Em 2017, a chef e empresária Irina Cordeiro, nascida em Natal, RN, desembarcou em São Paulo para participar do programa MasterChef Profissionais. Após ficar na terceira posição e conquistar fãs por todo o Brasil, decidiu fincar raízes na capital paulista.
De lá para cá, a potiguar viveu em várias residências, e segundo ela, foi só em 2023 que encontrou seu verdadeiro lar na cidade: um apartamento de 92 m² no bairro de Pinheiros.
Leia mais
A história de como encontrou o imóvel é curiosa. Irina marcou a visita com o corretor, mas acabou esquecendo do compromisso, pois estava quase desistindo da ideia de morar sozinha. Quando o profissional a telefonou, com vergonha da situação, ela saiu apressada para encontrá-lo…
RETRATO | Irina Cordeiro e a chihuahua Cora na sala de estar. Atrás delas, plaquinha vermelha pequena da Dorsal e móbile colorido de Hudson Carlos da Conceição. Na mesa de centro à frente, cobras de madeira da Toko Design Utilitário; vela Caju, da Mercearia Maravilha; e prato do Mãos, movimento do Jequitinhonha. Placa Fogos na Tempo Arte Popular
Wesley Diego/Editora Globo
Ao entrar no apê, sentiu amor à primeira vista e decidiu alugá-lo, mantendo a mobília das antigas moradoras. “Além da arquitetura, com toques brutalistas e modernistas, o que eu adoro, conheci os porteiros do prédio e todos são do Rio Grande do Norte. Criei uma identificação maravilhosa”, conta.
COZINHA | Ela abriga a coleção de cuscuzeiras, muitas compradas à beira de estradas; a última (à esquerda) é da loja Kassuá. Acima do armário, a escultura Sereia, do artesão Mano de Baé, e a bananeira decorativa do Depósito Kariri. Na bancada, a escultura Rainha, comprada na Ilha do Ferro, AL, ao lado do filtro de barro do Mãos, movimento do Jequitinhonha. Prateleiras vermelhas da Selvvva. A porta verde, com tinta Grama Molhada, da Suvinil, foi pintada por Irina. Enfeite dourado da 4joias
Wesley Diego/Editora Globo
Em pouco tempo, a chef se mudou de mala e cuia — ou melhor, malas e uma coleção de cuscuzeiras, que ganhou protagonismo no armário da cozinha, ao lado da escultura Sereia, do mestre artesão pernambucano Mano de Baé.
HALL | A cristaleira branca foi garimpada, e a placa Gostosa, adquirida na loja Miranda. Diversos elementos são originais do imóvel: tijolinhos brancos no backsplash; faixas de concreto aparente; cadeiras, bancos e mesa; e piso de ladrilho Estrela, de Paulo Mendes da Rocha; tudo idealizado pelo escritório Iná Arquitetura para as antigas moradoras
Wesley Diego/Editora Globo
O artesanato brasileiro é, inclusive, a alma da decoração do apê. Há peças compradas em todo o país, principalmente no Nordeste, a exemplo das esculturas de bonecos tradicionais da Ilha do Ferro, em Alagoas.
SALA | Cortina da Uniflex. No sofá da Carbono, que já estava no apartamento, manta vermelha da Cor & Cora. Acima da TV, cobra-coral de madeira do cearense Francisco Graciano. Sobre o rack, desenvolvido do zero pelo Estudio Gloria, está a casinha rosa de Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê. No chão, escultura Cachorro, do piauiense Dimas Ribeiro
Wesley Diego/Editora Globo
SALA | Acima da TV, cobra-coral de madeira do cearense Francisco Graciano. Sobre o rack, desenvolvido do zero pelo Estudio Gloria, escultura da Ilha do Ferro, AL, assim como guarda-chuva de frevo. No chão ao lado do enfeite de palha, escultura Cachorro, do piauiense Dimas Ribeiro. Na parede branca, Enfeite Coração Valente, de Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê; máscara La Ursa, de Aba Alcântara. As plantas garantem um toque de naturalidade ao ambiente
Wesley Diego/Editora Globo
Essa paixão pela sua terra natal está em diversos objetos decorativos, como na joia dourada — cujo desenho é o mapa da região — atrás da porta de entrada e na sombrinha de frevo no rack da sala.
DETALHES | Enfeite Coração Valente, de Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê; máscara La Ursa, de Aba Alcântara
Wesley Diego/Editora Globo
DETALHES | Caneca da Céu de Barro; bonecos da Ilha do Ferro, AL; e vaso marrom de cerâmica de Cunha, SP
Wesley Diego/Editora Globo
Outro destaque da área social é o altar que Irina montou com imagens de orixás, guias, cristais, velas e incensos. “Comprei um móvel para colocar itens que representam a minha fé”, diz.
