A tendência do tom sobre tom vem ganhando destaque na decoração por sua capacidade de criar ambientes sofisticados, acolhedores e visualmente harmônicos. A técnica consiste em combinar variações de uma mesma cor — das mais claras às mais intensas — para compor um cenário uniforme, porém cheio de nuances. Ao evitar contrastes marcantes, o recurso adiciona profundidade, elegância e uma sensação de continuidade, valorizando texturas, materiais e sutilezas cromáticas que tornam os espaços atemporais.
Para entender como usar o tom sobre tom sem pesar a composição ou deixá-la monótona, a Casa Vogue conversou com Marcelo Salum, arquiteto e designer de interiores com mais de 20 anos de atuação no Brasil, conhecido por projetos coloridos, elegantes e cheios de personalidade. Confira suas orientações:
Como começar?
“Muitas vezes eu ouço as pessoas dizerem que a cor cansa, mas a maioria nunca provou um ambiente colorido”, destaca Marcelo Salum
arq.verso
Segundo o especialista, a construção de um ambiente tom sobre tom começa pela escolha da cor. Uma boa forma de decidir é pensar na sensação que o espaço deve transmitir: tons de azul e verde claros favorecem foco e tranquilidade, enquanto nuances amareladas e terrosas reforçam o aconchego. Depois disso, escolha o primeiro ponto de aplicação. “Pode ser um revestimento como o piso, um tecido ou um papel de parede”, explica Salum. A partir desse elemento inicial, as demais escolhas fluem com mais naturalidade.
LEIA MAIS
Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Para ele, a era das cores neutras ficou para trás. Com a pandemia, as pessoas passaram a buscar ambientes mais alegres e originais. “Se olharmos historicamente, depois de grandes acontecimentos mundiais como guerras, crises econômicas ou questões de saúde, surge o desejo por uma vida mais colorida, com a alegria e a vibração que as cores proporcionam”, comenta.
Como fugir da monotonia?
Vitrine da Artefacto, assinada por Marcelo Salum, em Florianópolis, uma homenagem ao artista Rodrigo de Haro
Marco Antonio
Embora muitos acreditem que o predomínio de uma mesma cor possa tornar o ambiente cansativo, Salum discorda. “Muitas vezes eu ouço as pessoas dizerem que a cor cansa, mas a maioria nunca provou um ambiente colorido”, destaca. Por isso, ele recomenda ousar: “Contrate um bom terapeuta e trabalhe seu medo. Veja quais são seus verdadeiros preconceitos em relação à cor”, brinca.
Initial plugin text
Para quem tem receio de errar, a sugestão é começar a usar cores mais vibrantes nos detalhes: almofadas, tapetes, obras de arte ou até uma poltrona. “Temos várias ferramentas para que, aos poucos, as pessoas possam ir provando a cor e ver que ela não é um bicho de sete cabeças”, acrescenta.
Outros elementos são essenciais para enriquecer o ambiente: texturas e materiais diversos — como tecidos, papéis de parede, obras de arte, objetos decorativos, lacas na marcenaria e pedras exóticas — ajudam a criar profundidade. A iluminação também exerce papel decisivo: “Eu sempre opto por iluminação indireta e por auxiliares como abajures e arandelas”, afirma.
LEIA MAIS
Quais cuidados tomar?
Diferentes tons de vermelho e azul predominam neste espaço assinado por Marcelo Salum
arq.verso
“O uso da cor exige estudo e bom senso. A cor gera uma vibração e precisamos entender bem como e onde estamos aplicando, sempre tendo como norte o gosto do cliente”, explica Salum. Por isso, ele recomenda testar as tonalidades antes de aplicá-las: “Ver as cores num catálogo é uma coisa; quando vão para a parede, mudam completamente. Testar antes é fundamental para alcançar o resultado desejado”.
O arquiteto também reforça a importância de revisar o conjunto constantemente — inclusive com maquetes 3D, quando possível. “Para cada escolha que faço, vejo o todo junto”, afirma. Antes de finalizar o espaço, certifique-se de que todas as peças dialogam entre si e com a atmosfera que você deseja criar.
Embora não existam regras rígidas para aplicar o tom sobre tom, Salum compartilha um truque que costuma funcionar bem: “No geral, gosto de aplicar as cores mais escuras na base, ou seja, perto do chão, e as mais claras perto do teto”, orienta.
