Uma altura inadequada pode dificultar a entrada e saída da cama, causar dores nas articulações e aumentar o risco de quedas, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida Muitas pessoas associam o conforto da cama apenas ao tamanho e esquecem de outro fator essencial e frequentemente negligenciado: a altura. Ela é responsável por garantir a funcionalidade e a qualidade do sono. A altura errada pode resultar em noites mal dormidas, prejudicando a saúde e o bem-estar.
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Para a designer e arquiteta Alessandra Delgado, é essencial pensar na altura da cama para garantir conforto e segurança no quarto, especialmente ao sentar e levantar. “Importante lembrar que primeiro nos sentamos na cama para depois deitar ou calçar os sapatos, e a altura precisa nos permitir fazer isso com conforto”, explica.
Atrás da cama “Angel”, assinada por Alessandra Delgado, está o painel de MDF Itapuã, da Duratex, realizado pela K2K Marcenaria, com frisos, o que dá “movimento” ao elemento – ele é deslocado do teto para tornar o visual mais leve e acomodar luz indireta. Projeto do escritório Pixel Arquitetura
Renato Navarro/Divulgação
“A estatura da cama interfere diretamente na nossa rotina. Uma muito alta, por exemplo, pode tornar desconfortável o simples ato de deitar ou levantar. Isso acaba exigindo um esforço maior, que, com o tempo, pode comprometer a postura e gerar dores nas costas e nos joelhos”, argumenta a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Fatores que devem ser considerados na escolha
A altura da cama deve ser definida considerando a estatura dos usuários e as suas necessidades de mobilidade. “Na hora de definir a altura ideal da cama, considero uma série de fatores, como o biotipo da pessoa, a idade, as possíveis limitações de mobilidade e, claro, a proposta do projeto todo. Tudo precisa conversar, mas sem nunca deixar a ergonomia de lado”, diz Cristiane.
Qual a altura ideal da cama?
Faça um teste simples: se você conseguir sentar na borda da cama com os pés apoiados no chão, geralmente é um indicativo de que altura do móvel está adequado para a sua estatura. “A altura ideal da cama completa com o colchão deve ser em torno de 55 cm”, opina Alessandra.
Neste dormitório do casal, a arquiteta Cristiane Schiavoni investiu um mix de materiais com o propósito máximo de tornar o ambiente mais aconchegante. O mesmo piso vinílico foi utilizado tanto no piso quanto no acabamento da parede cabeceira
Fábio Severo/Divulgação
Cristiane concorda: “Somando a base e o colchão, deve ficar entre 45 e 55 cm do chão. Essa é a faixa que normalmente oferece o melhor conforto para o dia a dia. Isso vale para qualquer tipo de cama – seja de solteiro, casal, queen, seja king size. O mais importante é respeitar a ergonomia de quem usará”.
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Como escolher a altura ideal para crianças e idosos?
Devido às necessidades específicas de ambos os grupos, é fundamental redobrar os cuidados na hora de avaliar a altura das camas. “Para as crianças, recomendo que a altura da cama não ultrapasse 40 cm. Isso ajuda não só na autonomia para subir e descer sozinha, mas também na segurança, evitando quedas”, sugere Cristiane.
Além disso, a arquiteta acrescenta que gosta de incluir proteções laterais, especialmente até os 5 anos. “Penso também em elementos como tapetes ou almofadas no entorno, para suavizar qualquer eventual queda. A partir dos 8 anos, já dá para usar uma cama de solteiro com altura tradicional”.
Tons claros e móveis na altura da criança são elementos benéficos em quartos infantis. Projeto dos escritórios Carolina Druck Arquietura e Clara Coimbra Pinto Arquitetura
Roberta Gewehr/Divulgação
Já para os idosos, Cristiane recomenda personalizar a altura pensando no conforto, na segurança e facilidade de uso. “A mobilidade reduzida que acompanha o envelhecimento exige uma cama mais acessível, que facilite sentar e levantar sem esforço”, ela justifica.
Alessandra pensa que deve analisar as condições e buscar equilíbrio na escolha. “A altura da cama para crianças é diferente, ela deve ser mais baixa para permitir elas subirem. Já para os idosos, não pode ser baixa demais, pois eles têm dificuldade em levantar, nem muito alta, porque pode atrapalhar pelo mesmo motivo”, reflete a designer.
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A altura da cama influencia na decoração do quarto?
Conforme as profissionais, a altura da cama não só afeta a estética visual, mas também a sensação geral do ambiente e a funcionalidade do espaço.
“Há camas box, mesmo as de tamanho padrão, que podem atingir 70 cm ou mais, que é a altura de uma mesa de jantar. Como ocupam um espaço visual enorme no quarto, conferem a sensação de diminuição do cômodo. Então, ao invés de contribuírem na decoração, podem atrapalhar”, opina Alessandra.