SALA | No cantinho de fé, aparador da Tok&Stok; banco de onça, feito pelo mineiro Seu Gervásio, e fruteira decorativa, ambos do Depósito Kariri; imagem de Iansã do baiano Aless Teixeira; escultura Divino, feita de galhos pelo pernambucano Abias; e revisteiro vermelho de Heitor Rocha, na Tempo Arte Popular
Wesley Diego/Editora Globo
A aquisição de novos mobiliários, aliás, foi singela, pois ela manteve vários elementos que já estavam no imóvel, como o sofá, a mesa e as cadeiras da sala de jantar, todas as luminárias, a marcenaria e os revestimentos — o ladrilho hidráulico na cozinha e o piso de taco na sala e no quarto, por exemplo.
Esses materiais e peças foram escolhidos em projeto anterior, assinado pelo escritório Iná Arquitetura para as antigas moradoras e proprietárias do apê.
RETRATO | Irina sentada em poltrona decorada com o tapete de retalhos da Lula Bafuto Tapetes Artesanais
Wesley Diego/Editora Globo
Para imprimir sua personalidade no apartamento, a potiguar trouxe o artesanato e cores em espaços pontuais, como o bloco verde na entrada e a parede terracota que dá acesso ao closet. “Eu mesma os pintei ao longo dos meses. Aqui tive a primeira oportunidade de formar um lar do jeito que sempre sonhei”, revela.
CLOSET | Entrada pintada com a tinta Hena, da Suvinil. Na parede à esquerda, três esculturas Bocejo, do pernambucano Ivanildo Demésio. Na da direita, pau de chuva, instrumento musical indígena, comprado em Manaus, AM. O cesto com a espada-de-são-jorge, da Cestarias Régio, fica ao lado de uma cabaça grande trazida de Natal, RN
Wesley Diego/Editora Globo
A única ajuda que Irina recebeu profissionalmente foi da personal organizer Cora Fernandes, que arrumou suas roupas e calçados no closet — vale citar que a chef é admiradora da moda e tem até um vestido queridinho pendurado na área social como enfeite.
CORREDOR | Entre a sala e área íntima do apartamento, Irina decorou uma parede branca com itens afetivos: sino de boi, figa, ralador de lata, raspa de coco e tipiti, cesto cilíndrico para fazer farinha de mandioca. Há, ainda, um vestido estampado que ela adora e uma forma ancestral de madeira onde se fazia rapadura, item que não se produz mais e veio de Caicó, RN
Wesley Diego/Editora Globo
Outra Cora importante na vida de Irina é a pequena chihuahua, adotada em novembro de 2024. “Ela é a alegria da casa, nunca mais voltei triste para cá. É minha companheira, minha parceira, e me mostrou que estou criando raízes em São Paulo e posso desenvolver afetos longos. Aqui estou vivendo a minha melhor fase”, comenta.
QUARTO | Destaca-se o enxoval com colcha comprada na Feira de Artes do Ceará e fronhas das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, RN. O enfeite de coração é do carioca Getúlio Damado, do Atelier Chamego Bonzolandia. A marcenaria, as persianas, a cabeceira, o banco, e as mesas de cabeceira — ambas de Fernando Jaeger, assim como a cama — já estavam no apartamento e foram escolhidos para o projeto de interiores assinado pelo escritório Iná Arquitetura para as antigas moradoras. Iluminação da Reka
Wesley Diego/Editora Globo
Para reforçar os laços afetivos, ela também gosta de receber amigos para cozinhar, mas de maneira bem diferente do que faz no Irina Restaurante e no Cuscuz da Irina, suas empreitadas profissionais na cidade.
Leia mais
“Na minha residência antiga, maximalista, eu tinha muitos utensílios, mas para cá eu comprei um jogo de louças básico, boas panelas e o mínimo que eu precisava para cozinhar. Aqui faço uma comida mais simples, com gosto de lar, sem a pressão do trabalho”, ela afirma. Sustança ideal para colher boas memórias no apê paulistano e celebrar sua alma de cuscuzeira.
HOME OFFICE | Cadeira da Tok&Stok
Wesley Diego/Editora Globo
A cada viagem que faço garimpo objetos e os coloco na decoração. Gosto de carregar a artepopular brasileira.”
