Apartamento de 42 m² no Copan ganha decoração colorida e piso de caquinhos

Em meio às curvas icônicas do Copan, no centro da capital paulista, o apartamento de 42 m² foi transformado num espaço acolhedor para as proprietárias, que vivem no interior, se hospedarem durante suas estadias na cidade. O projeto de reforma ficou a cargo dos arquitetos Chantal Ficarelli, Tito Ficarelli e Larissa Ragaini, do escritório Arkitito Arquitetura (@arkitito).
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O pedido delas era criar uma morada que, mesmo sendo para temporadas, mantivesse a atmosfera acolhedora de uma casa. “Elas buscavam um lugar que fosse prático para o dia a dia em São Paulo, mas que também carregasse a sensação de lar”, explica Chantal.
AMBIENTES INTEGRADOS | No pequeno apartamento, o espaço contínuo reúne dormitório, sala de jantar e cozinha. O bufê, feito com compensado naval e aplicação de laminado melamínico na cor goiaba, pela Made Marchi Marcenaria, serve como apoio e armazenamento. Quadro do artista NEGRO M.I.A.
Andrea Soares/Divulgação
Partindo dessa premissa, o trio de arquitetos optou pela integração total dos ambientes e por soluções que ampliassem a fluidez espacial. Uma das primeiras decisões foi abrir a cozinha para a sala, revelando um dos pilares originais do projeto de Oscar Niemeyer.
“Ao expor esse elemento estrutural, decidimos incorporá-lo como apoio para a mesa de jantar, criando uma peça que dialogasse com a curvatura marcante do Copan”, comenta Tito.
SALA DE JANTAR | Seguindo as curvas do Copan, a mesa orgânica, executada em compensado naval com laminado melamínico, abraça o pilar encontrado durante as demolições da reforma. Execução da Made Marchi Marcenaria. Cadeiras e luminária do acervo das proprietárias
Andrea Soares/Divulgação
A mesa orgânica, executada em compensado naval com laminado melamínico, abraça a entrada do apartamento e permite acomodar amigos com conforto — um requisito essencial para as moradoras.
A cozinha se organiza ao fundo de maneira funcional, com bancada de preparo e armários planejados que otimizam cada centímetro. O revestimento de pastilhas de cerâmica verde traz um ponto de cor, assim como o quadro do artista Cacö Costa.
COZINHA | Armários em compensado naval com detalhes de laminado melamínico goiaba, executados pela Made Marchi Marcenaria, ganharam companhia das pastilhas verdes, 10 x 10 cm, da Strufaldi. Bancada feita de quartzo Grain White, da Stone House Marmoraria. Monocomando Mondeplus e cuba Aria, ambos da Tramontina. Quadro do artista Cacö Costa, pertencente ao acervo das moradoras
Andrea Soares/Divulgação
O uso dos acabamentos reforça a intenção de construir uma atmosfera doméstica: o piso em cerâmica do tipo caquinho, com tonalidade terrosa, remete às tradicionais casas paulistanas, trazendo calor e memória afetiva.
“Desde o início, sabíamos que a materialidade precisava transmitir acolhimento, algo essencial para transformar um apê compacto em um verdadeiro lar”, afirma Chantal.
DIVISÓRIA | Portas de correr feitas com acabamento de palhinha pela Made Marchi Marcenaria funcionam como divisória do quarto quando necessária, porém sem isolar os espaços completamente
Andrea Soares/Divulgação
Na área íntima, o antigo banheiro foi redimensionado para abrir espaço a um closet walk-in. Para garantir luz natural sem perder privacidade, os arquitetos criaram um fechamento em serralheria composto por diferentes vidros decorativos. “Foi uma forma de trazer leveza e luminosidade para dois ambientes que costumam ser fechados e mais escuros”, destaca Larissa.
O quarto permanece integrado, mas pode ser isolado quando necessário graças a três folhas móveis com acabamento de palhinha. A solução garante privacidade sem interromper o fluxo contínuo do pequeno imóvel.
BANHEIRO, QUARTO E CLOSET | Ao lado da cama, o antigo banheiro foi redimensionado para abrir espaço a um closet walk-in, com portas criadas pelos arquitetos e executadas em serralheria verde e vidros decorativos, com execução da VanMar Serralheria. Entre as portas, máscara verde do artesão Zé Crente, da Ilha do Ferro. Cabeceira de madeira executada pela Made Marchi Marcenaria. Logo acima, tapeçaria decorativa da Voador Tecelagem, do acervo pessoal
Andrea Soares/Divulgação
A marcenaria, executada em compensado naval, recebeu seladora aparente e pontos de cor com laminado melamínico, criando unidade visual e praticidade no dia a dia. “Esse material reforça a estética honesta e funcional que buscamos no projeto, sem abdicar da proposta afetiva”, fala Tito.
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Durante a obra, uma descoberta surpreendeu a equipe: as formas de madeira utilizadas na concretagem original das lajes estavam preservadas acima do antigo forro de gesso. Elas foram mantidas aparentes, adicionando textura e história ao ambiente. Um jeito de dar nova vida sem perder a essência modernista do Copan.

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