Parece incrível, mas um fenômeno celeste pode ter marcado um antes e um depois na história. A Estrela de Belém, a luz que conduziu os Reis Magos do Oriente até o recém-nascido em Belém, é um ponto onde o humano, o divino e o cósmico se entrelaçam.
Atualmente, a Estrela de Belém é indispensável nos presépios ou na árvore de Natal, mas é, na verdade, um símbolo que desde seu nascimento foi associado à esperança e à mudança.
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A Estrela de Belém e sua história no evangelho
Qual é a verdadeira história da Estrela de Belém?
Getty Images
Voltando às fontes primárias, a obra literária que menciona o fenômeno da Estrela de Belém é a passagem de São Mateus 2:1-12, na qual se descreve que alguns magos vieram do Oriente, perguntando pelo rei dos judeus que acabara de nascer, e seguiram uma estrela que tinham visto surgir no Oriente. O texto afirma que, no momento em que a Estrela de Belém apareceu, os magos consultaram Herodes e, depois, a estrela parou exatamente sobre o lugar onde estava o menino recém-nascido. Essa passagem deu margem a interpretações míticas, astronômicas e simbólicas.
É uma história que nos diz bastante sobre a visão de mundo daquela época; no entanto, historicamente, surgem várias questões, tais como: quando ocorreu? De onde surgiu o presságio? A Estrela de Belém é um fenômeno astronômico real ou uma figura literária?
A Estrela de Belém e a astronomia antiga
A Estrela de Belém simboliza a esperança
Getty Images
Para poder entender bem esse fenômeno celeste, é preciso considerar como o céu era estudado naqueles tempos. Os planetas eram conhecidos como “estrelas errantes”, e quando dois corpos celestes pareciam se encontrar no céu, esse fenômeno era interpretado como um sinal de grandes acontecimentos. Em particular, os sábios persas e babilônicos utilizavam a sabedoria e a interpretação celeste como guia para eventos importantes na Terra.
Uma das teorias mais aceitas sobre a Estrela de Belém é a que propõe uma tripla conjunção entre os planetas Júpiter e Saturno na constelação de Peixes. Kārlis Kaufmanis foi quem desenvolveu essa teoria, afirmando que tal conjunção poderia ter aparecido aos sábios como uma estrela brilhante no céu, anunciando uma mudança radical sobre a Terra. Outros astrônomos teorizaram sobre outros fenômenos, como cometas ou estrelas cadentes, mas, devido à falta de registros e evidências, essas teorias foram refutadas pela astronomia moderna.
Quando apareceu a Estrela de Belém?
A história da Estrela de Belém é tão enigmática quanto bela
Bruno Joseph/Pexels
A data exata da aparição da Estrela de Belém é uma das questões mais complexas e controversas. A mencionada conjunção entre Júpiter e Saturno foi em 7 a.C., e existem antigos registros chineses que falam de um “cometa” ou estrela que foi relacionado à Estrela de Belém. No entanto, atualmente, os astrônomos consideram impossível que tal estrela, conjunção ou cometa tenha se detido em um único lugar como fez a Estrela de Belém.
Portanto, muitos historiadores sustentam que a Estrela de Belém é uma combinação de astronomia antiga e simbolismo, ou seja, um acontecimento celeste real ou interpretado como tal pelos sábios, adaptado pelos evangelistas, neste caso São Mateus, para dar brilho e significado ao nascimento do filho de Deus.
Por trás da história da Estrela de Belém existe certo contexto histórico que vale a pena recordar. No século I a.C., o Mediterrâneo e o Oriente viviam sob o domínio de Roma; por sua vez, na Judeia, os judeus experimentavam tensões sociais e políticas sob o mandato de Herodes. Nesse contexto, o menino anunciado pela Estrela de Belém era um farol de esperança e união para os povos.
Os sábios do Oriente (muitas vezes identificados como magos persas ou babilônicos) observavam o céu interpretando-o como reflexo da Terra. Se detectavam um sinal astral especial, podiam decifrá-lo como sinal de um novo rei, de uma mudança de época. Nesse sentido, a Estrela de Belém poderia ter servido como elo simbólico entre céu e Terra, entre poder divino e humano. O evangelista São Mateus adota esse símbolo e o leva ao significado de esperança e amor que representa na cultura o nascimento do filho de Deus.