RETRATO | A chef potiguar Irina Cordeiro
Wesley Diego/Editora Globo
Esse apartamento é tão silencioso que escuto até passarinhos. Aqui mergulho no meu universo e me sinto confortável.”
De lá para cá, a potiguar viveu em várias residências, e segundo ela, foi só em 2023 que encontrou seu verdadeiro lar na cidade: um apartamento de 92 m² no bairro de Pinheiros.
Leia mais
A história de como encontrou o imóvel é curiosa. Irina marcou a visita com o corretor, mas acabou esquecendo do compromisso, pois estava quase desistindo da ideia de morar sozinha. Quando o profissional a telefonou, com vergonha da situação, ela saiu apressada para encontrá-lo…
RETRATO | Irina Cordeiro e a chihuahua Cora na sala de estar. Atrás delas, plaquinha vermelha pequena da Dorsal e móbile colorido de Hudson Carlos da Conceição. Na mesa de centro à frente, cobras de madeira da Toko Design Utilitário; vela Caju, da Mercearia Maravilha; e prato do Mãos, movimento do Jequitinhonha. Placa Fogos na Tempo Arte Popular
Wesley Diego/Editora Globo
Ao entrar no apê, sentiu amor à primeira vista e decidiu alugá-lo, mantendo a mobília das antigas moradoras. “Além da arquitetura, com toques brutalistas e modernistas, o que eu adoro, conheci os porteiros do prédio e todos são do Rio Grande do Norte. Criei uma identificação maravilhosa”, conta.
COZINHA | Ela abriga a coleção de cuscuzeiras, muitas compradas à beira de estradas; a última (à esquerda) é da loja Kassuá. Acima do armário, a escultura Sereia, do artesão Mano de Baé, e a bananeira decorativa do Depósito Kariri. Na bancada, a escultura Rainha, comprada na Ilha do Ferro, AL, ao lado do filtro de barro do Mãos, movimento do Jequitinhonha. Prateleiras vermelhas da Selvvva. A porta verde, com tinta Grama Molhada, da Suvinil, foi pintada por Irina. Enfeite dourado da 4joias
Wesley Diego/Editora Globo
Em pouco tempo, a chef se mudou de mala e cuia — ou melhor, malas e uma coleção de cuscuzeiras, que ganhou protagonismo no armário da cozinha, ao lado da escultura Sereia, do mestre artesão pernambucano Mano de Baé.
HALL | A cristaleira branca foi garimpada, e a placa Gostosa, adquirida na loja Miranda. Diversos elementos são originais do imóvel: tijolinhos brancos no backsplash; faixas de concreto aparente; cadeiras, bancos e mesa; e piso de ladrilho Estrela, de Paulo Mendes da Rocha; tudo idealizado pelo escritório Iná Arquitetura para as antigas moradoras
Wesley Diego/Editora Globo
O artesanato brasileiro é, inclusive, a alma da decoração do apê. Há peças compradas em todo o país, principalmente no Nordeste, a exemplo das esculturas de bonecos tradicionais da Ilha do Ferro, em Alagoas.
SALA | Cortina da Uniflex. No sofá da Carbono, que já estava no apartamento, manta vermelha da Cor & Cora. Acima da TV, cobra-coral de madeira do cearense Francisco Graciano. Sobre o rack, desenvolvido do zero pelo Estudio Gloria, está a casinha rosa de Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê. No chão, escultura Cachorro, do piauiense Dimas Ribeiro
Wesley Diego/Editora Globo
SALA | Acima da TV, cobra-coral de madeira do cearense Francisco Graciano. Sobre o rack, desenvolvido do zero pelo Estudio Gloria, escultura da Ilha do Ferro, AL, assim como guarda-chuva de frevo. No chão ao lado do enfeite de palha, escultura Cachorro, do piauiense Dimas Ribeiro. Na parede branca, Enfeite Coração Valente, de Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê; máscara La Ursa, de Aba Alcântara. As plantas garantem um toque de naturalidade ao ambiente
Wesley Diego/Editora Globo
Essa paixão pela sua terra natal está em diversos objetos decorativos, como na joia dourada — cujo desenho é o mapa da região — atrás da porta de entrada e na sombrinha de frevo no rack da sala.
DETALHES | Enfeite Coração Valente, de Aline Feitosa, do Pequeno Ateliê; máscara La Ursa, de Aba Alcântara
Wesley Diego/Editora Globo
DETALHES | Caneca da Céu de Barro; bonecos da Ilha do Ferro, AL; e vaso marrom de cerâmica de Cunha, SP
Wesley Diego/Editora Globo
Outro destaque da área social é o altar que Irina montou com imagens de orixás, guias, cristais, velas e incensos. “Comprei um móvel para colocar itens que representam a minha fé”, diz.