🏡 Casa Vogue agora está no WhatsApp! Clique aqui e siga nosso canal
Revistas Newsletter
Para entender como usar o tom sobre tom sem pesar a composição ou deixá-la monótona, a Casa Vogue conversou com Marcelo Salum, arquiteto e designer de interiores com mais de 20 anos de atuação no Brasil, conhecido por projetos coloridos, elegantes e cheios de personalidade. Confira suas orientações:
Como começar?
“Muitas vezes eu ouço as pessoas dizerem que a cor cansa, mas a maioria nunca provou um ambiente colorido”, destaca Marcelo Salum
arq.verso
Segundo o especialista, a construção de um ambiente tom sobre tom começa pela escolha da cor. Uma boa forma de decidir é pensar na sensação que o espaço deve transmitir: tons de azul e verde claros favorecem foco e tranquilidade, enquanto nuances amareladas e terrosas reforçam o aconchego. Depois disso, escolha o primeiro ponto de aplicação. “Pode ser um revestimento como o piso, um tecido ou um papel de parede”, explica Salum. A partir desse elemento inicial, as demais escolhas fluem com mais naturalidade.
LEIA MAIS
Vai construir ou reformar? Seleção Archa + Casa Vogue ajuda você a encontrar o melhor arquiteto para seu projeto
Para ele, a era das cores neutras ficou para trás. Com a pandemia, as pessoas passaram a buscar ambientes mais alegres e originais. “Se olharmos historicamente, depois de grandes acontecimentos mundiais como guerras, crises econômicas ou questões de saúde, surge o desejo por uma vida mais colorida, com a alegria e a vibração que as cores proporcionam”, comenta.
Como fugir da monotonia?
Vitrine da Artefacto, assinada por Marcelo Salum, em Florianópolis, uma homenagem ao artista Rodrigo de Haro
Marco Antonio
Embora muitos acreditem que o predomínio de uma mesma cor possa tornar o ambiente cansativo, Salum discorda. “Muitas vezes eu ouço as pessoas dizerem que a cor cansa, mas a maioria nunca provou um ambiente colorido”, destaca. Por isso, ele recomenda ousar: “Contrate um bom terapeuta e trabalhe seu medo. Veja quais são seus verdadeiros preconceitos em relação à cor”, brinca.
Initial plugin text
Para quem tem receio de errar, a sugestão é começar a usar cores mais vibrantes nos detalhes: almofadas, tapetes, obras de arte ou até uma poltrona. “Temos várias ferramentas para que, aos poucos, as pessoas possam ir provando a cor e ver que ela não é um bicho de sete cabeças”, acrescenta.
Outros elementos são essenciais para enriquecer o ambiente: texturas e materiais diversos — como tecidos, papéis de parede, obras de arte, objetos decorativos, lacas na marcenaria e pedras exóticas — ajudam a criar profundidade. A iluminação também exerce papel decisivo: “Eu sempre opto por iluminação indireta e por auxiliares como abajures e arandelas”, afirma.
LEIA MAIS
Quais cuidados tomar?
Diferentes tons de vermelho e azul predominam neste espaço assinado por Marcelo Salum
arq.verso
“O uso da cor exige estudo e bom senso. A cor gera uma vibração e precisamos entender bem como e onde estamos aplicando, sempre tendo como norte o gosto do cliente”, explica Salum. Por isso, ele recomenda testar as tonalidades antes de aplicá-las: “Ver as cores num catálogo é uma coisa; quando vão para a parede, mudam completamente. Testar antes é fundamental para alcançar o resultado desejado”.
O arquiteto também reforça a importância de revisar o conjunto constantemente — inclusive com maquetes 3D, quando possível. “Para cada escolha que faço, vejo o todo junto”, afirma. Antes de finalizar o espaço, certifique-se de que todas as peças dialogam entre si e com a atmosfera que você deseja criar.
Embora não existam regras rígidas para aplicar o tom sobre tom, Salum compartilha um truque que costuma funcionar bem: “No geral, gosto de aplicar as cores mais escuras na base, ou seja, perto do chão, e as mais claras perto do teto”, orienta.
🏡 Casa Vogue agora está no WhatsApp! Clique aqui e siga nosso canal
Revistas Newsletter