Em quartos menores, a altura dos móveis em relação à cama pode afetar a percepção visual do espaço, criando uma sensação de desequilíbrio
Freepik/DC Studio/Creative Commons
Cristiane acredita que a cama pode ditar o ritmo e a composição de um quarto. “Se você escolhe uma cama muito alta e coloca ao lado uma mesa de cabeceira baixa, além de ficar desconfortável no uso, a estética fica comprometida e desproporcional. Por isso, a altura e o tamanho da cama devem ser definidos primeiro, porque é a partir dela que conseguimos dimensionar o restante do mobiliário de forma harmônica”, ela argumenta.
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Consequências da altura errada da cama
Uma cama com altura inadequada pode causar desconforto, problemas de saúde e dificuldades de mobilidade. “Quando a cama está mais alta do que deveria, a pessoa tem que praticamente ‘escalar’ para subir ou dar aquele ‘pulinho’ para descer. Com o tempo, podem surgir dores na lombar, nos joelhos, e até problemas de postura. Em crianças, o risco é de quedas; em idosos, de acidentes ainda mais sérios”, pontua Cristiane.
Em idosos, a altura inadequada da cama pode aumentar o risco de quedas, dificuldades de mobilidade e lesões
Freepik/Creative Commons
Já uma cama muito baixa pode ser mais difícil levantar e deitar, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida, exigindo mais esforço dos joelhos e das costas. “Pode dificultar o movimento de levantar, exigindo mais esforço do abdômen e da coluna. Ou seja, a altura errada pode trazer consequências que, muitas vezes, as pessoas só percebem quando já estão sentindo algum desconforto”, acrescenta a arquiteta.
Além da falta de funcionalidade e dos riscos à saúde, Alessandra inclui também o impacto na estética do ambiente, uma vez que a altura desproporcional pode comprometer a decoração do quarto.
Dicas para fazer uma boa escolha
Para escolher a altura da cama corretamente, é importante verificar a altura do colchão, as necessidades individuais, o espaço disponível do quarto e a decoração
Freepik/Creative Commons
As profissionais compartilham algumas dicas para avaliar corretamente a altura da cama e garantir mais conforto:
Cama: escolha uma cama adequada ao espaço, para que o quarto fique mais leve.
Colchão: fique atento ao colchão – os de mola com pillow top, por exemplo, costumam elevar bastante a altura final.
Medida: verifique a medida do colchão para que a altura completa não fique muito fora de 55 cm final.
Teste: sente na borda da cama e observe se os pés tocam o chão com firmeza.
Espaço: se o quarto for pequeno, uma cama box com baú pode ser uma excelente solução, mas é importante não sacrificar o conforto por causa disso.
Crianças e idosos: para crianças pequenas, pense sempre na segurança em primeiro lugar, e para idosos, priorize a acessibilidade.
Marcenaria planejada: móveis planejados são uma ótima opção para adaptar às necessidades específicas do morador, sem abrir mão da estética do projeto.
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Para a designer e arquiteta Alessandra Delgado, é essencial pensar na altura da cama para garantir conforto e segurança no quarto, especialmente ao sentar e levantar. “Importante lembrar que primeiro nos sentamos na cama para depois deitar ou calçar os sapatos, e a altura precisa nos permitir fazer isso com conforto”, explica.
Atrás da cama “Angel”, assinada por Alessandra Delgado, está o painel de MDF Itapuã, da Duratex, realizado pela K2K Marcenaria, com frisos, o que dá “movimento” ao elemento – ele é deslocado do teto para tornar o visual mais leve e acomodar luz indireta. Projeto do escritório Pixel Arquitetura
Renato Navarro/Divulgação
“A estatura da cama interfere diretamente na nossa rotina. Uma muito alta, por exemplo, pode tornar desconfortável o simples ato de deitar ou levantar. Isso acaba exigindo um esforço maior, que, com o tempo, pode comprometer a postura e gerar dores nas costas e nos joelhos”, argumenta a arquiteta Cristiane Schiavoni.
Fatores que devem ser considerados na escolha
A altura da cama deve ser definida considerando a estatura dos usuários e as suas necessidades de mobilidade. “Na hora de definir a altura ideal da cama, considero uma série de fatores, como o biotipo da pessoa, a idade, as possíveis limitações de mobilidade e, claro, a proposta do projeto todo. Tudo precisa conversar, mas sem nunca deixar a ergonomia de lado”, diz Cristiane.
Qual a altura ideal da cama?
Faça um teste simples: se você conseguir sentar na borda da cama com os pés apoiados no chão, geralmente é um indicativo de que altura do móvel está adequado para a sua estatura. “A altura ideal da cama completa com o colchão deve ser em torno de 55 cm”, opina Alessandra.
Neste dormitório do casal, a arquiteta Cristiane Schiavoni investiu um mix de materiais com o propósito máximo de tornar o ambiente mais aconchegante. O mesmo piso vinílico foi utilizado tanto no piso quanto no acabamento da parede cabeceira
Fábio Severo/Divulgação
Cristiane concorda: “Somando a base e o colchão, deve ficar entre 45 e 55 cm do chão. Essa é a faixa que normalmente oferece o melhor conforto para o dia a dia. Isso vale para qualquer tipo de cama – seja de solteiro, casal, queen, seja king size. O mais importante é respeitar a ergonomia de quem usará”.