SALA | No cantinho de fé, aparador da Tok&Stok; banco de onça, feito pelo mineiro Seu Gervásio, e fruteira decorativa, ambos do Depósito Kariri; imagem de Iansã do baiano Aless Teixeira; escultura Divino, feita de galhos pelo pernambucano Abias; e revisteiro vermelho de Heitor Rocha, na Tempo Arte Popular
Wesley Diego/Editora Globo
A aquisição de novos mobiliários, aliás, foi singela, pois ela manteve vários elementos que já estavam no imóvel, como o sofá, a mesa e as cadeiras da sala de jantar, todas as luminárias, a marcenaria e os revestimentos — o ladrilho hidráulico na cozinha e o piso de taco na sala e no quarto, por exemplo.
Esses materiais e peças foram escolhidos em projeto anterior, assinado pelo escritório Iná Arquitetura para as antigas moradoras e proprietárias do apê.
RETRATO | Irina sentada em poltrona decorada com o tapete de retalhos da Lula Bafuto Tapetes Artesanais
Wesley Diego/Editora Globo
Para imprimir sua personalidade no apartamento, a potiguar trouxe o artesanato e cores em espaços pontuais, como o bloco verde na entrada e a parede terracota que dá acesso ao closet. “Eu mesma os pintei ao longo dos meses. Aqui tive a primeira oportunidade de formar um lar do jeito que sempre sonhei”, revela.
CLOSET | Entrada pintada com a tinta Hena, da Suvinil. Na parede à esquerda, três esculturas Bocejo, do pernambucano Ivanildo Demésio. Na da direita, pau de chuva, instrumento musical indígena, comprado em Manaus, AM. O cesto com a espada-de-são-jorge, da Cestarias Régio, fica ao lado de uma cabaça grande trazida de Natal, RN
Wesley Diego/Editora Globo
A única ajuda que Irina recebeu profissionalmente foi da personal organizer Cora Fernandes, que arrumou suas roupas e calçados no closet — vale citar que a chef é admiradora da moda e tem até um vestido queridinho pendurado na área social como enfeite.
CORREDOR | Entre a sala e área íntima do apartamento, Irina decorou uma parede branca com itens afetivos: sino de boi, figa, ralador de lata, raspa de coco e tipiti, cesto cilíndrico para fazer farinha de mandioca. Há, ainda, um vestido estampado que ela adora e uma forma ancestral de madeira onde se fazia rapadura, item que não se produz mais e veio de Caicó, RN
Wesley Diego/Editora Globo
Outra Cora importante na vida de Irina é a pequena chihuahua, adotada em novembro de 2024. “Ela é a alegria da casa, nunca mais voltei triste para cá. É minha companheira, minha parceira, e me mostrou que estou criando raízes em São Paulo e posso desenvolver afetos longos. Aqui estou vivendo a minha melhor fase”, comenta.
QUARTO | Destaca-se o enxoval com colcha comprada na Feira de Artes do Ceará e fronhas das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, RN. O enfeite de coração é do carioca Getúlio Damado, do Atelier Chamego Bonzolandia. A marcenaria, as persianas, a cabeceira, o banco, e as mesas de cabeceira — ambas de Fernando Jaeger, assim como a cama — já estavam no apartamento e foram escolhidos para o projeto de interiores assinado pelo escritório Iná Arquitetura para as antigas moradoras. Iluminação da Reka
Wesley Diego/Editora Globo
Para reforçar os laços afetivos, ela também gosta de receber amigos para cozinhar, mas de maneira bem diferente do que faz no Irina Restaurante e no Cuscuz da Irina, suas empreitadas profissionais na cidade.
Leia mais
“Na minha residência antiga, maximalista, eu tinha muitos utensílios, mas para cá eu comprei um jogo de louças básico, boas panelas e o mínimo que eu precisava para cozinhar. Aqui faço uma comida mais simples, com gosto de lar, sem a pressão do trabalho”, ela afirma. Sustança ideal para colher boas memórias no apê paulistano e celebrar sua alma de cuscuzeira.
HOME OFFICE | Cadeira da Tok&Stok
Wesley Diego/Editora Globo
A cada viagem que faço garimpo objetos e os coloco na decoração. Gosto de carregar a artepopular brasileira.”
RETRATO | A chef potiguar Irina Cordeiro
Wesley Diego/Editora Globo
Esse apartamento é tão silencioso que escuto até passarinhos. Aqui mergulho no meu universo e me sinto confortável.”