Embora pensemos em termos visuais ou astronômicos modernos, é importante não perder de vista o sentido cultural; a luz da Estrela de Belém não era apenas ornamental, era um sinal.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest México
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A Estrela de Belém e sua história no evangelho
Qual é a verdadeira história da Estrela de Belém?
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Voltando às fontes primárias, a obra literária que menciona o fenômeno da Estrela de Belém é a passagem de São Mateus 2:1-12, na qual se descreve que alguns magos vieram do Oriente, perguntando pelo rei dos judeus que acabara de nascer, e seguiram uma estrela que tinham visto surgir no Oriente. O texto afirma que, no momento em que a Estrela de Belém apareceu, os magos consultaram Herodes e, depois, a estrela parou exatamente sobre o lugar onde estava o menino recém-nascido. Essa passagem deu margem a interpretações míticas, astronômicas e simbólicas.
É uma história que nos diz bastante sobre a visão de mundo daquela época; no entanto, historicamente, surgem várias questões, tais como: quando ocorreu? De onde surgiu o presságio? A Estrela de Belém é um fenômeno astronômico real ou uma figura literária?
A Estrela de Belém e a astronomia antiga
A Estrela de Belém simboliza a esperança
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Para poder entender bem esse fenômeno celeste, é preciso considerar como o céu era estudado naqueles tempos. Os planetas eram conhecidos como “estrelas errantes”, e quando dois corpos celestes pareciam se encontrar no céu, esse fenômeno era interpretado como um sinal de grandes acontecimentos. Em particular, os sábios persas e babilônicos utilizavam a sabedoria e a interpretação celeste como guia para eventos importantes na Terra.
Uma das teorias mais aceitas sobre a Estrela de Belém é a que propõe uma tripla conjunção entre os planetas Júpiter e Saturno na constelação de Peixes. Kārlis Kaufmanis foi quem desenvolveu essa teoria, afirmando que tal conjunção poderia ter aparecido aos sábios como uma estrela brilhante no céu, anunciando uma mudança radical sobre a Terra. Outros astrônomos teorizaram sobre outros fenômenos, como cometas ou estrelas cadentes, mas, devido à falta de registros e evidências, essas teorias foram refutadas pela astronomia moderna.
Quando apareceu a Estrela de Belém?
A história da Estrela de Belém é tão enigmática quanto bela
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A data exata da aparição da Estrela de Belém é uma das questões mais complexas e controversas. A mencionada conjunção entre Júpiter e Saturno foi em 7 a.C., e existem antigos registros chineses que falam de um “cometa” ou estrela que foi relacionado à Estrela de Belém. No entanto, atualmente, os astrônomos consideram impossível que tal estrela, conjunção ou cometa tenha se detido em um único lugar como fez a Estrela de Belém.
Portanto, muitos historiadores sustentam que a Estrela de Belém é uma combinação de astronomia antiga e simbolismo, ou seja, um acontecimento celeste real ou interpretado como tal pelos sábios, adaptado pelos evangelistas, neste caso São Mateus, para dar brilho e significado ao nascimento do filho de Deus.
Por trás da história da Estrela de Belém existe certo contexto histórico que vale a pena recordar. No século I a.C., o Mediterrâneo e o Oriente viviam sob o domínio de Roma; por sua vez, na Judeia, os judeus experimentavam tensões sociais e políticas sob o mandato de Herodes. Nesse contexto, o menino anunciado pela Estrela de Belém era um farol de esperança e união para os povos.
Os sábios do Oriente (muitas vezes identificados como magos persas ou babilônicos) observavam o céu interpretando-o como reflexo da Terra. Se detectavam um sinal astral especial, podiam decifrá-lo como sinal de um novo rei, de uma mudança de época. Nesse sentido, a Estrela de Belém poderia ter servido como elo simbólico entre céu e Terra, entre poder divino e humano. O evangelista São Mateus adota esse símbolo e o leva ao significado de esperança e amor que representa na cultura o nascimento do filho de Deus.
Embora pensemos em termos visuais ou astronômicos modernos, é importante não perder de vista o sentido cultural; a luz da Estrela de Belém não era apenas ornamental, era um sinal.
*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest México
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