
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A tendência das casas marcadas por paletas neutras em tons de bege, branco e cinza, não agrada ao arquiteto Ale Salles. “Preciso de cor, contraste, referências culturais. Cor é parte da minha formação e do meu repertório. Uma paleta neutra até me agrada como base, mas não conseguiria morar em um ambiente que pareça sempre pronto para uma foto e nunca para a vida”, destaca.
6. Piso cimentíco
O piso cimentício, também chamado de microcimento, pode ser aplicado em pisos e paredes
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O revestimento conhecido como microcimento, feito à base de cimento e polímeros, e aplicado em pisos, paredes, bancadas e até áreas molhadas, não é uma escolha do arquiteto André Braz. “Tenho outras preferências, como piso de madeira ou granilite, além de achar que o cimentício danifica muito facilmente”, fala.
7. Guarda-corpo de vidro
Em interiores e áreas externas, guarda-corpos de vidro são aplicados com frequência em escadas e varandas
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Feito geralmente com vidro temperado ou laminado, o guarda-corpo tem sido muito usado em varandas, escadas e mezaninos. A arquiteta Ana Sawaia, porém, afirma que não adotaria o item em sua casa. “Alguns motivos me afastam do guarda-corpo de vidro: ele acumula sujeira com facilidade, distorce a imagem e, apesar de vendido como leve, as ferragens acabam ficando muito presentes”, explica.
8. Estilo industrial
O estilo industrial é inspirado em antigas fábricas e galpões, destacando materiais brutos e aparentes
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Inspirado em antigas fábricas e galpões, o estilo industrial se caracteriza pelo uso de materiais brutos e aparentes, como concreto, metal, tijolos expostos, tubulações e paleta neutra. O arquiteto Ale Salles não adotaria o visual sem critério.
“Vejo muito aquele pacote pronto das redes — tijolinho, tubulação aparente, luminária de grade — aplicado em qualquer tipo de casa. Gosto que a arquitetura converse com a história do lugar. Na minha casa, preciso sentir que os materiais fazem sentido ali, e não que vieram de um moodboard genérico”, pontua.
9. Ambientes totalmente minimalistas
Interiores minimalistas privilegiam simplicidade, com poucos objetos e tons neutros
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O conceito minimalista aposta em poucos elementos decorativos, cores neutras como branco, cinza e preto, móveis de linhas retas e superfícies limpas. Para a arquiteta Natália Lemos, porém, isso não faria sentido em sua casa. “Admiro a estética, mas não combina com a minha forma de viver. Preciso de textura, afeto e elementos naturais. Uma casa só funciona para mim quando tem alma”, afirma.
10. Ponto de iluminação no teto
Pontos de iluminação no teto são usados para obter luz direcionada no ambiente
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Ponto de iluminação no teto não é opção para o arquiteto André Braz: “Gosto de iluminação aconchegante. Na sala não tenho nenhuma função de trabalho que exija luz vinda do teto; prefiro luminárias indiretas e decorativas, sempre com tomadas comandadas”, diz.
11. Móveis extremamente planejados
Cozinhas aparecem com frequência em projetos que adotam móveis planejados para melhor aproveitamento do espaço
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Mesmo em alta e desejados por muitos, os móveis totalmente personalizados não são a escolha do arquiteto André Scarpa, que prefere uma mobília mais solta. “Há situações em que a personalização é bem-vinda, como na cozinha, mas considero o mobiliário planejado em toda a casa algo exagerado e engessado. Dou preferência a móveis soltos, que possam ser movidos, mudados e configurados de outras formas, afinal nossos hábitos e necessidades mudam com o tempo”, comenta.
12. Cimento queimado
Cimento queimado aparece com frequência em interiores residenciais voltados a estética industrial
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O cimento queimado é escolhido por quem busca um ambiente industrial ou moderno. Para o arquiteto Ricardo Abreu, porém, não seria uma opção em sua residência. “Acho difícil manter, é difícil encontrar quem faça bem feito. Com o tempo, o cimento queimado começa a trincar e esfarelar. Não tem facilidade de recuperação, precisa ser refeito e mancha com facilidade”, afirma.
13. Revestimentos polidos
Com acabamento reflexivo, o revestimento polido aparece em cozinhas e como opção de piso
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O revestimento polido, um tipo de porcelanato de superfície lisa, brilhante e reflexiva, cria efeito espelhado nos ambientes. Para a arquiteta Barbara Dundes, porém, o material não se encaixa no estilo de morar que escolheu. “Prefiro superfícies menos reflexivas, que acolhem melhor a luz natural e criam uma atmosfera mais suave e orgânica”, declara.