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Como escolher a altura ideal para crianças e idosos?
Devido às necessidades específicas de ambos os grupos, é fundamental redobrar os cuidados na hora de avaliar a altura das camas. “Para as crianças, recomendo que a altura da cama não ultrapasse 40 cm. Isso ajuda não só na autonomia para subir e descer sozinha, mas também na segurança, evitando quedas”, sugere Cristiane.
Além disso, a arquiteta acrescenta que gosta de incluir proteções laterais, especialmente até os 5 anos. “Penso também em elementos como tapetes ou almofadas no entorno, para suavizar qualquer eventual queda. A partir dos 8 anos, já dá para usar uma cama de solteiro com altura tradicional”.
Tons claros e móveis na altura da criança são elementos benéficos em quartos infantis. Projeto dos escritórios Carolina Druck Arquietura e Clara Coimbra Pinto Arquitetura
Roberta Gewehr/Divulgação
Já para os idosos, Cristiane recomenda personalizar a altura pensando no conforto, na segurança e facilidade de uso. “A mobilidade reduzida que acompanha o envelhecimento exige uma cama mais acessível, que facilite sentar e levantar sem esforço”, ela justifica.
Alessandra pensa que deve analisar as condições e buscar equilíbrio na escolha. “A altura da cama para crianças é diferente, ela deve ser mais baixa para permitir elas subirem. Já para os idosos, não pode ser baixa demais, pois eles têm dificuldade em levantar, nem muito alta, porque pode atrapalhar pelo mesmo motivo”, reflete a designer.
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A altura da cama influencia na decoração do quarto?
Conforme as profissionais, a altura da cama não só afeta a estética visual, mas também a sensação geral do ambiente e a funcionalidade do espaço.
“Há camas box, mesmo as de tamanho padrão, que podem atingir 70 cm ou mais, que é a altura de uma mesa de jantar. Como ocupam um espaço visual enorme no quarto, conferem a sensação de diminuição do cômodo. Então, ao invés de contribuírem na decoração, podem atrapalhar”, opina Alessandra.
Em quartos menores, a altura dos móveis em relação à cama pode afetar a percepção visual do espaço, criando uma sensação de desequilíbrio
Freepik/DC Studio/Creative Commons
Cristiane acredita que a cama pode ditar o ritmo e a composição de um quarto. “Se você escolhe uma cama muito alta e coloca ao lado uma mesa de cabeceira baixa, além de ficar desconfortável no uso, a estética fica comprometida e desproporcional. Por isso, a altura e o tamanho da cama devem ser definidos primeiro, porque é a partir dela que conseguimos dimensionar o restante do mobiliário de forma harmônica”, ela argumenta.
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Consequências da altura errada da cama
Uma cama com altura inadequada pode causar desconforto, problemas de saúde e dificuldades de mobilidade. “Quando a cama está mais alta do que deveria, a pessoa tem que praticamente ‘escalar’ para subir ou dar aquele ‘pulinho’ para descer. Com o tempo, podem surgir dores na lombar, nos joelhos, e até problemas de postura. Em crianças, o risco é de quedas; em idosos, de acidentes ainda mais sérios”, pontua Cristiane.
Em idosos, a altura inadequada da cama pode aumentar o risco de quedas, dificuldades de mobilidade e lesões
Freepik/Creative Commons
Já uma cama muito baixa pode ser mais difícil levantar e deitar, especialmente para pessoas com mobilidade reduzida, exigindo mais esforço dos joelhos e das costas. “Pode dificultar o movimento de levantar, exigindo mais esforço do abdômen e da coluna. Ou seja, a altura errada pode trazer consequências que, muitas vezes, as pessoas só percebem quando já estão sentindo algum desconforto”, acrescenta a arquiteta.
Além da falta de funcionalidade e dos riscos à saúde, Alessandra inclui também o impacto na estética do ambiente, uma vez que a altura desproporcional pode comprometer a decoração do quarto.
Dicas para fazer uma boa escolha
Para escolher a altura da cama corretamente, é importante verificar a altura do colchão, as necessidades individuais, o espaço disponível do quarto e a decoração
Freepik/Creative Commons
As profissionais compartilham algumas dicas para avaliar corretamente a altura da cama e garantir mais conforto:
Cama: escolha uma cama adequada ao espaço, para que o quarto fique mais leve.
Colchão: fique atento ao colchão – os de mola com pillow top, por exemplo, costumam elevar bastante a altura final.
Medida: verifique a medida do colchão para que a altura completa não fique muito fora de 55 cm final.
Teste: sente na borda da cama e observe se os pés tocam o chão com firmeza.
Espaço: se o quarto for pequeno, uma cama box com baú pode ser uma excelente solução, mas é importante não sacrificar o conforto por causa disso.
Crianças e idosos: para crianças pequenas, pense sempre na segurança em primeiro lugar, e para idosos, priorize a acessibilidade.
Marcenaria planejada: móveis planejados são uma ótima opção para adaptar às necessidades específicas do morador, sem abrir mão da estética do projeto.