A artista vence após disputar com Rene Matić, Mohammed Sami e Zadie Xa. O anúncio da premiação foi feita nesta terça-feira (09) e de acordo com a BBC News o júri elogiou a obra da artista como “ousada e envolvente”, chamando a atenção para as suas instalações “esculturalmente sublimes”.
Nascida em Glasgow, na Escócia, Nnena Kalu que tem comunicação verbal limitada, é artista residente do Action Space, instituição que apoia artistas com dificuldades de aprendizagem há 25 anos. Ela cria desenhos abstratos em grande escala e esculturas feitas de fluxos coloridos de tecidos e materiais reaproveitados, como rolos de fita VHS.
Nnena Kalu (2024) – “Hanging Sculpture 1 to 10” – Manifesta 15 Barcelona Metropolitana
Ivan Erofeev/Divulgação
Para criar suas esculturas, Kalu começa com um laço, tubo ou estrutura que forma uma base. Em torno dessas formas, ela enrola, dobra e amarra tiras de tecido reaproveitado, corda, fita adesiva, filme plástico, papel e fita VHS. Esses pedaços e tiras de cores vibrantes se unem para formar feixes, às vezes semelhantes a ninhos ou casulos. Finalizando suas obras no local, Kalu responde ao espaço e ao caráter do ambiente em que está trabalhando.
Seus desenhos ecoam as esculturas, frequentemente consistindo em poderosos vórtices feitos com linhas ondulantes e sobrepostas.
O júri do Prémio Turner 2025, presidido pelo diretor da Tate Britain, Alex Farquharson, foi composto pelo curador independente Andrew Bonacina, por Sam Lackey, diretora da Bienal de Liverpool, Priyesh Mistry, curador associado de Projetos Contemporâneos da National Gallery, e Habda Rashid, curadora sénior de Arte Moderna e Contemporânea do Fitzwilliam Museum.
Instalação “Conversations” de Nnena Kalu, na Walker Art Gallery em Liverpool
Pete Carr/Divulgação
Este ano, os finalistas foram anunciados em 23 de abril, exatamente 250 anos após o nascimento do artista britânico que leva o nome da premiação. A exposição de Nnena Kalu e os outros três artistas finalistas ficaram expostas até 22 de fevereiro na Cartwright Hall Art Gallery, em Bradford, Capital Europeia da Cultura 2025.



